Buscar

TCCviolencia contra idoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

8
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
a violênciA contra a pessoa idosa
UM DESAFIO PARA O PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL
CONTAGEM
 2016
a violênciA contra a pessoa idosa
UM DESAFIO PARA O PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL
 Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel, no curso Serviço Social na Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.
 PROFª. 
CONTAGEM
2016
Dedicatória
Dedico este trabalho à todos os idosos que foram e são vítimas de violência e necessitam de maior sensibilização para tornar efetivos seus direitos junto à sociedade e à família.
agradecimentos
Agradeço à toda equipe e orientadores do polo Unopar Contagem. 
 A todos meus colegas de sala que por quatro anos formamos uma equipe dispostos à ajudar uns aos outros.
Às pessoas que confiaram em minha capacidade e me proporcionaram oportunidades de crescimento profissional e pessoal, me transmitindo conhecimento e experiência profissional, e sobre tudo amizade: 
As minhas colegas e parceiras e que estiveram comigo de forma direta e indireta as quais fizeram da faculdade não só um ambiente de estudo e aprendizado, mas também uma grande família, sempre dispensando ajuda mútua e apoio recíproco e sem as quais minha experiência ao longo da faculdade não teria sido a mesma. E as colegas de sala que estiveram comigo durante esses anos. 
 
Muito obrigada. 
 violência contra a pessoa idosa 2015, 53 páginas, Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço social) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Contagem MG-2016
RESUMO
	Este trabalho tem como objetivo principal, fazer a sociedade refletir sobre o envelhecimento, porém, um envelhecimento com qualidade de vida. Mas o que ocorre atualmente são práticas de violência contra pessoas que muito fizeram por seus familiares, e que não são reconhecidos. Pois envelhecer é um processo natural e uma realidade em todo o mundo. Assim acabou se tornando uma responsabilidade social e coletiva. Mesmo com todos os projetos e expectativas para um envelhecimento de qualidade, a sociedade idosa ainda vem sofrendo discriminações, agressões físicas, verbais e outras. Esses fenômenos que vem sendo ocorridos constantemente contra a população idosa não devem ser vistos como simples fatos e sim como uma questão de aprendizado e comprometimento com nos mesmos de reverter essa situação para que não sejam mais ocorridos, desta maneira garantindo ao idoso e acima de tudo cidadãos também seu papel social sua dignidade e respeito.
Palavra chave.: sociedade, violência idoso, dignidade, respeito
 violence against the elderly in 2016 , 53 pages , Work Completion of course ( Diploma in Social Service ) - Centre for Applied Business and Social Sciences , University of Northern Paraná , Count MG -2015
	
ABSTRACT
This paper aims to make society think about aging, but aging with quality of life. But what happens now are practices of violence against people who did much for his family, and that are not recognized. Since aging is a natural process and in fact the entire world. So eventually becoming a social and collective responsibility. Even with all the plans and expectations for quality aging, the aging society is still suffering discrimination, physical assaults, verbal and others. These phenomena that have been occurring steadily against the elderly should not be seen as mere facts, but as a matter of learning and commitment to the same to reverse this situation so that they are no longer occurring, thus ensuring the elderly and above all citizens also its role social dignity and respect.
KEYWORDS: Society , elderly violence , dignity, respect
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CNAS-Conselho Nacional de Assistência Social
CRAS-Centro de Referência de Assistência social
CREAS-Centro de Referência Especializado em Assistência Social
IBGE-instituto Brasileiro de Geografia e estatística
LOAS- Lei orgânica de Assistência Social
ONU-Organização das Nações Unidas
SUAS-Sistema único de Assistência Social
SUS-Sistema único de Saúde
 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................09
1-O CONTEXTO DA VIOLÊNCIA....................................................................12
1.1-O HISTORICO DA VIOLENCIA CONTRA O IDOSO..................................12
1.2- A VIOLÊNCIA.............................................................................................14
2.3- OS FATORES DE VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO..................................18
2.4-TIPOS DE VIOLÊNCIA................................................................................23
2.5- PERFIL DA VÍTIMA E DO AGRESSOR.....................................................24
2-A PESSOA IDOSA................................................................ .......................27
2.1-O IDOSO.....................................................................................................27
3-AS LEIS QUE PROTEGEM OS IDOSOS......................................................30
3.1 A PROTEÇÃO DO IDOSO NO BRASIL......................................................31
3.2-DIREITO HUMANO E IDOSO.....................................................................34
3.3-A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E O IDOSO...................................38
3.4-DIREITO À VIDA, LIBERDADE,RESPEITO A DIGNIDADE.......................40
4-A INTERVENCÃO DO PROFISSIONAL........................................................43
.
4.1--O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO NA VIOLÊNCIA CONTRA IDOSO...........................................................................43
4.2-AS CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA.....................................................44
4.3-A PREVENÇÃO...........................................................................................45
CONCLUSÃO....................................................................................................48
 
10-REFERÊNCIAS............................................................................................50
1-INTRODUÇÃO
Ao entra no contexto da violência contra os idoso na atualmente, observa-se que estes acontecimentos ganha cada vez mais espaço dentro do cotidiano de suas vidas , sociedade, mídia e em geral dos governantes. 	Vários estudiosos e órgãos ligados a proteção dos idosos, têm se esforçado a entender esse fenômeno social que não é novo, mas que devido o descaso e pouca informação em décadas passadas sobre a discursão e solução sobre o tema, mas que devido a divulgação principalmente na mídia vem ganhando avanço em relação ao interesse a discutir o problema buscando uma solução plausível para controlar e o mais importante solucionar o a violência que que afeta os idoso.
Este fenômeno que é a violência contra o idoso é uma faces mais cruéis que vem ocorrendo na sociedade que os idosos se deparam com o seu cotidiano, pois a violência surge por parte daqueles onde deveriam ser os seu protetores e cuidadores, ainda pode se destacar que a maioria desta violência não e´ denunciada aos órgãos protetores por a maioria das vezes por medo, e a vergonha. 
Uma situação de violência e maus tratos com idosos podem ser identificados por médicos, enfermeiros, assistente social, psicólogo, pedagogo, ou qualquer outro profissional que atue com as pessoas desta faixa etária. A violência não pode ser vista como um fenômeno unívoco ela tem causas conjugadas, ou seja, várias causas tais como a violência de gênero, culpa, econômica, dentre outras. A falta de respeito para com as necessidades do idoso é uma questão de cidadania, O idoso necessita ser respeitado e conquistar a garantia das necessidades básicas, e de uma vez por todas garantir a inclusão das pessoas idosas na sociedade com dignidade e respeito.
 Em termos demográficose por ser uma dos segmentos populacionais que mais necessitam de cuidados físicos, materiais, psico-sociais, de saúde, de atenção e de respeito. Mas onde encontrar as raízes da questão da violência? Que fatores são determinantes para o quadro de violência que se alastra em diferentes rincões deste país e em especial contra as pessoas idosas? A violência que o cotidiano é síntese de dinâmicas e movimentos variados e complexos., sendo expressão de uma sociedade, ao mesmo tempo, civilizada e incivilizada, sociedade que desrespeita o ser humano, como ser genérico e social, numa magnitude sem precedente. É síntese representativa da questão social que assola o mundo e o país e que envolve a todos, mas especialmente os idosos.( violência contra idoso Simone de Jesus Guimarães, Jakelinne Lopes de Sousa Miranda, Lívia Tâmara Alves de Macêdo)
	Conhecer o problema da violação dos direitos ao idoso. Apreender como a prática profissional ou a atuação do Assistente Social pode melhorar a vida do idoso.
· Conhecer as causas e a tipologia mais frequentes da violência contra o idoso e suas formas de enfrentamento
· Analisar a visão dos profissionais que os atende sobre a violência sofrida..
· Identificar as formas de violência mais frequente praticadas contra os idosos que são acolhidos nos centros de referências especializados.
· Sensibilizar e mobilizar a sociedade à prática do Serviço Social na melhoria da qualidade de vida e saúde dos idosos, de forma que se encontrar a importância da intervenção profissional para qualidade de vida dos idosos da sociedade contemporânea.
	Violência contra a pessoa idosa é um problema que precisa ser superado com o apoio de toda a sociedade. Para que esta violência seja superada é preciso que a população tenha consciência de que o envelhecimento faz parte da vida e temos saber conviver saber como agir com os idosos. Nós devemos ter a consciência e aceitar o envelhecimento como um ciclo natural da vida, os idosos tenham o direito de viver com dignidade, livres de abuso e exploração e seja dada a elas a oportunidade de viver com dignidade, livres de abuso e exploração e de poder participar plenamente da vida e do convívio social.
	O presente estudo foi realizado por meio de levantamentos bibliográficos sobre a temática da violência contra pessoa idosa e; Estudo bibliográfico em relação a assuntos referentes aos artigos: Estudo bibliográfico em relação a assuntos referentes ; a violência contra pessoa idosa: um desafio para o profissional do serviço social, tendo ponto de referências FALEIROS, Vicente de Paula, LOUREIRO, macedo lahud loreiro , aparecida penso MARIA o concluío do silêncio: a violência intrafamiliar contra a pessoa idosa , editora ROCCA 2010/ MINAYO, maria cecília. Violência contra idosos: o avesso do respeito à experiência e à sabedoria/ Brasília. secretaria especial dos direitos humanos,2ª edição,200,rompendo o silêncio: as faces da violência na velhice, MALAGUTTI, william.Berzins,marília viana, ed 1 martinari,São Paulo 2010. 
	 O trabalho foi dividido em capítulos: no primeiro capitulo: No primeiro capítulo fala do contexto da violência em foco o histórico e os tipos e os fatores de violência contra o idoso; no segundo capitulo abrange o idoso; no terceiro capitulo estuda as leis que protegem os idoso; no quarto capítulo o papel do assistente social no enfrentamento da violência contra idoso.
1-A VIOLÊNCIA
1.1-O Histórico da violência contra idoso
 A violência entre pessoas e grupos sempre esteve presente na história da civilização, mas apenas com seu significativo crescimento nas últimas décadas passou a constituir um novo desafio para a sociedade.
	Ao entrar no contexto, do envelhecimento humano, verificam-se questões ligadas à violência contra idosos desde épocas antigas. Tanto a violência, como o próprio envelhecimento é tratado de forma diferenciada de acordo com a sociedade analisada. Historicamente, envelhecer era sinônimo de vida abastada, pois os pobres raramente chegavam à velhice, No entanto, os idosos sem filhos e analfabetos são desprezados pela sociedade, contando apenas com o apoio dos parentes consanguíneos para sobreviver (Sousa, 2004)
		
