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Antropologia e Sociedade - Prova

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - CAMPUS SULACAP 
Disciplina: Antropologia e Sociedade Professor: Dr. Nilton Rodrigues 
Larissa Teixeira de Andrade Dias – 201902761081 Turma: 1007 
 
 
1 - O "transformar o exótico em familiar” é o ato de transformar o que é 
desconhecido em conhecido, comum, é se familiarizar com o estrangeiro, construir ideias 
sobre o que aquilo que é distante e diferente para gente. E com “transformar o familiar 
em exótico” ele diz que se deve manter uma distância do que está sendo estudado, não se 
envolver emocionalmente e para não formar um ponto de vista sobre ele, deve-se manter 
um estranhamento daquilo que virou parte de seu cotidiano para assim estuda-lo. 
 
2 - A cultura vai ser o que difere um ser do outro. Ela está ligada a um estilo de 
vida adquirido por uma pessoa que, inserida em um determinado ambiente, vai obter os 
costumes locais do mesmo e o acentuará. 
Na cultura dos azande a bruxaria é entendida como onipresente, ela está ligada a 
vida cotidiana deles, ela não é a mesma compreendida por nós. Para eles a bruxaria é o 
motivo de determinados eventos ocorrerem. 
“Quando os Azande matam a caça, há uma divisão da carne entre o homem que 
primeiro atingiu o animal e que lhe cravou a segunda lança. Esses dois são considerados 
os matadores do animal, e o dono da segunda lança é chamado o umbaga. Assim, se um 
homem é morto por um elefante, os Azande dizem que o elefante é a primeira lança, que 
a bruxaria é a segunda lança, e que juntas, elas o mataram.” (pág. 179 – 180) 
Quando algo, como o trecho acima fala, acontece e eles entendem aquilo como 
bruxaria, eles também compreendem que não foi apenas a bruxaria que o matou, 
entendem que o elefante foi uma causa da morte a bruxaria outra, mas que as duas o 
mataram. Ela serve como uma ligação, para conectar esses dois eventos, para que só assim 
possam ser compreendidos e que eles consigam entender o que não lhes seria 
compreensível sem ela. 
 
 
3 - Um preconceito racial de origem é quando há uma discriminação por achar 
que uma pessoa faz parte de um determinado grupo étnico, diferente do de marca que 
discrimina a aparência, a cor do indivíduo. 
Alguns exemplos que Oracy deu no texto como o “Quanto à definição de membro 
do grupo discriminador e do grupo discriminado” Aqui o autor fala da diferença que 
ocorre de um preto no Brasil para um preto nos Estados Unidos, por exemplo, aqui no 
Brasil, basta a pessoa não ser branco, que ele já é considerado preto, pardo etc., não 
precisa ir muito além, diferente dos Estados Unidos, que o saber da origem dessa pessoa 
importa. Se uma pessoa, que aqui seria considerada branca, com uma fisionomia comum 
de pessoas brancas, tem uma avó preta, ou uma mãe preta, logo ela é considera preta e 
não o contrário como aqui. 
“A projeção dos conceitos de branco e de negro, de uma situação à outra, leva a 
qüiproquós cuja consideração será útil ao estudo comparativo de “relações raciais”. 
Assim, indivíduos ligeiramente negroides ou completamente brancos e que, como 
brancos, sempre viveram, no Brasil, indo aos Estados Unidos, podem ter a surpresa de 
serem considerados e tratados como negros.” (pág. 295) 
Um exemplo claro para isso é do filme brasileiro, Bacurau, de 2019, dirigido por 
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que tem uma cena onde dois brasileiros 
brancos, estão reunidos com alguns americanos brancos e há uma discussão sobre a etnia 
dos dois brasileiros, porque eles tinham traços mais fortes e por serem do Brasil, um país 
com uma miscigenação alta, eles os consideraram mestiços e isso foi um choque para os 
dois brasileiros presentes. 
 
4 - Em Ensaio sobre a dádiva, Mauss fala sobre os contratos que eram feitos por 
antigas civilizações em troca de presentes e essas trocas não precisavam ser 
necessariamente bens materias, mas sim serviços, mulheres, feiras, crianças, banquetes, 
ritos, danças etc., no qual ele denomina de sistemas de prestações totais. Essas trocas de 
presentes não eram atos bondosos apenas, muitas das vezes era algo de interesse 
individual e econômico. 
Trazendo esse conceito para a sociedade moderna, podemos compreender como o 
conceito da dádiva de Mauss é bastante aplicável em nossas relações. Muita das vezes 
quando damos algo a alguém, nós sempre esperamos algo em troca, isso sendo um bem 
material ou não, como dito à cima. Para a gente a troca é o preceito de tudo, quando não 
sentimentos que o nosso presente foi retribuído de forma igual, isso sempre acaba gerando 
um desconforto. 
Então para Mauss a dádiva seria o conceito de dar, receber e retribuir. 
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