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PROFESSORA
Dra. Naline Cristina Favatto
Quando identificar o ícone QR-CODE, utilize o aplicativo Unic-
esumar Experience para ter acesso aos conteúdos online. O 
download do aplicativo está disponível nas plataformas:
Acesse o seu livro também disponível na versão digital.
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Educação 
Física Inclusiva
2 
 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jd. Aclimação 
Cep 87050-900 - Maringá - Paraná - Brasil
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor 
Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente da Mantenedora Cláudio 
Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia 
Coelho Diretoria de Cursos Híbridos Fabricio Ricardo Lazilha Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Diretoria de 
Design Educacional Paula R. dos Santos Ferreira Head de Graduação Marcia de Souza Head de Metodologias Ativas 
Thuinie M.Vilela Daros Head de Recursos Digitais e Multimídia Fernanda S. de Oliveira Mello Gerência de 
Planejamento Jislaine C. da Silva Gerência de Design Educacional Guilherme G. Leal Clauman Gerência de Tecnologia 
Educacional Marcio A. Wecker Gerência de Produção Digital e Recursos Educacionais Digitais Diogo R. Garcia 
Supervisora de Produção Digital Daniele Correia Supervisora de Design Educacional e Curadoria Indiara Beltrame
Coordenador(a) de Conteúdo Mara Cecília Rafael Lopes, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho, Editoração Lavígnia da 
Silva Santos, Designer Educacional Amanda Peçanha, Revisão Textual Cintia Prezoto, Ilustração Geison Ferreira da 
Silva, Eduardo Aparecido Alves, Fotos Shutterstock.
U58 Universidade Cesumar - UniCesumar.
Educação Física Inclusiva. Naline Cristina Favatto. - Indaial, SC: Arqué, 
2022. Reimpresso em 2023.
136 p. : il.
ISBN papel 978-85-459-2182-0
ISBN digital 978-85-459-2153-0
“Graduação em Educação Física - EaD”.
1. Educação Física 2. Inclusiva. 4. Naline Cristina Favatto. I. Título.
 CDD - 796.04
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Núcleo de Educação a Distância. 
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
02511251
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/17299
Minha História Meu curriculo
Dra. Naline Cristina Favatto
Olá, querido(a)! Neste espaço, quero compartilhar com você um pouco mais 
da minha história profissional. Após finalizar a graduação em Educação Física, 
minha primeira oportunidade de trabalho foi como professora em uma escola 
de educação especial e a partir daí meus laços com a área nunca mais foram 
desfeitos. Como qualquer professor iniciante, senti receio de não atender 
as necessidades dos meus alunos, mas com o tempo e muita dedicação aos 
estudos comecei a observar o avanço de cada um deles em minhas aulas. 
Após alguns anos lecionando em escolas especializadas e em escolas regu-
lares em turmas com alunos com deficiência, ingressei como professora no 
ensino superior, na Unicesumar! Aqui continuei atuando com a disciplina 
de Educação Física Inclusiva para o curso de graduação em Educação Física 
EAD. Além disso, conciliar meus cursos de mestrado e doutorado durante 
esses anos contribuiu muito para uma aprendizagem efetiva no campo da 
formação de professores de Educação Física.
Associado a toda essa rotina de trabalho e estudos, gosto de praticar atividade 
física, viajar, assistir a documentários e ler livros voltados ao autoconheci-
mento. Além disso, amo compartilhar momentos junto à minha família e, se 
possível, tomando sempre um bom café! 
Link lattes: http://lattes.cnpq.br/5241937170211496
Provocações Iniciais
Educação Física Inclusiva
Você está iniciando esta disciplina, e acredito que muitas pessoas tenham curiosi-
dade a respeito desse conteúdo, e você pode ser uma delas! Talvez, você já tenha 
tido algum contato com pessoas com deficiência, seja na escola, no trabalho ou na 
família, e se indagou sobre como elas realizam as atividades de Educação Física! Ou 
sua curiosidade acerca deste conteúdo tenha sido motivada ao assistir aos Jogos 
Paralímpicos! O que é a Educação Física Inclusiva, afinal? Atividades esportivas 
adaptadas? Estimulação motora? Socialização entre os alunos? 
A proposta desta disciplina é apresentar a você um cenário amplo a respeito 
da pessoa com deficiência e as diferentes formas de desenvolver atividades 
adaptadas, a fim de lhe dar subsídios para o entendimento de como este sujeito 
aprende e se desenvolve nas aulas de Educação Física. Esse desenvolvimento 
transcende o físico, pois leva ao desenvolvimento afetivo, social e intelectual.
A disciplina de Educação Física Inclusiva oferece a você, futuro(a) profissio-
nal da Educação Física, compreender todo o processo histórico que perpassa a 
deficiência, desde a exclusão social até a inclusão e a acessibilidade da pessoa 
com deficiência nos diversos ambientes. Aprender sobre os tipos de deficiências 
mais comuns, sejam elas de origem pré, peri e pós-natal e partir disso traçar 
estratégias de ensino por meio de abordagens que facilitarão a execução de suas 
aulas. Enfim, todo este conhecimento proporcionará a você maior habilidade 
e compreensão de como desenvolver diferentes tipos de atividades de forma 
inclusiva e adaptada para pessoas com deficiência.
Você perceberá que esta disciplina tem o propósito de lhe auxiliar a com-
preender o sujeito que aprende, para que, assim, tenha mais segurança na 
escolha da melhor estratégia de ensino que utilizará. Iniciamos a estruturação 
desse material caminhando por questões históricas até chegar ao cenário 
atual acerca da pessoa com deficiência. Logo em seguida, abordamos ques-
tões sobre a acessibilidade da pessoa com deficiência, transitando sempre 
nos campos educacionais e sociais. Isto posto, realizamos uma prazerosa 
imersão sobre as características das deficiências mais comuns de ordem 
motora, intelectual, visual e auditiva e, a partir disso, colocamos todas as 
nossas atenções nas atividades adaptadas e as melhores abordagens para 
sua utilização. Por fim, dedicamos um momento exclusivo para conhecer 
todos os esportes Paralímpicos de verão e de inverno.
Na prática, esse conhecimento possibilita para você, futuro(a) profissional 
da Educação Física, um diferencial, pois passa a conhecer e entender o processo 
de aprendizagem sobre o olhar da inclusão, indo além das práticas rotineiras 
pautadas em atividades que nunca foram modificadas ou repensadas de forma 
inclusiva. Você, futuro(a) profissional, compreenderá que para cada tipo de 
deficiência existe uma abordagem que se adequa às suas características e, 
assim, promove as suas potencialidades, ou seja, o aluno pode aprender de 
maneiras diferentes e cabe a você buscar a melhor estratégia para possibilitar 
o acesso a essas experiências. 
sumário
UNIDADE I
10 A DEFICIÊNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA
UNIDADE II
28 ACESSIBILIDADE E OS TIPOS DE DEFICIÊNCIAS
UNIDADE III
54 EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA E A DEFICIÊNCIA MOTORA
UNIDADE IV
82 EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA E A DEFICIÊNCIA VISUAL E INTELECTUAL
UNIDADE V
102 ESPORTES PARALÍMPICOS 
Dra. Naline Cristina Favatto
Oportunidades de aprendizagem
Nesta unidade, teremos a oportunidade de aprender sobre 
a história da pessoa com deficiência, assim como refletir 
sobre todo este contexto em que ela se encontra inserida 
desde a Idade Média até os dias atuais. A partir dessa 
contextualização, será possível conceber o processo de 
inclusão da pessoa com deficiência por meio das principais 
leis e decretos que a ampara e compreender a necessidade 
de políticas públicas que amparem essas pessoas em todos 
os âmbitos de sua vida.
A DEFICIÊNCIA AO 
LONGO DA HISTÓRIA
unidade 
I
10 
 
Provavelmente você já deve ter lido ou ouvido falarsobre as dificuldades que as pessoas com deficiência 
enfrentam, assim como todo o misticismo e o preconceito que elas passaram desde a antiguidade até os dias 
atuais. Pois bem, imagine que você nasceu na Idade Média com alguma deficiência e que por este motivo sua 
vida seria ceifada, porque, de acordo com as crenças daquela sociedade, você era fruto de um pecado. Ou 
mais, imagine que você deu à luz a uma criança com deficiência e todos à sua volta te julgam, pois crianças 
com deficiência só nasciam em lares cujos pais haviam cometido um grave pecado, e Deus os castigava com 
a vinda de um filho com deficiência. Já imaginou ser chamado de monstruosidade, defeituoso, débil mental, 
entre outros termos pejorativos, porque você nasceu com algum tipo de deficiência?
Essas reflexões iniciais são de extrema importância, pois você, futuro profissional de Educação Física, 
precisa compreender toda essa caminhada histórica pela qual a pessoa com deficiência perpassou, para que 
possa dar significado e visibilidade em sua prática profissional.
Dentro dessa temática, proponho que você questione aos seus pais, avós ou pessoas mais velhas que você, 
como amigos ou conhecidos, como as pessoas com deficiência eram tratadas antigamente. Você também 
pode procurar em livros e vídeos sobre o assunto. Reflita sobre toda essa riqueza de informações que você 
encontrará e, por alguns minutos, se coloque no lugar delas e tente compreender todas as suas necessidades 
educacionais e sociais que não foram atendidas naquele período. 
 11
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Neste breve exercício de compreender como essas pessoas viviam neste período, acredito que você deve 
ter recebido muitas informações que lhe causaram espanto, assim como um grande desconforto ao se colocar 
no lugar deles, não é mesmo? Então, agora, é a hora de você colocar, em seu Diário de Bordo, todas essas 
informações e sensações que você experienciou durante a execução desta tarefa! 
A partir dessas discussões te convido agora a fazer uma imersão rica e cheia de muitas informações impor-
tantes além várias curiosidades!
Por meio de uma perspectiva histórica, os autores Kirk e Gallagher (1987), Mendes (1995) e Sassaki (1997) 
delinearam quatro importantes fases acerca do desenvolvimento do atendimento à pessoa com deficiência. 
Essas fases nos trazem uma riqueza de informações que se inicia na Idade Média desde a compreensão da 
existência da pessoa com deficiência e se finda nas Políticas Educacionais mais atuais voltadas à Educação 
Especial no Brasil.
12 
 
1ª FASE:
A primeira fase, datada na Idade Média, destaca-se 
como o período mais complexo para a pessoa com 
deficiência. Nesta fase, devido às crenças religiosas, as 
pessoas acreditavam que o nascimento de uma pessoa 
com deficiência estava ligado ao pecado. Isso mesmo, 
aquela sociedade acredita que se uma criança deficiente 
nascia era certamente porque seus pais haviam come-
tido um grave pecado e como um castigo divino este 
casal dava à luz a uma criança com deficiência. Sobre 
este período, Adams, Bell e Griffin (2007) destacam que 
a deficiência era vista como atuação de maus espíritos 
e do demônio, sob o comando das bruxas, e também 
resultado da ira celeste e castigo de Deus.
Nesta fase, essa criança era entendida como cas-
tigo, não somente aos olhos da família, mas por toda 
a sociedade. Toda esta crença e misticismo acerca da 
deficiência fazia com que os próprios pais escon-
dessem da sociedade seus filhos com deficiência e, 
em casos mais extremos, eram mortos, pois dentro 
desse contexto, ao expor um filho deficiente para a 
sociedade, mostravam-se também os pecados que 
estavam associados a elas. De acordo com Sullivan 
(2001), na Grécia, por volta de 480 a.C., as crianças, 
ao nascer, eram examinadas e, quando apresentavam 
alguma deficiência, eram atiradas de um cume de 
2400 m de altitude por não estarem dentro do padrão 
físico adequado. 
E no que concerne aos que receberam corpo 
mal organizado, deixa-os morrer [...]. Quanto 
às crianças doentes e as que sofreram qualquer 
deformidade, serão levadas, como convém, a pa-
radeiro desconhecido e secreto (PLATÃO apud 
SILVA, 1987, p. 124).
O desprezo com que a criança com deficiência era 
tratada, também pode ser observado no discurso de 
Sêneca (4 a.C.- 65 d.C, p. 46):
Não se sente ira contra um membro gangrenado 
que se manda amputar; não o cortamos por ressen-
timento, pois, trata-se de um rigor salutar. Matam-se 
cães quando estão com raiva; exterminam-se touros 
bravios; cortam-se as cabeças das ovelhas enfermas 
para que as demais não sejam contaminadas; mata-
mos os fetos e os recém-nascidos monstruosos; se 
nascerem defeituosos e monstruosos afogamo-los; 
não devido ao ódio, mas à razão, para distinguirmos 
as coisas inúteis das saudáveis.
 13
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Para ilustrar essa fase, utilizamos a Figura 1, que sin-
tetiza que este período foi fortemente marcado pela 
exclusão de Pessoas com Deficiência. 
que apresentavam deficiências (ZAVAREZE, 2009). 
O termo “depósito” soa bastante ofensivo, mas foi 
assim denominado popularmente, uma vez que não 
tinha objetivo algum de estimular essas pessoas, mas 
apenas recebê-las. Dessa maneira, é importante que 
você, aluno(a) entenda que até este período não ha-
via nenhuma preocupação com o desenvolvimento 
intelectual, motor e social dessas pessoas.
Para ilustrar essa fase, utilizamos a Figura 2, que 
sintetiza o período de segregação que foi fortemente 
marcado pela separação entre grupos que possuíam 
deficiência e grupos sem deficiência. 
Descrição da Imagem na imagem, observa-se uma ilustração 
composta por um círculo fechado apenas com pessoas sem defi-
ciência ocupando o mesmo espaço. Fora deste círculo, observa-
-se pessoas com deficiência sozinhas e excluídas do grupo com 
pessoas sem deficiência.
Figura 1 - Exclusão das Pessoas com Deficiência
Fonte: Paraná (2019).
2ª FASE:
A segunda fase dessa análise histórica, comumente 
conhecida pela fase de segregação da pessoa com 
deficiência, caracterizou-se pela institucionalização 
de pessoas com deficiências, a partir do século XVIII 
e permaneceu até meados do século XIX no Brasil. 
Nesse momento, a deficiência passou a ser institu-
cionalizada, mas isso não significa que elas recebiam 
atendimento educacional especializado, certo? Essas 
instituições residenciais recebiam essas crianças e 
jovens e eram chamadas de “depósitos” de pessoas 
Descrição da Imagem Na imagem “Segregação das Pessoas com 
Deficiência” observa-se uma ilustração composta por dois círculos 
de tom verde. O círculo do lado esquerdo é o maior, e ali estão 
apenas as pessoas sem deficiência, já no círculo do lado direito, 
que é o menor, encontram-se as pessoas com deficiência.
Figura 2 - Segregação das Pessoas com Deficiência
Fonte: Paraná (2019).
Outra curiosidade desagradável por volta deste pe-
ríodo, especificamente entre os séculos XVII, XVIII 
e XIX foi a apresentação de pessoas com deficiência 
em circos e em praças públicas. Perceba que essa 
realidade, até os dias de hoje, não está tão distante 
de nós. Nos dias de hoje ainda é possível encontrar 
a apresentação de anões, pessoas com gigantismo 
14 
 
para o circo ou, até mesmo, os colocavam em exposição 
em praças públicas motivados pelo interesse financeiro.
ou alguma característica tida como “diferente” para 
a sociedade em alguns circos. A Figura 3 ilustra 
exatamente a realidade dos circos nesse período; 
nela, podemos identificar pessoas com nanismo, 
microcefalia, extremamente magras, mulheres com 
barba, entre outros. Observe que o preconceito não 
estava somente ligado a pessoas que apresentam 
deficiência, mas também naquelas que fugiam do 
padrão de normalidade instituído na época. Em 
alguns momentos, parece até que estamos falando 
dos dias atuais, não é mesmo?
Descrição da Imagem Na imagem, podemos observar uma foto-
grafia em preto e branco que aparece nove integrantes do filme 
Freaks, de Tod Browning. Dentre eles, dois possuem nanismo,quatro possuem microcefalia, um rapaz e uma mulher de grande 
estatura e uma mulher barbada.
Figura 3 - Equipe de filmagem de “Freaks, de Tod Browning”, 
retratava o trabalho de diversas pessoas que apresentavam 
deficiências em circos / Fonte: Tendimag (2014, on-line).
Descrição da Imagem na imagem, temos a fotografia em cor sépia 
de uma menina sentada em uma cadeira, A menina possui quatro 
pernas, sendo duas maiores (sendo essas as duas de fora) e duas 
menores (sendo essas as duas de dentro, ficando entre as duas 
maiores), ela veste uma meia listrada até a altura do joelho e com 
uma bota de cor escura e uma blusa escura comprida nos braços.
Figura 4 - Myrtle se tornou famosa por ter quatro pernas e co-
meçou a se apresentar no circo aos 13 anos de idade
Fonte: Wikipedia (2018, on-line).
3ª FASE:
A terceira fase é marcada, já no final do século XIX 
e meados do século XX, pelo desenvolvimento de 
escolas especializadas e turmas especiais em escolas 
públicas, visando oferecer à pessoa com deficiên-
cia uma educação à parte. Dentro desse contexto, é 
importante ressaltar que, nesta fase, foram criadas 
escolas especializadas e salas especiais dentro de es-
colas regulares. A primeira escola especializada, no 
Nesse período, a exposição dessas pessoas ocorria em 
praças públicas, sendo motivo de estranheza e zombaria 
de toda a sociedade. Muitos pais vendiam seus filhos 
 15
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Brasil, foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, no 
final de 1854, tendo como foco pessoas com deficiên-
cia visual, nomeada, na época, como “Instituto dos 
Meninos Cegos”. Atualmente é chamado de “Instituto 
Benjamin Constant Botelho de Magalhães”. Após 
esse período, diversas outras escolas especializadas 
para o atendimento de deficientes físicos, visuais 
e intelectuais foram criadas em todo Brasil, sendo 
algumas delas a Associação de Pais e Amigos dos 
Excepcionais (APAE), assim como centro e escolas 
de atendimento especializado para pessoas com de-
ficiências motoras e intelectuais.
Para ilustrar essa fase, utilizamos a Figura 5, que 
sintetiza esse período que foi marcado pela criação 
de escolas especializadas e salas especiais dentro de 
escolas regulares. 
Essa fase, certamente, foi o primeiro passo 
para a valorização e luta pela igualdade de 
direitos no âmbito educacional voltado 
à pessoa com deficiência. A criação de 
escolas que pudessem atender, de manei-
ra específica, essas crianças, não somente 
com fins assistencialistas, mas no sentido 
de educá-las e estimulá-las em sua apren-
dizagem, foi de fato um grande marco 
histórico.
4ª FASE
Na quarta fase, no final do século XX, 
por volta da década de 70, observa-se 
um movimento de integração social dos 
indivíduos que apresentavam deficiência, 
ou seja, a fase da tão esperada inclusão de 
alunos com deficiência dentro de turmas 
regulares. Neste período, o objetivo era 
inseri-los em ambientes escolares, o mais 
próximo possível daqueles oferecidos a 
pessoas que não apresentavam deficiên-
cias. Zavareze (2009) menciona que, nesse 
momento, o intuito passou a ser educar 
essas pessoas com deficiência em sua 
capacidade máxima de aprendizagem. É 
importante destacar que essa é a fase atual 
em que nos encontramos, observe como 
ainda se faz muito presente a luta pela va-
lorização e inclusão de crianças e jovens 
com deficiência em nosso cotidiano.
Para ilustrar essa fase, utilizamos a Fi-
gura 6, que sintetiza nosso período atual, 
em que alunos com deficiência estudam 
na mesma sala de alunos que não pos-
suem deficiência.
Descrição da Imagem Na imagem “Institucionalização de salas e 
escolas Especializadas”, observa-se a ilustração de dois círculos, 
sendo que o círculo menor de cor verde se encontra dentro do 
círculo maior de cor azul. No círculo grande estão as pessoas 
sem deficiência, já dentro do círculo pequeno encontram-se as 
pessoas com deficiência.
Figura 5 - Institucionalização de salas e escolas Especializadas 
Fonte: Paraná (2019).
16 
 
Essa distinção em fases é importante para que você 
possa compreender e contextualizar historicamente 
a deficiência, diante disso, nossas discussões irão se 
debruçar na quarta fase, considerando que, esta per-
meia as principais políticas educacionais voltadas à 
pessoa com deficiência que você, futuro profissional 
da Educação Física, precisa conhecer, seja na área da 
licenciatura ou no bacharelado!
Durante o século XX, a Educação Especial foi se 
constituindo na Educação Brasileira. A Lei de Dire-
trizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024/61, art. 
88, promulgada em 1961, destaca que “a educação de 
excepcionais, deve, no que fôr possível, enquadrar-se 
no sistema geral de educação, a fim de integrá-los 
na comunidade” (BRASIL, 1961, on-line). Essa lei é 
compreendida como um dos primeiros passos para 
o atendimento da pessoa com deficiência no Brasil 
de forma inclusiva. 
Dez anos depois, em 1971, a Lei Educacional nº 
5.692/71, art. 9º, explana que “os alunos que apre-
sentem deficiências físicas ou mentais, os que se 
encontrem em atraso considerável quanto à idade 
regular de matrícula e os superdotados deverão re-
ceber tratamento especial, de acordo com as normas 
fixadas pelos competentes Conselhos de Educação” 
(BRASIL, 1971, on-line). Nesse momento, observa-
-se algumas especificações das deficiências, assim 
como de crianças superdotadas, sobre a relevância 
de um atendimento especializado. Contudo, apesar 
do acesso ao ensino regular, não é organizado um 
atendimento especializado que considere as singu-
laridades de aprendizagem de estudantes com super-
dotação (MEC/SEESP, 2007). 
Em 1973, foi criada, pelo Ministério da Educação, 
o Centro Nacional de Educação Especial — CENESP, 
responsável pela gerência da educação especial no 
Brasil, que, sob o respaldo integracionista, ocasionou 
ações educacionais voltadas às pessoas com defi-
ciência e superdotação, porém ainda apresentavam 
características assistenciais e iniciativas isoladas do 
Estado (MEC/SEESP, 2007). 
Em 1978, foi publicada a Portaria Interministe-
rial nº 186/78, cujo objetivo consistia na ampliação 
de oportunidades de atendimento especializado, de 
Descrição da Imagem na imagem “Inclusão de Pessoa com Defi-
ciência”, observa-se a ilustração de um círculo azul, onde, dentro 
dele, estão pessoas com deficiência e pessoas sem deficiência 
ocupando o mesmo espaço.
Figura 6: Inclusão de Pessoa com Deficiência
Fonte: Paraná (2019).
No dia 21 de setembro, comemora-se o Dia 
Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. 
É dia de reconhecer, reafirmar e refletir sobre 
as políticas e ferramentas para a inclusão das 
pessoas com deficiência.
 17
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
natureza médico-psicossocial e educacional para 
excepcionais, com o intuito de promover sua inte-
gração social (BRASIL, 1978). De acordo com a re-
ferida portaria, o direcionamento de alunos para o 
atendimento especializado deveria ser feito por meio 
de um diagnóstico, compreendendo a avaliação das 
condições físicas, mentais, psicossociais e educacio-
nais do excepcional (BRASIL, 1978).
Um marco importante para a Educação Inclusiva 
e a Educação Especializada se deu por meio da Cons-
tituição Federal de 1988. Em seu artigo 206, inciso I, 
estabelece a “igualdade de condições de acesso e per-
manência na escola” como um dos princípios para 
o ensino, assim como o Art. 208, Inciso III, garante 
como dever do Estado o atendimento educacional 
especializado, preferencialmente na rede regular de 
ensino. Novamente, observamos o amparo da Lei a 
qual estimula o atendimento desses alunos de ma-
neira a incluí-los na rede regular de ensino, e não 
somente em escolas especializadas. 
Em meio às lutas pela garantia à educação, em 
1990, a Unesco estabelece “A Declaração Mundial de 
Educação para Todos”, que teve por objetivo garantir 
a Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendiza-
gem para todas as crianças, adolescentes e adultos. 
Os Artigos 3 a 7 desta Declaração contemplam:
Universalizar o acesso à educaçãoe promover a 
equidade; Concentrar a atenção na aprendizagem; 
Ampliar os meios e o raio de ação da educação bá-
sica; Propiciar um ambiente adequado à aprendiza-
gem; Fortalecer alianças (BRASIL, 1990, on-line).
De maneira específica para as pessoas com deficiên-
cia, o Art. 3 enfatiza que 
As necessidades básicas de aprendizagem das pes-
soas portadoras de deficiências requerem atenção 
especial. É preciso tomar medidas que garantam a 
igualdade de acesso à educação aos portadores de 
todo e qualquer tipo de deficiência, como parte in-
tegrante do sistema educativo, pautado nos cuidados 
básicos e atividades de desenvolvimento infantil, 
direcionadas especialmente às crianças pobres, de-
sassistidas e portadoras de deficiências (BRASIL, 
1990, on-line). 
Outro momento histórico para o processo de estru-
turação de políticas educacionais se deu por meio da 
Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas 
Especiais, representada por noventa e dois países e 
vinte e cinco organizações internacionais, ocorri-
da no ano de 1994, em Salamanca, na Espanha. Tal 
conferência ficou Mundialmente conhecida como 
“Declaração de Salamanca” sobre Princípios, Políti-
cas e Práticas na Área das Necessidades Educativas 
Especiais, a qual estabeleceu que todas as crianças 
e jovens com necessidades educativas especiais de-
veriam ter acesso às escolas regulares, e, além disso, 
enfatiza que as escolas devem adequar-se por meio 
de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir 
ao encontro destas necessidades. A Declaração de 
Salamanca reconheceu a necessidade e a urgência 
de garantir a educação dessas crianças no quadro do 
sistema regular de educação (BRASIL, 1994). 
Pautada nessa reflexão, a orientação inclusiva, por 
meio da inserção dessas crianças em escolas regula-
res, constitui-se uma das ferramentas mais capazes 
para combater as atitudes discriminatórias, criando 
comunidades abertas e solidárias, construindo uma 
sociedade inclusiva e atingindo a educação para to-
dos. Dessa forma, os governos deverão:
18 
 
