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PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES: ESPECIFICAÇÃO DE PROVAS E RÉPLICA
Após o prazo de contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as chamadas providências preliminares previstas em lei. Tais providências, quando necessárias, buscam organizar o processo para fase procedimental denominada julgamento conforme seu estado, tema que será abordado no próximo tópico. 
Existem duas providências preliminares a serem possivelmente adotadas pelo juiz, após o prazo de contestação do réu:
Intimar o autor para réplica (arts. 350 a 352 do CPC).
Determinar que as partes especifiquem as provas que pretendem produzir (arts. 348 e 349 do CPC).
Na hipótese de o réu não contestar e o efeito material da revelia o juiz determinará que o autor especifique as provas que pretende produzir, se ainda não as tiver indicado na petição inicial (art. 348 do CPC).
A lógica do dispositivo legal ao determinar que o autor especifique as provas nessa hipótese é tão somente uma:
Se não há presunção de veracidade das alegações de fato do autor, seu ônus probatório ainda existe, cabendo a ele comprovar que o que alega na petição inicial é verdade.
Ainda quanto ao art. 348 do CPC, vale registrar que o prazo para especificação de provas não é previsto em lei. Nesse sentido, caberá ao juiz, na referida decisão de especificação, mencionar o prazo de que o autor disporá, caso contrário, será ele de cinco dias (art. 218, §1º e §3º, do CPC).
Se, por outro lado, o réu não contestar e o efeito material da revelia de presunção de veracidade das alegações do autor se operar, não haverá que se falar em ônus probatório do autor para comprovar suas alegações de fato. Afinal, tais alegações serão presumidas verdadeiras e não dependerão de provas, conforme estabelece o art. 374, IV, do CPC. Nesse caso, será lícito ao réu produzir provas que possam contrapor as alegações do autor já presumidamente verdadeiras, devendo apenas, para tanto, comparecer nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção (art. 349 do CPC).
DEFESA PROCESSUAL
O réu alega na contestação alguma das defesas preliminares previstas no art. 337 do CPC (art. 351 do CPC).
DEFESA DE MÉRITO INDIRETA
O réu alega na contestação fato novo, que impede, modifica ou extingue o direito do autor (art. 350).
mérito indireta, o juiz abrirá prazo de quinze dias para que o autor se manifeste em réplica acerca das novidades trazidas pelo réu, permitindo-lhe, ainda, a produção de provas. 
mérito direta na contestação, não há que se falar em oferecimento de réplica. Isso porque, na defesa de mérito direta, o réu limita-se a negar, frontalmente, a ocorrência dos fatos constitutivos do direito do autor ou suas consequências jurídicas. Com efeito, o legislador dispensou que o autor, nesse caso, fosse intimado em réplica apenas para reforçar o que já havia dito na inicial. Afinal, o objetivo da réplica, como já dito, é facultar ao autor a oportunidade de se manifestar a respeito das matérias novas expostas pelo réu, em respeito ao princípio do contraditório.
JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
Passada a fase das providências preliminares, inicia-se a fase de julgamento conforme o estado do processo. Na referida fase, o juiz profere uma das seguintes decisões:
Extinção do processo sem resolução do mérito com base nas hipóteses do art. 485 (art. 354 do CPC).
Extinção do processo com resolução do mérito com base nas hipóteses dos arts. 487, II e III (art. 354 do CPC).
Julgamento antecipado do mérito, total ou parcial (art. 355 e 356 do CPC).
Decisão de saneamento e organização do processo (art. 357 do CPC).
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO
A primeira opção do juiz é proferir sentença julgando extinto o processo sem resolução do mérito, com base em uma das hipóteses do art. 485 (art. 354 do CPC) – por exemplo, em virtude de coisa julgada. Tal julgamento ocorre quando não houver mais como prosseguir com o processo, em razão da existência de vício processual insanável.
MOMENTO ANTERIOR
Como é o caso de quando o juiz indefere a petição inicial e julga extinto o processo sem resolução do mérito.
MOMENTO POSTERIOR
Tendo em vista que se trata de matéria de ordem pública não sujeita à preclusão.
EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO
A segunda opção do juiz é proferir sentença julgando extinto o processo com resolução do mérito, com base nas hipóteses dos arts. 487, II e III (art. 354 do CPC). Ou seja, é proferida sentença que decide sobre a ocorrência de decadência ou prescrição (art. 487, II) ou que homologa o reconhecimento da procedência do pedido, a transação ou renúncia à pretensão (art. 487, III).
JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO
A terceira opção do juiz é o julgamento antecipado do mérito, que pode ser total (art. 355 do CPC) ou parcial (art. 356 do CPC) – julgamento de procedência ou improcedência.
JULGAMENTO ANTECIPADO TOTAL
PRIMEIRA HIPÓTESE
A primeira hipótese de julgamento antecipado do mérito ocorre quando o juiz verifica que não há necessidade de produzir outras provas nos autos (art. 355, I do CPC).