	Tão importante quanto a ter uma definição da violência , é a dificuldade em estudá-lo nos moldes propostos pela saúde até então. Nos estudos epidemiológicos, a questão da violência é definida e incluída como causas externas.
	segundo Myinayo (2004) Essas duas expressões (violência e causas externas) não se equivalem. Para a autora, violência é uma noção referente aos processos e às relações sociais interpessoais, de grupos.
	Inicialmente objeto de preocupação e estudo das áreas da segurança pública e justiça, bem como de alguns movimentos sociais, somente na década de 1960, nos países mais desenvolvidos, a violência começou a ser percebida pelo setor da saúde como um emergente problema de saúde, Voltados a princípio, à violência contra as crianças, os estudos dirigiram-se em seguida às mulheres e, nos anos 80, surgiram as primeiras denúncias e levantamentos de dados sobre a violência contra idosos
	De acordo com Guimarães (1997), a produção científica brasileira na área do envelhecimento é ainda muito tímida, e os dados demográficos sobre a população idosa no país foram praticamente ignorados até a metade da década de 1980. Apenas nos últimos anos do século XX, segundo esse autor, a análise da transição demográfica da população brasileira passou a ser feita por pesquisadores de universidades e órgãos de pesquisa. O mesmo acontece com a violência, problema social emergente no final do século passado.
	A violência contra idosos, no entanto, ainda é muito pouco conhecida e estudada, resultando em precariedade de dados sobre o assunto. Mesmo nos órgãos de denúncia, os registros são pouco esclarecedores, e os profissionais que atendem aos possíveis casos de negligência não estão bem preparados para efetuar sua constatação, registro e encaminhamento. 
	 
	Entende-se que há um número crescente de idosos que precisam de estudos referentes a sua a idade cronológica para que se redefina os princípios norteadores e que ofereça novos direitos e deveres, fazendo-se necessário colocá-los nas pautas das questões sociais. 
Dentro desse contexto, assim como a infância, a adolescência, a vida adulta, a velhice necessita de atenção política, governamental social. O envelhecimento humano é um fato social inegável. Igualmente é indiscutível que a maioria das culturas tende a relegar os velhos, a favor da juventude e da população adulta. É um mito pensar que num passado distante e idílico as pessoas idosas foram muito melhor acolhidas e tratadas. O abandono social e familiar dos velhos e velhas, sobretudo dos pobres e doentes, historicamente, pode ser contado nas histórias dos “asilos de São Vicente de Paulo” que faz muitos séculos os acolhem por caridade, embora hoje o façam com um escopo atualizado.(manual de enfrentamento a pessoa idosa).
	A questão da velhice passou a fazer cada vez mais parte das reuniões políticas dos países muito recentemente. 
A Organização das Nações Unidas a colocou na agenda a partir de 1956, sem lhe dar grande atenção. E em 1982 promoveu a “I Assembleia Mundial sobre Envelhecimento” na cidade de Viena. Foi um fórum global intergovernamental que marcou a discussão internacional de políticas públicas a favor da população idosa. Nesse evento foi definido o marco de 60 anos para se considerar uma pessoa como idosa nos países em desenvolvimento e de 65 anos, nos países desenvolvidos; e um plano de ação que garantisse segurança econômica e social e identificasse oportunidades para a integração dos idosos no processo de desenvolvimento dos países. É preciso ressaltar que o foco da I Assembleia foi a inexorabilidade do envelhecimento dos países desenvolvidos. (manual de enfrentamento a violência contra pessoa idosa).
	Segundo o ministério  publico do Estado de São Paulo a  violência contra idoso cresce em proporções alarmantes, pois 12% dos  idosos sofrem algumtipo de violência , e os principais agressores encontram-se no ambiente familiar,  33,3% cometida  geralmente por filhos homens biológicos. Já a negligência fica  em torno 32,35% seguida pela violência financeira que é de 29,42%,  são as que mais acometem quem tem idade superior a 60 anos .Em relação a  violência financeira são mulheres com idade de 80 anos ou mais. 
	
1.2- A VIOLÊNCIA 
	O envelhecimento da nossa população vem crescendo muito, no Brasil é um fato concreto devido a expectativa de vida que vem aumentado e isto é de conhecimento de todos.
	Os maus tratos ás pessoas idosas constituem um problema social e sanitário, carente de modificação , de grande importância para todo o mundo . Desta forma, o enfrentamento á violação dos direitos das pessoas idosa deve basear-se em dois eixos estruturantes: buscar intervir nas causas, desenvolvendo ações de tratamento das consequências , tanto para vítima como também para os agressores .
	Sendo assim, o envelhecimento bem sucedido deve ser pensado como fruto de políticas de desenvolvimento social, que partam do enfrentamento à desigualdade e a injustiça social. Para isso, deve haver um investimento em ações que garantam a efetivação de diretrizes estabelecidas.
A questão da violência doméstica contra idosos tem se ampliado e sugere necessidade de maior campo de investigação nessa área, dado o risco suposto ao qual essa população mais idosa está submetida. O objetivo deste trabalho é verificar os estudos relacionados ao tema já realizados no Brasil e em diferentes países, com enfoque epidemiológico, que apresenta diversos pontos de abordagem da violência contra idosos, considerando questões relacionadas à cultura do envelhecimento, ações de políticas públicas, atuação de equipes de saúde, definição do termo abordado, aspectos legais e éticos da violência contra o idoso. Tal estudo permite analisar os diferentes aspectos que envolvem a temática, demonstrando a necessidade de pesquisas específicas direcionadas ao tema. ( Ana Paula R. Amadio Sanches, Maria Lúcia Lebrão, Yeda Aparecida de Oliveira Duarte, scielo, sociedade e saúde).
	O envelhecimento da população brasileira deve se acentuar muito nos próximos anos. É o que mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio.
A tendência de envelhecimento da população brasileira cristalizou-se mais uma vez na nova pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os idosos - pessoas com mais de 60 anos - somam 23,5 milhões dos brasileiros, mais que o dobro do registrado em 1991, quando a faixa etária contabilizava 10,7 milhões de pessoas. Na comparação entre 2009 (última pesquisa divulgada) e 2011, o grupo aumentou 7,6%, ou seja, mais 1,8 milhão de pessoas. Há dois anos, eram 21,7 milhões de pessoas. (Eliane Fransielii Muller).
 
	 Com base a Pesquisas relacionadas a violência contra idoso podem ser definidos os tipos e quais, quanto à tipologia de violência contra os idosos. Existem várias formas de cometer violência contra o idosos, onde podem ser consideradas como agressão física, financeira, psicológica, sexual, incluindo a negligência e o abandono, que é o caso mais comum da violência contra o idoso.
	Segundo estudos, 54% das agressões são provocadas dentro da própria casa e pelos próprios filhos dos idosos, dados preocupantes que torna a violência contra o idoso um grave problema de saúde pública no Brasil.
	No Brasil, hoje as violências e os acidentes constituem 3,5% dos óbitos de pessoas idosas, ocupando sexto lugar na mortalidade. Morrem cerca de 13.000 idoso por acidentes e violência por ano, significando por dia, 35 óbitos dos quais 66% são homens e 34% mulheres.
	Segundo Katrina M.P.Portela, Luciana S. Barreto, Maria M.S.Torres, (Guimarães e Cunha 2004), identificaram indicadores que servem de base e suspeita de uma situação de maus tratos. Ressaltando – se, contudo, que a ausência dos sinais e sintomas a seguir não assegura a inexistência de abuso:
Busca ou mudança frequente de profissionais e/ou centro de atenção médica
	A violência é um fator que pode ser vista de diversas formas, podendo ser definida como a qualidade de violência; ato violento; constrangimento físico ou moral; força; coação ou o agir de forma brusca, desarmonizando uma determinada situação através da força física, moral ou psíquica, com ameaças ou ações concretas.
O impacto da violência, por sua vez, se traduz tanto na reprodução da desigualdade, das assimetrias e dessimetrias, como na negação do conflito e do outro e em sofrimento, angústia e também em prejuízos ou dano para as vítimas. A violência intrafamiliar se articula com a violência social. Faleiros e Loureiro( Apud Penso p, 03)
	Ao se fazer um estudo sobre a violência compreende-se que esta pode ser pública ou privada; contudo, percebe-se que a pública é mais visível, pois influencia toda a sociedade. A privada é mais desconhecida, pois envolve poucas pessoas, como é o caso da violência familiar. 
	A violência (maus tratos) é entendida, segundo Faleiros (2004 2007) como um processo social relacional complexo e diverso.
	