Conceder a maior prioridade, através das medidas 
de política e através das medidas orçamentais, ao 
desenvolvimento dos respectivos sistemas educati-
vos, de modo a que possam incluir todas as crianças, 
independentemente das diferenças ou dificuldades 
individuais. Adotar como matéria de lei ou como 
política o princípio da educação inclusiva, admitin-
do todas as crianças nas escolas regulares, a não ser 
que haja razões que obriguem a proceder de outro 
modo. Desenvolver projetos demonstrativos e enco-
rajar o intercâmbio com países que têm experiência 
de escolas inclusivas, estabelecer mecanismos de 
planejamento, supervisão e avaliação educacional 
para crianças e adultos com necessidades educativas 
especiais, de modo descentralizado e participativo. 
Encorajar e facilitar a participação dos pais, comu-
nidades e organizações de pessoas com deficiência 
no planeamento e na tomada de decisões sobre os 
serviços na área das necessidades educativas espe-
ciais. Investir um maior esforço na identificação e 
nas estratégias de intervenção precoce, assim como 
nos aspectos vocacionais da educação inclusiva. Ga-
rantir que, no contexto de uma mudança sistémica, 
os programas de formação de professores, tanto a 
nível inicial como em-serviço, incluam as respos-
tas às necessidades educativas especiais nas escolas 
inclusivas (BRASIL, 1994, p. 38).
A Declaração de Salamanca é reconhecida até os dias 
atuais como uma das conferências mais importantes 
realizadas em benefício da pessoa com deficiência no 
contexto educacional, incentivando não somente a in-
clusão, mas também o investimento dos países para a 
ampliação do acesso à educação inclusiva. Pela primei-
ra vez, também observamos a preocupação em formar 
professores capacitados para o atendimento dessas 
crianças e adolescentes, fato que ainda não havia sido 
destacado como prioridade em nossos estudos.
 Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação Nacional nº 9.394, vigente até os dias atuais, 
apresenta, no Art. 59, que “os sistemas de ensi-
no assegurarão aos educandos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades ou superdotação”: 
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos 
e organização específicos, para atender às suas ne-
cessidades; II - terminalidade específica para aqueles 
que não puderem atingir o nível exigido para a con-
clusão do ensino fundamental, em virtude de suas 
deficiências, e aceleração para concluir em menor 
tempo o programa escolar para os superdotados; III 
- professores com especialização adequada em nível 
médio ou superior, para atendimento especializado, 
bem como professores do ensino regular capacita-
dos para a integração desses educandos nas classes 
comuns; IV - educação especial para o trabalho, 
visando a sua efetiva integração na vida em socieda-
de, inclusive condições adequadas para os que não 
revelarem capacidade de inserção no trabalho com-
petitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais 
afins, bem como para aqueles que apresentam uma 
habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou 
psicomotora; V - acesso igualitário aos benefícios 
dos programas sociais suplementares disponíveis 
para o respectivo nível do ensino regular (BRASIL, 
1996, on-line).
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(1996) presume, quando preciso, os serviços de 
atendimento especializado, na escola regular, para 
atender às necessidades da clientela de educação 
especial. Especifica, também, que o atendimento 
educacional desses alunos será feito em classes, 
escolas ou serviços especializados, sempre que, 
em função das suas condições específicas, não 
for possível a sua integração em classes comuns 
dentro do ensino regular (BRASIL, 1996). Ainda 
assim, Souza e Prieto (2007) mencionam que esse 
direito não vem sendo assegurado, pois, nos dias 
atuais, a presença de um professor auxiliar para 
o melhor acompanhamento do aluno no ensino 
regular é ofertada apenas a uma parcela deles.
 19
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Entre os anos de 2009 e 2010, podemos ob-
servar mais uma vitória no campo da educação 
especializada a partir da criação de Salas de Re-
cursos Multifuncionais. Essas salas apresentam 
características diferenciadas das demais salas do 
ensino regular, sendo uma grande ferramenta de 
ensino para alunos incluídos: 
o Programa disponibiliza às escolas públicas de 
ensino regular, conjunto de equipamentos de in-
formática, mobiliários, materiais pedagógicos e de 
acessibilidade para a organização do espaço de aten-
dimento educacional especializado. Cabe ao sistema 
de ensino, a seguinte contrapartida: disponibilização 
de espaço físico para implantação dos equipamen-
tos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos 
de acessibilidade, bem como, do professor para atuar 
no AEE (MEC, 2010, s.p.).
As salas de recursos multifuncionais são separadas 
de acordo com a deficiência que o aluno apresenta ou 
superdotação. Os Estados se organizam e nomeiam 
essas salas na educação básica de formas diferen-
ciadas, no entanto, veja, a seguir, a organização das 
salas de atendimento educacional especializado do 
Estado do Paraná (PARANÁ, 2010).
Sala de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento 
Educacional Especializado (AEE) na Área da De�ciência Visual – CAEDV
para alunos que apresentam:
• Cegos
• Baixa visão
• Outros acometimentos visuais
Sala de Recursos Multifuncional Tipo I atendimento educacional
 especializado (AEE), de natureza pedagógica para alunos que apresentam:
• De�ciência Intelectual
• De�ciência física neuromotora
• Transtornos globais do desenvolvimento
• Transtornos funcionais especí�cos
Atendimento Educacional Especializado (AEE) para Surdos
• Atendimento Educacional 
• Especializado em Libras
• Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Libras
• Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa
Atendimento para alunos com Altas Habilidades/Superdotação:Espaço organizado com materiais didático-pedagógicos, equipamentos e
pro�ssionais especializados onde é ofertado o atendimento educacional
especializado (AEE) que visa atender às necessidades educacionais dos 
alunos superdotados na Rede Pública de Ensino.
Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh):
Atendimento educacional aos alunos que estão impossibilitados de 
frequentar a escola devido à internação hospitalar ou tratamento de
saúde domiciliar.
Figura 7 - Recursos Didáticos / Fonte: adaptada de Paraná (2010).
20 
 
A discussão acerca da inclusão de alunos com defi-
ciência na educação básica, assim como a matrícula 
desses alunos em escolas especializadas é extensa, 
posto que a falta de investimentos na educação bá-
sica com profissionais capacitados ao atendimen-
to especializado destes alunos levam muitos pais a 
matricularem seus filhos em escolas especializadas. 
De fato, muitas escolas especializadas possuem um 
papel primordial para o atendimento educacional de 
qualidade voltado às necessidades básicas de apren-
dizagem desses alunos, principalmente quando estes 
apresentam deficiência intelectual moderada a seve-
ra. Um exemplo dessas escolas são as Associação de 
Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) que pres-
tam atendimento educacional especializado para este 
público com profissionais da área da educação e da 
saúde, como fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudió-
logos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. 
Sem dúvida alguma a relevância de escolas especiali-
zadas para muitos alunos é fundamental e de extrema 
importância para nossa sociedade. 
As discussões e reflexões acerca das diversas temáti-
cas que envolvem a pessoa com deficiência sempre 
se farão presentes, por isso é de fundamental impor-
tância retomar fatos históricos para que possamos 
compreender como chegamos até aqui. Em nossas 
leituras anteriores, pudemos evidenciar que filósofos 
da antiguidade, como Sêneca, referem-se à pessoa 
com deficiência como “monstruosidade”. O con-
ceito de monstruosidade atribuído às crianças com 
deformidades físicas perdurou até o século XX na 
literatura anatômica, no entanto, essa nomenclatura 
vem sendo substituída, a fim de caracterizar as defi-
ciências e respeitar essas pessoas. Nessa perspectiva, 
a chamada monstruosidade não se referia apenas às 
pessoas com características muito diferentes, mas 
também àquelas deficiências que poderiam resultar 
em dificuldades severas para que conseguissem rea-
lizar as tarefas ao longo de suas vidas (SILVA, 2006).
Em relação a essa temática, farei uso da análise 
de Sassaki (2002) sobre nomenclaturas utilizadas ao 
referenciar as pessoas com deficiência. O autor des-
taca que o termo inválido e/ou incapacitado pode ser 
encontrado em diversas Leis e Decretos nacionais e 
internacionais até os anos de 1960. Entre os anos de 
1960 a 1980, o termo “defeituoso” foi difundido em 
diversos países. Uma característica deste período se 
dá pela nomenclatura do centro de reabilitação e inte-
gração AACD, que, ao ser fundada no final da década 
de 50, recebeu o nome de “Associação de Assistência à 
Criança Defeituosa” na qual modificou-se anos depois 
e passou a ser chamada de “Associação de Assistência à 
Criança Deficiente” como é conhecida nos dias atuais. 
Nesse período, também observou-se o termo “excep-
cional”, com o surgimento das primeiras unidades da 
APAE “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais”. 
Vale destacar que esse termo ainda é utilizado em todo 
país pela existência dessas instituições.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais 
(APAE) nasceu em 1954, no Rio de Janeiro. A 
APAE é uma organização social cujo objetivo 
é promover a atenção integral à pessoa com 
deficiência intelectual e múltipla. A Rede APAE 
se destaca por seu pioneirismo e capilaridade. 
Atualmente, existem 2.172 APAEs e entidades 
filiadas, coordenadas por 24 Federações Esta-
duais, abrangendo todos os estados brasileiros 
para atender cerca de 250.000 pessoas com 
deficiência intelectual e múltipla diariamente.
Fonte: adaptado de APAE Brasil ([2022], on-line).
 21
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
A partir do ano de 1981, a Organização das Nações 
Unidas passou a utilizar o termo “pessoa deficiente”. 
Momento em que, pela primeira vez, o substantivo 
“deficiente” passou a ser utilizado como adjetivo, sen-
do-lhe acrescentado o substantivo “pessoa”. Contudo, 
o termo “pessoa deficiente” foi contestado por líderes 
alegando que ele apontava que a pessoa inteira é de-
ficiente, o que, para eles, era inconcebível e o termo 
“pessoas portadoras de deficiência” começou a ser 
utilizado e perdurou até os anos de 1993.
Sassaki (2002) retrata que o termo “portar uma 
deficiência” passou a ser um valor agregado à pes-
soa. Nessa perspectiva, compreende-se a deficiência 
como um detalhe da pessoa. O termo foi adotado nas 
Constituições federal e estadual e em todas as leis e 
políticas pertinentes ao campo das deficiências. Con-
tudo, será que esse termo está correto? Alguns críti-
cos questionam o significado de portador, uma vez 
que se pode portar e deixar de portar, por exemplo, 
um objeto como uma caneta. Quando pensamos em 
uma deficiência, a questão de poder portar e deixar 
de portá-la não é possível acontecer. 
Dando continuidade a essa reflexão, o autor re-
vela que termos como “pessoas com necessidades 
especiais”, “crianças especiais”, “alunos especiais”, “pa-
cientes especiais” começaram a ser utilizados a partir 
de 1990 e são utilizados até hoje. Contudo, a PEC 
25/2017 aprovou, em primeiro turno, a padronização 
da nomenclatura correta adotando o termo “pessoa 
com deficiência”. Esse termo já havia se destacado 
nos anos de 1990 e se difundiu com a Declaração de 
Salamanca, manifestando-se até os dias atuais. Sendo 
assim, é de fundamental importância que você, futu-
ro profissional da Educação Física, aprenda e passe a 
utilizar o termo “pessoa com deficiência” para nossos 
próximos estudos!
OLHAR CONCEITUAL
A Pessoa com De�ciência e suas nomenclaturas
Idade média
Monstruosidade
1930
Débeis mentais
1960 a 1980
Defeituoso (AACD)
Excepcional
1981
Pessoa
de�ciente
1990
Pessoas com
necessidades
especiais
Até 1993
Pessoa
Portadora de
De�ciência
Atualmente
Pessoa com de�ciência
22 
 
Por meio desse resgate histórico, pude-
mos observar que mesmo com a pas-
sagem de décadas, o capacitismo ainda 
é muito presente na atualidade. Para 
Oliveira e Da Silva (2021), o capacitis-
mo é o preconceito e a discriminação 
para com as pessoas com deficiência ao 
considerá-las incapacitadas, inferiores, 
inúteis, incapazes de trabalhar, apren-
der, se relacionar, cuidar, sentir desejo 
e serem desejadas. Essa percepção é 
fomentada sempre que acreditamos e 
verbalizamos, mesmo que sem cons-
ciência que as limitações do deficiente 
é um empecilho determinante para a 
independência. O Comitê Paralímpico 
Brasileiro (2021) destaca que a repro-
dução desse posicionamento precon-
ceituoso interfere na vida das pessoas 
com deficiência, contrariando o prin-
cípio da equidade, reforçando atos de 
discriminação, opressão ou abuso da 
pessoa com deficiência. Contudo, outra 
face do capacitismo, contrária e igual-
mente incômoda, é considerar as pes-
soas com deficiência como inferiores ou 
como heróis apenas pela sua condição, 
desprezando as qualidades e competên-
cias individuais de cada um, limitando 
o indivíduo somente a sua deficiência.
O termo capacitismo ganhou notoriedade a 
partir da década de 80 por meio dos movimen-
tos pelos direitos das pessoas com deficiência 
nos Estados Unidos. No Brasil, não há registro 
do termo na legislação. No entanto, a Lei n.º 
13.146, de 6 de julho de 2015, que define o 
Estatuto da Pessoa com Deficiência, prevê, em 
seu artigo 4º, que “toda pessoa com deficiência 
tem direito à igualdade de oportunidades com 
as demais pessoas e não sofrerá nenhuma 
espécie de discriminação” (CPB, 2021).
Fonte: Comitê Paralímpico Brasieliro (2021).
Capacitismo
O Capacitismo está presentena fala e no pensamento 
de muitas pessoas, sem que percebam, de fato, seu 
real significado. Vamos conversar mais sobre esta 
importante temática? 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/10298
 23
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Título: Inclusão Escolar. O Que É? Por Quê? Como Fazer?
Autor: Maria Teresa Eglér Mantoan
Editora: Summus Editorial
Sinopse: dividido em três capítulos, o livro reúne as ideias da autora sobre 
o ensinar e o aprender. Nele, ela compartilha o que viveu em sua caminhada 
educacional, dialogando com o leitor sobre problemas, questões e dúvidas que 
carrega no dia a dia de trabalho. “As transformações da escola dependem de um 
compromisso coletivo de professores, gestores, pais e da sociedade em geral. É 
difícil o dia a dia da sala de aula. Esse desafio que enfrentamos tem limite – o da crise educacional que 
vivemos, tanto pessoal como coletivamente, deste ofício que exercemos”, complementa.
Estatuto da Pessoa com Deficiência 
O Estatuto da Pessoa com Deficiência é a denominação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
com Deficiência, Lei Nacional nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Esta lei tem por objetivo assegurar 
e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da 
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Considerando que todas as pes-
soas têm os mesmos direitos, tendo ela deficiência ou não, o Estatuto visa eliminar as barreiras e 
garantir direitos iguais à educação, saúde, cultura e lazer e tantos outros âmbitos da vida da pessoa 
com deficiência (BRASIL, 2015).
De maneira específica no campo do esporte e do lazer, o Estatuto também assegura a igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso (Art. 42). Sendo dever do poder 
público promover os recursos adequados para essa efetivação e assegurar “a participação da pessoa 
com deficiência em jogos e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive 
no sistema escolar, em igualdade de condições com as demais pessoas” (Art. 43, I-III).
24 
 
Neste vídeo podemos observar os pesquisadores Rodrigo Mendes e Maria Tereza 
Montoan debatendo sobre Educação Inclusiva.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
Título: Extraordinário
Ano: 2017
Sinopse: Auggie Pullman (Jacob Tremblay) é um garoto que nasceu com uma 
deformação facial, o que fez com que passasse por 27 cirurgias plásticas. Aos 10 
anos, ele pela primeira vez frequenta uma escola regular, como qualquer outra 
criança. Lá, precisa lidar com a sensação constante de ser sempre observado e 
avaliado por todos à sua volta.
Frente a todo este cenário de conhecimento exposto, você, aluno(a), ao ingressar em seus estágios, trabalharia 
esses conteúdos de que maneira? Acredita ser importante contextualizar os alunos sobre as questões históricas 
e Políticas que permearam a vida da pessoa com deficiência, antes de iniciar as atividades práticas? Como 
você faria isso? Vamos tentar?
 25
mapa mental
Nesta unidade, iniciamos nossas discussões com uma imersão muito importante acerca da Educação Inclusiva. Para 
sintetizar o contexto político, social e educacional da pessoa com deficiência ao longo da história, complete o Mapa 
Mental a seguir.
1° Fase
Idade média
2° Fase
Séc. XVIII e
início do
sec. a XIX
3° Fase
Final do Séc.
XIX e início
do Séc. XX
4° Fase
Final do Séc.
XX até os
dias atuais
Exclusão social e
educacional da
pessoa com
deficiência. Eram
escondidas por suas
famílias, vendidas ao
circo ou mortas.
Pessoas com
deficiência segregadas
em instituições
residenciais sem
atendimento
educacional
Pessoas com
deficiência
estudando em
escolas especializadas
ou em salas “especiais”
em escolas regulares
Pessoas com
deficiência
estudando na
mesma sala que
alunos sem
deficiência
O preconceito e
discriminação para com as
pessoas com deficiência:
apresenta duas vertentes
Esta fase deu origem a dois grandes problemas
que perduram até os dias atuais:
Temos inadeuqados
para se referir à pessoa
com deficiência
“Monstruosidade”,
“Defeituoso”,
“Incapacitado”, “Pessoas
com Necessidades
Especiais”, “Portadores de
Deficiênciais” ... Até chegar ao
termos mais adequados:
26 
meu espaço
UNIDADE II
Oportunidades de aprendizagem
Teremos, nesta unidade, a chance de compreender o 
conceito sobre acessibilidade e as diversas questões que 
a envolve tanto dentro da escola como na sociedade de 
maneira geral. Posteriormente, faremos uma imersão 
a respeito dos principais tipos de deficiência de origem 
congênita ou adquirida. A partir desse estudo, será possível 
entender as principais patologias de ordem motora, 
intelectual, visual e auditiva para uma futura prática 
profissional planejada voltada ao estímulo dessa população.
ACESSIBILIDADE E OS TIPOS 
DE DEFICIÊNCIAS
unidade 
II
30 
 
Acredito que você já tenha presenciado pessoas 
com deficiência com dificuldades em se deslocar 
entre as ruas e calçadas ou para pegar o ônibus. Pois 
bem, imagine que você apresenta deficiência mo-
tora, especificamente um mau funcionamento ou 
paralisia dos membros inferiores, mas não existem 
rampas nas calçadas para você se deslocar de for-
ma independente! Ou que você precisa atravessar 
a rua, mas como apresenta deficiência visual não 
consegue saber se o sinal está verde ou vermelho? 
Ou, imagine que seu filho com deficiência acabou 
de entrar na escola, mas ela não apresenta a aces-
sibilidade necessária para recebê-lo e ofertar um 
atendimento educacional de qualidade? 
Pressuponho que essas primeiras indagações te-
nham lhe causado reflexões importantes a respeito 
da acessibilidade, e não poderia ser diferente! Ela é 
primordial para todos nós, pois nos é de direito con-
dições básicas para ir e vir, trabalhar, estudar, praticar 
atividade física, e privar o ser humano dessas ações 
é uma transgressão.
A partir dessa temática, convido você a experien-
ciar, por algumas horas, como é apresentar uma defi-
ciência e deslocar-se pelas ruas de sua cidade. Se pos-
sível, utilize uma cadeira de rodas ou uma venda em 
seus olhos e tente caminhar pelas calçadas, atravessar 
as ruas, passar pela faixa de pedestre, e claro, tudo 
isso sem a ajuda de outras pessoas, ou seja, de forma 
autônoma. Para complementar sua atividade, você 
pode procurar por pessoas que apresentam algum 
tipo de deficiência e perguntar quais as dificuldades 
que ela já enfrentou ou, ainda, enfrenta em seu dia a 
dia. Você também pode procurar essas dificuldades 
em relatos disponíveis na internet. 
 31
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
I – condição para utilização, com segurança 
e autonomia, total ou assistida, dos espaços, 
mobiliários e equipamentos urbanos, das 
edificações, dos serviços de transporte e dos 
dispositivos, sistemas e meios de comunica-
ção e informação, por pessoa portadora de 
deficiência ou mobilidade reduzida (BRA-
SIL, 2004, on-line).
Neste breve exercício de empatia, acredito que você deve ter vivenciado um misto de sentimentos, assim 
como um grande desconforto ao se colocar no lugar deles, não é mesmo? Nesta experiência, você achou que 
sua cidade ou bairro é de fato acessível? Então, agora, é a hora de você colocar em seu Diário de Bordo todas 
essas informações e sensações que você experienciou durante a execução desta tarefa! 
Em nossa primeira unidade, pudemos observar pontos 
relevantes para a estruturação de políticas educacionais 
para alunos que apresentam deficiências. Nesse mo-
mento, veremos as questões que permeiam a acessibili-
dade de crianças e adolescentes tanto no ensino regular 
quanto na educação especial. O Decreto nº 5.296/04 
conceitua a acessibilidade em seu 8º artigo como:
32 
 
É fato que a inclusão e a diversidade cada vez mais 
vêm ganhando destaque no mundo, por isso, os sím-
bolos referentes a esses assuntos são bastante utiliza-
dos. Um dos mais importantes que você deve conhe-
cer é o Símbolo Universal da Acessibilidade, que foi 
criado pelo Departamento de Informação Públicas 
da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU) nomeado 
de “A Acessibilidade”, em inglês “The Accessibility”. 
A criação deste símbolo teve o intuito de aumentar 
a conscientização sobre o universo da pessoa com 
deficiência, é uma “figura simétrica conectada por 
quatro pontos a um círculo, representando a har-
monia entre o ser humano e a sociedade, e com os 
braços abertos, simbolizando a inclusão de pessoas 
com todas as habilidades, em todos os lugares”.
Conforme Ribeiro (2011), as principais leis que 
trataram a acessibilidade foram: a Lei nº 4767/98, 
que indica normas gerais e critérios básicos para 
a acessibilidade das pessoas com deficiência; a Lei 
nº 10.098, que incluiu a adequação de instalações 
e equipamentos esportivos; a NBR 9050 (2004), a 
qual trata da acessibilidade física e de comunicação; 
e o Decreto nº 5.296/04, que regulamentou as Leis 
nº 10.048/00 e nº 10.098/00, estabelecendo normas 
gerais e critérios para a promoção da acessibilidade 
às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzi-
da. Essas leis foram estruturadas e ampliadas para 
atender às necessidades da pessoa com deficiência, 
não somente no ambiente escolar, mas nos diversos 
ambientes públicos e privados de nossa sociedade. 
Nessa perspectiva, convido você a refletir sobre esse 
assunto! O que significa acessibilidade para você? 
Tornar apenas o espaço físico e o material didático da 
escola adequados ao aluno? É o que vamos discutir!
 A escola precisa ser e estar acessível a esses alunos, 
ou seja, precisa atender às diversas necessidades que 
as crianças e jovens com deficiência apresentarão no 
decorrer de sua formação escolar e acadêmica. No 
entanto, para isso, precisamos compreender as ca-
racterísticas específicas das deficiências para, assim, 
entendermos suas reais necessidades. Por exemplo, 
quando nos referimos à acessibilidade arquitetônica, 
a necessidade de um usuário de cadeiras de rodas 
será diferente da necessidade arquitetônica de um 
aluno deficiente visual. Da mesma forma que a aces-
sibilidade metodológica e pedagógica de alunos com 
deficiência auditiva será diferente de alunos deficien-
tes visuais. Perceba que não é tão simples assim, e que 
apenas rampas e pisos táteis não são suficientes para 
tornar a escola, de fato, acessível.
Descrição da Imagem figura simétrica conectada por quatro pon-
tos a um círculo, representando a harmonia entre o ser humano e 
a sociedade, e com os braços abertos, simbolizando a inclusão de 
pessoas com todas as habilidades, em todos os lugares.
Figura 1 - Símbolo para a acessibilidade
Fonte: Organização das Nações Unidas ONU (2018)
 33
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
De maneira específica, Dischinger e Machado 
(2006) apresentam dimensões que possibilitam a 
compreensão de acessibilidade. 
• Acessibilidade arquitetônica, sem barreiras 
ambientais físicas em todos os recintos internos 
e externos da escola e nos transportes coletivos. 
• Acessibilidade comunicacional, sem barrei-
ras na comunicação interpessoal (face-face, 
língua de sinais, linguagem corporal, lingua-
gem gestual etc.), na comunicação escrita e na 
comunicação virtual (acessibilidade digital). 
• Acessibilidade metodológica, sem barreiras 
nos métodos e técnicas de estudo (adapta-
ções curriculares, aulas baseadas nas inte-
ligências múltiplas, uso de todos os estilos 
de aprendizagem, participação de todos, de 
cada aluno, novo conceito de avaliação de 
aprendizagem, novo conceito de educação, 
novo conceito de didática), de ação comuni-
tária (metodologia social, cultural, artística 
etc. baseada em participação ativa) e de edu-
cação dos filhos (novos métodos e técnicas 
nas relações familiares etc.).
• Acessibilidade instrumental, sem barreiras 
nos instrumentos e utensílios de estudo (lá-
pis, caneta, régua, teclado do computador, 
materiais pedagógicos), de atividade da vida 
diária..., esporte e recreação (dispositivos 
que atendam às limitações sensoriais, físicas 
e mentais etc.). 
• Acessibilidade programática, sem barreiras 
invisíveis embutidas em políticas públicas, em 
regulamentos e normas de um modo geral. 
• Acessibilidade atitudinal, por meio de pro-
gramas e práticas de sensibilização e de 
conscientização das pessoas em geral e da 
convivência na diversidade humana, resul-
tando em quebra de preconceito, estigmas, 
estereótipos e discriminações.
Dentro desse contexto, é importante nos conscienti-
zarmos que as adaptações arquitetônicas que a escola 
deve apresentar são fundamentais para que os alunos 
com deficiência possam se locomover e realizar suas 
ações cotidianas de maneira independente. O aluno 
com deficiência visual ou deficiência motora preci-
sará de adaptações iniciando pela calçada da escola, 
em todo o prédio escolar, salas de aula, biblioteca, 
refeitório, corredor, pátio, quadra esportiva, banheiro, 
parques, entre outros diversos espaços que compõem 
o ambiente escolar. A identificação de barreiras como 
escadas inapropriadas, postes e cadeiras em lugares 
indevidos poderão atrapalhar a locomoção desses 
alunos de maneira independente. Sob essa perspec-
tiva, as barreiras são compreendidas como qualquer 
entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a 
liberdade de movimento, a circulação com seguran-
ça e a possibilidade de pessoas se comunicarem ou 
terem acesso à informação (BRASIL, 2004).
Atualmente, as escolas ou centros esportivos 
que você conhece ou frequenta são, de fato, 
acessíveis? Que tipo de barreiras você pode 
identificar nelas?
34 
 
