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Antropologia e Sociedade - Prova

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CAMPUS SULACAP 
Disciplina: Antropologia e Sociedade Professor: Dr. Nilton Rodrigues 
Aluna: Larissa Teixeira de Andrade Dias – 201902761081 Turma: 1007 
 
1: Comente a seguinte frase da autora: “a maioria das pessoas nascidas naquela 
cultura assumirá sua inclinação e muito provavelmente a acentuará” (pág. 166) 
 
O trecho acima mencionado pelo autor do livro “Configurações de Cultura na 
América do Norte” está do estilo de vida adquirido por uma pessoa, que inserida em um 
determinado ambiente vai obter os costumes locais do mesmo e o acentuará. Como, por 
exemplo, em relação de país para país, como o Brasil e a Coréia do Sul, o brasileiro tem 
hábitos de vida diferente do coreano, por exemplo, o coreano têm o costume de receber 
um dinheiro com as duas mãos para este demonstrar respeito, é comum também na Coréia 
do Sul existirem centros de estudo para que o estudante possa utilizar para seus estudos 
despois da escola e, aqui no Brasil, isso não é comum, não faz parte da nossa cultura. 
Trazendo isso para o Brasil, podemos enxergar as diferentes culturas que temos também, 
como o sotaque que cada brasileiro possui e, como eles se acentuam dependendo de que 
lugar ele é. Temos, também, exemplos dos diversos nomes que um alimento pode ganhar 
pelo Brasil, como a tangerina, que é assim conhecida no sudeste e no sul já é chamada 
de bergamota, no nordeste de mimosa e também tendo outras variações pelo Brasil. 
Como compreendemos acima a cultura de um indivíduo é diferente do outro 
dependendo do local onde cresceu, mas também existem diferentes culturas até mesmo 
de um grupo para outro, mesmo este morando perto um do outro, como por exemplo, um 
indivíduo que escuta funk para um que escuta rock, eles também têm diferentes hábitos, 
mesmo sendo do mesmo estado, ou até mesmo da mesma cidade, o seu estilo de vida 
também os difere, então, quando o autor falar “a maioria das pessoas nascidas naquela 
cultura assumirá sua inclinação e muito provavelmente a acentuará” (pág. 166), ele está 
falando sobre isso. 
 
2. Para o autor o que é bruxaria? 
 
A bruxaria é entendida como onipresente pelos azande, ela está ligada a vida 
cotidiana deles, como descrito na obra, como o exemplo dessa citação “Se uma praga 
ataca a colheita de amendoim, foi bruxaria; se o mato é batido em vão em busca de caça, 
foi bruxaria; se as mulheres esvaziam laboriosamente a água de uma lagoa e consegue 
apenas uns míseros peixinhos, foi bruxaria; [...]” (pág. 172). 
A bruxaria entendida pelo zande é diferente da entendida por nós, enquanto a 
gente entende a bruxaria como algo pavoroso, o zande não, a bruxaria está sempre 
presente em seu dia-a-dia, logo o zande não se apavora quando ela acontece, ele sente 
raiva, pois ele não fizera nada de erro para justificar ser embruxado. 
Quando o zande fala sobre a bruxaria ser o motivo que determinados eventos 
ocorreram, ele também compreende que não é só porque aquilo aconteceu com ele, e este 
o determinou como bruxaria, que todas as outras vezes que esse evento ocorreu com 
outros indivíduos, não significou que ali também existia bruxaria. O que eles querem 
dizer com isso é que quando um pescador, que sempre tem seus cuidados na hora da 
pesca, que já à pratica a anos e sabe exatamente como deve ser feito, caí do barco, por 
exemplo, isso é bruxaria. A bruxaria é explicação que eles utilizam pra conectar esses 
dois eventos, eles só podem ser compreendidos quando relacionados a ela. 
Sendo assim, dá para entender que os azande não desacreditam das causas 
naturais, mas que eles utilizam a bruxaia como uma “segunda lança”, para que assim eles 
consigam entender o que não lhes seria compreensível sem ela. “Quando os Azande 
matam a caça, há uma divisão da carne entre o homem que primeiro atingiu o animal e o 
que lhe cravou a segunda lança. Esses dois são considerados os matadores do animal, e o 
dono da segunda lança é chamado o umbaga. Assim, se um homem é morto por um 
elefante, os Azande dizem que o elefante é a primeira lança, que a bruxaria é a segunda 
lança, e que juntas, elas o mataram.” (pág. 179 – 180)

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