	A violência é um fator de risco de toda a sociedade, portanto, deve-se discutir a violência na educação, bem como a relação da educação escolar com o aumento da violência no mundo, se o jovem encontra na violência uma das formas de reconhecimento em seu grupo. 
Segundo mynayo:
A violência contra idoso se manifestam de forma;(a) estrutural, aquela que ocorre pela desigualdade social e é naturalizada nas manifestações de pobreza, de miséria e de discriminação (b) interpessoal que se refere às interações e relações cotidianas e (c) institucional que diz respeito á aplicação ou omissão na gestação das politicas sociais e pelas instituições de assistência
 
No Brasil ainda não há a consciência de como lidar e cuidar do idosos e respeitar seu direitos mesmo com leis que são de direitos.
No Brasil, os idosos ainda são tratados muito mal apesar de todas as políticas públicas inauguradas de dez anos para cá regidas por leis e regulamentadas em estatutos, e não obstante a aguda desigualdade que persiste no país. Nossa cultura, que ao contrário do que se dizia no passado, é uma cultura violenta em todas as classes, da elite abonada aos mais pobres (ou explorados), reforça a uma imagem negativa na alma do brasileiro: velhos pobres e dependentes – física ou financeiramente – são tratados com, no mínimo, impaciência e negligência.(Léa Maria Arão Reis, CARTA MAIOR)
	 No Brasil o número de violência contra o idoso cresce muito rápido, e fator determinante para esse problema é a falta de informação quanto ao seus familiares e cuidadores.
Segundo Berzins:
A violência contra a pessoa idosa é um problema que precisa ser superado com o apoio de toda a sociedade. Todos nós devemos criar uma cultura em que envelhecer seja aceito como parte natural do ciclo de vida, as atitudes antienvelhecimento sejam desencorajadas, as pessoas idosas tenham o direito de viver com dignidade, livres de abuso e exploração e seja dada a elas a oportunidade de participar plenamente da vida social.
	A negligência ainda é a principal forma de violência cometida contra as pessoas idosas no Brasil. No Dia Mundial de Combate à Violência contra o Idoso, que é lembrado no dia 15 de junho. A coordenadora-geral do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, Ana Lúcia da Silva, destacou que essa é a primeira violência identificada e faz com que se abram portas para outras formas de violações. Essa é a mais informada no Disque 100.
	Segundo dados do Disque 100, serviço de recebimento de denúncias contra violações de direitos humanos, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em 2014, houve 27.178 denúncias de abusos contra a pessoa idosa. As mais recorrentes são de negligência, violência psicológica, abuso financeiro e econômico, violência física, violência sexual. Entre as violências menos denunciadas estão a violência institucional, discriminação, outras violações ligadas a direitos humanos, trabalhoescravo e torturas.
	O levantamento mostra ainda que 76,48% das violações denunciadas são cometidas nas casas das vítimas; e em 51,55% dos casos denunciados, os próprios filhos são os suspeitos das agressões. Apesar de São Paulo liderar o número de denúncias, 5.442 (20,02%), o Distrito Federal tem o maior número de denúncias per capita, são 354,73 denúncias para cada 100 mil habitantes.
	A capital federal é seguida pelo Amazonas (297,3 denúncias/100 mil hab.), Rio Grande do Norte (250,81 denúncias/100 mil hab.), Piauí (187,72 denúncias/100 mil hab.) e Rio de Janeiro (186,68 denúncias/100 mil hab.). O estado de São Paulo está em décimo sexto no ranking, com 114,05 denúncias para cada 100 mil habitantes.
1.3-FATORES DE RISCO PARA VIOLÊNCIA CONTRA IDOSO:
	Segundo LIMA, M. A. O.( Conduta de Enfermagem frente à violência contra o idos) Agora podemos identificar os fatores que levam, à violência contra idosos:
Quando existe dependência pelo declínio cognitivo, a perda de memória ou dificuldades motoras para realizar atividades do cotidiano; A pobreza: pode levar a falta de cuidados básicos com a alimentação e/ou higiene, pois o idoso pode ficar sozinho em casa porque sua família precisa trabalhar para comprar seus remédios; Quando possui auxílio de apenas uma pessoa. Isso acontece porque os familiares não podem ou não querem participar do cuidado; a procura de cuidados médicos constantes; Quando há repetidas ausências às consultas agendadas; Explicações improváveis sua ou de seus familiares para determinadas lesões e traumas; 3 (três) ou mais quedas por ano podem ser indicador de existência de violência.
	Fica evidente, portanto, que a problemática da contra idoso é extremamente complexa e envolve diversos papéis, como a vítima ou alvo da violência, o agressor ou autor da violência e até mesmo os espectadores. Cabe enfatizar que um mesmo individuo pode ser vítima e agressor ao mesmo tempo, em uma interação recíproca, contínua e mutável.
	Até o século passado, os estudos sobre envelhecimento e seus caracteres psicossociais pouco eram discutidos nas pautas de investigação e em registros científicos (BERGMAN, 2007). 
A partir do final do século XX e início deste, devido ao exacerbado aumento do número de idosos no mundo, notou‑se considerável interesse por parte de pesquisadores e cientistas em conhecer o objeto complexo e multifacetado que é o processo de envelhecer (BRASIL, 2000; DUARTE, 2007).
	 No que diz respeito ao âmbito político e econômico, nota-se a necessidade da elaboração e consolidação de políticas públicas favoráveis e auxiliadoras, além do investimento financeiro para essa classe ascendente, posto que as necessidades básicas do idoso são, em suma, diferentes das necessidades de um adulto qualquer (IBGE, 2008; Santos et al., 2007). São diversos os fatores que têm contribuído para o crescimento da população idosa no Brasil. 
No entanto, segundo Minayo (2005), esse progresso tem sido acompanhado de alguns agravantes, tanto biológicos quanto sociais, os quais colocam em risco o processo do envelhecimento saudável do brasileiro. Entre esses agraves, destaca‑se a violência.
	 Os casos de violência contra a pessoa idosa têm sido evidenciados exacerbadamente, Nas últimas décadas e ocorrem de diversas formas, inclusive dentro do âmbito familiar (IBGE, 2008; MINAYO, 2007).
	