Por meio de um olhar específico, considerando as 
necessidades básicas de cada deficiência, alunos com 
deficiência motora precisam de adaptações diversas, 
no entanto, as mais importantes são banheiros adap-
tados e rampas acessíveis em todos os ambientes de 
acesso da escola, assim como ônibus adaptado para 
seu transporte. É necessário adaptar as carteiras para 
que a cadeira de rodas dos alunos se encaixe nelas 
e, quando possível, adaptar pequenas órteses que 
possibilitem a escrita desses alunos. 
Já os alunos com deficiência visual precisam de ade-
quações físicas, como a existência de piso tátil em 
toda a instituição de ensino.Descrição da Imagem na imagem consta uma rampa acessível para pessoas com deficiências motora adentrarem o estabelecimento.
Figura 2 - Rampa acessível
Descrição da Imagem a imagem apresenta uma fotografia de 
uma criança de cadeira de rodas utilizando um ônibus adaptado. 
O ônibus é de cor amarela e está com a porta aberta, onde se tem 
uma espécie de elevador, local esse em que a cadeira de rodas 
está em cima. Atrás da cadeira observa-se uma pessoa e ela está 
com uma mão na cadeira e a outra segurando o controle utilizado 
para a movimentação deste elevador.
Figura 3 - Ônibus adaptado
 35
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 Além das barreiras físicas, podemos encontrar 
outras dificuldades no meio deste percurso, como 
barreiras metodológicas. Dessa forma são necessá-
rias adaptações nos materiais, como cadeira, car-
teira, lápis, computadores, ou seja, todo o material 
pedagógico utilizado pelos alunos. Por exemplo, o 
aluno com deficiência visual poderá fazer uso de 
uma máquina de escrever em baile que facilitará 
seu processo de aprendizagem. Materiais online 
também deverão estar acessíveis a eles por meio 
de programas específicos e descrição de toda e 
qualquer imagem que o professor faça uso em suas 
aulas. Nesse sentido, o aprendizado do braile desde 
a infância e a utilização de recursos tecnológicos, 
como leitores de tela, são de fundamental impor-
tância para o processo de aprendizagem desses 
alunos. Além disso, o aluno deficiente visual ou 
baixa visão deverá frequentar em contraturno a 
sala de apoio Multifuncional tipo II. 
Descrição da Imagem a imagem é uma ilustração de uma pessoa 
utilizando os pisos táteis com destaque em cor amarela. A figura 
mostra as pernas de uma pessoa, sua bengala e os piso táteis. 
A bengala está em cima do piso tátil chamado de piso de alerta, 
que são os pisos com bolinhas. Os pés da pessoa estão ao lado 
da faixa contendo o pisotátil direcional.
Figura 4 - Piso Tátil
Descrição da Imagem Na imagem consta a ilustração de um 
alfabeto em braille. Ele é apresentado em quatro colunas, onde, 
de cima para baixo, na primeira coluna, temos de A-J, a segunda 
de K-T, a terceira de U-Z e mais alguns sinais de pontuação, sendo 
eles, ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação e 
vírgula, na quarta e última coluna tem-se os números começando 
em 1 indo até o 9 e finalizando com o número 0.
Figura 5 - Alfabeto Braille
36 
 
O leitor de tela funciona por meio do sintetizador de 
voz, dispositivo que transforma em som os caracteres 
que chegam até ele encaminhado pelo leitor de tela. 
Os alunos com deficiência auditiva precisarão, acima 
de tudo, de um professor intérprete, para que ele tenha 
acesso a todo conteúdo falado, assim como ocorre em 
nossas aulas ao vivo. Nesse sentido, o aprendizado de 
libras desde a infância e a utilização de recursos tecno-
lógicos são importantes para o processo de aprendiza-
gem e comunicação desses alunos. O aluno deficiente 
auditivo deverá frequentar em contraturno a sala de 
atendimento educacional especializado para surdos. 
Descrição da Imagem na imagem consta dois indivíduos senta-
dos, com um fone no ouvido, ambos possuem deficiência auditiva, 
estão fazendo uso do leitor de tela.
Figura 6 - Leitor de Tela / Fonte: Ajidevi ([2022], on-line).
Descrição da Imagem na imagem, temos uma fotografia que 
mostra parte de um teclado para deficientes visuais. Na imagem, 
temos parte do teclado, onde, na parte superior, temos as teclas 
de um teclado comum, observa-se também a parte dos numerais. 
Abaixo das teclas tem-se a parte do braile, onde estão os dedos 
de um indivíduo, tocando-a.
Figura 7 - Máquina de Escrever
Descrição da Imagem a imagem mostra uma fotografia de uma 
sala de aula. Observa-se os braços de uma pessoa conversando 
com uma aluna por meio da linguagem de sinais (libras). A aluna 
está sentada em uma cadeira, com uma carteira apoiando um 
estojo preto e branco e folhas em branco de um caderno. A menina 
usa máscara e, ao fundo, tem-se um menino escrevendo, também 
utilizando máscara.
Figura 8 - Língua de Sinais
Quando a deficiência envolver a dificuldade de apren-
dizagem, as adaptações metodológicas deverão ser rea-
lizadas rotineiramente, para assegurar, de fato, a acessi-
bilidade à educação, de preferência, no ensino regular. 
É garantido por lei que o aluno seja acompanhado por 
um professor auxiliar, sempre que necessário, contudo, 
essa não é a realidade de nosso país.
 37
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Assim como na deficiência intelec-
tual, o aluno com Superdotação deverá 
ser estimulado na educação regular, fa-
zendo uso de salas de recursos multifun-
cionais e outras metodologias que pro-
piciem o estímulo de sua aprendizagem. 
Esses alunos apresentam uma capacidade 
de retenção de conteúdo e informação 
maior, quando comparado aos demais, 
por isso a importância de estimular con-
tinuamente essa habilidade nata.
Todas essas adequações para a aces-
sibilidade arquitetônica e metodológica 
são apenas algumas, das diversas especi-
ficações que as escolas públicas e privadas 
deverão apresentar para o atendimento de 
qualidade. Além dessas barreiras arqui-
tetônicas e metodológicas, também po-
demos destacar as barreiras atitudinais. 
Van Munster e Almeida (2008) ressaltam 
que essas barreiras se aproveitam da de-
sinformação e do desconhecimento e se 
fortalecem com o preconceito. Tais bar-
reiras são projetadas a partir da sociedade 
em direção à pessoa com deficiência, ou 
partem da própria pessoa com deficiên-
cia em relação a si mesma. Lembram-se 
da importância de deixá-los sentirem-se 
parte integrante da sala de aula!
É importante que você, futuro profissional da Edu-
cação Física, compreenda que pessoas com deficiên-
cia apresentam comprometimento em determinado 
aspecto, mas também grande capacidade de ação e 
comunicação em outros. Por esse fato, é primordial 
deixar para trás alguns comportamentos que vitimi-
zam ou inferiorizam o aluno/pessoa. Evite usar pala-
vras/frases como “coitado”, “ele não consegue”, “ele não 
entende”, assim como oriente os demais alunos sobre 
a melhor forma de dirigir-se e comunicar-se com eles. 
Veja, se queremos incluir nosso aluno dentro da escola, 
precisamos estimular o contato deles com os demais 
alunos, sem diferenciação, pois essa é a forma que o 
deficiente quer ser tratado na escola e na sociedade. 
Estimular a amizade e cooperação entre esses alunos 
fará que, no futuro, sejam adultos conscientes, solícitos 
e que, acima de tudo, não sejam preconceituosos.
Van Munster e Almeida (2008) elencam al-
gumas barreiras atitudinais considerando os 
seguintes comportamentos: ridicularizar ou 
zombar do desempenho do outro; sentir pena 
ou autopiedade; não conceder uma chance; 
sentir receio de se aproximar; sentir vergonha 
de estar por perto; desistir antes de tentar; 
negar ou não aproveitar as oportunidades.
38 
 
OLHAR CONCEITUAL
FORMAS DE SE DIRIGIR E SE COMUNICAR COM 
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA:
De�ciência visual
- Evite as expressões “olha aqui”, “veja isso”;
- Observe o nível de independência do aluno e 
sempre que necessário ofereça auxílio.
De�ciência intelectual
- Identi�que o nível de comprometimento intelectual, 
para utilizar a melhor forma de comunicação e auxílio;
De�ciência motora
- Observe o nível de independência do aluno e se 
necessário ofereça auxílio;
De�ciência auditiva
- A gesticulação é importante na comunicação, 
mas cuidado com os exageros; 
- Ao comunicar-se sempre se posicione de frente 
com o de�ciente auditivo mantendo contato visual.
- Não mascar chiclete para não atrapalhar a interpretação 
do de�ciente auditivo.
Para todas as de�ciências
- Não fale alto;
- Chame-os sempre pelo nome;
- Não dirija-se de maneira infantilizada ou vitimizada.
 39
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde 
(ONU) (2011), estima-se que 10% da população 
mundial viva com, ao menos, uma deficiência (cer-
ca de 700 milhões de pessoas). De maneira especí-
fica no Brasil, segundo o último censo realizado no 
ano de 2010, 45 milhões de brasileiros apresentam 
alguma deficiência visual, auditiva ou física, mais 
precisamente, quase 25% da população. Dentre eles, 
atualmente, existem cerca de 174.886 alunos com 
deficiência matriculados na Educação Especial e 
698.768 matriculados em classes comuns (EDU, 
[2022], on-line). Diante desses dados, serão apre-
sentadas, a seguir, as características das principais 
deficiências que acarretam prejuízos intelectuais, 
visuais, auditivos e motores. 
Uma análise mais recente, realizada em 2013, pela 
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), em parceria pelo 
IBGE e Ministério da Saúde, identificou que 6,2% da po-
pulação brasileira possui algum tipo de deficiência, seja 
ela física, intelectual, auditiva ou visual. Nesta pesquisa, 
observou-se que o maior percentual foi o de pessoas 
com deficiência visual, sendo sua maioria pessoas com 
60 anos de idade ou mais. Além disso, verificou-se que 
uma parcela significativa dessas pessoas a limitação da 
visão dificultava muito ou impossibilitava realizar ativi-
dades habituais, trabalhar, ir à escola ou brincar. Assim, 
de acordo com a PNS (2013), a deficiência visual ocorre 
em 3,0% da população brasileira. 
A PNS (2013) destacou que as pessoas com deficiên-
cia física representavam 1,3%, sendo que 46,8% dessas 
pessoas tinham um grau intenso ou muito intenso de 
limitações. Já a deficiência auditiva pode ser identificada 
em 1,1% da população, sendo que 0,8% dos brasileiros 
tinha algum tipo de deficiência intelectual. 
Outra questão de grande importância foi que a 
PNS (2013) identificou que a prevalência de defi-
ciência intelectual, física ou auditiva é bem maior 
em pessoas com baixa escolaridade (fundamental in-
completo ou sem qualquer instrução formal) quando 
comparado a grupos com maior escolaridade. 
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI)
De acordo com a Associação Americana de Defi-ciência Intelectual e Desenvolvimento (AAIDD), a 
DI é caracterizada pela limitação significativa tan-
to no funcionamento intelectual quanto no com-
portamento adaptativo expresso em habilidades 
conceituais, sociais e práticas. A AAIDD conceitua 
a deficiência intelectual em um funcionamento in-
telectual inferior à média, que está associado a li-
mitações em pelo menos duas áreas de habilidades, 
por exemplo: comunicação, autocuidado, vida no 
lar, adaptação social, saúde e segurança, funções 
acadêmicas, lazer e trabalho. Por meio dessas in-
vestigações, podemos observar que as dificuldades 
em se socializar, locomover-se e comunicar-se, di-
ficuldades em realizar as atividades de vida diária 
Acessibilidade
A acessibilidade possibilita a transposição de barreiras 
para a efetiva participação de pessoas nos vários âm-
bitos da vida social. Vamos conversar mais sobre essa 
importante temática?
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/10298
40 
 
de maneira independente, exercer uma profissão, 
entre outras questões, poderão estar presentes nas 
pessoas com deficiência intelectual. 
 A deficiência intelectual se apresenta em níveis, 
sendo eles: leve, moderado, severo e profundo. Ke 
e Liu (2015) descrevem quatro níveis de gravidade 
de acordo com a gravidade do atraso no funcio-
namento intelectual, déficits na função adaptati-
va social e de QI (quociente de inteligência). O 
QI é um indicador derivado de vários testes que 
procuram medir habilidades gerais ou específicas 
como leitura, aritmética, vocabulário, memória, 
conhecimentos gerais, visual, verbal, raciocínio 
abstrato etc. Vejamos, no quadro a seguir, os ní-
veis de deficiência intelectual e suas respectivas 
características:
Leve
São capazes de se comunicar e aprender habilidades básicas. Sua capacidade de usar conceitos abs-
tratos, analisar e sintetizar é prejudicada, mas podem adquirir habilidades de leitura e informática. Eles 
podem realizar trabalho doméstico, cuidar de si e fazer trabalho não qualificado ou semiqualificado.
Moderado
Sua capacidade de aprender e pensar logicamente é prejudicada, mas são capazes de se comuni-
car e cuidar de si mesmos com algum apoio. Com supervisão, eles podem realizar trabalhos não 
qualificados ou semiqualificados.
Severo
Seu desenvolvimento nos primeiros anos é distintamente atrasado. Apresenta dificuldade em pro-
nunciar palavras e tem um vocabulário muito limitado. Por meio de considerável prática e tempo, 
eles podem ganhar habilidades básicas de autoajuda, mas ainda precisam de apoio na escola, em 
casa e na comunidade.
Profundo
Não podem cuidar de si mesmos e não têm linguagem. Sua capacidade de expressar emoções 
é limitada e pouco compreendida. Convulsões, deficiências físicas e expectativa de vida reduzida 
são comuns.
Quadro 1 - Níveis de Deficiência Intelectual / Fonte: Adams e Oliver (2011) e Ke e Liu (2015).
Contudo, é importante sabermos que o termo QI 
(quociente de inteligência) não é mais utilizado, subs-
tituído pelo termo Avaliações das diferentes inteli-
gências e habilidades. Atualmente, aplicam-se testes 
mais específicos, levando-se em conta não apenas 
suas habilidades intelectuais, mas também o histórico 
de cada um, suas preferências, habilidades, compe-
tências entre outras características (KE; LIU, 2015). 
De Acordo com a AAIDD (2010) e com Luckasson 
(2002), a avaliação da deficiência intelectual deve 
considerar as seguintes dimensões:
• Habilidades intelectuais: essa dimensão 
passa a não ser mais única na avaliação da 
deficiência intelectual, e faz uso de diversos 
testes para sua análise.
• Comportamento adaptativo: está relaciona-
do aos aspectos acadêmicos, conceituais e de 
comunicação, necessários para autonomia e 
competência social do sujeito. Limitações nessa 
área podem dificultar o convívio no dia a dia.
• Participação, interações e papéis sociais: re-
fere-se às interações sociais que o sujeito estabe-
lece, bem como sua participação na sociedade.
• Saúde: identificação das síndromes e pato-
logias, assim como sua etiologia, a fim de re-
ceber o tratamento necessário.
• Contexto: a dimensão está relacionada às 
condições em que o indivíduo vive, sua qua-
lidade de vida, e as relações estabelecidas 
com o ambiente dos quais ele participa. 
 41
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Sobre essa temática, diversas síndromes levam a pre-
juízos intelectuais; dentre tantas, abordaremos, a seguir, 
a síndrome de down, a síndrome de rett e a síndrome 
de West, por se tratarem das síndromes mais comuns 
identificadas nas escolas de educação especial e na rede 
regular de ensino. Além delas, também estudaremos 
a epilepsia, a microcefalia, a hidrocefalia, o autismo e 
a paralisia cerebral, deficiências na qual vale destacar 
que o prejuízo intelectual pode ou não ocorrer. 
Síndrome de Down
A síndrome de Down foi identificada por John Lang-
don Down. O pesquisador foi o primeiro a descobrir 
as características genéticas geradoras da síndrome. 
Como relata Pueschel (1993), a síndrome de Down 
é causada pela presença de três cromossomos 21 em 
todas ou na maior parte das células de um indivíduo. 
Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. 
As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do 
cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas célu-
las, em vez de 46, como a maior parte da população.
As características físicas de pessoas com síndrome 
de down são olhos puxados, marcas nas mãos e se-
paração grande entre os dedos do pé. Além do atra-
so no desenvolvimento, outros problemas de saúde 
podem ocorrer na pessoa com síndrome de Down, 
como, por exemplo: hipotonia (100%); problemas de 
audição (50 a 70%); problemas de visão (15 a 50%); 
cardiopatia congênita (40%); distúrbios da tireoide 
(15%); problemas neurológicos (5 a 10%); alterações 
na coluna cervical (1 a 10%); obesidade e envelhe-
cimento precoce (COOLEY; GRAHAM; 1991). Sua 
etiologia é de ordem pré-natal/congênita, sendo a 
idade materna avançada um dos fatores que acarre-
tam tal desordem genética.
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
A Associação Americana de Psiquiatria (2013) de-
fine o autismo como uma condição caracterizada 
pelo desenvolvimento acentuadamente anormal e 
prejudicado nas interações sociais, nas modalidades 
de comunicação e no comportamento. A Associação 
de Amigos do Autista relata que o autismo é carac-
terizado por déficits na comunicação e na interação 
social, além de comportamentos repetitivos e áreas 
restritas de interesse. Essas características começam 
a ser identificadas nas crianças antes dos 3 anos de 
idade e atingem 0,6% da população, sendo quatro 
vezes mais comuns em meninos do que em meninas. 
As características do autismo variam de acordo 
com o desenvolvimento cognitivo. Podemos obser-
var o autismo associado à deficiência intelectual 
grave, sem o desenvolvimento da linguagem, com 
padrões repetitivos de comportamento e déficit im-
portante na interação social. Nesses casos, nota-se 
que as crianças realizam diversas ações de maneira 
contínua e repetitiva, como tomar banho, vestir-se, 
Descrição da Imagem na imagem constam 23 pares de cromos-
somos. Contudo, no par 21, existem três cromossomos em vez 
de dois, o que caracteriza a Síndrome de Down.
Figura 9 - Caracterização da Síndrome de Down
42 
 
despir-se e, até mesmo, mutilar-se. Muitas delas, ao 
serem contrariadas, irão se morder, dar tapas em si 
mesmo, gritar, entre outros comportamentos repe-
titivos ou agressivos, em que se faz necessária inter-
venção imediata do professor. 
 Contudo, também se identifica o autismo cha-
mado de Síndrome de Asperger, sem deficiência 
intelectual, sem atraso significativo na linguagem, 
com interação social peculiar e sem movimentos 
repetitivos tão evidentes. Essas pessoas apresentam 
capacidade intelectual normal ou acima da média e 
maior capacidade de interação com outras pessoas. 
A origem do autismo ainda é muito questionada. 
Com o decorrer dos anos e o avanço das pesquisas, 
vários fatores foram elencados, como: fatores pré-
-natais/ congênita, derivada das condições gené-
ticas (MECCA et al., 2011), alterações neuronais 
(KOOTEN et al., 2008; WANG et al., 2009), trans-
locações cromossômicas (TARELHO; ASSUMP-
ÇÃO, 2007) e anormalidades cerebrais (BOLTON; 
GRIFFITHS; PICKLES, 2002). E fatores pós-natais 
/ adquirida devido a perturbações profundas na 
relação da criança com o meio em que se encontra 
inserido (HALL; NICHOLSON; ADILOF, 2006; 
VOLK et al., 2013) e causas psicoafetivas (RABEL-
LO, 2004; CAMPANÁRIO, PINTO, 2011). 
A pesquisa mais recente, datada do ano de 
2018, discorda que a prevalência do autismo es-
teja associada às relações que a criança estabelece 
com a mãe e com o meio. Ao utilizar os chamados 
“minicérebros”, pesquisadores afirmam que sua 
origem está ligada ao DNA da criança. Contudo, 
apesar dos diversos estudos realizados, a etiologia 
do autismo ainda é indefinida.
Síndrome do Cromossomo X Frágil
A síndrome do X frágil é causada pela mutação do gene 
localizado no cromossomo X. É a causa mais frequente 
de atraso intelectual herdado, com uma incidência es-
timada de 1 caso a cada 4.000 homens e 1 caso a cada 
6.000 em mulheres (CORNISH; LEVITAS; SUDHA-
TER, 2007). Além da deficiência intelectual, a síndrome 
do X frágil apresenta características mais perceptíveis 
em homens, como: face alongada, orelhas grandes, pés 
planos, flacidez ligamentar, baixo contato visual, dis-
túrbios de linguagem, entre outros (BOY et al., 2001). 
Tais características são mais perceptíveis em ho-
mens, uma vez que as mulheres apresentam dois cro-
mossomos X e, neste caso, apenas um deles sofreu 
mutação, e por isso apresentam sintomas mais leves”. 
Dessa forma, apesar de meninas apresentarem sin-
tomas parecidos, possuem sinais menos aparentes e 
refletem basicamente a dificuldade na aprendizagem, 
ansiedade, impulsividade, dificuldades nas relações 
sociais e fobias. Sua etiologia é de ordem pré-natal/ 
congênita, sendo uma desordem de herança genética.
NORMAL SÍTIOFRÁGIL
Descrição da Imagem na imagem consta um menino com algu-
mas das características da Síndrome do X Frágil, como face alon-
gada e orelhas grandes. Ao lado está o cromossomo X que sofreu 
mutação em sua extremidade, ocasionando a Síndrome do X Frágil.
Figura 10 - Síndrome do X frágil / Fonte: Barbato (2020, on-line).
 43
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Síndrome de Rett 
A síndrome de Rett foi descrita, pela primeira vez, 
pelo pediatra Andreas Rett, em 1966, que fez um es-
tudo com 31 meninas que desenvolveram um quadro 
de regressão mental, caracterizado por deterioração 
neuromotora, características peculiares e hiperamo-
nemia A criança nasce aparentemente sem nenhum 
problema, no entanto, a partir do primeiro e segun-
do ano de vida, passa-se a observar regressões em 
habilidades que já haviam se desenvolvido. Perda de 
habilidades manuais voluntárias e do envolvimento 
social, desenvolvimento das linguagens expressiva ou 
receptiva severamente prejudicada, instabilidade res-
piratória, ranger de dentes, padrões anormais de sono, 
espasmos, rigidez e distonias. Com o passar dos anos, 
essa regressão gera uma grande debilitação, tornando 
a criança ou jovem totalmente dependente em todas 
as atividades de vida diária (PAZETO et al., 2013). 
Sua origem também se caracteriza como pré-natal / 
congênita, por se tratar de uma disfunção genética.
Síndrome de West
A Síndrome de West foi descrita, pela primeira vez, 
por William James West, em 1841. De acordo com 
Kamiyama, Yoshinaga e Tonholo-Silva (1993), essa 
síndrome se caracteriza por crises epilépticas as-
sociadas a atraso mental. Assim, um dos sinais da 
Síndrome de West é a epilepsia, ocorrendo, geral-
mente, entre o terceiro e oitavo mês de vida da 
criança. Os pesquisadores Sanvito (1997) e Pereira 
Filho et al. (2004) apontam que sua origem está 
relacionada a fatores pré-natais, perinatais e pós-
-natais devido a disfunções orgânicas do cérebro.
Hidrocefalia
A hidrocefalia é caracterizada pela alteração da produ-
ção, do fluxo ou da absorção do líquido cefalorraqui-
diano, o que gera um volume anormal desse material 
dentro da cavidade intracraniana. O termo hidrocefa-
lia deriva do grego “água na cabeça”, que compreende 
o excesso de líquido cefalorraquidiano (NETTINA, 
2003). Sua origem está relacionada a fatores pré-natais 
/ congênita, como: exposição à radiação, má-nutrição 
materna, cistos benignos, tumores congênitos, ano-
malias vasculares, anomalias esqueléticas e infecção 
uterina (toxoplasmose, citomegalovírus, estafilococo, 
sífilis, varíola, caxumba, varicela, poliomielite, hepatite 
infecciosa, vírus da gripe, encefalite e adenovírus). E 
também a fatores pós-natais / adquiridas, como: me-
ningite, traumatismo e hemorragia subaracnoidea.
Microcefalia
A microcefalia é caracterizada pelo crescimento in-
suficiente do cérebro de acordo com a Organização 
Mundial da Saúde. Ela é identificada quando, por 
vezes, observamos bebês e crianças com a cabeça me-
nor em relação ao restante da estrutura corporal. No 
Brasil, em 2016, descobriu-se que o número elevado 
de crianças que nasceram com microcefalia estava 
associado ao Zika vírus. As mães foram picadas pelo 
mosquito durante a gestação, ocasionando danos 
irreversíveis aos bebês. Crianças com microcefalia 
precisam ser estimuladas desde o nascimento, por 
fisioterapeutas, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacio-
nais, entre outros, pois podem desenvolver convul-
sões e sofrer problemas físicos ou de aprendizagem 
à medida que crescem. Sua origem está relacionada 
a fatores pré-natais/congênitas, como: malformações 
44 
 
e infecções uterinas derivadas da toxoplasmose ru-
béola, herpes, sífilis e citomegalovírus, exposição da 
mãe a metais químicos, como o arsénico e o mercú-
rio, além do uso de bebida alcoólica e tabaco. A má 
nutrição da mãe durante a gestação e o Zika vírus 
também são fatores relacionados à microcefalia.
ção de tarefas diárias (ISRAEL; BERTOLDI, 2012). 
Segundo Mauerberg de Castro (2005), a deficiência 
motora é compreendida como toda alteração física 
no corpo humano, resultante de algum problema or-
topédico, neurológico ou de má formação congênita.
O Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, 
em seu Art. 4º, considera a deficiência física como:
I - deficiência física - alteração completa ou 
parcial de um ou mais segmentos do corpo 
humano, acarretando o comprometimento da 
função física, apresentando-se sob a forma de 
paraplegia, paraparesia, monoplegia, monopa-
resia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, tripa-
resia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou 
ausência de membro, paralisia cerebral, mem-
bros com deformidade congênita ou adquirida, 
exceto as deformidades estéticas e as que não 
produzam dificuldades para o desempenho de 
funções (BRASIL, 1999, on-line).
Essas lesões são caracterizadas por Mattos (2008) 
como:
Microcefalia Cabeça de tamanho normal
DEFICIÊNCIA MOTORA
Compreendida pelo comprometimento das possibi-
lidades de movimentação corporal ou manutenção 
da coordenação motora e do equilíbrio para realiza-
Tipo de lesão Nível de comprometimento
Monoplegia Comprometimento de um único segmento corporal.
Paraplegia Comprometimento dos membros inferiores.
Hemiplegia Comprometimento de um dos lados do corpo (membros superior e inferior).
Tetraplegia Comprometimento dos membros inferiores e tronco.
Quadriplegia Comprometimento total, envolvendo paralisia da face, tronco e os quatro membros.
Conforme Machado e Haertel (2014), a medula espinal é uma massa cilíndrica de tecido nervoso. As vértebras 
são unidas por vários ligamentos e entre uma e outra existe um disco cartilaginoso semelhante a um anel, 
cuja função é reduzir o impacto. Para que você possa compreender o nível da lesão e, consequentemente, o 
comprometimento motor ocasionado, observe a figura:
 45
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
A coluna vertebral é composta por 33 vértebras. Como consta no quadro a seguir, quanto mais alto o nível 
da lesão maior área corporal comprometida: 
Coluna Vertebral
Vértebras CervicaisVértebras Torácicas
Vértebras Lombares
Vértebras Sacrais
Vértebra Coccígea
Descrição da Imagem na imagem consta uma ilustração colorida da coluna vertebral, onde, do lado esquerdo da imagem, temos a visualização 
lateral e do lado direito a visualização de costas. De cima para baixo, temos as 7 vértebras cervicais pintadas de verde, as 12 vértebras torácicas 
pintadas de laranja, as 5 vértebras lombares pintadas de rosa, as 5 vértebras sacrais fundidas pintadas de azul e 4 vértebras Coccígea fundidas 
pintadas de roxo. 
Figura 11 - Coluna Vertebral
46 
 