Exemplos de situações em que isso ocorre: quando a prova documental já existente nos autos se demonstra suficiente para a formar a convicção do juiz, ou quando, após a contestação, houver apenas questões de direito a serem resolvidas pelo juiz.
SEGUNDA HIPÓTESE
A segunda hipótese de julgamento antecipado do mérito acontece quando o réu for revel, ocorrer o efeito material da revelia (que é a presunção de veracidade das alegações formuladas pelo autor) e não houver requerimento de prova pelo réu, na forma do art. 349 (art. 355, II, do CPC).
JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL
Ocorre quando apenas parcela do objeto do processo tem condições de ter seu mérito julgado. Segundo o art. 356 do CPC, o juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso (o que ocorre quando o réu pratica ato de autocomposição unilateral; é o caso, por exemplo, de quando reconhece parcela da quantia cobrada contra ele numa ação indenizatória).
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 (o que acontece quando não há necessidade da produção de provas).
A decisão que julga antecipada e parcialmente o mérito pode reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida (art. 356, §1º do CPC), sendo autorizada a parte liquidar ou executar tal obrigação, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto (art. 356, §2º, do CPC).
O legislador ressalta, ainda, que, na hipótese do § 2º, havendo o trânsito em julgado da decisão, ela se tornará definitiva (art. 356, §3º, do CPC) e fará coisa julgada (art. 503 do CPC).
Por fim, o §4º do art. 356 do CPC estabelece que a liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
SANEAMENTO DO PROCESSO
A quarta opção do juiz, na fase de julgamento conforme o estado do processo, é proferir decisão de saneamento e organização do processo (art. 357 do CPC). Essa decisão será prolatada sempre que o processo não for extinto, seja por:
Sentença com resolução do mérito (art. 355 do CPC)
Sentença sem resolução do mérito (art. 354 do CPC)
A decisão de saneamento e organização do processo é um ato processual complexo, na qual cabe ao magistrado preparar o processo para a atividade instrutória. Nessa decisão, o juiz:
Resolve as questões processuais pendentes, se houver.
Delimita as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos.
Define a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373 do CPC.
Delimita as questões de direito relevantes para a decisão do mérito.
Designa, se necessário, audiência de instrução e julgamento (art. 357 do CPC).
Examinemos cada um dos pontos.
RESOLVE QUESTÕES PROCESSUAIS PENDENTES
Nos termos do art. 357, I, do CPC, cabe ao juiz na decisão saneamento e organização do processo resolver as questões processuais pendentes, se houver. O objetivo do ato é sanareventuais defeitos processuais ainda presentes no processo, de modo a permitir que o processo prossiga regularmente, sem vícios, para a fase instrutória.
DELIMITA QUESTÕES DE FATO
Nos termos do art. 357, II, do CPC, deve o juiz delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos.
O objetivo do inciso é otimizar a atividade instrutória, afinal, se o juiz é o principal destinatário da prova, cabe a ele determinar quais são os fatos controversos que precisam ser comprovados e quais serão as provas utilizadas para cada um deles, tudo para que assim possa formar sua convicção.
DEFINE DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA
Por força do art. 357, III, do CPC, o juiz deve definir a distribuição do ônus da prova, observando o art. 373 do CPC. Trata-se do momento em que o juiz decide a quem incumbe o ônus da prova de cada fato, podendo fazer, se necessário, eventual redistribuição, nos termos do art. 373, §1º, do CPC.
DELIMITA QUESTÕES DE DIREITO RELEVANTES
O art. 357, IV, do CPC institui que cabe ao juiz delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito. Da mesma forma que a delimitação das questões de fato feita pelo juiz é relevante para que forme sua convicção, o mesmo pode ser dito em relação às questões de direito. Afinal, embora não precisem ser comprovadas, uma vez delimitadas as questões de direito pelo juiz, otimiza-se o debate jurídico travado entre as partes, que já saberão de antemão quais questões de direito o juiz considera relevante para o seu julgamento.
DESIGNA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Nos termos do art. 357, V, do CPC, cabe ao juiz designar, se necessária, audiência de instrução e julgamento. O juiz marcará a audiência de instrução e julgamento apenas se tiver admitido a produção de prova oral (depoimento pessoal e testemunhal). Conheça o procedimento de produção de provas para as seguintes hipóteses:
PROVA TESTEMUNHAL
O juiz fixará prazo comum não superior a quinze dias para que as partes apresentem lista de testemunhas (art. 357, §4º, do CPC), com a limitação de dez testemunhas a serem arroladas, sendo três, no máximo, para a prova de cada fato (art. 357, §6º, do CPC). Cabe ressaltar, no entanto, que o juiz poderá limitar o número de testemunhas para abaixo do permitido legalmente, levando em conta a complexidade da causa e dos fatos individualmente considerados (art. 357, §7º, do CPC).
PROVA PERICIAL
O juiz deve, desde já, na decisão de saneamento e organização do processo, nomear perito e fixar prazo para entrega do lado, estabelecendo, ainda, se possível, calendário para sua realização (art. 357, §8º, do CPC).
Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações (art. 357, §3º, do CPC).

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