	 Isso acontece porque os idosos negam, por meio do silêncio, da clandestinidade e da impunidade, os conflitos vivenciados. A clandestinidade e a impunidade se enquadram no âmbito jurídico politico‑ social, focalizando o conflito da desigualdade no acesso à justiça e aos aspectos contraditórios concernentes à punição dos agressores. 
	Já o silêncio, conluio ou segredo familiar se encontra mais vinculado ao âmbito proximal de honra, cumplicidade e confiança entre o agressor e a vítima, posto que estes têm um vínculo afetivo expressivo (FALEIROS, 2004). Nesse sentido, Faleiros (2004) destaca três tipos de violência predominantes: sociopolítica, institucional e intrafamiliar.
 	A violência sociopolítica trata de situações mais gerais que envolvem os aspectos sociais relevantes em um determinado grupo. Esse tipo de violência é o mais frequente, observado em denúncias nas delegacias de polícia. Nesse tipo de violência, incluem‑se fatores que se apoiam na condição frágil dos idosos, como furtos, assaltos e desprezo nos transportes (FALEIROS, 2004; Araújo, 2006; Araújo; Lobo Filho, 2009).
De acordo com Minayo (2004)
A violência é um dos eternos problemas da teoria social e da prática política relacional da humanidade tanto no Brasil como no mundo a violência contra os mais velhos se expressa como nas formas que se organizam entre ricos e os pobres, entre os gêneros, as raças e o grupo de idade nas várias esferas de um poder político, institucional e familiar. [...] É preciso compreender as relações entre as várias etapas do ciclo de vida e o papel do Estado na organização desses ciclos para que possam ocorrer mudanças positivas na sociedade. Devemos considerar o aspecto histórico que envolve o idoso onde a família tem caráter de instituição bastante sólida.
	A violência intrafamiliar refere‑se ao tipo de violência vivenciada dentro dos lares, na maioria das vezes praticada por filhos, parentes ou até mesmo vizinhos. Pode apresentar se sob caráter físico, psicológico, negligente, abuso financeiro e/ou sexual.
A violência institucional abrange os conflitos existentes em instituições de serviço, privadas ou públicas. Nesses casos, não se valoriza a fala do idoso, ele é tratado como incapaz e muito dependente para realizar suas tarefas na vida em sociedade. Há a predominância da falta de cuidado, atenção e respeito (FALEIROS, 2007; MINAYO, 2007).
	. Em cada dos casos apresentados na violência intrafamiliar, a dificuldade em identifica‑los é bem maior que nos outros casos citados, especialmente por causa do silêncio que impera nessas situações. É muito raro identificar os casos de violência intrafamiliar em denúncias nas delegacias de polícias ou em postos médicos, porque o idoso sente‑se confrontado ao denunciar um parente próximo, por mais dramática que a situação se torne. Quando há denúncia, na maioria das vezes ela é realizada por vizinhos ou amigos próximos (FALEIROS, 2007; Machado; Queiroz, 2006).
	A violência na velhice, segundo Faleiros (2004), se configura num processo social relacional complexo, que varia de acordo com as mudanças sociopolíticas, e deve ser entendida na estruturação da própria sociedade e no contexto das relações entre o idoso, as instituições e seus familiares. A vulnerabilidade a esse fenômeno à qual os idosos estão expostos e a importância de políticas na prevenção e diminuição de casos futuros de maus‑tratos são aspectos que precisam ser enfatizados nesse contexto (Machado; GOMES; XAVIER, 2001; Araújo; Lobo Filho, 2009; Faleiros, 2004).
	O Ministério da Saúde vem definindo, ao longo dos anos, estratégias que visam ao fortalecimento da rede de prevenção à violência na velhice, com a ênfase na elaboração e multiplicação de informações. Nesse processo, os profissionais e agentes comunitários de saúde inseridos no Programa Saúde da Família (PSF) assumem um importante compromisso de responsabilidade social, pois observam de forma mais próxima as vivências e disparidades apresentadas pelas famílias brasileiras.
Em razão disso, discutir as representações sociais nos casos de violência contra a pessoa idosa mediante as perspectivas de agentes comunitários e profissionais de saúde torna‑se consideravelmente necessário, visto que toda representação surge da necessidade de moldar a percepção do que é estranho ou não compreendido em algo “familiar” ou cognoscível (Moscovici, 2003; ARAÚJO; LOBO FILHO, 2009).
	A diferença, no caso, não significa hierarquia isolamento entre eles, apenas propósitos diversos. O campo consensual é aquele identificado na conversação informal, na vida cotidiana, enquanto o campo reificado se cristaliza no espaço científico, com seus cânones de linguagem e sua hierarquia interna.Porém, apesar de terem propósitos diferentes, são eficazes e indispensáveis para a vida humana. As RS constroem‑se frequentemente na esfera consensual, embora as duas esferas não sejam totalmente estanques, fazendo com que os pensamentos alheios à sociedade tornem‑se familiares (SANTOS et al.,2007; REY, 2006).
	Tal mudança de percepção, segundo Moscovici (1978), apenas se torna possível por causa de dois processos indispensáveis na formação das RS: objetivação e ancoragem. A objetivação trata da forma como são organizados todos os elementos que constituem a representação sem desvalorizar o percurso por meio do qual tais elementos adquirem materialidade, ou seja, tornam‑se expressões de uma realidade observada como natural. O processo de ancoragem, por um lado, precede a objetivação e, por outro, é posterior a ela.
	Como processo que precede a objetivação, a ancoragem diz respeito ao fato de qualquer manipulação da informação exigir pontos de referência: o objeto da representação é pensado com base nas experiências e nos esquemas já estabelecidos. Como processo que se segue à objetivação, a ancoragem trata da função social das representações, permitindo compreender a forma como os elementos representados contribuem constituir as relações sociais (Jodelet, 2001; Moscovici, 2003).
1.4-Tipos de violência.
	Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a violência contra a pessoa idosa é definida como:
Ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional da pessoa idosa, impedindo o desempenho de seu papel social, (caderno de violência contra pessoa idosa)
 	Na área da saúde essa violência é registrada como maus-tratos, e seus impactos são representados no capítulo "Causas externas da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), em que são incluídos eventos não naturais que levam à morte ou provocam lesões e traumas. Segundo dados do Ministério da Saúde4 no ano de 2007, 18.946 idosos morreram por causas externas no Brasil, representando a sétima causa de morte da população acima de 60 anos. Nesse mesmo ano, houve cerca de 125.000 hospitalizações de idosos por essa causa.
No tocante às pessoas idosas, a violência tende a ser problema sério, pois ainda se apresenta sob o manto da ocultação, manifestando-se sob diversas formas, como abuso físico, econômico, financeiro, sexual, psicológico, abandono, negligência intimidação, ameaça e outros. Segundo Faleiros (2005,)
	Estudos demonstram que a maioria das queixas de violência contra idosos refere-se à violência praticada por parentes. Noventa por cento dos casos de violência contra esse grupo ocorrem no interior dos lares; 2/3 dos agressores são filhos homens, noras, genros e cônjuges, e há uma forte associação nos casos em que o agressor físico e emocional usa drogas. Contribuem para a maior vulnerabilidade os seguintes fatores: o agressor viver na mesma casa que a vítima; existirem relações de dependência financeira entre pais e filhos; o ambiente de pouca comunicação, pouco afeto e vínculos frouxos na família; o isolamento social da família e da pessoa idosa; haver história de violência na família; o cuidador ter sido vítima de violência doméstica; e a presença de qualquer tipo de sofrimento mental ou psiquiátrico. 	Em relação à violência cometida contra idosos, estudos  mostram a dificuldade das vítimas de revelarem os maus-tratos, seja por constrangimento, seja por temor a punições e retaliações de seus agressores.
1.5- Perfil da vítima e agressor:
Sabe pouco da violência contra idosos no Brasil. É muito difícil penetrar o silêncio das famílias e dos próprios idosos. Em defesa do agressor, o idoso cala, omite e justifica tentando atenuar os agravos da violência como argumento de que já é velho mesmo.
Alguns estudos sobre o tema mostram que as causas que levam à violência contra os idosos no ambiente familiar são inúmeras, contudo as que se constatam com maior intensidade são: relações familiares desgastadas pelo tempo, o relacionamento familiar intergeracional, conflitos e situações mal resolvidas com filhos e cônjuge, problemas financeiros, cansaço excessivo decorrente da exaustiva tarefa de cuidar, limitações pessoais do cuidador para oferecer o apoio adequado, problemas de saúde física ou mental do idoso ou do seu cuidador e outras que permeiam o universo familiar (SILVA; LACERDA, 2007).
	Isso é um dado real e preocupante, sendo que no Brasil, por exemplo, 90% dos idosos moram com a sua família, principalmente com filhos e netos, constituindo assim esses, os principais causadores desse tipo de agressão. O Disque 100, serviço da SDH/PR, registrou um crescimento de 186% de denúncias de violações de direitos das pessoas idosas de 2012 em relação ao ano anterior. Em 2011, foram 8.220 registros, sendo que esse número saltou para 23.523 em 2012. As ocorrências mais comuns são negligência, violência psicológica, abuso financeiro e violência física.
	 Este talvez seja um dos maiores impasses e fatores que podem levar à violência contra o idoso, uma violência que na maioria das vezes é tratada com descaso e com "vista grossa", já que na mentalidade atual das pessoas, conflitos fazem parte do cotidiano das famílias, e isso não é da conta da sociedade em geral, um grande engano. As mudanças precisam ser encaradas de frente, e por mais diferenças que possam existir e dificuldade de relacionamento e enfrentamento da situação, é preciso saber respeitar a pessoa idosa, principalmente se esta estiver em maior desvantagem (dependência e insegurança).
	Segundo o (caderno contra violência contra idoso, coordenadoria de desenvolvimento políticas da saúde):
 O perfil da vitima 
Mulher, viúva, maior de 75 anos; Vive com a família ;Renda de ate dois salários mínimos; Idoso frágil ou em situação de vulnerabilidade; Depende do cuidador para suas atividades diárias; Presença de vulnerabilidade emocional e psicológica;
 O Perfil do agressor:
Filho, filha ou cônjuge da vítima; Consome droga ou álcool; Transtorno mental.; vive na mesma casa da vitima; dependo do idoso ou o idoso depende dele; vive socialmente isolado e assim mantém o idoso; tem vínculos afetivos frouxos
	 A violência contra o idoso apesar de ser grave e preocupante, ainda não é bem divulgada e bem esclarecida, os dados de ocorrência ainda são muito vagos e muitos casos são simplesmente acobertados e silenciados, muitas vezes pelas próprias vítimas que não querem denunciar seus agressores por causa dos vínculos que possuem com os mesmos. 
O Estatuto do idoso:
É obrigação da família, da comunidade e do poder público assegura ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, á educação, , à cultura ao esporte ao lazer, ao trabalho, à cidadania, á liberdade, á dignidade, ao respeito e a convivência familiar comunitária .
	Esse tipo de agressão cresce na nossa sociedade atual devido a grande mudança de valores e princípios da família tradicional, antigamente era coisa natural ao envelhecerem e precisarem de ajuda, os pais serem acolhidos e amparados pelos filhos e netos, hoje em dia é difícil a manutenção desses costumes, a realidade das pessoas mudou muito, em outros tempos a mulher, figura da mãe protetora e amparadora, era mais presente dentro de casa e seu papel de cuidadora do lar e da família mais expressivo e mais aceitativo, as meninas cresciam sabendo da importância de aprender a cuidar de uma casa, do marido, dos filhos, da família, e eram educadas para isto, hoje em dia a realidade é bem diferente, a mulher é educada para sair de casa e a vida familiar ficou em segundo plano, o cuidado antes que era específico da mulher hoje é diferente, outras pessoas o desempenham, e o preço, infelizmente, por esta grande mudança muitas vezes é alto demais. 
	Não que a mulher não tenha que ser moderna e ter o seu trabalho, sua profissão, não é errado fazer o que gosta de fazer, a minha preocupação é os extremos de papéis que hoje em dia a mulher tende a assumir ou não, muitas vezes preferindo abrirmão de estar mais em casa com a família pra se dedicar mais ao trabalho, há de lembrar se que, dependendo da realidade, os problemas dessa escolha certamente aparecerão, pois toda escolha sempre acarreta ganhos e perdas, lucros e prejuízos, o problema hoje em dia que a maioria das pessoas olham sempre pro ganho e para o lucro e acham que darão conta dos prejuízos, que na ideia deles parecem mínimos. 
	Ao analisar, a realidade atual o que nos chama a atenção para um número crescente de ocorrência de violência doméstica, dentro de escolas e outros tipos graves de problemas sociais, o problema, como se pode ver, caros leitores, não fica somente entre quatro paredes, mas se estende a toda uma sociedade.
	A família desconfigurada tende a ter maiores problemas a enfrentar uma situação de saúde-doença com o idoso, a sociedade em si não está preparada para acolher e atender adequadamente o idoso, não sabe lidar com o idoso, desconhece suas atitudes e o próprio processo de envelhecimento, a violência é uma regressão do homem, um pensamento e uma atitude ultrapassada, quando nos tempos antigos, as coisas eram resolvidas na força do braço, através das guerras e conflitos e não pelo diálogo e pela inteligência, a prática da violência é um retorno à idade da pedra. 
2-A PESSOA IDOSA
2.1- O IDOSO
	Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. Todavia, para efeito de formulação de políticas públicas, esse limite mínimo pode variar segundo as condições de cada país. A própria OMS reconhece que, qualquer que seja o limite mínimo adotado, é importante considerar que a idade cronológica não é um marcador preciso para as alterações que acompanham o envelhecimento, podendo haver grandes variações quanto a condições de saúde, nível de participação na sociedade e nível de independência entre as pessoas idosas, em diferentes contextos.
	O idoso configura em nossa sociedade uma parcela significativa de nossa população ativa. (IBGE, 2011)
	Falar em idosos remete-se ao sinônimo da palavra velho, gasto, usado, sem falia, estes e outros conceitos deturpados sobre a velhice a muito fazem parte de nossa cultura e que infelizmente ainda são uma realidade de nossa sociedade, que por mais que alguns desses conceitos não sejam mais usados ainda precisamos melhor no trato com nossos idosos.
	As mudanças em nossa sociedade interferem e muito na qualidade de vida que esse indivíduo poderá ter quando chegar a velhice, o idoso, assim, como todos os outros indivíduos de nossa sociedade estão expostos a estas mudanças e assim podem influenciar no seu perfil. 
	Ser ou não velho, passa por uma questão de status, cada individuo deve valorizar as suas ações, e assim definir-se como tal. O idoso em nosso País ainda ocupa um lugar não privilegiado em nossa sociedade, apesar das várias mudanças, no modo de vida, das políticas públicas em prol do idoso, das garantias de seguridade e das leis que defendem o idoso contra maus tratos e garantes a sua dignidade enquanto cidadão, ainda temos um longo caminho a percorrer para estabelecer metas e fins para um envelhecimento de qualidade para nossos idosos.
	Os idosos ocupam cada vez mais espaço na sociedade Brasileira e a expectativa de vida passou para 73,1anos . Entre homens passou de 66,3 para 69,4anos.
	O cerne do problema é que com o envelhecimento da população significa um aumento substancial dos gastos públicos, na área da saúde, e em outros setores.
	Outra consequência é que a população idosa terá cada vez menos apoio familiar, por causa da presença feminina no mercado de trabalho e das mudanças no valores familiares .
	O estudo do processo de envelhecimento é chamado gerontologia, enquanto o estudo das doenças que afetam as pessoas idosas é chamado geriatria. Embora exista em alguns países o Estatuto do Idoso, que "garante" direitos a essa população que já tem idade avançada.
	Um dos Direitos Fundamentais do idoso é a vida que deve ser entendida no seu contexto geral, ou seja, viver com qualidade e dignidade, porque nenhum idoso deve ser desrespeitado e nem ter uma vida na qual a dignidade não esteja como princípio. Até mesmo porque certas situações a que são submetidos os idosos, não podem ser consideradas como vida.
Colabora com a análise acima o artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 que diz que:
.Art 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no pais a inviolabilidade do direito a vida, à liberdade, à igualdade ,à segurança e à propriedade.  
	A violência contra o idoso é um fator que pode ser vista de diversas formas, podendo ser definida como a qualidade de violento; ato violento; constrangimento físico ou moral; força; coação ou o agir de forma brusca, desarmonizando uma determinada situação através da força física, moral ou psíquica, com ameaças ou ações concretas.
Segundo Mynayo ( 2002 p 14)
O que torna a velhice sinônimo de sofrimento é mais o abandono que a doença; a solidão que a dependência. Assim, nesta introdução, quatro aspectos centrais serão enfatizados, pois traduzem a síntese do pensamento dos autores: o envelhecimento como híbrido biológico-social; o envelhecimento como problema; o envelhecimento como questão pública; o velho como ator social. 
	 Ao se fazer um estudo sobre a violência compreende-se que esta pode ser pública ou privada; contudo, percebe-se que a pública é mais visível, pois influencia toda a sociedade. A privada é mais desconhecida, pois envolve poucas pessoas, como é o caso da violência familiar.
	 A violência se instala com uma velocidade assustadora e todos se tornam agentes passivos e ativos da violência, ou seja, se respondem com violência à violência está-se agindo ativamente, mas se não a faz ser percebida age-se passivamente. 
		Verifica-se que as causas da violência são inúmeras, o que certamente provoca uma insegurança ao se fazer o diagnóstico de todas elas. Alguns sociólogos, psicopedagogos, psicólogos apontam situações que levam mais riscos para os casos de violência, tais como o abandono familiar, a negligência, maus tratos, abuso sexual, a autoridade abusiva dos filhos e outras situações de risco, como o uso de drogas.
	 