Número de 
Vértebras Nome das Vértebras Nível de Comprometimento Motor
7 Vértebras Cervicais C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7
Comprometimento dos membros superiores, 
tronco e membros inferiores. Com possibilidade de 
movimentação restrita de braços, caso a lesão tenha 
ocorrido nas últimas vértebras cervicais. 
12 Vértebras 
Torácicas
T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8, 
T9, T10, T11 ou T12
Comprometimento do tronco e membros inferiores. 
5 Vértebras 
Lombares L1, L2, L3, L4, L5 Comprometimento dos membros inferiores.
5 Vértebras Sacrais Soldadas formando o osso 
sacro
Comprometimento leve dos membros inferiores.
4 Vértebras 
Coccígeas
Soldadas formando o cóccix Sem comprometimentos.
Quadro 2 - Associação entre a localização das vértebras e o nível de comprometimento motor / Fonte: adaptado Machado e Haertel (2014).
Pesquisas indicam que a deficiência motora é maior 
em pessoas do sexo masculino e pode ocorrer por 
lesão traumática e não traumática. A lesão traumática 
tem origem pós-natal e é compreendida por 80% 
das causas de deficiência motora, provocadas por 
acidente automobilísticos, acidentes de trabalho, ar-
mas de fogo, mergulho em águas rasas e quedas. Já as 
lesões não traumáticas estão relacionadas a fatores 
pré-natais e perinatais e correspondem a somente 
20% das causas, estão relacionadas a problemas antes 
e durante o nascimento, acidente vascular cerebral, 
infecções, tumores, entre outros (LIANZA, 2001). 
Como consequência, o indivíduo com Deficiência 
motora apresenta comprometimentos em seu desen-
volvimento, bem como limitações para a realização 
de tarefas motoras (BENTO, 2004).
Paralisia Cerebral
A paralisia cerebral, também conhecida como ence-
falopatia crônica não progressiva, é compreendida 
como uma lesão ou anomalia no desenvolvimento 
durante a vida fetal ou nos primeiros anos de vida 
(ISRAEL; BERTOLDI, 2012). Caracteriza-se pelo 
comprometimento do sistema locomotor por causas 
não traumáticas. A criança com paralisia cerebral 
pode apresentar também problemas cognitivos, vi-
suais e auditivos. Contudo, é importante que você 
compreenda que muitas pessoas com paralisia cere-
bral poderão apresentar o cognitivo preservado, ou 
seja, não apresentam dificuldades de aprendizagem. 
De maneira geral, as pessoas com paralisia cerebral 
apresentam baixo tônus muscular, o que leva a difi-
culdades em manter o controle postural, déficit da 
coordenação motora e baixo reflexo. 
Sua origem está relacionada a fatores pré-na-
tais/congênitas, como: infecções maternas duran-
te o primeiro e o segundo trimestre da gravidez, 
como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose 
(REDDIHOUGH; COLLINS 2003); medicações 
específicas, má formação, fatores genéticos, abu-
so de álcool e drogas ilícitas e traumatismos ab-
dominais severos (WONG; SEOW; YEO, 2004); 
assim como as gestações múltiplas (SANKAR; 
MUNDKU, 2005). Fatores Perinatais, como: falta 
de oxigenação durante o parto e prematuridade. 
 47
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Nascimentos prematuros são um fator de risco 
para paralisia cerebral e representa, atualmente, 
25% de todos os casos de PC (HAGBERG et al., 
2001; ANCEL et al., 2006). E por fatores pós-na-
tais, como: quedas, afogamento, febre alta, me-
ningite entre outros (ISRAEL; BERTOLDI, 2012). 
 Além disso, a idade avançada da mãe e reprodu-
ção assistida também são fatores que contribuem 
para danos cerebrais (NELSON; CHANG, 2008; 
HVIDTJORN et al., 2006). A melhoria na saúde 
materna, no cuidado perinatal e na prevenção de 
acidentes durante a gravidez são fatores que po-
derão prevenir a paralisia cerebral (WESTBOM; 
HAGGLUND; NORDMARK, 2007).
Epilepsia:
A epilepsia é caracterizada por crises convulsivas (crises 
epilépticas), em que ocorre a repetição de duas ou mais 
crises não provocadas. A convulsão é a descarga anor-
mal, excessiva, sincrônica, de neurônios que se situam 
no córtex cerebral. Essa atividade é intermitente e, ge-
ralmente, autolimitada, na qual pode durar segundos a 
poucos minutos. De acordo com Bate e Gardner (1999), 
quando essas crises ocorrem de maneira recorrente ou 
prolongada, caracteriza-se como estado epilético. Isso 
quer dizer que, para ser caracterizado como epilepsia, 
essas crises ocorrerão de maneira frequente, o que faz 
preciso o uso contínuo de medicação. 
 O controle dessas crises por meio de medicamentos 
é extremamente necessário, pois quanto mais tempo ela 
durar, maiores poderão ser os danos neurológicos. O 
termo “não provocada” indica que a crise não foi causada 
por traumatismo cranioencefálico, febre ou doença con-
comitante (JAGTAP; MAUSKAR; NAIK, 2013). Dentro 
dessa perspectiva, as crises convulsivas provocadas são 
aquelas que acontecem na presença de estímulo defini-
do, recorrendo, apenas, se a causa aguda permanece, não 
caracterizando epilepsia. Sua origem está relacionada a 
fatores pré-natais e perinatais ocasionados por traumas 
e por fatores pós-natais/adquiridas, como: infecções, 
neurocisticercose, uso excessivo de álcool e drogas e 
traumatismo craniano.
DEFICIÊNCIA VISUAL 
A deficiência visual pode ser classificada em dois níveis, 
designados de cegueira e baixa visão. De acordo com 
Baumel e Castro (2003), a cegueira é a perda total ou 
perda residual da visão. O indivíduo cego, apesar de 
captar luzes em alguns casos, não é capaz de utilizá-la 
para realizar movimentos e se orientar pela visão. Por 
outro lado, a baixa visão ou visão subnormal se carac-
teriza pela existência de resíduo visual, que permite o 
indivíduo ler impressos a tinta, desde que utilize equi-
pamentos especiais e apresenta dificuldade em realizar 
tarefas visuais, mesmo com a prescrição de lentes cor-
retivas. De acordo com Van Munster e Almeida (2008), 
as principais causas da cegueira estão relacionadas a 
fatores pré-natais/Congênita, como: albinismo, reti-
noblastoma, retinose pigmentar e fatores pós-natais/
Adquirida, como: catarata, descolamento de retina, 
toxoplasmose, diabetes, rubéola, traumatismo ocular 
e petinopatia da prematuridade.
48 
 
ção da Portaria Interministerial nº 186, de 10/03/78 
(MEC/SEESP, 1995), considera-se «parcialmente 
surdo» e «surdo» os indivíduos que apresentam, 
respectivamente, surdez leve ou moderada e surdez 
severa ou profunda. No quadro a seguir, podemos 
observar os níveis de comprometimento auditivo:
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
A Deficiência Auditiva é caracterizada pela perda 
da percepção normal ao estímulo sonoro. Existem 
vários tipos de deficiência auditiva, classificados de 
acordo com o grau de perda da audição. Para Mar-
chesi (1996), essa perda é avaliada pela intensidade 
do som, medida em decibéis. Com base na classifica-
Parcialmente surdo / Surdez leve
Perda auditiva de até 40 decibéis. Essa perda não impede a aquisição 
normal da linguagem.
Parcialmente surdo / Surdez moderada
 Perda auditiva está entre 40 e 70 decibéis. Esses limites se encon-
tram no nível da percepção da palavra; é frequente o atraso de lingua-
gem e as alterações articulatórias, havendo, em alguns casos, proble-
mas linguísticos mais graves.
Surdo / surdez severa
A perda auditiva está entre 70 e 90 decibéis. Este tipo de perda per-
mite que o indivíduo apenas perceba sons fortes e conhecidos, po-
dendo atingir a idade de quatro ou cinco anos sem aprender a falar.
Surdo / surdez profunda
A perda auditiva é superior a 90 decibéis. Essa perda impede que o 
indivíduo perceba e identifique a voz humana, impossibilitando-o de 
adquirira linguagem oral.
Conforme Almeida (2008), a deficiência auditiva 
pode ser classificada, ainda, de acordo com o período 
de desenvolvimento em que se manifestou no indiví-
duo. Dentro desse contexto, encontram-se as pessoas 
que nasceram surdas e as que, por algum motivo, 
ficaram surdas com o decorrer dos anos. 
Surdez pré-linguística: refere-se a indivíduos que 
nasceram surdos ou que perderam a audição antes 
de terem desenvolvido a fala e a linguagem. 
Surdez pós-linguística: refere-se a indivíduos que 
perderam a audição após o período de desenvolvi-
mento da fala e da linguagem. Sua origem está rela-
cionada a fatores pré-natais de ordem genética ou 
congênita e a fatores pós-natais/adquirida, de ordem 
infecciosa, ocupacional, tóxica, traumática, envelhe-
cimento e temporária.
 49
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE 
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)
De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística 
de Doenças Mentais da Sociedade Americana de 
Psiquiatria, conhecido como DSM-IV, o Transtorno 
do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é 
um distúrbio neurobiológico, que aparece na infân-
cia e acompanha o indivíduo por toda a sua vida. 
Transtorno este também conhecido como DDAH 
(Distúrbio do Déficit de Atenção e Hiperatividade), 
caracterizado por sintomas de inquietude, desaten-
ção e impulsividade.
 A Organização Mundial da Saúde estima que 5 
– 7% da população mundial tenham TDAH, apresen-
tando comprometimento na aprendizagem e por con-
sequência do problema na inclusão social. O TDAH 
gera impactos comportamentais, intelectuais, sociais e 
emocionais, pois promove dificuldades, como contro-
le de impulsos, concentração, memória, organização, 
planejamento e autonomia. Ressalta Benczick (2000) 
que a criança com TDAH sempre se comportará sem 
destreza motora, porque não concentra suficiente 
atenção no controle de seus movimentos.
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO:
Altas Habilidades/Superdotação: a Política Nacional 
de Educação Especial (1994) define como superdo-
tados ou altas habilidades as pessoas que apresentam 
notável desempenho e elevada potencialidade em 
qualquer dos seguintes aspectos: capacidade intelec-
tual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento 
criativo ou produtivo; capacidade de liderança; ta-
lento especial para artes e capacidade psicomotora, 
tanto de maneira isolada quanto combinada. 
Dos aspectos mencionados acima, destacam-se: 
50 
 
Tipo Intelectual: apresenta flexibilidade e fluência de pensamento, compreensão e memória elevada, 
capacidade de pensamento abstrato para fazer associações, produção ideativa, rapidez do pensamento, 
capacidade de resolver e lidar com problemas. 
Tipo Acadêmico: aptidão acadêmica específica, atenção, concentração, rapidez de aprendizagem, boa me-
mória, gosto e motivação pelas disciplinas acadêmicas de seu interesse; habilidade para avaliar, sintetizar 
e organizar o conhecimento.
Tipo Criativo: relaciona-se às seguintes características: originalidade, imaginação, capacidade para resol-
ver problemas de forma diferente e inovadora, sensibilidade para as situações ambientais, sentimento de 
desafio diante da desordem de fatos; facilidade de autoexpressão, fluência e flexibilidade.
Tipo Social: revela capacidade de liderança e caracteriza-se por demonstrar sensibilidade interpessoal, 
atitude cooperativa, sociabilidade expressiva, capacidade para resolver situações sociais complexas, habi-
lidade de trato com pessoas diversas e grupos para estabelecer relações sociais, alto poder de persuasão 
e de influência no grupo.
Tipo Talento Especial: pode-se destacar tanto na área das artes plásticas, musicais, como dra-
máticas, literárias ou cênicas, evidenciando habilidades especiais para essas atividades. 
Tipo Psicomotor: destaca-se por apresentar habilidade e interesse pelas atividades psicomotoras, evidenciando 
grande desempenho em velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência, controle e coordenação motora.
Observaram como a superdotação não está ligada somente à capacidade de realizar cálculos difíceis e reter 
grande quantidade de informação sobre diversos assuntos? As grandes habilidades relacionadas à arte, à músi-
ca, à destreza de movimentos e à interação social também são compreendidas atualmente como superdotação.
Título: Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas: o direito à escola acessível
Autor: Marta Dischinger, Vera Helena Moro Bins Ely e Monna Michelle Faleiros da 
Cunha Borges
Editora: Argis
Sinopse: esse manual faz parte de uma série de ações que visam tornar a inclusão, na 
rede pública de ensino brasileira, uma realidade. Garantir o direito à educação para 
todos significa reconhecer e valorizar as diferenças, sem discriminação de etnia, credo, 
situação social ou das pessoas com deficiência. O objetivo central deste manual é, justa-
mente, fornecer conhecimentos básicos e instrumentos de avaliação que permitam identificar as dificuldades 
encontradas por alunos com deficiência no uso dos espaços e equipamentos escolares. 
 51
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Título: Colegas
Ano: 2013
Sinopse: os jovens Stallone, Aninha e Márcio viviam juntos em um instituto para por-
tadores da síndrome de Down. Um dia eles decidem fugir para se aventurar e realizar 
o sonho individual de cada um, envolvendo-se em muitas aventuras e confusões.
Neste vídeo, você poderá acompanhar o documentário sobre a síndrome do 
transtorno do espectro autista realizado pelo Dr. Dráuzio Varella. 
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
Neste vídeo, você poderá compreender melhor a síndrome de Down realizada 
pelo Movimento Down.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
Neste vídeo, você poderá acompanhar um documentário sobre acessibilidade 
e Inclusão: O que as escolas precisam mudar? 
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
52 
 
Frente ao conteúdo exposto nesta unidade, você 
se sentirá seguro para estagiar em uma escola es-
pecializada ou na rede regular de ensino? Acredita 
ser importante aprender sobre as características das 
principais deficiências antes de iniciar seus estágios 
ou ingressar no mercado de trabalho? Assim, mu-
nidos de todo esse conhecimento, qual o primeiro 
passo você daria ao iniciar seu trabalho em escolas 
que apresentam alunos com deficiência? O que você 
faria? Vamos tentar?
 53
mapa mental
Muitos foram os termos e definições abordados nesta unidade. Todos eles permeiam a inclusão em seus diferentes 
aspectos. Para sintetizar os conceitos e termos apresentados neste conteúdo, complete o Mapa Mental com os tipos 
de acessibilidade e definições dos quatro tipos de deficiência existentes.
Tipo de
Acessibilidade
Definições
Sem barreiras
ambientais físiscas na
escola e nos transportes
coletivos
Programas e práticas de
sensibilização e de
conscientização
Sem barreiras na
comunicação
interpessoal
Sem barreiras nos
métodos e técnicas de
estudo
Sem barreiras nos
instrumentos e
utensílios de estudo
Sem barreiras invisíveis
embutidas em políticas
públicas, regulamentos e
normas
Tipo de De�ciência
Deficiência Visual
Deficiência
Intelectual
Deficiência
Motora
Deficiência
Auditiva
Definições
Dra. Naline Cristina Favatto
Oportunidades de aprendizagem
Nesta unidade, teremos a possibilidade de aprofundarmos 
nossos estudos no campo da Educação Física e Inclusiva 
Adaptada. A partir dessa contextualização, será possível 
conceber as principais metodologias e técnicas para 
elaboração de seu planejamento com alunos com deficiência 
dentro ou fora do contexto escolar. E, por fim, faremos uma 
imersão nas diversas possibilidades de adaptar atividades 
para alunos com deficiência motora em seus diferentes 
níveis de comprometimento.
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA E 
A DEFICIÊNCIA MOTORA
unidade 
III
56 
 
cia da adaptação dos diversos tipos de atividade 
física! Promover a participação de crianças, jovens 
e adultos nas variadas práticas corporais é, de fato, 
uma ação primordial e fundamental ao futuro pro-
fissional de Educação Física.Com base nesses pressupostos, convido você a 
relembrar seus tempos de escola e recordar como 
eram suas aulas de Educação Física. Seu professor 
promovia a participação de todos os alunos, indepen-
dentemente de sua aptidão ou limitação física? Você 
se recorda se tinha alunos com deficiência e se eles 
ficavam de lado ou participavam de todas as aulas?
Nesta breve reflexão, acredito que você deve ter 
relembrado alguns episódios importantes, assim 
como as posturas adotadas por estes professores e 
Pressuponho que você conheça ou conviva com pes-
soas que apresentam algum tipo de deficiência, seja 
ela intelectual, física, visual ou auditiva. Pois bem, 
imagine que você é uma criança com deficiência, 
mas que seu professor de Educação Física não realiza 
nenhuma adaptação que torne possível a sua parti-
cipação nas aulas! Ou que você tem o grande desejo 
de praticar algum esporte, mas sabe que nenhuma 
escola de treinamento costuma adaptar as ativida-
des para a participação de crianças com deficiência. 
Ou, imagine ser o seu filho passando por essas duas 
situações, sem ter a chance de se socializar a partir 
da prática de atividade física. 
Acredito que essas primeiras indagações tenham 
levado a intensas reflexões a respeito da importân-
 57
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
do comportamento que essas crianças apresentavam quando eram incluídas ou não nas atividades. Então, 
agora, é a hora de você colocar, em seu Diário de Bordo, todas essas informações e percepções que você re-
lembrou durante a execução desta tarefa! 
Em nossa primeira unidade, discutimos os direi-
tos conquistados pelos alunos com deficiência em 
estudar em escolas regulares, receber o apoio de 
professores especializados e estar inseridos em um 
ambiente acessível e adaptado para suas necessidades 
educacionais diárias. Agora, iremos tratar com maior 
especificidade sobre a inclusão desses alunos nas 
aulas de Educação Física. 
A escola e os espaços de iniciação e práticas espor-
tivas e de lazer devem se preparar para receber todos 
os alunos, pois cada ser é único e, por isso, se tornam 
especiais. Dessa forma, a escola se torna um lugar 
ideal para respeitar as diferenças (SOLER, 2005). In-
cluir não é uma ação fácil, pois exigirá de você, futuro 
profissional, o estudo e reflexão sobre como construir 
sua aula de maneira que nenhum aluno seja excluído. 
A Educação Física apresenta um potencial imenso de 
inclusão e socialização, e você, futuro profissional, 
têm o dever de tornar essas aulas e/ou práticas um 
meio de conexão entre os alunos, de aceitação às di-
ferenças e de conceber essa ação inclusiva como algo 
rotineiro nas aulas de Educação Física. 
58 
 
A Educação Física contribui para o desenvolvi-
mento afetivo, social e intelectual de alunos com 
deficiência, uma vez que o incentivo à inclusão 
torna a autoestima e a autoconfiança mais eviden-
te e, consequentemente, diminui as desigualdades 
(VENTURINI et al., 2010). Para Winnick (2004), a 
inclusão nas aulas de educação física propicia um 
ambiente favorável para a estimulação e motiva-
ção dos alunos. Oferece oportunidades para que os 
alunos com deficiência desenvolvam habilidades 
sociais e lúdicas adequadas à faixa etária, possi-
bilitando as relações de amizade entre alunos que 
apresentam ou não deficiência.
A Inclusão nas aulas de educação física é compreen-
dida como a participação de todos com respeito às suas 
limitações, sendo o professor capaz de promover auto-
nomia e ênfase no potencial de cada aluno (SEABRA 
JUNIOR, 2006). Entenda que a inclusão não se trata ape-
nas de adaptações, mas do acesso ao conhecimento que 
a disciplina de Educação Física oferta a todos os alunos. 
Sassaki (1997) define a inclusão como um processo pelo 
qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus 
sistemas sociais, pessoas com necessidades educacionais 
especiais e, simultaneamente, estas se preparam para 
assumir seus papéis na sociedade.
Os princípios da Inclusão baseados pelo autor são:
Princípios
da
Inclusão
Aceitação das diferenças
Valorização do
individuo
Conviver com
a diversidade
Aprender através da cooperação
Descrição da Imagem: na imagem consta um quadro com quatro setas, sendo uma em cada lateral. No meio dele tem-se escrito “Princípios 
da Inclusão” e cada uma das setas indicam em que é baseado, desta forma, a seta de cima indica “Aceitação das diferenças”, a seta do lado 
esquerdo “Valorização do indivíduo”, a seta do lado direito “Conviver com a diversidade” e a seta de baixo “Aprender através da cooperação”.
Figura 1 - Princípios da inclusão / Fonte: Sassaki (1997, p. 87).
Se a visão de inclusão já é considerada difícil para as demais disciplinas escolares, o que diria a Educação 
Física que tem por essência o movimento? Para que possamos incluir nossos alunos com deficiência, pre-
cisamos pensar nas possibilidades de adaptação das atividades e, para isso, não é preciso descaracterizá-las. 
Você, futuro professor, deverá se questionar: para aplicar essa atividade, basta adaptar algumas regras? Além 
das regras, também precisarei alterar os materiais utilizados? Ao modificar ambas, a atividade perderá seu 
objetivo? Nesse momento, muitas dúvidas emergem, mas o que deve ficar claro é que as aulas de Educação 
 59
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Física não devem ser a reprodução de um treina-
mento esportivo. Certamente você apresentará aos 
seus alunos regras, características, fundamentos entre 
outras questões de determinado esporte, contudo, 
elas poderão ser trabalhadas de diferentes formas! 
Durante a caminhada profissional, você irá se 
deparar com alunos com deficiência inseguros em 
participar das aulas de educação física e, por muitas 
vezes, desinteressados com a prática. É necessário 
levar em consideração alguns pontos, como a frus-
tração com as aulas de educação física em anos ante-
riores, a superproteção dos pais em entender que as 
aulas práticas poderão agravar o estado de saúde de 
seus filhos e o próprio sentimento de inferioridade 
que esses alunos apresentam. 
Além disso, precisamos desconstruir essa ima-
gem de profissional, que não incentiva a partici-
pação de alunos com deficiência em suas aulas de 
educação física, e que deixam esses alunos “senta-
dos” enquanto toda a turma se diverte e aprende. 
Toda essa reflexão é a prova de que você, futuro 
professor, tem o poder de transformar a realidade 
desses alunos por meio de suas aulas. É importante 
mencionar que a escola é um dos primeiros espa-
ços de socialização das crianças com deficiência e 
se este trabalho for realizado de forma correta os 
alunos terão mais chances e motivação de man-
ter-se fisicamente ativos na vida adulta. 
A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
ADAPTADA
Dentro das aulas de Educação Física, encontramos 
a Educação Física Adaptada, que tem por objetivo 
possibilitar a participação de alunos com deficiência 
nas diversas atividades promovidas pelo professor. 
Dentro dessa perspectiva, Cidade e Freitas (2002, p. 
27) enfatizam que: 
A Educação Física Adaptada é uma área da 
educação física que tem como objeto de estudo 
a motricidade humana para as pessoas com ne-
cessidades educacionais especiais, adequando 
metodologias de ensino para o atendimento às 
características de cada aluno com deficiência, 
respeitando suas diferenças individuais.
Os autores acrescentam que a educação física adaptada 
para alunos com deficiência não se diferencia em seus 
conteúdos, mas concebe técnicas, métodos e formas de 
organização que podem ser empregadas. Dentro desse 
contexto, não existe uma receita pronta para aplicar nas 
aulas, mas um grande processo de estudo e planejamen-
to por parte do professor. Para Sherrill (1998), o processo 
de adaptação deve ser contínuo, dinâmico e bidirecional, 
quer dizer, recíproco, sofrendo influência das variáveis: 
ambiente temporal e físico; equipamentos e materiais; 
ambiente psicossocial; de aprendizagem; instrução e 
informação e, por fim, as tarefas a serem realizadas.
O professor de Educação Física deverá, sempreque necessário adaptar regras, materiais, espaços e a 
sua metodologia, com o intuito de possibilitar que 
todos compreendam as atividades e participem ati-
vamente independente das dificuldades que possam 
apresentar. Ademais, o professor deverá auxiliar o 
aluno somente quando realmente precisar de ajuda 
(SOLER, 2005; ROUSE, 2010). 
O professor deve tratar todos os alunos de 
forma igualitária, não superprotegendo e su-
bestimando o aluno com deficiência (SOLER, 
2005; ROUSE, 2010).
60 
 
OLHAR CONCEITUAL
1. Assegurar a participação do aluno com de�ciência nas atividades, mesmo 
que seja necessária assistência física. A diminuição desse apoio pode ocorrer, se 
possível, na medida em que o aluno vai se adaptando com a atividade.
2. Estimular o aluno com de�ciência a participar das decisões relativas às 
variáveis de adaptação. Dentro desse contexto, é preciso considerar a aceitação 
ou não das atividades e modi�cações por parte do interessado. 
3. Evitar a aplicação de atividades adaptadas que acentuam a 
aparência ou percepção das diferenças em suas aulas. 
4. Proporcionar opções de escolha entre as variáveis de adaptação 
para os alunos com de�ciência. 
5. Permitir que o aluno com de�ciência selecione o tipo de 
equipamento, as modi�cações de regras ou alterações no ambiente 
mais adequadas às suas necessidades. 
 6. Oferecer a mesma variedade de jogos, esportes e atividades 
recreativas às crianças que apresentam ou não de�ciência.
7. Incentivar a prática de atividades coletivas e comunitárias 
sempre que possível.
 61
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Para auxiliar os profissionais de Educação Física que 
atuam no contexto inclusivo, os autores Soler (2005) 
e Rouser (2010) recomendam vários tipos de auxí-
lio aos alunos, como auxílio físico, verbal e gestual. 
Para Lieberman (2002), o uso de algumas abordagens 
para a melhor compreensão da tarefa a ser realizada 
pelo aluno com deficiência poderá garantir maior 
autonomia. Além disso, em determinadas situações, 
pode-se combinar mais de uma técnica de instrução 
ou utilizá-la de forma individual, sendo elas: 
Orientação verbal: explicar de forma clara e objetiva 
verbalmente o que se espera que o aluno desenvolva 
em relação à atividade proposta.
Demonstração: expor, de maneira exemplificada, 
por meio de ações demonstrativas ou utilização de 
modelos, o que se espera que o aluno desenvolva em 
relação à atividade proposta.
Assistência física: oferecer auxílio físico ou guiar o 
movimento do aluno, para que ele apreenda o mo-
vimento.
Descrição da Imagem a fotografia mostra quatro meninos 
vestidos com trajes de jogar bola (camisa azul numerada, 
calção branco, meião até o joelho listrado de azul e branco, e 
chuteira). Na frente desses meninos está um homem adulto 
que aparece de lateral vestindo agasalho preto e tênis, suas 
mãos estão levemente levantadas, uma na altura da cintura 
(direita) e outra na altura do peito (esquerda), já sua boca está 
levemente aberta. Ao fundo da imagem, nota-se uma arqui-
bancada vazia e eles estão em pé sob um gramado.
Figura 2 -Orientação Verbal
Descrição da Imagem a fotografia mostra seis crianças ves-
tidas com camisetas vermelhas, shorts escruto e tênis. Essas 
crianças estão com as pernas abertas, a mão esquerda na 
cintura e a mão direita sob a cabeça, pois o braço direito está 
levantado. No canto esquerdo da imagem está uma pessoa 
adulta de costas, com cabelo loiro amarrado, vestindo cami-
seta e shorts azul marinho. Essa pessoa está de frente para 
as crianças e faz o mesmo movimento que elas. 
Figura 3 - Demonstração
Descrição da Imagem a imagem mostra uma fotografia de 
uma criança do sexo masculino andando sob uma trave de 
ginástica. A mão esquerda da criança segura a mão de uma 
pessoa adulta, essa que aparece somente do ombro pra baixo. 
Ao fundo, nota-se equipamentos de ginástica. 
Figura 4 - Assistência Física
62 
 
Possibilidades de atividades para alunos com 
maior comprometimento motor, pautado em 
estímulos individuais:
Atividade 1
Objetivo: estimular a coordenação dinâmica 
geral e lateralidade.
Material: espuma de colchão, fita adesiva, velcro, 
EVA, peças de encaixe, bolas de tênis de quadra. 
Organização do espaço e da turma: a atividade 
requer pouco espaço, pode ser realizada tanto dentro 
quanto fora da sala de aula.
Desenvolvimento: o aluno, fazendo uso de sua 
carteira adaptada, realizará atividades de encaixe e 
de retirar e colocar objetos em determinados lugares. 
Além dessas adequações, os materiais deverão ser con-
feccionados respeitando as características dos alunos. 
Brailling: orientar o aluno por meio do tato a per-
ceber a execução de um movimento ou habilidade 
realizado pelo professor ou por um colega.
Descrição da Imagem a imagem mostra a fotografia de duas 
meninas adolescentes. Uma das meninas está na frente e com 
os olhos vendados. Atrás dela, a segunda menina, aparece de 
óculos e sem venda, segurando com a mão esquerda o ombro 
direito da outra menina. As duas usam camiseta branca com 
um emblema na frente. 
Figura 5 - Brailling / Fonte: a autora.
A EDUCAÇÃO FÍSICA E A 
DEFICIÊNCIA MOTORA
Conforme discutimos na unidade anterior, a defi-
ciência motora pode ser compreendida em níveis 
de comprometimento; nela, destacamos a deficiên-
cia motora leve, moderada e severa. Essa distinção 
se faz importante para que você possa desenvolver 
atividades com diferentes graus de complexidade em 
suas aulas de Educação Física. Dessa forma, convido 
você para uma imersão nas atividades adaptadas e 
uma extensa reflexão sobre as diversas possibilidades 
de aplicação pedagógica para alunos com deficiência 
motora em seus variados níveis de comprometimen-
to físico, em centros de reabilitação, escolas especia-
lizadas, assim como na rede regular de ensino. 
Descrição da Imagem a fotografia mostra um aluno com de-
ficiência motora sentado sobre sua cadeira com uma carteira 
branca à frente. Ele está realizando uma atividade de colocar e 
retirar cones em pontos fixos. Esses cones estão em cima de sua 
mesa adaptada.
Figura 6 - Atividades manuais / Fonte: a autora.
Variações: com espumas de colchão ou com bolas 
de tênis de mesa e quadra, você poderá solicitar para 
que o aluno segure o objeto com uma das mãos e a 
 63
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
leve para diferentes partes do corpo e que troque o 
objeto de uma mão para outra.
na imagem a seguir, o material está inclinado, mas 
cada aluno apresentará uma característica específica 
de movimentação.
Descrição da Imagem a fotografia mostra um aluno com deficiên-
cia motora, sentado em uma cadeira adaptada, com um pedaço 
de espuma na mão esquerda. 
Figura 7 - Manipulação de objetos / Fonte: a autora.
Variações: com bolas maiores, você poderá pedir que 
seu aluno a segure forte com as duas mãos e que a 
lance. Sob essa perspectiva, você poderá colocar à 
frente dele um arco, um balde ou qualquer objeto 
que simula uma cesta, ou um alvo específico para 
que ele realize esses arremessos. 
Variações: solicite ao aluno que realize algumas 
atividades de vida diária, como tirar o tênis, luva e ca-
saco de maneira independente. Lembre-se sempre de 
respeitar o tempo do aluno, quanto maior o compro-
metimento motor mais lentos serão os movimentos. 
Atividade 2
Objetivo: Estimular a coordenação motora fina
Materiais: EVA e velcro 
Organização do espaço e da turma: sala de aula.
Desenvolvimento: após a confecção e o ensino do 
jogo da velha, solicitar que o aluno inicie o jogo. O 
material deverá estar disposto de forma que o aluno 
consiga manusear as peças. Como podemos observar 
Variações: jogos como xadrez e dominó também 
poderão ser adaptados facilmente para esses alu-
nos. A disposição do material também se dará 
de acordo com as possibilidades dos alunos de 
manusear as peças.
Variações: outras atividades manuais como o 
chamado “movimento de pinça” são relevantes. 
Você poderá sugerir, ao seu aluno, que ele manu-
seie pequenos objetos, como legos e massinha de 
modelar ou até mesmobrincar de pega-varetas. 
Solicite ao aluno que faça bolinhas de papel e que 
realize pequenos recortes. Esses exercícios pare-
cem simples, mas exigem do aluno grande controle 
muscular e concentração. O contato com diferentes 
texturas e pintura também são fundamentais para 
a estimulação motora fina de seu aluno.
Descrição da Imagem a fotografia mostra os braços de uma 
pessoa com deficiência motora e ela está com uma carteira adap-
tada à frente, uma das mãos encontra um isopor com velcro que 
possui o jogo da velha.
Figura 8 - Jogos de mesa / Fonte: a autora.
64 
 
Para a estimulação da coordenação motora gros-
sa, fortalecimento muscular e flexibilidade, sugere-se:
Atividade 3
Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral 
e o fortalecimento muscular.
Materiais: tatame, tablado ou colchonete. 
Organização do espaço e da turma: sala de aula. 
Sempre que possível, retire seu aluno da cadeira de 
rodas, pois esse poderá ser um dos poucos momentos 
que ele será retirado dela. Ao iniciar a aula, deixe que 
seu aluno reconheça o espaço ao seu modo, somente 
depois inicie a atividade. 
Desenvolvimento: colocar o aluno deitado e esti-
mular movimentos básicos, como levar objetos para 
o lado, para frente e para trás. Para deixar a atividade 
mais complexa, solicite que o aluno sustente a posi-
ção por alguns segundos e, posteriormente, relaxar.
Variações: rolar com e sem apoio e o en-
gatinhar, independentemente da idade 
do aluno. Deixar a criança em decúbito 
ventral e estimular a levantar a cabeça. 
Ao desenvolver essas habilidades, coloque 
obstáculos ou objetos para o aluno tocar 
e alcançar. Essas atividades promovem o 
fortalecimento muscular dos membros 
superiores. Contudo, é preciso verificar se 
a escola oferece o espaço adequado, para 
que o aluno não venha a se machucar. 
Nesse caso, recomenda-se realizar a ati-
vidade em salas com tatames ou material 
emborrachado.
Variações: a utilização de pesos leves 
para o ganho de força muscular também é 
importante, e deve ser realizada respeitando 
as individualidades de cada aluno.
Atividade 4
Objetivo: Estimular a coordenação di-
nâmica geral e a flexibilidade.
Materiais: tatame, colchonete ou tablado.
Organização do espaço e da turma: sala 
de aula. 
Desenvolvimento: alongamentos de 
todos os segmentos corporais, para es-
timular a flexibilidade de seu aluno. 
Você poderá inserir nessa atividade um 
elemento especial, como a música. Para 
atividades de alongamento e relaxamen-
to, coloque músicas mais calmas que não 
tirem a concentração de seu aluno nas 
atividades que serão desenvolvidas.
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma menina com de-
ficiência deitada sob um tablado. Ao seu lado tem um homem 
sentado. Nota-se que a menina está com os braços levantados 
e segura uma bola pequena com as mãos, o homem auxilia no 
movimento. 
Figura 9 - Coordenação dinâmica / Fonte: a autora.
 65
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Atividade 5
Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica 
geral e o equilíbrio.
Materiais: tatame
Organização do espaço e da turma: sala de aula, 
pátio ou quadra.
Desenvolvimento: a caminhada ou marcha 
orientada com o apoio do professor é fundamental 
para o desenvolvimento motor dessas crianças. É 
importante lembrar que não são todas as crianças 
que recebem estímulo e atenção necessária de seus 
familiares. O simples ato de caminhar com seu alu-
no poderá significar um dos poucos momentos de 
estímulo e descontração de seu aluno.
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma criança deitada no 
chão e uma mulher adulta auxiliando na realização de movimentos 
de alongamento corporal. 
Figura 10 - Alongamento
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma criança em pé 
utilizando um equipamento que pega o tranco e as pernas. Uma 
mulher adulta está ao seu lado segurando sua mão auxiliando a 
criança na caminhada. 
Figura 11 - Marcha
66 
 
Variações: Inserir alguns obstáculos que exigirão do 
aluno maior ação motora.
Atividade 6
Objetivo: Desenvolver aulas adaptadas para o 
ensino de Jogos e Esportes.
Material: bolas e objetos de auxílio.
Organização do espaço e da turma: em um espaço 
de uma quadra de futsal, pátio ou gramado. 
Desenvolvimento: a bocha é um jogo muito ade-
quado a se aplicar na escola para alunos com defi-
ciência motora. Em nossa quinta unidade, trabalha-
remos a bocha e suas adaptações de forma específica. 
Os alunos irão lançar a bola, com os pés, as mãos 
ou a cabeça, fazendo ou não uso de materiais que 
auxiliarão na prática. 
Material: dardo, peso, disco.
Organização do espaço e da turma: gramado ou 
areia.
Desenvolvimento: realizar arremessos e lança-
mentos do atletismo sentado.
Descrição da Imagem a fotografia mostra dois cadeirantes, sen-
do uma mulher ao fundo e um homem um pouco mais a frente. 
Na frente de suas cadeiras de rodas tem-se números que são 
utilizados por atletas e eles estão em uma quadra de esporte. O 
homem segura uma bola de bocha de cor escura na mão esquerda.
Figura 12 - Bocha Paralímpica / Fonte: Flickr (2021, on-line).
Atividade 7
Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral 
por meio do atletismo.
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma pessoa com de-
ficiência do sexo masculino sentado sob uma cadeira realizando 
o movimento de lançamento de dardo. A cadeira está sob um 
gramado e, ao fundo, nota-se algumas árvores. 
Figura 13 - Lançamento de Dardo / Fonte: a autora.
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma pessoa com defi-
ciência motora sentada sob uma cadeira realizando o movimento 
de lançamento de disco. A cadeira está sob um gramado e ao 
fundo nota-se algumas árvores. 
Figura 14 - Arremesso de Disco / Fonte: a autora.
 67
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Variações: propor diferentes formas de correr, 
com braços para cima, para trás, com e sem cadeira 
de rodas, em duplas, com e sem apoio. 
Após discutirmos sobre os estímulos que pode-
mos ofertar para a melhora da coordenação e con-
trole motor desenvolvida de maneira individual 
com os alunos, agora, voltaremos o nosso olhar 
às atividades coletivas. Contudo, antes de darmos 
início a esta temática, segue algumas dicas impor-
tantes para que sua aula seja ainda mais segura, 
consciente e prazerosa:
Descrição da Imagem a fotografia mostra quatro pessoas, sen-
do duas delas cadeirantes e do sexo masculino, e duas do sexo 
feminino que empurram as cadeiras de rodas. 
Figura 15 - Corrida Adaptada / Fonte: a autora.
Por fim, outro estímulo extremamente importante 
são as Atividades de Vida Diária (AVDs). As AVDs 
são atividades que os professores desenvolvem com 
os alunos para que possam desempenhar, mesmo 
que minimamente, as atividades rotineiras, como 
escovar os dentes, segurar objetos, colocar e retirar 
luvas, meias, sapatos, casacos, alimentar-se, entre ou-
tras diversas atividades diárias. Lembra-se quando 
falamos que devemos respeitar os limites de cada 
aluno? Atividades como essas podem parecer simples 
O que são atividades da vida diária (AVD)?
As AVD´s são tarefas básicas de autocuida-
do. Essas atividades/habilidades são as mes-
mas que aprendemos desde a infância. Elas 
incluem:
Alimentar-se.
Ir ao banheiro.
Escolher a roupa.
Arrumar-se e cuidar da higiene pessoal.
Vestir-se.
Tomar banho.
Andar e deslocar (por exemplo, da cama para 
a cadeira de rodas).
Fonte: SBGG ([2022], on-line).
demais para o professor, mas para alunos com difi-
culdades severas de movimento, são extremamente 
importantes e enriquecedoras.
68 
 
O conteúdo da Dança é indispensável em suas aulas 
e, além disso, é uma atividade prazerosa que pode 
envolver tanto a coordenação motora global como 
a descontração, e momentos assim são relevantes 
para seu aluno. 
Atividade 8
Utilize músicas que apresente comandos claros 
em sua letra, podemos tomar como exemplo o 
trecho da música da xuxa: “mão na cabeça, mão 
na cintura, um pé na frente e o outro atrás” e soli-
cite que os alunos realizem todos os movimentos 
que são apresentados na música. Essa atividade, 
além de divertida,é uma importante ferramenta 
de socialização entre os colegas.
• Eleja um colega auxiliar para cada aula: esse aluno ficará responsável em ajudar o colega com 
deficiência. Dependendo do nível de dificuldade da aula, o mais indicado é que você, professor, 
seja o responsável direto por esse aluno, o guiando durante toda a atividade.
• Nossas aulas não possuem o objetivo de rendimento esportivo, dessa forma, podemos apre-
sentar as regras e colocá-las em prática com pequenas adequações. Diante disso, modifique e 
diversifique as regras: além de empregar o conteúdo propriamente dito, proponha aos alunos 
novas formas de aplicação pedagógica.
• A intensidade das atividades desenvolvidas devem respeitar as limitações dos nossos alunos. 
Por isso, podemos e devemos trabalhar os diversos conteúdos estruturantes respeitando a 
individualidade de cada aluno.
Descrição da Imagem a fotografia mostra alunos com deficiência 
motora e intelectual participando de uma brincadeira dançante 
conhecida como trenzinho, o primeiro da fila é um menino cadei-
rante e as outras pessoas estão em pé. 
Figura 16 - Atividades Rítmicas / Fonte: a autora.
Variações: reúna sua turma e realize movimentos básicos, em seguida, peça para que reproduzam esses 
movimentos. Chame-os para dançar, conduza a cadeira de rodas de seu aluno e ofereça a possibilidade de 
conhecer diversos ritmos, como a valsa, o forró, o sertanejo, o funk entre tantas outras.
 69
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Podemos trabalhar de forma adaptada todos os 
conteúdos estruturantes da Educação Física desde 
a Educação Física Infantil até o Ensino Médio, sem 
que nenhum dos conteúdos perca suas característi-
cas. Perceba como a Educação Física não perde sua 
essência ao se trabalhar com atividades consideradas 
mais simples, pois, até o momento, abordamos diver-
sos conteúdos estruturantes, entre eles a Ginástica, a 
Dança e os Jogos sem descaracterizar nossa disciplina. 
A partir dessas pequenas observações, temos uma 
infinidade de atividades que poderão ser desenvolvi-
das, por isso, convido você a conhecer alguns Jogos e 
Esportes individuais e coletivos que podemos inserir 
nas aulas de Educação Física sem descaracterizá-los, 
seja diminuindo sua intensidade, inserindo novos 
materiais ou contando com o auxílio de um colega! 
Ao trabalhar o conteúdo esportes coletivos, o con-
tato físico é inevitável, contudo, podemos propor 
que o aluno com deficiência não seja bloqueado ou 
marcado. Perceberam que mesmo com essa peque-
na restrição, o conteúdo manteve sua essência? Esse 
também é o foco da educação física inclusiva: não 
modificar toda a aula para que não haja prejuízo no 
conteúdo abordado. Por isso, faz-se sempre impor-
tante aplicar o conteúdo com todas as suas caracterís-
ticas e, posteriormente, realizar todas as modificações 
necessárias para a participação de todos. 
Além de trabalhar os diversos conteúdos estruturan-
tes e suas regras, fundamentos e características específi-
cas, podemos propor aos alunos novas regras. Estimule 
seus alunos a desenvolver essas novas “regras” junto a 
você, futuro profissional de Educação Física! 
Atividade 9:
Objetivo: Desenvolver aulas adaptadas para o 
ensino do futebol/futsal.
Material: pano, muletas, elásticos, bolas.
Organização do espaço e da turma: em um espaço 
de uma quadra de futsal jogam 10 alunos. 
Desenvolvimento: em duplas, os alunos deverão ficar 
sempre lado a lado com as pernas ou braços unidos. 
Por exemplo, a perna direita do aluno estará amarrada 
à perna esquerda de seu colega. Eles deverão realizar o 
jogo de maneira cooperativa, lembrando que nenhum 
movimento será possível realizar sem o apoio do colega.
Descrição da Imagem a fotografia mostra quatro crianças apre-
sentando uma coreografia de dança, duas delas estão dançando 
em suas cadeiras de rodas, uma sendo um menino e uma menina, 
e as outras duas são meninas em pé dançando. As meninas estão 
com um vestido azul, na altura dos joelhos e na cabeça um laço 
azul com o cabelo preso. O menino está de calça preta e blusa azul.
Figura 17 - Atividades Rítmicas
Descrição da Imagem a fotografia mostra alunos jogando futsal 
em duplas ligadas/amarradas entre os pés e as mãos. Uma dupla 
está com coletes azuis e a outra equipe com coletes laranja, ca-
racterizando assim as duas equipes que participam da atividade.
Figura 18 - Futebol Adaptado / Fonte: a autora.
70 
 
Variações: peça para que todos os alunos tragam um 
pedaço de pano para a aula. Eles deverão jogar fute-
bol sem perder o contato com o pano que estará no 
chão. Sendo assim, o aluno deverá arrastar o pano 
com pé, o que simulará uma adaptação motora e 
possibilitará a participação do aluno com deficiência 
motora.
Variações: em equipes de, no máximo, 5 alunos, 
solicitar que os alunos joguem normalmente, mas 
que permaneçam sempre com os braços atrás das 
costas. Isso fará que os alunos percam um pouco 
do equilíbrio ao correr, possibilitando a eles a com-
preensão de como é ter seus movimentos alterados. 
Essa regra introduzida na atividade fará que o aluno 
com deficiência motora consiga participar de forma 
mais dinâmica da atividade.
Material: cadeiras e bolas.
Organização do espaço e da turma: em um espaço 
de uma quadra de futsal jogam 12 alunos.
Desenvolvimento: sentados, os alunos deverão 
trocar passes do basquetebol ou handebol. Diversas 
cadeiras deverão estar espalhadas estrategicamente 
pela quadra e os alunos deverão trocar passes até 
a bola chegar ao aluno que estiver mais próximo à 
cesta ou ao gol, e assim realizar o arremesso. Nessa 
atividade, cada equipe poderá conter até 10 alunos. 
Descrição da Imagem a fotografia mostra seis alunos jogando 
futsal como os braços para trás. Três deles estão com coletes azuis 
e os outros três alunos estão com coletes laranja, caracterizando 
as duas equipes que participam da atividade.
Figura 19 - Futebol Adaptado / Fonte: a autora.
Atividade 10
Objetivo: Desenvolver aulas adaptadas para o 
ensino do Basquetebol e Handebol
Descrição da Imagem a fotografia mostra cinco alunos sentados 
em cadeiras distribuídas pela quadra, simulando a prática do 
esporte adaptado basquetebol em cadeira de rodas. Três alunos 
estão com coletes azuis e dois estão com coletes laranja, caracte-
rizando as duas equipes que participam da atividade.
Figura 20 - Basquete adaptado / Fonte: a autora.
Variações: sentados, realizar arremessos no basquete 
e handebol
Variações: com no máximo 6 alunos em cada equi-
pe, você poderá propor um jogo com cadeiras comuns 
de rodinhas. Em que os alunos poderão se deslocar 
sem retirar o bumbum da cadeira. Os esportes tra-
balhados dessa forma são diversos, como: basquete, 
handebol, rugby, beisebol, hóquei, entre outros.
 71
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Variações: propor diversas modalidades coletivas, 
como: basquete, handebol, rugby, beisebol, hóquei, 
entre outros, sem que o aluno com deficiência seja 
marcado ou bloqueado. 
Atividade 11
Objetivo: desenvolver aulas adaptadas para o en-
sino de esportes de rede divisória.
Material: cadeiras e bolas.
Organização do espaço e da turma: em um espaço 
de uma quadra de futsal.
Desenvolvimento: voleibol sentado. Com 6 a 8 alu-
nos em cada equipe, os alunos poderão se deslocar ape-
nas arrastando-se, sem perder o contato do bumbum 
com o chão. Para isso também será possível diminuir o 
espaço de jogo com o intuito de facilitar o deslocamento. 
e de pé. Alterar algumas regras, como a quanti-
dade de vezes que a bola poderá cair no chão e a 
quantidade de toques.
Essas são apenas algumas das diversas adaptações 
que poderão ser realizadas, mas é essencial que você, 
professor, proporcione aos seus alunos a realização 
delas, mesmo que em sua sala de aula não exista 
nenhum aluno deficiente. Sempre que suas aulas 
apresentarem essa dinâmica, ao final, faça um bate-
-papo com seus alunos e peça para que eles relatem 
quais dificuldades encontraram e qual a sensação em 
colocar-se no lugar do outro. Tenho certeza que as 
respostas serão ótimas!Perceba que práticas pedagó-
gicas não levam apenas conhecimento ao aluno, mas 
também consciência de como é depender do outro. 
Tal vivência é enriquecedora e certamente levará 
o seu aluno a refletir sobre diversos pontos, como 
preconceito, aceitação, socialização, acessibilidade, 
entre outros diversos fatores. 
Descrição da Imagem a fotografia mostra alunos sentados no 
chão, separados por uma rede de voleibol praticando o esporte 
adaptado sentado. Os alunos estão divididos em duas equipes e 
usam coletes azul e laranja.
Figura 21 - Voleibol Sentado / Fonte: a autora.
Variações: aplicar os diversos esportes de rede 
divisória, como tênis de quadra, tênis de mesa, 
badminton, entre outros com os alunos sentados 
Inclusão
A inclusão de alunos com deficiência nas aulas de 
Educação Física é uma importante ferramenta para o 
desenvolvimento intelectual, social, motor e afetivo. 
Vamos conversar mais sobre esta relevante temática?
72 
 
Título: Deficiência Físico-Motora: Interface Entre Educação Especial E Repertório 
Funcional
Autor: Vera Lucia Israel e Andrea Lucia Sergio Bertoldi
Editora: Ibpex
Sinopse: esta obra tem como fundamento a análise e a discussão de assuntos que 
envolvem a deficiência físico-motora (DFM). Para isso, apresenta um novo olhar sobre 
o tema, tendo como foco o comportamento motor, seus fundamentos, relações entre 
desenvolvimento, aprendizagem e controle motor e a importância da estimulação 
precoce; os principais aspectos da funcionalidade e do desempenho motor humano 
e sua relação com a vida em sociedade; as dimensões dos contextos familiar, educacional, de saúde e do 
ambiente de trabalho em relação à DFM, sob o ponto de vista da tecnologia assistiva. O papel da família e 
a capacitação profissional da pessoa com DFM em face da educação especial.
Título: Intocáveis
Ano: 2012
Sinopse: um milionário tetraplégico contrata um homem da periferia para ser o seu 
acompanhante, apesar de sua aparente falta de preparo. No entanto, a relação que 
antes era profissional cresce e vira uma amizade que mudará a vida dos dois.
Título: A teoria de tudo
Ano: 2015
Sinopse: baseado na história de Stephen Hawking, o filme expõe como o astrofísico 
fez descobertas relevantes para o mundo da ciência, inclusive relacionadas ao tempo. 
Também retrata seu romance com Jane Wilde, uma estudante de Cambridge que 
viria a se tornar sua esposa. Aos 21 anos de idade, Hawking descobriu que sofria 
de uma doença motora degenerativa, mas isso não o impediu de se tornar um dos 
maiores cientistas da atualidade.
 73
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Título: Como eu era antes de você
Ano: 2016
Sinopse: aos 26 anos, Louisa Clark, consegue trabalho como cuidadora de um te-
traplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma 
cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will des-
conta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem 
graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. Como eu 
era antes de você é uma história de amor e uma história de família, mas acima de tudo 
é uma história sobre a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado
Neste vídeo, você poderá acompanhar o curta animado “Cordas”: narra a amizade 
entre Maria e Nicolás, colega de classe, que sofre de paralisia cerebral. Acesse 
o conteúdo disponível em: 
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista sobre a educação física 
inclusiva com professores de Educação Física. Acesse o conteúdo disponível em:
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
74 
 