A importância do reconhecimento dos direitos sociais por meio da normatização de instrumentos legais, que são imprescindíveis na garantia dos direitos dos idosos. Contudo, apesar da existência desse aparato materializado na Constituição Federal de 1988, na Política Nacional do Idoso de 1994 e no Estatuto do Idoso (lei nº 10.741) de 2003, entre outros, percebe-se a ausência de políticas sociais eficazes por parte do Estado que visem garantir que a família cumpra seu papel no que se refere à proteção e ao cuidado ao idoso, tendo em vista que esta é uma questão que envolve inúmeras variáveis e a necessidade de uma articulação em rede. (Mariana Cavalcanti Braz Berguer, Deborah Santiago Leite Cardozo Violência contra idoso no contexto familiar).
	Dentro desse contexto, através da análise da pesquisa e estudos percebe-se que as principais causas que deterioram o ambiente familiar são a pobreza, violência doméstica, alcoolismo, dependência química, ausência de valores e sentimentos que buscam a proteção da dignidade humana.
3-.AS LEIS DE PROTEÇÃO AOS IDOSOS.
3.1-A proteção aos idosos no Brasil 
	O modelo brasileiro de proteção social configurou-se com um misto de elementos presentes nos modelos liberais, conservadores e ainda, nos regimes social-democratas. Dessa forma, a sociedade sempre esteve dividida entre os educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
	O estatuto do idoso, Lei 10.741, de 1° de outubro de 2003, tem como objetivo promover a inclusão social e garantir os direitos desse cidadãos. Os 118 artigos dispostos em sete títulos ampliam seus direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos e institui penas severas para quem desrespeitarou abandonar cidadãos da terceira idade.
	Em 2003 foi criada a Lei 10.741 que dispôs sobre o Estatuto do Idoso dentro de nossa Constituição Federal, trazendo as ressalvas e ampliando as necessidades do idoso, trazendo relevância nos aspectos processuais e penais;
Art. 1° É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos
.
Art. 2° O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Nessa lei foram estabelecidas providências quanto ao atendimento prioritário, do direito à vida, da dignidade da pessoa humana e da liberdade do cidadão da terceira idade. O Estatuto do Idoso representa um avanço real das necessidade, direitos e deveres para com o idoso em nossa sociedade, levando em consideração que as relações sociais do idoso são dispostas com clareza e eficácia perante os preceitos legais.
A proteção do idoso em meio ao seio familiar, foi umas das principais defesas desse texto, vale apena ressaltar que tal atribuição não deveria nem fazer parte desta lei, visto que a garantia a saúde, alimentos, moradia, e o mais especial de todos a integridade física e mental, que poderia ser afetada por meio de maus tratos não deveria ser realizado com idosos por seus familiares, mas, como, infelizmente ainda nos deparamos com essa realidade a referida lei criou um artigo referente a esta proteção que é dever da família o assegurar
Art. 3º - É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
	A politica nacional do idoso (PNI), Lei 8.842,de 4 de Janeiro de 1994, trouxe nova perspectiva para o atendimento ao idoso, ainda que de um modo menos abrangente que o estatuto do idoso, a garantia de direitos sociais, do idoso nos diversos parâmetros, tem como objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, para assim promover sua autonomia , integração e participação efetiva na sociedade.
Faleiros (2006) afirma que:
As políticas sociais ora são vistas como mecanismos de manutenção da força de trabalho, ora como conquistas dos trabalhadores, ora como arranjos do bloco no poder ou bloco governante, ora como doação das elites dominantes, ora como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do cidadão.
	Inserido no contexto brasileiro as pessoas idosas, também sofrem com as expressões da questão social e suas mazelas. Desta forma, embate entre exclusão e direitos, a sociedade luta pela proteção e de promoção deste público. Duas formas que se expressam estas lutas são a legislação e as politicas sociais criadas para os mesmos.
  	A partir da compreensão dos direitos humanos que formam um conjunto de garantias a dignidade humana-positivas, exigíveis ,judiáveis, que são universais, indivisíveis e interdependentes e que em sua efetivação implicação articuladas e conscientes, estruturais e sustentáveis e a responsabilidades do estado se impõe para sua consolidação , estando diretamente relacionadas ás politicas públicas que criem condições para tanto.
	 Ao se considerar as condições politicas e institucionais, reunidas em quase onze anos de LOAS, cabe lembrar os avanços conquistados pela sociedade na construção da política de assistência social, decorrência de seu reconhecimento como direito do cidadão e de responsabilidade do Estado. 
	A última década significou ampliação do reconhecimento pelo estado, neste esteio da luta da sociedade brasileira, dos direitos dos idosos. Hoje o Beneficio Prestação Continuada- BPC caminha para sua universalização, como impactos relevantes na redução da pobreza no país
Contudo a consolidação da assistência social como política como política publica e direito nacional ainda exige o enfrentamento de importantes desafios. A IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em dezembro/2003, em Brasília /DF apontou como principal deliberação a construção e implementação o sistema único de assistência social como políticas públicas.(PNAS/2004)
	Outro ponto importe com a criação da referida lei foi quanto a garantia a seguridade do idoso, mediante apresentação da documentação requerida pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ou Previdência Social. Bem como a reserva de 5% das vagas em locais públicos ou privados para o estacionamento de veículos de idosos ou que os transportes, para melhor garantir a sua comodidade, o que, sendo assim, o que mais nos chama atenção na Lei é que, de todas as formas o idoso estará garantido e deverá ser respeitado.
Art. 39º - Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares.
Art. 41 É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988, Lei 10.741 de 2003, Capítulo X, do Transporte).
É assegurado aos idosos atenção integral à saúde por intermédio do SUS-Sistema Único de Saúde, garantindo-lhe universalidade e igualdade em conjunto articulado e contínuo dos serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde , incluindo atenção especial às doenças que afligem os idosos.
Art 33 A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada conforma os princípios e diretrizes previstos na Lei orgânica da Assistência Social , na Politica Nacional do Idoso, NO Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes.(Estatuto do Idoso.)
Os direitos fundamentais dos idosos são conquistas caras que devem ser diariamente afirmadas, severamente defendidas e constantemente renovadas, para inclui novas batalhas necessárias à garantia de uma civilização justa e digna.
A gratuidade em transportes coletivos, mediante a apresentação da carteira de identidade, também foi uma garantia imposta pela lei. Como também o direito a propriedade e da habitação.
Direitos como educação e cultura, também foram garantidos pelo estatuto, que vem a democratizar o acesso à escola pelos idosos, bem como a publicação de livros e exemplares para esta prática, garantindo o fácil acesso a leitura dos idosos e o acesso à cultura e educação de qualidade. A participação de idosos em eventos culturais também foi uma garantia defendida pelo estatuto, proporcionando aos idosos descontos de pelo menos 50% nos ingressos, para fins educativos, culturais e artísticas para a prevalência dos meios sociais como garantias constitucionais. (ESTATUTO DO IDOSO);
Dentre outras palavras, o Estatuto do Idoso e o Governo Federal através de suas atribuições, veio para garantir que o mesmo seja assegurado Constituição, na forma da lei, vem a assegurar que todo brasileiro seja respeitado e que seus direitos e deveres sejam cumpridos, quando não é a ela que deve-se recorrer, e assim, no caso do idoso, é importante que o mesmo conheça sua importância em nossa sociedade, como ser produtor e reprodutor de conhecimento e que merece ser tratado como tal.
3.2-. DIREITOS HUMANOS E O IDOSO
	Resumidamente direitos humanos, são os direitos fundamentais de cada pessoa, de toda. Em palavras, outros direitos humanos são os direitos básicos que toda pessoa tem, independente da sua cor, da sua raça, gênero , orientação sexual, classe social, religião e opinião. Eles são direitos imprescindíveis para que as pessoas vivamplenamente com dignidade.
	 A questão dos idosos é geralmente tratada como um “desafio social”, considerando-se o aumento da população desta faixa etária (acima de 60 anos). São frequentes as interpretações, por exemplo, sobre a manutenção do equilíbrio do sistema de previdência social com o aumento da expectativa de vida no país – um problema a ser enfrentado.
	 Vê-se, pois, a conotação negativa que é dada à velhice, negligenciando se outros aspectos que sem ser observados ,como a valorização do saber e experiência do idoso, a maturidade de pessoas que, não obstante a sua fragilidade física, acumulam inestimáveis experiências de vida que poderiam ser uma fonte riquíssima de conhecimento para os mais jovens
	