Frente a todas as atividades apresentadas nesta unidade, você se sentirá seguro para estagiar ou lecionar em 
uma escola da rede regular de ensino que tenha alunos com deficiência? Munido de todo esse conhecimento, 
que tipo de atividade você planejaria para sua primeira aula com uma turma do 7º ano que tenha um aluno 
com deficiência motora? Como seria essa primeira experiência para conhecer todos os alunos? Como você 
faria? Vamos tentar?
Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista com alunos e professores 
sobre a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física. Acesse 
o conteúdo disponível em:
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
 75
mapa mental
Para sintetizar os conceitos e definições da Inclusão e da Educação Física Inclusiva, assim como das principais abor-
dagens e técnicas para utilização do profissional de Educação Física na execução de seu trabalho, seja na escola ou 
em outros ambientes, complete o Mapa Mental.
Definições Definições Tipo de Abordagens
Inclusão
Educação
Física
Inclusiva
Explicar de forma clara
e objetiva o que se
espera que o aluno
desenvolva
Explicar por maio de
ações demonstrativas
ou utilização de
modelos
Oferecer auxílio físico
ou guiar o movimento
do aluno
Orientar o aluno por
meio do tato a
perceber a execução de
um movimento
Dra. Naline Cristina Favatto
Oportunidades de aprendizagem
Teremos, agora, o prazer de continuar nossa imersão nas 
diversas possibilidades de adaptar atividades para alunos 
com deficiência, de maneira específica, para alunos com 
Deficiência Visual e Intelectual em seus diversos níveis de 
comprometimento. A partir desse estudo, será possível 
conceber as principais metodologias e técnicas para 
elaboração de seu planejamento com alunos com deficiência 
dentro ou fora do contexto escolar.
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA E A 
DEFICIÊNCIA VISUAL E INTELECTUAL
unidade 
IV
78 
 
vimentos são mais lentos e nas aulas nenhum colega 
quer que você faça parte da equipe deles? Ou então, 
pense em ser seu filho passando por uma dessas 
situações, e você não consegue encontrar nenhuma 
escola de treinamento que possa recebê-lo como 
parte integrante da equipe.
Assim como nas unidades anteriores, acredito 
que esses questionamentos tenham levado a inten-
sas reflexões a respeito da importância da adapta-
ção dos diversos tipos de atividade física, seja ela 
no contexto escolar ou não! Independentemente da 
deficiência ou dificuldade dessas crianças e jovens, 
é preciso promover a sua participação, uma vez 
que a prática de atividade física é um dos maiores 
elementos socializadores.
Certamente, você já estudou com um colega que 
apresentava uma dificuldade significativa em apren-
der os conteúdos escolares, ou conviveu com aquele 
que nunca participava das aulas de Educação Física, 
isso porque usava óculos e diziam a ele que poderia 
se machucar. Ou talvez, você foi o colega que apre-
sentou dificuldade de aprendizado e/ou utilizava 
óculos e ficava fora de algumas atividades durante 
seu período escolar, se este for seu caso, você se lem-
bra como se sentia? Supondo que você não tenha 
nenhum tipo de deficiência, imagine que você é uma 
criança com deficiência visual, mas que seu professor 
de Educação Física não realiza nenhuma adaptação 
que torne possível a sua participação nas aulas! Ou 
que apresenta uma deficiência intelectual e seus mo-
 79
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Com base nesses pressupostos, convido você a vendar seus olhos por alguns minutos, e dentro da sua 
própria casa tentar se deslocar entre os cômodos. Achou difícil? Agora, ainda vendado, abra sua geladeira e 
tente fazer um sanduíche ou um suco! 
Por meio dessa vivência enriquecedora, acredito que você tenha encontrado diversas dificuldades, já que 
até esse momento sempre havia feito uso da visão para a realização de todas as atividades diárias em sua casa. 
Então, agora é a hora de você colocar, em seu Diário de Bordo, todas essas dificuldades e sensações que você 
experienciou durante a execução dessas tarefas! 
Em nossos estudos anteriores, constatamos que a 
deficiência visual não é caracterizada somente pela 
ausência total da visão, mas também pela baixa capa-
cidade em enxergar. Em nosso percurso profissional, 
encontraremos tanto alunos cegos que participaram 
pouquíssimas vezes das aulas de educação físicacomo 
alunos que fazem uso de óculos que apresentam resis-
tência em realizar as aulas por medo de se machucar. 
80 
 
Desde o nascimento, a criança que enxerga passa 
a estabelecer uma comunicação visual com o mundo 
exterior. Durante os primeiros anos de vida, ela é esti-
mulada a olhar para tudo o que está à sua volta, sendo 
possível acompanhar o movimento das pessoas e dos 
objetos sem sair do lugar. Percebe como a visão se 
sobressai sobre os demais sentidos? Ela ocupa uma 
posição primordial no que se refere à percepção e 
integração de formas, contornos, tamanhos, cores e 
imagens que estruturam a composição de uma pai-
sagem ou de um ambiente. 
Nesse tocante, a cegueira se caracteriza pela al-
teração grave ou total de uma ou mais das funções 
elementares da visão que afeta a capacidade de per-
ceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou mo-
vimento. Por sua vez, a baixa visão é definida como 
a redução do rol de informações que o indivíduo 
recebe do ambiente, restringindo a grande quantida-
de de dados que este oferece e que são importantes 
para a construção do conhecimento sobre o mundo 
exterior. A aprendizagem visual depende não apenas 
do olho, mas também da capacidade do cérebro de 
realizar as suas funções, de capturar, codificar, sele-
cionar e organizar imagens fotografadas pelos olhos 
(SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007).
Falamos o tempo todo: “olha isso”, “nossa você viu?”, 
pois estamos acostumados a trabalhar apenas com 
alunos que enxergam. Por isso, é primordial falar e 
orientar de forma clara com o aluno, como discuti-
mos nas unidades anteriores, e, além disso, valorizar 
seus outros sentidos. O Ministério da Educação, ao 
elaborar os documentos sobre o atendimento de alu-
nos com deficiência visual na rede regular de ensino, 
esclarece que as informações tátil, auditiva, sinestésica 
e olfativa são mais desenvolvidas pelas pessoas cegas 
porque elas recorrem a esses sentidos com mais fre-
quência para decodificar e guardar na memória as 
informações. O desenvolvimento aguçado da audição, 
do tato, do olfato e do paladar é resultante da ativação 
contínua desses sentidos diante da necessidade, pois 
os sentidos remanescentes funcionam de forma com-
plementar e não isolada (SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007). 
 Sendo assim, iniciaremos nossos estudos abor-
dando não apenas a adaptação para deficiência 
visual, mas também proporcionar aos alunos mo-
mentos de conscientização e vivência voltada à de-
ficiência visual, uma vez que é primordial que você, 
futuro profissional, trabalhe com as dificuldades, 
mesmo que não tenha nenhum aluno deficiente em 
sua turma ou equipe. 
Atividade 1:
Objetivo: Reconhecer o ambiente escolar.
Material: vendas.
Organização do espaço e da turma: todo ambiente 
escolar.
Desenvolvimento: em duplas, um aluno será ven-
dado e o outro deverá ser o seu guia. O guia apoia-
rá a mão no ombro do colega vendado e passará as 
orientações verbalmente. Nessa atividade, os alunos 
deverão caminhar por todo o espaço escolar (pátio, 
sala de aula, banheiro, biblioteca, refeitório e qua-
dra). Depois os papéis serão invertidos, os guias serão 
vendados e deverão realizar o mesmo percurso. Ao 
final da aula, peça para que seus alunos relatem quais 
foram as dificuldades encontradas, e questione se a 
escola realmente atende às necessidades de acessibi-
lidade arquitetônica ao aluno deficiente visual. Para 
alunos do Ensino Fundamental Anos Iniciais, você 
poderá realizar essa atividade apenas em torno da 
quadra esportiva. 
 81
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Variações: os alunos manterão suas duplas e apenas 
um aluno estará vendado. No entanto, a orientação 
dada pelo guia será tátil e não mais verbal. Um toque 
no ombro direito ou esquerdo significam os lados 
que o aluno deverá seguir. Um toque no centro das 
costas significa seguir em frente e dois toques para 
parar. Um toque no braço significa alguma barreira, 
como degraus, mesas, cadeiras e até mesmo outros 
colegas, por isso ao receber um toque no braço o 
aluno deverá dar passos mais lentos.
Atividade 2:
Objetivo: Vivenciar a modalidade paralímpica 
Goalball.
Material: vendas, bola e saco plástico.
Organização do espaço e da turma: em um es-
paço de uma quadra de futsal ou gramado jogam 
de 2 a 3 alunos por equipe. O ambiente deve estar 
em silêncio, para que os alunos consigam ouvir o 
barulho produzido pela bola e, assim, guiarem-se 
para a prática do esporte. 
Desenvolvimento: em duplas ou trios, os alunos 
deverão se organizar próximos ao gol. O objetivo 
do jogo é fazer gol, lançando a bola com as mãos 
em direção ao gol da equipe adversária. A outra 
equipe deverá defender seu gol, utilizando qual-
quer parte do corpo, por isso a necessidade de 
fazer silêncio, pois eles irão se guiar pelo barulho 
da bola. Caso sua escola não apresente uma bola 
de guizo, não tem problema, você poderá adaptar 
envolvendo uma sacola plástica na bola, assim, ela 
fará barulho ao deslocar-se. 
Descrição da Imagem a figura apresenta uma fotografia de uma 
aluna com uma venda preta nos olhos e o outro aluno ao lado, 
um pouco atrás dela, com a mão em seu ombro orientando sua 
caminhada de reconhecimento do ambiente escolar. Ambos estão 
de camiseta branca.
Figura 1 - Reconhecimento do ambiente escolar / Fonte: a autora.
Descrição da Imagem a figura apresenta uma fotografia com 
três garotos com uma venda preta nos olhos, jogando goalball. 
Estão usando camiseta, shorts e tênis. Um dos meninos está com 
a bola branca em uma das mãos. A fotografia é em uma quadra 
de esportes, ao fundo observa-se uma arquibancada e atrás dela, 
árvores e arbustos.
Figura 2 - Goalball / Fonte: a autora.
82 
 
Atividade 3:
Objetivo: Vivenciar a modalidade paralímpica 
Futebol de 5.
Material: vendas, bola e saco plástico.
Organização do espaço e da turma: quadra de 
futsal ou gramado. 
Desenvolvimento: jogam duas equipes compostas 
por 5 alunos em cada uma delas. O jogo apresenta 
as mesmas características do futsal, no entanto os 
jogadores de linha estão vendados, apenas os goleiros 
que não. O ambiente deve estar em silêncio, para que 
os alunos consigam ouvir o barulho produzido pela 
bola e, assim, se guiarem para a prática do esporte. 
O goleiro deverá orientar verbalmente os demais 
colegas de sua equipe. 
Variação: em duplas, um aluno estará vendado e o 
outro não. O aluno vendado deverá ser guiado pelo 
colega, contudo, o colega não poderá encostar na 
bola, apenas orientar verbalmente. Os goleiros po-
derão estar vendados ou não, é interessante realizar 
essas modificações, para ver com qual forma os alu-
nos se identificam.
Atividade 4:
Objetivo: Vivenciar as corridas de velocidade e 
de resistência.
Material: vendas, bola, cordas.
Organização do espaço e da turma: em um espaço 
de uma quadra de futsal ou gramado.
Desenvolvimento: corrida orientada. Os alunos 
deverão se organizar em duplas e utilizarão a guia 
confeccionada (que se encontra na figura 4). O aluno 
vendado será guiado pelo colega, fazendo uso deste 
material confeccionado. Com esse auxílio, eles pode-
rão realizar corridas de velocidade e de resistência.
Descrição da Imagem a figura apresenta a fotografia de quatro 
alunos, todos com uma venda preta nos olhos. Três destes alunos 
estão com calça cinza, camiseta branca e jaleco laranja por cima, 
um aluno está de short branco, camiseta branca e jaleco azul por 
cima, este aluno está com uma bola laranja sobre seus pés. A 
fotografia é em uma quadra de esportes. 
Figura 3 - Futebol de Cinco / Fonte: a autora.
Descrição da Imagem a figura apresenta uma fotografia de parte 
de duas alunas unidas por uma guia em seus punhos. Ambas 
vestem calça preta e camiseta branca.
Figura 4 - Guia / Fonte: a autora.
 83
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Atividade 5:
Objetivo: Vivenciar os lançamentos e arremessos 
do atletismo.
Material: vendas, dardo, peso e disco.
Organização do espaço e da turma: gramado.
Desenvolvimento: os alunos deverão realizar 
os arremessos e lançamentos sem vendas, e após a 
aprendizagemdos movimentos realizar as atividades 
com as vendas. 
É importante que você compreenda que essas são 
apenas algumas das diversas adaptações que poderão 
ser realizadas para o incentivo da inclusão de alu-
nos com deficiência visual. Você poderá desenvolver 
outras atividades com seus alunos, sendo preciso 
apenas respeitar os pontos que comentamos até aqui, 
por exemplo: o grau de dificuldade do aluno, sua 
compreensão de espaço, o auxílio de um colega ou 
do professor sempre que necessário, entre outros. 
Descrição da Imagem a figura apresenta uma fotografia de alu-
nos praticando a corrida para deficiente visual utilizando guias. 
Estão em dupla, e cada uma delas possui um aluno vendado com 
uma faixa preta e o outro sem vendas para guiar o trajeto. Estão 
em um campo de grama verde, três alunos com shorts, e um de 
calça, ambos com tênis, todos vestem camiseta branca, dois alu-
nos estão com um jaleco laranja por cima, e dois com um jaleco 
azul por cima.
Figura 5 - Corrida / Fonte: a autora.
Descrição da Imagem a figura apresenta uma fotografia de uma 
aluna vendada com uma faixa preta, segurando um dardo apon-
tado para cima. A aluna veste uma camiseta branca de manga 
curta, e está em um campo verde de grama.
Figura 6 - Lançamento de Dardo / Fonte: a autora.
84 
 
Quando trabalhamos com alunos que possuem de-
ficiência intelectual, é necessário avaliar e entender 
suas características e possíveis etiologias, para, assim, 
identificar quais as carências relacionadas à apren-
dizagem que esses alunos necessitam e, por conse-
quência, algumas adaptações nas aulas de Educação 
Física. Contudo, como já discutimos, antes de iniciar 
seu planejamento, é preciso identificar o nível de 
comprometimento intelectual desses alunos. Nessa 
perspectiva, é relevante destacar que encontraremos 
alunos com diversos níveis de comprometimento 
intelectual e que, quanto maior for esse nível, maior 
será a possibilidade desse aluno estar em uma escola 
especializada. Da mesma maneira, podemos encon-
trar com frequência, alunos com menor comprome-
timento intelectual, cada vez mais inseridos na rede 
regular de ensino. Contudo, isso não é uma regra, 
devendo ser direito apenas dos pais a escolha entre 
a escola regular ou escola especializada. 
Você estudou com algum colega que possuía 
deficiência? As aulas de Educação Física eram 
inclusivas? Você costumava fazer amizade com 
os alunos com deficiência em sua escola?
Você já ouviu falar sobre a bola com guizo? Ela 
é uma bola adaptada para a prática de espor-
tes para deficientes visuais. Aparentemente 
uma bola normal, mas que apresenta um guizo 
em seu interior, que produz barulho quando 
em movimento. O barulho é utilizado como 
guia para estabelecer o contato com a bola. 
Por este motivo, toda prática esportiva que faz 
uso desta bola deve ser a mais silenciosa pos-
sível, para que os alunos ou atletas consigam 
se guiar por meio do guizo.
Sobre as características do aluno com defi-
ciência intelectual, Gimenez (2013) destaca 
que eles poderão apresentar problemas de 
atenção e apatia para aprender, problemas 
de comunicação e de linguagem e problemas 
generalizados de compreensão de conceitos: 
Problemas de atenção e apatia para apren-
der: estão relacionados à dificuldade de man-
ter a atenção ao realizar tarefas solicitadas. Em 
relação à apatia para aprender, evidencia-se 
que deficientes intelectuais são menos ousa-
dos e acabam explorando menos o ambiente, 
quando comparado aos demais.
Problemas de comunicação e de linguagem: 
podem apresentar vocabulário restrito e difi-
culdade em se comunicar. 
Problemas generalizados de compreensão 
de conceitos: a pessoa com deficiência inte-
lectual apresenta dificuldade em compreender 
conceitos e estabelecer relações entre fatos, 
eventos entre outras questões.
De acordo com Gimenez (2013), esses problemas 
poderão gerar alguns comportamentos negativos 
no aluno com deficiência intelectual, como a agres-
sividade e o afastamento do grupo, pois o medo do 
fracasso e a expectativa de sucesso são pontos muito 
 85
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
evidentes e que precisamos sempre estar aten-
tos. Diante dessas possibilidades, é importante 
que o professor de Educação Física elogie o 
aluno, com o objetivo de estimular sua auto-
confiança e diminuir sua ansiedade. Percebe 
como temos que nos policiar o tempo todo em 
nossa ação pedagógica para não privilegiar 
determinados alunos, assim como não cobrar 
deles o que não é possível ser realizado?
 O aluno deficiente intelectual é caracte-
rizado por sua lentidão de movimentos, pela 
escolha de estratégias motoras inadequadas 
e pelo atraso em seu desenvolvimento. Por 
isso, faz-se importante promover atividades 
que estimulem o tempo de reação, o ritmo, 
a agilidade, o controle de força e o equilí-
brio (GIMENEZ, 2013). Crianças com de-
ficiência intelectual apresentam dificuldade 
em relação à consciência corporal, sendo 
assim, oferecem atividades que estimulem 
os diversos elementos psicomotores, como: 
Esquema Corporal, Noção Espacial e Tem-
poral, Coordenação Fina e Dinâmica Geral, 
Equilíbrio e Lateralidade. 
Atividade 1:
Objetivo: Compreender o esquema cor-
poral.
Material: giz, caneta, material de encaixe.
Organização do espaço e da turma: sala 
de aula.
Desenvolvimento: a atividade da figura 7 
foi desenvolvida com uma criança com de-
ficiência intelectual de, aproximadamente, 6 
anos de idade. Nela, a professora desenha no 
quadro uma menina, e apenas solicita à aluna 
que o reproduza. Observe como ela apresenta 
dificuldade em distinguir braços e pernas. 
Observe, agora, na figura 8, como uma criança da 
mesma idade sem deficiência intelectual realiza o 
mesmo desenho, e, inclusive, insere o chão, ação não 
solicitada pela professora.
Descrição da Imagem na imagem consta a fotografia de um 
quadro branco. Ao lado esquerdo da imagem consta o desenho 
de uma menina com pernas, braços, dedos, cabeça, boca, nariz, 
orelha, olhos e cabelo desenhados pela professora. Ao lado a 
tentativa de reprodução do mesmo desenho apenas com a cabeça, 
boca, nariz, orelha e olhos.
Figura 7 - Esquema corporal / Fonte: a autora.
Descrição da Imagem na figura, temos uma fotografia onde apa-
rece uma criança sentada no chão desenhando uma menina com 
pernas, braços, dedos, cabeça, boca, nariz, orelha, olhos, cabelo, 
roupa e chão.
Figura 8 - Esquema Corporal / Fonte: a autora.
86 
 
Variações: peça para que as crianças formem duplas. 
Uma deverá ficar deitada no chão, e a outra, com um 
giz, deverá desenhar o colega. Pedir para a criança 
deitar com as pernas e braços abertos, assim como os 
dedos das mãos abertos. Após o desenho realizado 
no chão, peça para que os alunos desenhem os olhos, 
o nariz, a boca, o cabelo e as orelhas.
Variações: ofereça aos alunos materiais de encaixe, 
para compreensão da estrutura corporal. Neste caso, 
a atividade foi aplicada a um aluno com Transtorno 
do Espectro do Autismo.
com dois pés juntos, de costas, com passos grandes 
e pequeninos. Imitar personagens, realizar mímicas, 
brincar de estátua. Explorar materiais como: bolas, 
arcos, panos, caixas, cordas, colchões, pneus, jornais, 
cordões. Brincar de espelho, repetindo movimentos 
feito por alguém à sua frente, face a face (RAFAEL 
LOPES; VASCONCELOS MIRANDA, 2018).
Atividades 2:
Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral 
e o equilíbrio.
Material: cadeiras, arcos, cordas, cones.
Organização do espaço e da turma: pátio, quadra 
ou gramado.
Desenvolvimento: circuito motor. O professor de-
verá montar um circuito utilizando diversos mate-
riais como cadeiras, arcos, cordas, cones, colchonetes 
e bolas. O circuito deverá conter diversas ações dife-
renciadas, como saltos, deslocamentos, rolamentos, 
equilíbrio e lançamentos. Todas as variações possí-
veis são bem-vindas nessa dinâmica de atividade.
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma criança sentada 
no chão, com autismo, montando um jogo de peças do esquema 
corporal. Ela está encaixando cadaestrutura corporal dentro do 
seu local correto.
Figura 9 - Esquema Corporal / Fonte: a autora.
Variações: solicitar para que o aluno toque nas partes 
do corpo, como: cabeça, pé, ombro, cotovelo, joelho, 
queixo e aumentar a velocidade dessas ações gradativa-
mente. Essa atividade poderá ser realizada com música.
Ainda sobre o desenvolvimento desse elemento 
psicomotor, destacam-se atividades como: deslocar-
-se variando o contato com o solo (de dois, três, qua-
tro apoios). Transpor espaços e objetos com um pé só, 
Descrição da Imagem na figura, temos a fotografia de alguns 
alunos com deficiência intelectual realizando um circuito motor 
em que precisam passar por dentro de arcos que estão pendura-
dos por uma corda em linha reta. Todos estão de camiseta rosa 
escrito APAE, calça e tênis.
Figura 10 - Circuito Motor / Fonte: a autora.
 87
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Variações: corridas com obstáculos variados espalhados pelo chão. Logo em seguida, pular corda no lugar 
e depois em deslocamento, arremessar objetos. Andar sobre marcas feitas no chão com fitas, entre diversas 
outras possibilidades.
As atividades esportivas são muito bem-vindas para a estimulação do deficiente intelectual, mas muitos deles 
não irão compreender as regras de determinadas modalidades, o que não significa que elas não deverão ser 
trabalhadas. Mais uma vez, precisaremos adaptar essas modalidades, só que, neste momento, respeitando 
sempre a compreensão do aluno. Você pode estar se perguntando: como inserir os demais conteúdos es-
truturantes quando meu aluno já está no Ensino Fundamental, Ensino Médio ou já é adulto em uma escola 
especializada? A resposta é simples: faça algumas modificações, pois nossas aulas são um momento de 
aprendizagem e não de especialização em modalidades esportivas.
Atividade 3:
Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral por meio de atividades esportivas coletivas e individuais.
Material: bolas de basquete, de futsal, de handebol e de voleibol.
Organização do espaço e da turma: pátio, quadra ou gramado.
Desenvolvimento: o aluno deverá percorrer um caminho preestabelecido quicando uma bola com a mão, 
ou a conduzindo com os pés em direção ao gol. Posteriormente, o aluno realizará arremessos. Essas atividades 
podem ser realizadas com alunos deficientes intelectuais que apresentam ou não algum comprometimento motor.
Descrição da Imagem na figura, temos uma fotografia que apare-
cem três alunos com deficiência intelectual realizando um circuito 
motor em que precisam desviar de cones segurando uma bola 
em suas mãos. Todos estão usando camiseta rosa escrito APAE.
Figura 11 - Circuito Motor / Fonte: a autora.
Descrição da Imagem na figura tem-se uma fotografia que mostra 
uma aluna com deficiência intelectual realizando um circuito motor 
em que precisa saltar os arcos que estão sob o chão e segura uma 
bola de basquete nas mãos. Ela está de short e camiseta verde, 
usando chinelo e usando óculos.
Figura 12 - Circuito Motor / Fonte: a autora.
88 
 
Variações: realizar os fundamentos do voleibol e 
trocar passes das variadas modalidades esportivas.
Variações: aplicar as modalidades propriamente 
ditas, e modificar as regras de acordo com a com-
preensão dos alunos. 
Atividade 4:
Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica ge-
ral por meio de atividades esportivas individuais e 
coletivas.
Material: bolas de tênis de mesa, de quadra ou 
de frescobol.
Organização do espaço e da turma: pátio, quadra 
ou gramado.
Desenvolvimento: aplicação do tênis de mesa. 
Você, futuro professor, poderá modificar o tênis de 
Variações: tênis de quadra sem rede, apenas com 
as raquetes e um espaço menor entre os alunos. As 
raquetes e bolas utilizadas também poderão ser as 
de frescobol. 
Atividade 5:
Objetivo: Estimular a coordenação dinâmica geral 
por meio do atletismo.
Material: dardo, peso, disco.
Organização do espaço e da turma: gramado ou 
areia.
Desenvolvimento: realizar arremessos, lançamen-
tos, saltos e corridas de atletismo.
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma aluna com de-
ficiência motora em sua cadeira de rodas segurando uma bola 
de basquete no colo e com uma das mãos encostadas no objeto. 
Observa-se, ainda, a presença de uma cesta de basquete. A ca-
deirante conta com o auxílio de duas pessoas, uma que está atrás 
da cadeira de rodas e outra que está na sua frente, estendendo 
as mãos em direção a menina.
Figura 13 - Basquete Adaptado / Fonte: a autora.
Descrição da Imagem na imagem, podemos observar dois alunos 
praticando o tênis de mesa.
Figura 14 - Tênis de mesa
mesa, possibilitando que a bola quique mais de uma 
vez na mesa. A ausência de mesa específica não é um 
problema, pois você poderá realizar essas atividades 
com as mesas do refeitório da escola.
 89
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Atividade 6:
Objetivo: Estimular e desenvolver diversos ele-
mentos psicomotores por meio da dança.
Material: rádio.
Organização do espaço e da turma: quadra ou pátio.
Desenvolvimento: proporcione aos seus alunos a 
possibilidade de ouvir diferentes tipos musicais e en-
sinar seus passos básicos. Ao contrário do que muitos 
pensam, esses alunos apresentam grande destaque na 
dança, como podemos observar em diversos festivais 
de escolas especializadas. 
Benefícios da Atividade 
Física para a Pessoa 
com deficiência
De acordo com Nahas (2017), pessoas com deficiên-
cia física e intelectual devem, primeiramente, con-
sultar o médico antes de iniciar qualquer programa 
de atividade física que não estejam familiarizados. 
O mesmo se aplica a pessoas com deficiência que já 
praticam atividade física, mas que desejam iniciar um 
programa que vise a competição, ou seja, a prática de 
atividades físicas vigorosas. 
Descrição da Imagem alunos com deficiência intelectual, vestindo 
camiseta rosa escrito APAE, realizando o arremesso de peso em 
um solo com areia. Nota-se, ao fundo, outras pessoas vestindo a 
mesma camiseta observando o arremesso. 
Figura 15 - Arremesso de peso / Fonte: a autora.
Descrição da Imagem a figura apresenta alunos com deficiência 
intelectual dançando em pares. 
Figura 16 - Dança / Fonte: a autora.
90 
 
O Guia de Atividade Física Para a População Bra-
sileira, publicado pelo Ministério da Saúde, destaca 
que são diversos os benefícios da prática de atividade 
física para as pessoas com deficiência (BRASL, 2021, 
p. 44), sendo os principais:
• Promove a qualidade de vida e bem-estar, 
• Estimula e amplia a autonomia para realiza-
ção das AVDs - atividades da vida diárias; 
• Aprimoramento das capacidades da aptidão 
física tanto para a saúde quanto performance, 
sendo elas: força e resistência muscular, resis-
tência aeróbia; coordenação motora, equilí-
brio, flexibilidade e agilidade; 
• Melhora das habilidades de socialização; 
• Promove inclusão social, uma vez que cria e 
fortalece os laços sociais; 
• Auxilia no controle do peso e na diminuição 
do risco de obesidade; 
• Melhora da imunidade; 
• Melhora da atenção, memória e raciocínio, 
assim como reduz o risco de declínio cogni-
tivo; 
• Melhora do humor, e redução da sensação de 
estresse e dos sintomas de ansiedade e de de-
pressão; 
• Melhora a circulação sanguínea e diminui o 
risco de doenças do coração, diabetes, pres-
são alta e colesterol alto.
O comportamento sedentário é caracterizado, por Nah-
as (2017), como tempo destinado sentado ou deitado 
usando o celular ou jogando videogame, assim como 
vendo televisão, trabalhando, estudando, entre outros. 
O excesso de tempo em comportamento sedentário 
pode ser um agravante para pessoas com deficiência, 
principalmente por conta das dificuldades vivenciadas 
em cada caso. Com isso, complicações cardiovasculares 
ou respiratórias podem ser ainda mais frequentes.
Quanto a intensidade, Nahas (2017) destaca que a 
atividade física não precisa ser intensa para trazer be-
nefícios à saúde, assim, grandes benefícios para a saúde 
da pessoa com deficiência podem ser obtidos com do-
ses moderadas de atividade física diária.A ênfase em 
atividades moderadas permite que as atividades sejam 
variadas para atender as necessidades e interesses indi-
viduais, diante das circunstâncias na vida do deficiente.
Dessa forma, o autor destaca que pessoas com defi-
ciência inativas devem começar com períodos de 5-10 
minutos de atividades físicas leves ou moderadas, au-
mentando gradualmente até os níveis desejados. Maio-
res benefícios podem ser derivados da atividade física 
regular se esta for gradualmente aumentada, respeitadas 
as características individuais. Acerca do tempo de du-
ração das atividades considerando a faixa etária, o Guia 
de Atividade Física para a População Brasileira para 
pessoas com deficiência, orienta que:
Crianças de até 1 ano: pelo menos 30 minutos por dia de barriga para baixo (posição de bruços), 
podendo ser distribuídas ao longo do dia. As crianças com qualquer deficiência devem ser estimuladas 
dentro das suas potencialidades desde as primeiras fases de vida. 
Crianças de 1 a 2 anos: pelo menos 3 horas por dia de atividades físicas de qualquer intensidade, 
podendo ser distribuídas ao longo do dia. 
Crianças de 3 a 5 anos: pelo menos 3 horas por dia de atividades físicas de qualquer intensidade, 
sendo, no mínimo, 1 hora de intensidade moderada a vigorosa que pode ser acumulada ao longo do dia. 
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-exercitar/documentos/pdf/guia_atividade_fisica_populacao_brasileira.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-exercitar/documentos/pdf/guia_atividade_fisica_populacao_brasileira.pdf
 91
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Dessa forma, de maneira específica para as crianças, 
o ato de participar de brincadeiras que se caracteriza 
pelo movimento físico, como rastejar, rolar, correr, 
caminhar, saltar, entre outros, já se enquadra dentro 
dessas recomendações necessárias. A medida que o 
indivíduo cresce, ele passa a realizar atividades pro-
gramadas, com movimentos executados de forma pla-
nejada e com objetivos específicos. Como caminhadas 
ou corridas diárias ou exercícios de sobrecarga como 
o exemplo da prática da musculação, entre outros.
Além disso, o Guia orienta que para a prática de 
atividade física, é importante usar roupas leves e cal-
çados confortáveis. Nas atividades físicas ao ar livre, a 
utilização de boné, camisa de manga longa e protetor 
solar também é fundamental. Além disso, as pessoas 
devem beber água antes, durante e após a prática de 
atividade física e ter uma alimentação adequada e 
saudável. Por fim, o Guia enfatiza que todos podem 
Para crianças e jovens de 6 a 17 anos: praticar 60 minutos ou mais de atividade física por dia. Dê 
preferência para aquelas de intensidade moderada. Como parte desses 60 minutos ou mais por dia, 
inclua em pelo menos 3 dias na semana atividades de fortalecimento muscular e ósseo, como saltar, 
puxar, empurrar ou praticar esportes. 
Adultos: realizar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ao longo da semana ou pelo 
menos 75 minutos de atividade vigorosa, ou uma combinação equivalente. Atividades de fortaleci-
mento muscular devem ser realizadas envolvendo os principais grupos musculares em dois ou mais 
dias da semana. 
Idosos: a partir dessa idade, a recomendação é a mesma dos adultos. Adicionalmente, aqueles com 
mobilidade reduzida devem fazer atividade física para melhorar o equilíbrio e evitar quedas, três ou 
mais dias na semana.
A inclusão da pessoa com deficiência não se dá ape-
nas no ambiente escolar, mas em todas as esferas da 
vida. É preciso compreender a importância da prática 
de atividade física para esse grupo de pessoas. Vamos 
conversar sobre esta importante temática?
praticar atividade física e ter benefícios para a saúde e 
qualidade de vida, sendo importante apenas respeitar 
seus limites e potencialidades (BRASIL, 2021).
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/10298
92 
 
Título: Direito à Diferença: Uma Reflexão Sobre Deficiência Intelectual e Edu-
cação Inclusiva 
Autor: Miriam Pan
Editora: Intersaberes
Sinopse: a autora aborda que não é apenas a garantia constitucional da inclusão 
das pessoas com deficiência intelectual na educação que vai fazer que ela seja 
de qualidade. Ela faz o leitor refletir e compreender que as diferenças devem 
ser notadas e respeitadas não somente na escola. Só assim a inclusão deixa de 
ser um ato fragmentado e passa a ser verdadeiro.
Título: Deficiência Visual Na Escola Inclusiva
Autor: Carlos Fernando França Mosquera
Editora: Intersaberes
Sinopse: esse livro chama a atenção da sociedade brasileira para a educação dos 
deficientes visuais, propondo-se como ferramenta de debate, aprendizagem e 
análise dos caminhos que nossas escolas têm trilhado ao procurar trabalhar com 
as diferenças em sala de aula. Por meio de uma abordagem simples e acessível a 
educadores, pais e à sociedade em geral, o livro retrata esse tema tão polêmico 
com maestria, propondo alternativas para que se possa aprimorar o processo de ensino-aprendizagem 
do deficiente visual, garantindo-lhe acesso ao conhecimento e à cidadania.
 93
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Título: Vermelho como o céu
Ano: 2006
Sinopse: Anos 70. Mirco (Luca Capriotti) é um garoto toscano de 10 anos que 
é apaixonado pelo cinema. Entretanto, após um acidente, ele perde a visão. 
Rejeitado pela escola pública, que não o considera uma criança normal, ele é 
enviado a um instituto de deficientes visuais em Gênova.
Título: Uma Lição de Amor
Ano: 2002
Sinopse: Sam Dawson é um pai com problemas mentais que toma conta de 
sua filha Lucy com a ajuda de um grupo de amigos. Quando Lucy faz sete anos 
e começa a ultrapassar seu pai intelectualmente, o seu vínculo é ameaçado 
quando sua vida nada convencional chama a atenção de uma assistente social 
que quer que Lucy seja colocada em um orfanato.
Neste vídeo, você poderá acompanhar o documentário sobre a deficiência visual 
“Janela da Alma” Física. Acesse o conteúdo disponível em:
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
94 
 
Neste vídeo, você poderá acompanhar uma análise sobre o que é a deficiência 
intelectual. Acesse o conteúdo disponível em:
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista com Marcos Mion sobre 
como descobriu que seu filho era autista. Acesse o conteúdo disponível em:
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
A partir do conteúdo apresentado nesta unidade, assim como todas as propostas de atividades que desenvol-
vemos até aqui, você se sente seguro para trabalhar em uma escola especializada com alunos com deficiência 
intelectual? Munido de todo esse conhecimento, que tipo de atividade você planejaria para sua primeira aula 
com uma turma de deficientes intelectuais andantes? Que dinâmica aplicaria para conhecer esses alunos? 
Vamos tentar?
 95
atividades de estudo
Nesta, assim como nas unidades anteriores, abordamos diversos conteúdos a respeito da deficiência intelectual e da 
deficiência visual! Todas essas informações possibilitaram a melhor compreensão da pessoa com deficiência. Para 
sintetizar esses conhecimentos, considerando esta unidade, complete o Mapa Mental pautado nas características 
da deficiência intelectual e da deficiência visual!
A deficiência Interlectual
pode ser caracterizada
por algumas
problemas:
Por este motivo é
necessário estimular
elementos
psicomotores, como:
Além desses problemas o
deficiente intelectual é
caracterizado por:
A deficiência Visual
pode ser caracterizada
pela:
A
Alteração grave
ou total de uma
ou mais das
funções
elementares da
visão
Redução do rol
de informações
que o indivíduo
recebe do
ambiente
Dra. Naline Cristina Favatto
Oportunidades de aprendizagem
Teremos, nesta unidade, a oportunidade de compreender 
a origem dos Jogos Paralímpicos e conhecer as principais 
características de todas as modalidades esportivas que 
fazem parte dos Jogos Paralímpicos de verão e de inverno. A 
partir dessa contextualização, será possível compreender as 
diversas modalidades esportivaspara atletas com deficiência 
visual, intelectual e motora.
ESPORTES PARALÍMPICOS 
unidade 
V
98 
 
Com base nessas discussões, gostaria de saber 
se você, aluno(a), assistiu às Paralimpíadas com a 
mesma assiduidade e entusiasmo que assistiu às 
Olimpíadas. Você observou a ótima classificação 
que o Comitê Brasileiro Paralímpico conquis-
tou? Te convido, agora, a fazer uma pesquisa na 
internet para analisar qual foi o desempenho do 
Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e 
se, de fato, esses jogos deram ou não audiência às 
empresas televisivas.
Por meio desta pesquisa, acredito que você te-
nha encontrado diversas informações que lhe im-
pressionou ou que lhe causaram certa indignação. 
Então, agora, é a hora de você colocar em seu Diá-
rio de Bordo os pontos mais relevantes verificados 
a partir da imersão nesse universo do esporte para-
límpico e seus maiores entraves ! 
Quem diria que algo tão devastador, como a Se-
gunda Guerra Mundial, poderia dar origem a algo 
tão importante como a prática esportiva adaptada! 
Imagine você naquela época, após sobreviver a esta 
batalha sofreu graves lesões que o impossibilitou de 
fazer atividades básicas da vida diárias. Contudo, 
você encontrou no esporte uma maneira de se recu-
perar e de superar todas essas dificuldades? Parece 
ser esse um dos objetivos do esporte, principalmen-
te na vida da pessoa com deficiência, não é mesmo? 
Acredito que esses questionamentos tenham le-
vado a intensas reflexões a respeito da função social 
do esporte, principalmente da pessoa com deficiên-
cia, que além das barreiras físicas, precisa romper 
com as barreiras do preconceito, da não aceitação das 
diferenças, além da desvalorização do esporte para-
límpico quando comparado ao esporte olímpico. 
 99
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
O nome paralimpíadas advém de olimpíadas. A 
palavra é uma junção dos termos “para” (expressão 
grega allelois, que significa “um ao lado do outro”) e 
olimpíada (de Olímpia, região que originou os jo-
gos desportivos em 776 a.C., de olympos). 
A origem dos Jogos Paralímpicos expressa uma 
relação muito interessante com a Segunda Guerra 
Mundial. Muitos soldados que sobreviveram após 
os combates foram mutilados e perderam algum 
membro ou sofreram lesões medulares. Ao encon-
trar esses soldados no hospital em processo de rea-
bilitação, o médico neurologista Ludwig Guttmann, 
começou a organizar jogos internos com o intuito 
de tornar a recuperação desses soldados um pouco 
mais prazerosa. Inicialmente, Guttmann adaptou o 
basquete, tiro com arco, dardos e bilhar, e começou 
a aplicar entre os soldados e, logo, o que era apenas 
utilizado como meio de reabilitação se tornou um 
dos primeiros jogos destinados às pessoas que apre-
sentavam deficiência física.
100 
 
O Comitê Paralímpico Brasileiro relata que Gutt-
mann organizou uma competição esportiva que 
envolvia soldados veteranos da Segunda Guerra 
Mundial com lesão medular. O evento foi realiza-
do em Stoke Mandeville, na Inglaterra, quatro anos 
depois. Competidores da Holanda se uniram aos 
jogos e, assim, nasceu um movimento internacio-
nal, atualmente denominado de movimento para-
límpico. Tal movimento possibilitou que os jogos 
para atletas com deficiência fossem organizados 
pela primeira vez em Roma, em 1960 (MARQUES 
et al., 2009).
Ao longo dos anos, os jogos paralímpicos foram ga-
nhando força e novos esportes foram adaptados. Atu-
almente, os Jogos Paralímpicos se caracterizam como 
o maior evento de esporte adaptado de alto rendimen-
to. Em 1960, quatrocentos atletas participaram dos 
Jogos Paralímpicos de Verão em Roma; em 2021, na 
Paralimpíadas de Tóquio, foram mais de 4 mil atletas, 
de 131 países (CPB, 2021). Notou que foi por meio da 
ideia genial de um médico em tornar o esporte uma 
forma de reabilitação que levou hoje ao que conhece-
mos como Paralimpíadas? Fantástico, não é mesmo? 
Descrição da Imagem a figura é uma fotografia que se encontra 
em preto e branco e apresenta alguns soldados sobreviventes da 
Segunda Guerra Mundial participando de um dos primeiros jogos 
de basquete em cadeira de rodas, em 1949, nos Estados Unidos.
Figura 1 - Basquete em cadeira de rodas EUA 1949 / Fonte: Garcia 
(2010, on-line).
Descrição da Imagem a figura apresenta uma fotografia em preto 
e branco da Equipe de Tiro com arco composto por soldados so-
breviventes da Segunda Guerra Mundial no ano de 1960. A equipe 
é composta por seis cadeirantes e eles aparecem na fotografia 
segurando seus arcos. Atrás de cada cadeira de rodas tem uma 
pessoa em pé.
Figura 2 - Tiro com Arco 1960 / Fonte: Lucena (2012, on-line).
 101
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
O esporte adaptado chegou ao Brasil no final da 
década de 50, por meio de Robson de Almeida e 
Sérgio Del Grande, quando retornaram dos Esta-
dos Unidos, após vivenciarem o esporte adaptado. 
Em 1958, em São Paulo, Sérgio Del Grande fun-
dou o Clube dos Paraplégicos e, no mesmo ano, 
Robson de Almeida, fundou, no Rio de Janeiro, o 
Clube do Otimismo. A primeira participação in-
ternacional brasileira foi na modalidade de bas-
quetebol sobre rodas no 2° Jogos Pan Americanos 
na Argentina, em 1969. Nos Jogos Paralímpicos, a 
participação de atletas brasileiros foi em 1972, na 
IV Paralimpíada na Alemanha, na modalidade de 
bocha (GORGATTI; COSTA, 2008).
O esporte adaptado atribui sentido à vida de 
vários atletas, além disso, desempenha a função de 
incluir a percepção de competência e identidade 
pessoal como atleta e não como deficiente físico. Atu-
almente, o esporte para esta população caminha para 
o alto rendimento e o nível técnico dos atletas impres-
siona cada vez mais o público e os estudiosos da área 
de Educação Física (GORGATTI; COSTA, 2008). De 
acordo com Ribas (2020), os paratletas desenvolvem 
habilidades para vida por meio do esporte, o que con-
tribui para a construção de uma mente mais robusta 
nos atletas. Além disso, o esporte adaptado tem como 
um de seus objetivos proporcionar a pessoa com de-
ficiência a quebra de preconceitos, oportunizando a 
testar suas potencialidades, prevenir deficiências se-
cundárias e proporcionar a integração do indivíduo 
com a sociedade (BUSTO, 2013).
Jogos Parapan-Americanos: Os Jogos Para-
pan-americanos são um evento multidespor-
tivo para pessoas com deficiência de ordem 
visual, intelectual e motora. Assim como os 
Jogos Paraolímpicos são baseados nos Jogos 
Olímpicos, os Jogos Parapan-americanos se 
baseiam nos Jogos Pan-americanos. Nos Jogos 
Parapan-Americanos de Lima 2019, o Brasil 
entrou para história com recorde de conquis-
tas com a marca inédita de 308 medalhas. Os 
Jogos Parapan-Americanos de 2023 ocorrerão 
no Chile e será composto por 23 modalidades 
esportivas.
Fonte: CPB (2021).
Os Jogos Paralímpicos é o maior evento voltado aos 
atletas com deficiência. Além deste, temos os Jogos 
Paraescolares e Paralímpicos Universitários. Vamos 
conversar um pouco sobre esses eventos no podcast? 
http://clickeaprenda.uol.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=4221
http://clickeaprenda.uol.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=4221
http://clickeaprenda.uol.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=18598
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/10298
102 
 
Modalidades 
O esporte adaptado pode ser definido como práticas esportivas com regras, materiais e estruturas adaptadas 
e modificadas, a fim de possibilitar a participação de pessoas com deficiências em diferentes modalidades 
esportivas (CARDOSO, 2011). Atualmente, os Jogos Paralímpicos apresentam 22 modalidades de verão e 5 
modalidades de inverno com diversas categorias para a participação de pessoas com variadas deficiências 
como: visual, física e intelectual. 
OLHAR CONCEITUAL
22 Modalidades de Verão
Atletismo, Badminton, Basquete em cadeira 
de rodas, Bocha, Canoagem, Ciclismo, 
Esgrima em cadeira de rodas, Futebol de 5, 
Goalball, Haltero�lismo, Hipismo, Judô, 
Natação, Remos, Rugby em cadeira de rodas, 
Taekwondo, Tênis de mesa, Tênis em cadeira 
de rodas, Tiro com arco,Tiro esportivo, 
Triatlo e Vôlei sentado.
5 Modalidades de Inverno
Esqui alpino, Esqui cross country, Biathlon, 
Hóquei e Curling em cadeira de rodas.
 103
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Antes de conhecermos essas modalidades, é impor-
tante compreender como esses atletas são inseridos 
dentro de suas classes, ou seja, como ocorre a classi-
ficação funcional dos atletas paralímpicos. 
O que é Classificação Funcional? É o processo 
de classificação considerando a deficiência e o com-
prometimento que o atleta possui, para que ele possa 
competir com atletas em condições físicas, visuais e 
intelectuais similares, garantindo a fidedignidade nas 
competições. Assim, a classificação funcional tem por 
objetivo definir a elegibilidade do atleta e agrupá-los 
para que possam competir em igualdade de condições. 
São 10 as deficiências elegíveis estabelecidas pelo Comitê Paralímpico Internacional:
• Força Muscular Limitada. 
• Deficiência nos Membros.
• Diferença no comprimento das Pernas.
• Baixa estatura. 
• Hipertonia: (músculos em total estado de repouso, dificultando o seu movimento imediato, devido 
a Paralisia cerebral, Acidente vascular cerebral; Traumatismo craniano). 
• Ataxia: (Equilíbrio ou coordenação motora prejudicados, devido à Paralisia cerebral, Acidente 
vascular cerebral; Traumatismo craniano e Esclerose Múltipla). 
• Atetose (caracterizada por movimentos musculares involuntários contínuos e lentos, em especial 
dos dedos, devido a Paralisia cerebral, Acidente vascular cerebral; Traumatismo craniano). 
• Limitação de Amplitude de Movimento Passivo.
• Deficiência Intelectua.
• Deficiência Visual.
Agora, munidos dessas informações, vamos conhecer de perto todas essas modalidades?
Atletismo: o atletismo Paralímpico, assim como o olímpico, apresenta provas de pista, rua e campo, 
com provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos. Atualmente, é o esporte com maior número de ca-
tegorias e participantes nos Jogos Paralímpicos. A modalidade apresenta provas para atletas com deficiência 
física, visual e intelectual, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino (CPB, 2021).
104 
 
Descrição da Imagem fotografia de 
uma atleta brasileira de atletismo com 
deficiência visual vendada correndo ao 
lado de seu guia.
Figura 3 - Atletismo para deficiência visual 
/ Fonte: Flickr (2021a, on-line).
A classificação funcional do Atletismo ocorre da seguinte forma: para as provas de pista (velocidade, meio 
fundo, fundo e saltos) e para provas de rua (maratona), utiliza-se a letra T, que significa track. Para as provas 
de campo (arremessos, lançamentos) utiliza-se a letra F, que significa field.
CLASSES ATLETAS
F11 a F13 / T11 a T13 Deficiência visual.
F20 / T20 Deficiência intelectual.
F31 a F38 / T31 a T38 Deficiência motora. Paralisados cerebrais, cadeirantes e andantes.
F40 a F41 Deficiência motora. Para atletas anões.
 F42 a F46 / T42 a T46 Deficiência motora. Destinadas a amputados ou com deficiência nos membros superiores ou inferiores. 
F51 a F57 / T51 a T54 Deficiência motora. Compreendidas pelas competições em cadeiras de rodas (sequelas de lesão medular, poliomielite, amputações).
Quadro 1 - Classificação Funcional Atletismo / Fonte: adaptada CPB (2021).
Badminton: é o badminton adaptado para pessoas com deficiências físicas. Os atletas em cadeira de rodas 
e andantes utilizam uma raquete para golpear uma peteca na quadra dos adversários competindo em provas 
individuais, duplas (masculinas e femininas) e mistas em seis classes funcionais diferentes (CPB, 2021).
 105
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
O esporte apresenta quatro categorias:
CLASSE ATLETA
WHA1 WH2 Atletas em cadeira de rodas
SL3 SL4 Atletas com deficiência em membros inferiores que andam
SU5 Atletas com deficiência em membros superiores 
SH3 Atletas com baixa estatura
Quadro 2 - Classificação Funcional do badminton / Fonte: adaptado CPB (2021).
Basquete em Cadeira de Rodas: grande parte das regras do basquete olímpico foram preservadas, sendo 
praticado apenas por usuários de cadeiras de rodas. Sua categoria é única. O basquete em cadeira de rodas 
é destinado exclusivamente para atletas com deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero 
feminino e masculino (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia é de 
um atleta de badminton brasileiro com 
deficiência motora (nanismo) nos Jogos 
Paralímpicos de 2021. O homem segura 
uma raquete e a peteca está no ar.
Figura 4 - Atleta com nanismo praticando 
badminton / Fonte: Flickr (2021b, on-line).
106 
 
Bocha: as regras da bocha convencional também não se distanciam da bocha adaptada. As principais di-
ferenças se dão pelo posicionamento dos jogadores e o apoio ou não auxiliares e de instrumentos que pos-
sibilitam a execução dos movimentos necessários. A bocha é designada exclusivamente para pessoas com 
deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia mostra quatro 
atletas brasileiros com deficiência motora jogando 
basquete em cadeira de rodas. Nota-se a presen-
ça da bola de basquete tocando a mão de um dos 
jogadores.
Figura 5 - Atletas brasileiros de basquete em cadeira 
de rodas / Fonte: Flickr (2021c, on-line).
Descrição da Imagem a fotografia mostra um atle-
ta brasileiro com deficiência motora jogando bocha 
em cadeira de rodas. Nota-se a presença da bola de 
bocha na mão do jogador.
Figura 6 - Atleta de bocha paraolímpica / Fonte: Flickr 
(2021d, on-line).
 107
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
A Bocha Paralímpica apresenta quatro classes:
CLASSES ATLETAS
BC1 Deficiência motora. Opção de auxílio de ajudantes.
BC2 Deficiência motora: não recebem auxílio.
BC3 Deficiência motora. Utilizam instrumento auxiliar e/ou ajuda de outra pessoa (para deficiência severa).
 BC4 Deficiência motora. Não recebem auxílio (para deficiência severa).
Quadro 3 - Classificação Funcional da Bocha, Goalball do e do Futebol e 5 / Fonte: adaptado CPB (2021)
Canoagem: a canoagem paralímpica apresenta as mesmas características da canoagem olímpica. É designa-
da exclusivamente para pessoas com deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero feminino 
e masculino. 
Descrição da Imagem A fotografia mostra um atleta brasileiro 
com deficiência motora praticando canoagem nos Jogos Paralím-
picos de 2021.
Figura 7 - Atleta brasileiro de canoagem / Fonte: Flickr (2021e, 
on-line).
A canoagem é dividida em três categorias:
CLASSES ATLETAS
KL1 Deficiência motora. Classe em que o atleta usa somente os braços na remada.
KL2 Deficiência motora. Classe em que o atleta usa tronco e braços na remada.
KL3 Deficiência motora. O atleta usa tronco, braços e pernas.
Quadro 4 - Classificação Funcional da canoagem / Fonte: adaptado CPB (2021).
108 
 