	 Esse tema pouco discutido na doutrina jurídica, os direitos da pessoa idosa, à luz da doutrina dos direitos humanos, devem ser colocados em posição de destaque. Assim, para que possam viver com dignidade sua velhice, as peculiaridades dos idosos devem ser respeitadas por todos
	No contexto da sociedade moderna, marcada pela velocidade dos meios de comunicação e de transporte, pela noção de utilidade imediata das coisas e uma evolução tecnológica progressiva, os idosos, muitas vezes, sentem-se alheios a tudo isso. 
Os direitos humanos vêm resgatar a dignidade humana, elevando-a ao patamar de bem jurídico de maior valor de toda a humanidade. Muitos dos idosos acompanharam de perto os fatos que, no último século, conduziram ao fortalecimento da ordem internacional para a defesa dos direitos humanos. Foram duas grandes guerras, a intolerância entre os povos, o ódio, a ameaça de uma guerra atômica. Todo esse longo e doloroso percurso precedeu à Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Organização das Nações Unidas em 1948 ( Cartilha dos Direitos Humanos/2005)
.
	Desde aquela data, muitos países – entre eles o Brasil – comprometeram-se a respeitar, de modo absoluto, os direitos humanos tal como declarado naquele documento internacional. No que toca ao direito dos idosos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos dispõe, em seu artigo XXV, que toda pessoa tem direito à segurança em caso de doença, invalidez, viuvez, velhice.
	 Diante desta disposição, resta perguntar que tipo de segurança a sociedade brasileira está oferecendo aos idosos. Será que os idosos de nosso país sentem-se amparados, recebendo toda a assistência e cuidados exigidos pela idade? Existem direitos especiais para a proteção nesta fase da vida, que todos devem conhecer.
 