Ciclismo: apresenta provas para atletas com deficiência física, visual e paralisia cerebral, composta por pro-
vas de estrada e pista destinadas ao gênero feminino e masculino. Os atletas podem competir em quatro 
tipos de bike, de acordo com a deficiência: convencional, triciclo, tandem e handbike (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia 
mostra um atleta brasileiro com de-
ficiência motora praticando ciclismo 
nos Jogos Paralímpicos. Nesta classe, 
o atleta impulsiona a bicicleta adap-
tada com os braços.
Figura 8 - Atleta brasileiro de ciclismo / 
Fonte: Flickr (2021f, on-line).
O ciclismo é dividido em quatro classes: 
CLASSE ATLETA
H1 a H5 Deficiência motora. O atleta impulsiona a bicicleta adaptada com os braços (handbike).
T1 e T2 Deficiência motora. Para atletas paralisados cerebrais (utilizam um triciclo).
C1 a C5 Deficiência motora. Para atletas com deficiência físico-motora e amputados (atletas competem em bicicletas convencionais).
Tandem Deficiência visual. Para atletas deficientes visuais (bicicleta apresenta dois lugares).
Quadro 5 - Classificação Funcional do Ciclismo / Fonte: adaptado CPB (2021).
Esgrima em Cadeira de Rodas: Apresenta a maior parte das regras da esgrimaolímpica, a diferença mais 
relevante é o posicionamento dos atletas, destinado apenas para usuários de cadeiras de rodas, onde é levado 
em consideração a mobilidade e comprometimento dos membros superiores. A modalidade é designada 
exclusivamente para pessoas com deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero feminino e 
masculino (CPB, 2021). 
 109
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
A esgrima exibe três categorias:
CLASSE ATLETA
Classe A Para atletas com mobilidade no tronco (amputados ou limitação nos movimentos). 
Classe B Para atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio.
Classe C Para atletas com tetraplegia com comprometimento de mãos, braços e tronco.
Quadro 6 - Classificação Funcional da Esgrima / Fonte: adaptado CPB (2021).
Futebol de Cinco: esporte exclusivamente para atletas cegos ou com baixa visão do gênero masculino. O 
futebol de cinco apresenta três categorias, B1, B2 e B3, no entanto, nos jogos paraolímpicos, participam ape-
nas a categoria B1 composta por atletas cegos totais ou com percepção de luz, sendo no total cinco atletas em 
campo. Todos os atletas precisam usar um tampão durante a partida, visto que nenhuma faixa de luz poderá 
ser identificada (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia 
mostra dois atletas brasileiros com de-
ficiência motora praticando esgrima em 
cadeira de rodas. 
Figura 9 - Atletas brasileiros de esgrima / 
Fonte: Flickr (2021g, on-line).
Descrição da Imagem a fotografia mostra quatro atletas 
brasileiros com deficiência visual jogando futebol de 5 nos 
Jogos Paralímpicos de 2021. Nota-se que todos os atletas 
estão com os olhos vendados.
Figura 10 - Atletas jogando Futebol de 5 / Fonte: Flickr 
(2021h, on-line).
110 
 
O esporte apresenta três categorias:
CLASSE ATLETA
B1 Deficiência visual. Para atletas cegos totais ou com percepção de luz.
B2 Deficiência visual. Para atletas com percepção de vultos.
B3 Deficiência visual. Para atletas que conseguem definir imagens.
Quadro 7 - Classificação Funcional do Futebol de 5 / Fonte: adaptado CPB (2021).
Goalball: o Goalball foi criado exclusivamente para atletas cegos ou com baixa visão, sendo até hoje a pri-
meira e única modalidade criada exclusivamente para atletas com deficiência. O Goalball é destinado ape-
nas para atletas com deficiência visual, composta por provas tanto para atletas do gênero feminino quanto 
masculino. O esporte é composto pelas mesmas categorias do Futebol de 5 e do Judô (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia 
mostra três atletas brasileiros com 
deficiência visual jogando goalball. 
Nota-se que todos os atletas estão 
com os olhos vendados. 
Figura 11 - Atletas jogando goalball / 
Flickr (2021i, on-line).
Halterofilismo: é caracterizado pelo movimento cha-
mado supino, deitados em um banco. Durante a dis-
puta, as tentativas de levantamento de peso realizada 
pelos atletas é avaliado por três árbitros. Cada atleta 
apresenta três tentativas de movimento, na qual é con-
siderado o maior peso levantado (CPB, 2021). 
Os atletas competem em categorias de acor-
do com o peso corporal, assim como na versão 
olímpica. A modalidade é destinada apenas para 
atletas com deficiência física, composta por pro-
vas destinadas ao gênero feminino e masculino.
 111
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Hipismo: os atletas (cavaleiros) são subdividi-
dos em categoria de acordo com a sua deficiên-
cia e avaliados pela sua capacidade ou habilidade 
com o cavalo. O hipismo apresenta cinco classes: 
Grau IA, Grau IB, Grau II, Grau III e Grau IV. O 
grau de deficiência varia de IA, mais severa, ao 
IV, menos severa. O hipismo é designado para 
atletas com deficiência física, visual e intelectual, 
composta por provas destinadas ao gênero femi-
nino e masculino (CPB, 2021).
Judô: o judô também se assemelha com as regras utili-
zadas pelo Judô olímpico, apresentando apenas peque-
nas modificações. A principal diferença é que, no judô 
paralímpico, os atletas iniciam a luta já em contato com 
o quimono do oponente. Vale destacar que sempre que 
os atletas perderem o contato, a luta é interrompida. 
Os atletas são divididos em categorias de acordo com 
o peso corporal e gênero. Conforme destaca o CPB, 
a modalidade apresenta as mesmas três categorias 
para deficientes visuais do futebol de 5 e do Goalball. 
O Judô é designado exclusivamente para atletas com 
deficiência visual, composto por provas destinadas ao 
gênero feminino e masculino.
Descrição da Imagem a fotografia mostra um atleta brasileiro 
com deficiência motora praticando halterofilismo. O atleta se 
encontra deitado com as mãos na barra recebendo auxílio de 
seu treinador. 
Figura 12 - Atleta de halterofilismo / Flickr (2021j, on-line).
Descrição da Imagem a fotografia mostra um atleta brasileiro 
com deficiência visual em cima de seu cavalo praticando hipismo 
nos Jogos Paralímpicos de 2021.
Figura 13 - Atleta de hipismo / Flickr (2021k, on-line).
112 
 
Natação: a natação, assim como o atletismo para-
límpico, é um dos esportes que o Brasil mais se des-
taca nas competições. É destinada para atletas com 
deficiência visual, física e intelectual, para o gênero 
feminino e masculino (CPB, 2021). 
A modalidade se diferencia também por apresentar 
diversas categorias, sendo elas:
CLASSE ATLETA
1 a 10 Deficiência motora
11 a 13 Deficiência visual
14 Deficiência Intelectual
Quadro 8 - Classificação Funcional da Natação / Fonte: adaptado 
CPB (2021).
Descrição da Imagem a fotografia mostra dois atletas brasileiros 
com deficiência visual praticando judô nos Jogos Paralímpicos de 
2021. A atleta brasileira é representada pelo quimono azul e sua 
adversária pelo quimono branco.
Figura 14 - Atletas lutando judô / Flickr (2021l, on-line).
Descrição da Imagem a fotografia mostra dois atletas com defi-
ciência motora em uma competição de natação nos Jogos Para-
límpicos de 2021. 
Figura 15 - Atleta praticando natação / Flickr (2021m, on-line).
Em 2020, a modalidade Futebol de 7 foi retirada 
da relação de esportes praticados nos Jogos 
Paralímpicos, restando apenas, neste evento, 
o futebol de 5 para deficientes visuais.
Fonte: Comitê Paralímpico brasileiro (2021)
Remo: o remo paralímpico apresenta as principais 
regras do remo olímpico, sendo destinada a pessoas 
com deficiência física e visual para o gênero mascu-
lino e feminino (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia mostra dois atletas brasileiros 
com deficiência física praticando remo nos Jogos Paralímpicos 
de 2021. Nota-se que a dupla é composta pela categoria mista, 
sendo uma mulher e um homem competindo na mesma equipe. 
Figura 16 - Atletas praticando remo / Flickr (2021n, on-line).
 113
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Os atletas são divididos em classes conforme sua capacidade motora e apresenta três categorias:
CLASSE ATLETA
PR1 Remadores com função mínima ou nenhuma função de tronco.
PR2 Remadores que possuem uso funcional dos braços e tronco, mas apresentam fraqueza/ausência da função das pernas.
PR3
Remadores com função residual nas pernas que lhes permite deslizar no assento. Esta classe 
também inclui atletas com deficiência visual.
Quadro 9 - Classificação Funcional do Remo / Fonte: adaptado CPB (2021).
Rugby em Cadeira de Rodas: de acordo com o CPB, o rugby em cadeira de rodas é similar ao rugby olím-
pico, nesse caso o atleta precisa passar a linha do gol com as duas rodas da cadeira com a bola nas mãos, 
sendo composta por quatro jogadores por equipe. O rugby é designado exclusivamente para atletas com 
deficiência física, composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino.
Descrição da Imagem a fotografia 
mostra três atletas brasileiros com 
deficiência motora jogando rugby 
em cadeira de rodas.
Figura 17 - Atletas praticando rugby
Flickr (2020, on-line).
Taekwondo: o esporte é disputado por dois atletas, assim como nas demais lutas. Sendo utilizado coletes 
azul e vermelho que possuem sensores capazes de medir a potência do chute quando em contato com a meia 
do oponente. As lutas são realizadasem três rounds de dois minutos, com um minuto de intervalo. Ganha o 
atleta que tiver mais pontos ao término do último round. Se acabar empatado, ocorre mais um round, cujo 
vencedor é o lutador que fizer os dois primeiros pontos (CPB, 2021). 
114 
 
Atualmente, nas Paralimpíadas, o Parataekwondo é destinado apenas para atletas com deficiência física e 
possui duas classes: K43 e K44:
CLASSE ATLETA
K43 Atletas com amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia bilateral.
K44
Atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, mono-
plegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores.
Quadro 10 - Classificação Funcional Taekwondo / Fonte: adaptado CPB (2021).
Tênis de Mesa: assim como a maioria dos esportes já existentes e que tiveram suas formas de realização 
adaptadas, o tênis de mesa se apropria dessas regras, na maioria das vezes sofrendo poucas alterações. O 
Comitê salienta que o esporte consiste em partidas em uma melhor de cinco sets, sendo cada um deles dis-
putado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. A modalidade é designada para atletas com deficiência 
física e intelectual, composta por provas para o gênero feminino e masculino (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia mostra duas atletas brasilei-
ras com deficiência motora praticando taekwondo. Nota-se que 
uma atleta está com o uniforme amarelo e a outra atleta com o 
uniforme azul, ambas da seleção brasileira.
Figura 18 - Atletas lutando taekwondo / Flickr (2020a, on-line).
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma atleta brasileira 
com deficiência motora jogando tênis de mesa nos Jogos Para-
límpicos de 2021.
Figura 19 - Atleta jogando tênis de mesa / Flickr (2021o, on-line).
 115
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
O tênis de mesa apresenta 11 categorias sendo elas: 
CLASSE ATLETA
1, 2, 3, 4 e 5 Deficiência motora. Cadeirantes.
 6, 7, 8, 9 e 10 Deficiência motora. Andantes.
11 Deficiência motora. Andantes com deficiência intelectual.
Quadro 11 - Classificação Funcional do Tênis de Mesa / Fonte: adaptado CPB (2021)
Tênis de Cadeira de Rodas: as regras do tênis convencional são muito semelhantes com o tênis de cadeira 
de rodas, contudo, a principal diferença é que a bola pode quicar duas vezes no chão antes de ser rebatida. 
O tênis de cadeira de rodas é exclusivamente praticado por atletas com deficiência física e paralisia cerebral, 
composta por provas destinadas ao gênero feminino e masculino.
Descrição da Imagem a foto-
grafia mostra um atleta brasi-
leiro com deficiência motora em 
sua cadeira de rodas jogando 
tênis de quadra nos Jogos Pan-
-Americanos de 2019.
Figura 20 - Atleta jogando tênis 
de quadra / Flickr (2019, on-line).
Segundo o Comitê Paralímpico, o tênis de cadeira de rodas apresenta duas classes:
CLASSE ATLETA
Open ou Aberta Deficiência motora. Para atletas com alguma deficiência nos membros inferio-res.
Quad ou Tetra 
Deficiência motora. Para atletas com deficiência em três ou mais extremida-
des no corpo.
Quadro 12 - Classificação Funcional do Tênis de Quadra / Fonte: adaptado CPB (2021).
116 
 
Tiro com Arco: os atletas são divididos em classes, 
que se diferenciam pelas capacidades do atleta de 
ficar em pé e/ou de locomoção nos braços e tron-
co. O Tiro com arco é exclusivamente praticado por 
atletas com deficiência física e paralisia cerebral, 
composta por provas destinadas ao gênero femini-
no e masculino (CPB, 2021). 
Tiro Esportivo: o tiro esportivo é exclusivamente 
praticado por atletas com deficiência física para o 
gênero masculino e feminino. O atleta poderá atirar 
em pé, deitado, sentado ou ajoelhado. 
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma atleta brasileira 
com deficiência motora em sua cadeira de rodas praticando Tiro 
com Arco nos Jogos Paralímpicos de 2021.
Figura 21 - Atleta praticando Tiro com Arco / Flickr (2021p, on-li-
ne).
A modalidade apresenta duas classes, sendo elas:
CLASSE ATLETA
W1 Para atletas com deficiência grave, em três ou quatro membros
Open
Para atletas com deficiência em um 
membro (superior ou inferior) ou dois 
membros (inferiores ou superior e infe-
rior do mesmo lado).
Quadro 13 - Classificação Funcional do Tiro com Arco / Fonte: 
adaptado CPB (2021).
Descrição da Imagem a fotografia mostra quatro atletas com 
deficiência motora praticando Tiro Esportivo, nos Jogos Paralím-
picos de 2021. Nota-se que três desses atletas estão sentados 
praticando a modalidade e apenas um atleta com deficiência no 
braço esquerdo está de pé.
Figura 22 - Atletas praticando Tiro Esportivo / Flickr (2021q, 
on-line).
O tiro esportivo apresenta duas categorias:
CLASSE ATLETA
SH1 Atiradores de pistola e de carabina que conseguem segurar suas armas.
SH2 
Atiradores de carabina que precisam 
de suporte para a arma.
Quadro 14 - Classificação Funcional do Tiro Esportivo / Fonte: 
adaptado CPB (2021).
Triatlo: de acordo com o CPB, o triatlo é composto 
por 750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de 
corrida. Suas categorias são subdivididas de acordo 
 117
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
com a capacidade motora dos atletas. O Triatlo é designado para atletas com deficiência física e deficiência 
visual, composta por provas destinadas para o gênero feminino e masculino.
A modalidade apresenta três classes:
CLASSE ATLETA
PTWC Deficiência motora. Para triatletas usuário de cadeiras de rodas.
PTS2, PTS3, PTS4 e PTS5 
Atletas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral andantes competem 
nestas classes, sendo a PTS2 para deficiências mais severas e PTS5 para deficiên-
cias mais moderadas.
 PTVI Deficiência visual.
Quadro 15 - Classificação Funcional do Triatlo / Fonte: adaptado CPB (2021).
Vela: a modalidade exige domínio sobre correntes aquáticas, habilidade e estratégia, acima de tudo de mu-
danças de vento. As categorias não apresentam divisão por gênero, ou seja, homens e mulheres velejam 
juntos, todos divididos de acordo com o comprometimento motor. A vela é destinada exclusivamente para 
pessoas com deficiência física composta por provas mistas, feminina e masculina (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a 
fotografia mostra duas 
Atletas do gênero femini-
no com deficiência motora 
praticando o Triatlo. Ambas 
usando roupa justa de gi-
nástica.
Figura 23 - Atleta praticando 
Triatlo / Flickr (2016a, on-line).
118 
 
A vela é disputada em três categorias, sendo elas:
CLASSE ATLETA
2.4mR Deficiência motora. Um atleta pouco comprometido fisicamente.
SKUD18 Deficiência motora. Dois atletas com paraplegia (mista).
SONAR Deficiência motora. Três atletas.
Quadro 16 - Classificação Funcional da Vela / Fonte: adaptado 
CPB (2021).
Voleibol Sentado: inspirando no voleibol conven-
cional, o voleibol sentado apresenta uma única ca-
tegoria, em que todos os jogadores ficam sentados 
na quadra. A quadra e a rede possuem tamanhos 
menores. O Comitê Paralímpico brasileiro aponta 
que os jogadores são classificados de acordo com o 
grau de limitação física. Na classe D, estão os atle-
tas amputados e com problemas locomotores mais 
acentuados. A classe MD, por sua vez, é composta 
por atletas com deficiências quase imperceptíveis, 
como problemas de articulações leves ou pequenas 
amputações nos membros. Cada equipe só pode 
contar com dois jogadores da classe MD no time. E 
os dois não podem estar em quadra ao mesmo tem-
po. O voleibol sentado é destinado exclusivamente 
para pessoas com deficiência física. 
Descrição da Imagem a fotografia mostra dois atletas com defi-
ciência motora participando de uma competição de vela nos Jogos 
Paralímpicos de 2016. Estão em uma barco branco, no meio do 
mar, ambos usando blusas de manga longa. Ao redor tem mais 
dois barcos com outros atletas.
Figura 24 - Atletas praticando a Vela / Flickr (2016b, on-line).
Descrição da Imagem a fotografia mostra várias Atletas da sele-
ção brasileira com deficiência motora jogando voleibol sentado 
em uma quadra, com uma bola. Todos os atletas estão usando 
calça, tênise camiseta de manga curta.
Figura 25 - Atletas jogando voleibol sentado / Flickr (2021r, 
on-line).
JOGOS PARALÍMPICOS DE INVERNO
Os Jogos Paralímpicos de Inverno apresentam 
uma quantidade inferior de modalidades quando 
comparada aos jogos paralímpicos de verão, sen-
do compostas por 5 diferentes modalidades: Esqui 
cross-country, Curling em cadeira de rodas, Esqui 
alpino (que engloba o snowboard), Biathlon e Hó-
quei no gelo.
 119
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Esqui cross-country: a modalidade é destina-
da para atletas com deficiências físicas e visuais. 
Dependendo da limitação física, o esquiador pode 
usar um sit-ski (uma cadeira equipada com um par 
de esquis). Atletas com deficiência visual competem 
com um atleta-guia (classes B2 e B3 podem esco-
lher se competem com um guia ou não). Tanto as 
mulheres quanto os homens participam de provas 
de distâncias curtas (provas de velocidade), médias 
(5 km a 20 km) e longas (variando de 10 km a 20 
km), ou então no revezamento por equipe. A mo-
dalidade é dividida entre as categorias sitting (sen-
tado), standing (de pé) e visually impaired (para 
deficientes visuais) (CPB, 2021).
Curling em cadeira de rodas: o curling em cadeira 
de rodas é uma versão adaptada do curling, um espor-
te popular de inverno. As equipes, formadas por ho-
mens e mulheres, precisam elaborar estratégias, que 
envolvam empurrar ou bloquear as pedras da outra 
equipe. Para isso, o atleta deve calcular o peso, a volta 
e o caminho que a pedra deve ser jogada (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia mostra um Atleta com defi-
ciência motora praticando Esqui cross-country. Está usando calça 
preta, blusa de manga comprida branca e azul, luvas nas mãos e 
uma touca preta na cabeça.
Figura 26 - Atleta de Esqui cross-country
Esqui alpino: a modalidade compreende duas 
provas técnicas, sendo: Slalom e Slalom Gigante. 
Slalom possui um percurso que exige curvas curtas 
e abruptas, uma vez que os gates possuem menor 
distância entre eles, enquanto o Giant Slalom apre-
senta maior distância entre os gates. A modalidade 
compreende também o Snowboard. O snowboard 
paralímpico é uma versão adaptada do snowboard 
para atletas com deficiências (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia mostra dois atletas com defi-
ciência motora praticando Curling em cadeira de rodas. Uma atleta 
é uma mulher com os cabelos loiros e o outro é um homem com 
os cabelos pretos. Ambos usam roupa de manga comprida preta.
Figura 27 - Atletas de Curling em cadeira de rodas
120 
 
O Esqui Alpino é disputado em duas categorias, 
sendo elas:
CLASSE ATLETA
SB-UL Deficiência motora. Comprometi-mento dos membros superiores.
SBLL-1, SBLL-2
Deficiência motora. comprometi-
mento dos membros inferiores
Quadro 17 - Classificação Funcional Esqui Alpino / Fonte: adapta-
do CPB (2021).
Biathlon: o esporte combina esqui cross-country 
com tiro esportivo, duas disciplinas muito distintas. 
Hóquei no gelo: é um esporte rápido, altamente 
físico e jogado por homens e mulheres com defi-
ciência física nos membros inferiores do corpo. A 
modalidade sofre apenas algumas modificações das 
regras oficiais do Hóquei no Gelo olímpico. Em vez 
de patins, os atletas usam trenós com duas lâminas, 
duas varas, uma com ponta para empurrar e outra 
para o tiro. A disputa é entre duas equipes de 13 jo-
gadores e dois goleiros (CPB, 2021).
Descrição da Imagem a fotografia mostra uma Atleta com de-
ficiência motora praticando Esqui Alpino. Usando somente uma 
das pernas, trajando uma roupa vermelha, sobre o gelo branco.
Figura 28 - Atleta de Esqui Alpino
Descrição da Imagem a fotografia mostra um Atleta com defi-
ciência motora praticando Biathlon deitado sobre o chão que é 
um asfalto, trajando blusa de manga longa azul.
Figura 29 - Atleta de Biathlon
Os atletas são divididos nas categorias sentado, em 
pé e com deficiência visual (CPB, 2021).
 121
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Neste momento, você deve estar se perguntando: 
por que os deficientes auditivos não participam das 
Paralimpíadas? O atleta surdo não é compreendi-
do como um indivíduo que apresenta grandes di-
ficuldades de praticar qualquer desporto quando 
comparados às demais deficiências. Sabendo que 
o atleta surdo não apresenta nenhuma limitação 
motora, intelectual ou visual, sua participação nas 
Paralimpíadas não é permitida. 
 Além disso, seria preciso organizar uma nova for-
ma de aplicação dos esportes que não fosse sonora. 
Dentro desse contexto, todas as informações e notifi-
cações seriam estritamente visuais, e não mais sonoras, 
como a largado no atletismo, na natação, a arbitragem 
do futebol, dentre tantas outras modalidades. Por esse 
motivo, desde o ano de 1924, na França, ocorreu a pri-
meira olimpíada destinada exclusivamente a atletas 
surdos, nomeada como, “Jogos Internacionais Silen-
ciosos”. Atualmente conhecida como Surdolimpíadas 
que ocorrem a cada quatro anos, assim como as para-
limpíadas (CPB, 2021).
Para Sarmento (2013), o esporte surdo é um ar-
tefato cultural de grande importância para as pes-
soas com deficiência auditiva. As práticas de espor-
tes por pessoas surdas datam desde o século XIX 
com o primeiro clube de futebol surdo do mundo, 
o Glasgow DF no Reino Unido, a associação Sports 
Club for the Deaf de 1888, em Berlim e o primeiro 
clube desportivo para surdos na França, o Club Cy-
cliste des sourds-muets de 1899. 
No Brasil, de acordo com Monteiro (2006), 
as associações desportivas tiveram sua origem no 
Grêmio Esportivo fundado em 1930, no Instituto 
Nacional de Educação de Surdos (INES). Após esse 
período, é possível observar o surgimento de ou-
tras associações e que perduram até os dias atuais. 
A Confederação Brasileira de Desporto de Surdos 
participou pela primeira vez das Surdolimpíadas, 
em 1993, em Sofia, Bulgária. Já em 2013, houve a 
maior participação da Delegação Surdolímpica 
Brasileira, em que participaram 19 surdoatletas. 
Nesta edição, o Brasil conquistou quatro meda-
lhas, sendo três na natação, pelo surdoatleta santis-
ta Guilherme Maia e uma medalha de bronze no 
Karatê, conquistada pelo surdoatleta Heron Rodri-
gues. No entanto, atualmente, o maior entrave para 
que os Jogos para surdos se estendam é a falta de 
apoio financeiro. 
Descrição da Imagem a fotografia mostra cinco Atletas com defi-
ciência motora praticando Hóquei no gelo. Todos usam capacete 
e roupas de manga longa.
Figura 30 - Atletas de Hóquei no gelo
122 
 
A partir do conteúdo apresentado nesta unidade, assim como todas as modalidades adaptadas presentes nas 
paralimpíadas, você sentiu vontade de trabalhar com o esporte adaptado? Sabendo que além desses conhe-
cimentos prévios, é importante também compreender conteúdos acerca da iniciação esportiva, com qual 
modalidade você gostaria de trabalhar? Que tipo de atividades você desenvolveria? Vamos tentar?
Título: Paratodos
Ano: 2016
Sinopse: “Paratodos” foi pensado para mobilizar. Traz material de apoio para 
educadores ampliarem reflexões sobre a inclusão da pessoa com deficiência. 
O objetivo da iniciativa é ampliar a visibilidade das Paralimpíadas, dos atletas 
com deficiência e estimular o debate sobre inclusão, esporte e acessibilidade 
entre os estudantes.
Neste vídeo, você poderá acompanhar uma breve explicação sobre a história 
das Paralimpíadas e do Esporte Paralímpico
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
 123
mapa mental
Nesta unidade, realizamos uma imersão muito importante acerca dos esportes paralímpicos adaptados, porém não 
podemos esquecer de todo o contexto histórico que possibilitou a criação deste memorável evento esportivo. Para 
sintetizar esses conhecimentos, complete o Mapa Mental que aborda desde a origem dos jogos paraolímpicos até 
sua estrutura nos dias atuais!
A origem dos jogos
Paralímpicos está
relacionada a:
Ao encontrar esses
soldados no hospital
em processo de
reabilitação, o médico
Ludwig começou a
organizar jogos
adaptados internos.
As primeiras
modalidades foram:
A partir dessa grande
iniciativa de Ludwighoje existe o grande
evento chamado
“Paraolimpíadas” que
ocorrem a cada
quatro anos em dois
momentos:
Composta por 22
modalidades
esportivas
Composta por 5
modalidades
esportivas
Essas modalidades
apresentam diversas
categorias para a
participação de atletas
com variadas
deficiências como:
124 
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