	A Constituição Federal do Brasil, de 1988, assimilou os princípios universais de respeito aos direitos hum anos, reconhecendo a dignidade humana como um dos fundamentos desse Estado (art. 1.º, III). Isso significa que toda a construção da sociedade brasileira deve estar pautada no respeito aos direitos humanos. Em seguida, a Constituição apresenta como objetivo do Brasil construir uma sociedade solidária (art. 3.º, I)
	Além das diretrizes do Estado, a Constituição Federal estabelece também direitos e deveres dos seus cidadãos. Quanto ao idoso, a Constituição determina que:
A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida” (art. 230,).
.
	Importante salientar aqui a promulgação recente do Estatuto do Idoso, que traz os principais direitos desse grupo de pessoas. Trata-se de uma conquista para a efetivação de tais direitos, uma vez que esta lei tem um caráter protetivo e forma a base para a reivindicação de atuação de todos (família, sociedade e Estado) para o amparo aos idosos. Partindo-se desta disposição constitucional, cabe, agora, analisar qual é, efetivamente, o papel da família, da sociedade e do Estado em relação aos idosos. 
Ao abordar o papel do Estado em assegurar os direitos dos idosos, sempre é bom lembrar os princípios que regem este país, expressos na Constituição Federal: (a) o Brasil tem como fundamento a dignidade da pessoa humana (art. 1º , III da CF); (b) seu objetivo é construir uma sociedade livre, justa e solidária e (c) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º , I e IV da CF); (d) nas relações internacionais, rege-se pelo princípio da prevalência dos direitos humanos (art. 4º , II).( cartilha Dos direitos humanos/2005)
	É importante frisar todas essas normas, pois são elas que, imperativamente, devem orientar qualquer ato dos Governos, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Considerando que as políticas de atendimento ao idoso resultam de uma articulação entre vários órgãos do governo, em 1994 foi promulgada a Lei n.º 8.842, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso. Esta lei teve a finalidade de definir as diretrizes e procedimentos para que fossem realizados os direitos sociais do idoso, determinando-se a competência dos órgãos e entidades públicas na assistência ao idoso.
	 A organização e gestão da política de atendimento ao idoso foram delegadas aos conselhos nacional, estaduais, do Distrito Federal e municipais do idoso. Esses conselhos são órgãos permanentes, que devem ser compostos por representantes do poder público e da sociedade civil. 
	Muito do que deve ser feito às pessoas idosas depende da atividade governamental, que deve atuar de modo a garantir aos idosos: atendimento preferencial; acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social local; prevenção de ameaça ou violação aos seus direitos; recebimento de alimentos caso a família não tenha condições; direito ao atendimento domiciliar, quando não for possível a locomoção; direito de receber remédios gratuitamente; direito de acompanhamento ao idoso internado; direito a educação, lazer e cultura; direito ao exercício da atividade profissional; direito aos benefícios da previdência, como aposentadoria e pensão; direito à assistência social; à habitação; gratuidade no transporte e acesso à justiça. Assim, cabe ao Ministério Público fiscalizar as atividades do estado e se necessário acionar o Poder Judiciário para exigir o respeito às garantias e direitos dos idosos.
3.3--A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E O IDOSO
	Com o aumento da expectativa de vida aumentando, a sociedade se depara com o grande numero de idosos e um grande desafio a ser cumprido, lutar para que eles tenham uma vida digna, baseada no respeito dos seus direitos.
	Mas tamanha constância faz parte de um glorioso avanço histórico do ordenamento jurídico pátrio cujo, em face de “lutas sociais e políticas”, sempre teve como marco a perquirição de uma dignidade melhor para seus povos. Desse modo, resta límpido que a relevância de compreender a Constituição de um Estado é ter como núcleo os Direitos Fundamentais, principalmente no tocante à Dignidade da Pessoa humana.
	Segundo o (portal são Francisco):
Atualmente o Brasil é sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas, Neste diapasão, alerta-se o Governo brasileiro para a necessidade de se criar, o mais rápido possível, políticas sociais que preparem a sociedade para essa realidade.
	Art. 230, A família, a sociedade e o Estado têm o dever de ampara as pessoas idosas, assegurando a participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantido -lhe o direito à vida.(CF/1988).
	
	Em acordo com o artigo 2° da Lei 8842/94 “considera-se idoso [...] a pessoa maior de sessenta anos de idade”. Veja, por essa conotação de idade e face à sociedade, verifica-se que aquele indivíduo que se enquadra no conceito de idoso difere, e muito, de outras categorias etárias.
	No seu âmbito familiar são nítidas radicais mudanças decorrentes de relevantes motivos sociais e biológicos. Ora, vê-se no cerne do idoso uma experiência de vida marcada por profundas modificações familiares, como a ausência dos próprios pais ou mesmo do cônjuge – faltas estas que deparam com a perda de relacionamentos afetivos.
	O mercado de trabalho é outra mudança social enfrentada pelo idoso, vistoque há dificuldades para nele manter-se ou, mais ainda, para nele se adentrar. Em contrapartida, as debilidades orgânicas também estão presentes nessa dolorosa caminhada.
	A temática da Assistência Social está inserida no contexto constitucional da Seguridade Social e da ordem social, sendo o primeiro valor a dignidade da pessoa humana, o qual pode ser considerado como fonte de todos os demais. É da natureza social do homem que decorre a preocupação de todos com o respeito à dignidade. Em toda a vida social essa dignidade estará presente.
	A Constituição Federal consagra no artigo 1º, III, como princípio universal, como seu fundamento, a dignidade da pessoa humana, resultando na obrigação do Estado em garantir um patamar mínimo de recursos, capaz de prover-lhes a subsistência.
	Contudo, o Direito realiza-se com a interpretação da lei, a qual, necessariamente, deve levar em consideração a realidade social, política, econômica e cultural da sociedade, e sempre pautada à luz dos princípios constitucionais e direitos fundamentais juntamente com o método da ponderação de bens.
	Assim, para se fazer justiça deve-se colocar plenamente em prática os dispositivos constitucionais, para somente assim, satisfazer os anseios dos cidadãos brasileiros e respeitar seus direitos fundamentais - direito a uma vida digna e, para isso, o direito à prova deve estar conectado à dignidade da pessoa, a fim de que seja possível sua emancipação e plena inclusão social, esclarecendo os pontos divergentes.
3.4 DIREITO À VIDA, LIBERDADE, RESPEITO E DIGNIDADE;
	Um dos Direitos Fundamentais do idoso é a vida que deve ser entendida no seu contexto geral, ou seja, viver com qualidade e dignidade, porque nenhum idoso deve ser desrespeitado e nem ter uma vida na qual a dignidade não esteja como princípio. Até mesmo porque certas situações a que são submetidos os idosos, não podem ser consideradas como vida.
	Não há que se discutir sobre o fato desta classe ser tão esquecida e ao mesmo tempo rica em experiências e necessidades tanto no aspecto psicológico como no físico. Partindo desta base, houve uma preocupação que resultou no Estatuto do Idoso que amplia e assegura às pessoas idosas acima de 60 anos os direitos fundamentais que eles têm, como direito à vida, à liberdade, ao respeito e à dignidade.
	Embora o estatuto respalde o direito à vida e à saúde do idoso, no qual o Estado tem por obrigação resguardar a vida como um direito natural, bem maior, pois sem ela jamais teria como ser protegido um direito essencial como este, e resguardar a vida é cuidar e dar condições suficientes para um envelhecimento saudável, tratado com respeito e dignidade, sendo esta dignidade muito cuidada para que o idoso não se sinta ofendido, desrespeitado, ameaçado. Resguardar a vida significa por obrigação cuidar para que o idoso não sofra maus tratos, violência física e psicológica, pois a vida tem como principio a dignidade respeito e liberdade, sendo que um não existe sem o outro, porém, um princípio jamais se solidificará sem estrutura, sendo a vida, estruturada pela dignidade e respeito.
O Estatuto do idoso garante:
Art 8º o envelhecimento é um direito personalíssimo e sua proteção um direito social, nos termos da Lei e da legislação vigente.
	Se o idoso não possuir liberdade e direito de ir e vir, de frequentar lugares públicos, sociais sem ter medo de ser discriminado, de poder se mover e movimentar, ele ficará preso ao sistema em que vivemos, não podendo mais ter a mesma rotina de antigamente. Isto significará que ele terá que ficar em casa repousando. Tirar a liberdade do idoso é mais do que excluir, pois, com este pensamento referente à conotação da palavra idoso, estamos contribuindo para o esquecimento e o desprezo desta classe, uma vez que quem só fica em casa não possui vida social, familiar e não pratica atividades que lhe façam bem, sendo, portanto, excluído e discriminado. 
	Estes fatores agem mais rápido do que um veneno para nossa terceira idade. Devido a isso este princípio resguarda livre acesso aos mais velhos, devendo sempre ser propiciadas medidas urbanas facilitadoras para a locomoção do idoso, como fontes de água potável, bancos de descanso em praças e jardins, desde que bem cuidados e seguros para não colocar em risco a vida do idoso, corrimãos e rampas de acesso em locais públicos, dentre outros.
	 Neste sentido outro direito que reúne praticamente todos os outros direitos fundamentais é o direito ao respeito e à dignidade humana, pois como podem ter dignidade nossos idosos que vivem em situação em que são desrespeitados diariamente, não tendo qualidade de vida, sem liberdade, sem saúde, sem moradia, e sem alimentação? A dignidade, sendo um direito fundamental, é um dos pontos máximos da defesa legal de um ser humano. Observa-se, assim, que, nos atentando a prestar alguns cuidados em relação à vida, à liberdade, à dignidade e ao respeito, poderemos tornar a vida desta terceira idade mais prazerosa e saudável, oferecendo um envelhecimento digno e saudável..
	Enquanto unidade básica social, a família deve ser mantida e preservada. Os idosos configuram uma nova forma de vida e de cultura, onde o importante é o estabelecimento de regras de convivência que transmitam concepções éticas e de valor social, igualmente com os valores religioso, de sexo, políticos e longe de preconceitos e fundamentado no amor e respeito ao próximo, que é o que o idoso deve esperar dos seus entes queridos, de sua família.
	A família é o ponto de apoio desse individuo em processo de envelhecimento, necessitando de amor, carinho, atenção, e é na família que ela procura seu melhor abrigo, seu conforto, infelizmente, vivenciamos em nossa atual conjuntura social e familiar uma realidade diferente, famílias negligenciando a sua responsabilidade e deixando de lado aqueles que mais necessitam de atenção e compreensão, contudo, fica claro que o idoso necessita de leis ainda mais rígidas no sentido de punir aqueles que lhe faltam com a responsabilidade, pois a nossa lei é eficaz, mas se depara com a lentidão do sistema que acaba por não punir familiar negligentes com seus idosos e assim continuam num ciclo vicioso.
 4-. A INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL:
4.1- O papel do assistente social no enfrentamento da violência contra o idoso:
	O assistente social é um profissional liberal, o qual compete atuar por meio de políticas públicas, empresariais de organização da sociedade civil e movimentos sociais, apresentadas em formação intelectual e cultural generalista críticos das relações sociais e no mercado de trabalho .
	Ao assistente social, mesmo mantendo vínculos institucionais, a profissão garante uma relativa autonomia nas relações com seu usuários, estabelecendo um código de ética da profissão .
	A profissão do serviço social é regida por duas normas, Lei de regulamentação profissional -Lei 8.662/93 ( BRASIL,1993) e os princípios estão norteados pelo código de Ética do Assistente Social; fundamente-se nos valores humanistas tem como propósito , mediar as relações sociais diante das politicas de direitos sociais, as quais integram as legislações sociais vigentes, tendo conduta direcionada em parâmetros a legislação do país, como a Constituição da República Federal de 1988, considerada uma carta cidadã, a qual inclui assistência social no tripé da seguridade social junto com a saúde e a previdência social.
	O assistente social constantemente elabora, em atendimento social, em atendimento social individual, em grupo, em visita domiciliar ou mesmo em visita em instituições a rede de proteção social, que muitas vezes, determina se o usuário será beneficiado com um programa ou não, se uma criança vai para uma família substituta, ou se a família perderá o poder pátrio de seu filho, ou mesmo analisar e intervir quando o idoso e vitima de violência.
A prevenção tem como principal objetivo evitar as diversas manifestações da violência contra a pessoa idosa, detectando situações e fatores de risco e a efetiva intervenção nas suas consequências.Para prevenir é preciso ferramentas que subsidiem a prática assistencial cotidiana em busca da melhoria integral da qualidade de vida das pessoas idosas, incluindo a valorização dos riscos e sobretudo a intervenção dos profissionais , preferencialmente quando feita por uma equipe interdisciplinar. (caderno de violência contra pessoa idosa)
	Se o profissional suspeitar que o idoso é vítima de violência ele deve Realizar uma avaliação detalhada da situação da possível vítima, que avalie inclua aspectos médicos, psicológicos, sociais e etc.
	Vários fatores importantes podem ser inumerados para uma intervenção eficiente :
· Manter o equilíbrio entre a proteção e a vitima e decidir se é necessário ou não a intervenção;
· Avaliar o risco de morte ou lesão grave para vitima e decidir pela se é necessário a intervenção urgente ou não;
· Observar a intencionalidade ou do agressor e analisar o histórico:
· Registrar detalhadamente todos os dados da historia;
	O profissional deve assegurar as confidencialidades das informações, que estão sendo relatadas à eles, evitando que ponha em maior risco a pessoa em situação de violência 
O código de ética afirma:
Art.16--O sigilo protegerá o/a usuário/a em tudo que o/a assistente social tome conhecimento, como decorrência do exercício da atividade profissional.
 	A necessidade de compreender a intervenção nas diferentes esferas do contexto social é uma condição fundamental para uma interlocução analítica estadual e municipal como também com outros profissionais. O Código de Ética Profissional dá o norte na prática da profissão, ou seja, as leis regulamentam a profissão dando condições para um trabalho com respaldo.
 
4.2 AS CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA SOFRIDA PELO IDOSO:
	Os estudos analisados apontaram as consequências físicas na violência contra idosos, muito mais do que as consequências emocionais ou financeiras. Estudos que analisou a ocorrência de maus tratos praticados no domicílio contra 60 idosos de ambos os sexos, por meio da análise de laudos de exames do corpo de delito, demonstrou que o tipo mais recorrente de ferimento foram as lesões superficiais em ombros e braços, responsáveis pelo óbito de dois dos idosos. Outro dado relevante foi a constatação de que a maioria dos idosos não procurou assistência médica para os maus tratos sofridos. 
	Outras pesquisas revela que a violência, além de prejudicar a convivência harmoniosa entre os familiares, provoca o adoecimento. Diante desse quadro é fundamental que a sociedade, como um todo, dar devida atenção à pessoa idosa, com elaboração de alternativas para o fim de acabar as causas das diversas violências que envolve grande parte da nossa população, e evitar as consequências da agressão . Na publicação realizada pelo Ministério da Saúde, a violência acometida contra o indivíduo idoso é considerada uma violação aos direitos humanos, consistindo em uma das causas mais relevantes de lesões, doenças, perda da produtividade, isolamento e desesperança. 
4.3-PREVENÇÃO
	O melhor remédio ainda é a Prevenção. São as famílias que devem buscar a melhoria da qualidade de vida desse idoso, através de uma qualidade de vida bem acentuada as pessoas podem envelhecer melhor, e que este tipo de tratamento não seja apenas direcionados aqueles que já estão na terceira idade, mas que seja uma forma gradativa de cuido uns com os outros do ceio familiar.
	Enquanto unidade básica social, a família deve ser mantida e preservada. Os idosos configuram uma nova forma de vida e de cultura, onde o importante é o estabelecimento de regras de convivência que transmitam concepções éticas e de valor social, igualmente com os valores religioso, de sexo, políticos e longe de preconceitos e fundamentado no amor e respeito ao próximo, que é o que o idoso deve esperar dos seus entes queridos, de sua família.
	Por mais que a sociedade esteja em constante evolução, com o tempo e o espaço que ocupa a família deve se manter em meio as diversas transformações, os novos arranjos familiares que surgiram ao longo dos séculos são as respostas que a nossa sociedade deu ao tempo, surgindo da própria formação cultural, social, ética, intelectual e econômica
Segundo Malagutti:
Busca uma reflexão sobre as faces da violência contra a pessoa idosa, oferecendo subsídios para a prevenção de profissionais e da sociedade e principalmente, para a estruturação de políticas intervencionais.( p, 342)
	São as famílias que devem buscar a melhoria da qualidade de vida desse idoso, através de uma qualidade de vida bem acentuada as pessoas podem envelhecer melhor, e que este tipo de tratamento não seja apenas direcionados aqueles que já estão na terceira idade, mas que seja uma forma gradativa de cuido uns com os outros do ceio familiar.
	 As causas da violência podem e devem ser tratadas e prevenidas, grupos de apoio precisam ser criados, pessoas precisam ser atendidas de forma mais digna e melhor serem compreendidas, afinal o cuidado do idoso dependente custa caro, demanda tempo, recursos físicos, emocionais e profissionais adequados, e isso precisa ser uma bandeira a ser hasteada por todos que trabalham com este cuidado.
	O Ministério da saúde (2003), afirma:
Art. 3.º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
	Precisamos cuidar de quem cuida e cuidar melhor dos idosos dependente de um série de mudanças e é compromisso e responsabilidade de todos nós, profissionais, cuidadores, famílias, sociedade e do Estado, isso só se consegue através da unidade de pensamento, atitudes práticas e educação permanente em saúde.
Nesse âmbito, buscar-se-á desenvolver uma parceria entre os profissionais do serviço social, da saúde e as pessoas próximas aos idosos, responsáveis pelos cuidados diretos necessários às suas atividades da vida diária e pelo seguimento das orientações emitidas pelos profissionais. Tal parceria, como mostram estudos e pesquisas sobre o envelhecimento em dependência, configura a estratégia mais atual e menos onerosa para manter e promover a melhoria da capacidade funcional das pessoas que se encontram neste processo.(Núcleo de estudo interdisciplinares sobre envelhecimento ,portaria 1395/GM-Política da Saúde do idoso.)
 
	O revigorar do vínculo social também é um oportunidade encontrada pelo idoso melhorar a sua qualidade de vida, com o resgate de suas experiências de vida, relembrando sua trajetória, com diálogos com outras pessoas, idosas ou não, mas que abram o leque de oportunidade de convívio social desse idoso. Homens e mulheres idosos são diferentes no seu modo de vida, mas, se assemelham no que diz respeito à dificuldade de estabelecer novos vínculos sociais, sendo este um desafio para o idoso e para aquele que deles se aproximam.
Há outros desafios. Dentre estes se encontra o da concepção atual do conceito de idoso que ainda requer muitos debates, tal como a introdução de ações afirmativas para o desenvolvimento das ações que introduzam este membro em meio a sua totalidade em nossa sociedade.
A melhor forma de prevenção ainda é a informação e amor, para que os nossos idosos possam viver com tranquilidade.
5--CONCLUSÃO FINAL:
	A violência praticada contra os idosos em seus domicílios é uma realidade grave e complexa, sendo urgente e necessário a criação de serviços que atendam as necessidades dos idosos vítima de violência, ou seja, a criação de centros para atendimento de vítimas que sejam acolhedores para prestar o serviço necessário, e que efetivamente haja a punição dos agressores. 
	Se viver muito com dignidade é um direito de todo ser humano, já que significa a própria garantia do direito à vida, o Estado precisa desenvolver e disponibilizar as pessoas envelhecidas toda uma rede de serviços capaz de assegurar a todas essas pessoas

Outros materiais