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Exame das raízes nervosas, plexos e nervos periféricos Daniela Pereira Santos 29/03/2023 Raízes e nervos espinhais Fazem conexão com a medula espinhal. Inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça. 31 pares 8 cervicais 12 torácicos 5 lombares 5 sacrais 1 coccígeo (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Raízes e nervos espinhais Junção da raiz anterior (motora) com a raiz dorsal (sensitiva). Dois ramos (mistos): Ramos anteriores: Membros, parte anterolateral do pescoço e tronco. Ramos posteriores: Região dorsal do tronco, nuca e região occipital. (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Raízes e nervos espinhais Os ramos anteriores se anastomosam e trocam fibras formando os PLEXOS. Ramos anteriores dos n. espinhais torácicos (T2-T12) formam os nervos intercostais que se conectam diretamente com as estruturas. Nervos originados dos plexos contêm fibras originadas em mais de um segmento medular. Nervos intercostais possuem fibras originadas em um só segmento medular. Plexos Formados pela anastomose dos ramos anteriores dos n. espinhais. Cervical: C1-C4 Braquial: C5-C6-C7-C8- T1 Lombar: L1-L4 Sacral: L4-S3 (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Dermátomos Território sensitivo cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal. Recebe o nome da raiz que o inerva. Nervos intercostais: cada nervo corresponde a um dermátomo. Nervos plurissegmentares: o nervo contribui com fibras para vários dermátomos. Ex.: nervo mediano – dermátomos C6, C7 e C8. (TORTORA; DERRICKSON, 2016) •Mamilos: T4. • Apêndice xifóide: T7. • Umbigo: T10. • Dobra inguinal: T12. Plexo braquial (CAMPBELL, 2021) Plexo braquial (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Plexo braquial (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Plexo braquial (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Plexo braquial (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Avaliação das raízes do plexo braquial Avaliação de C5: Força muscular (músculos dos ombros): Abdução do ombro. Sensibilidade: Região lateral do braço e ombro. Reflexo: Bicipital. (GUSMÃO, 2007) Avaliação das raízes do plexo braquial Avaliação de C6: Força muscular (músculos da região anterior do braço): Extensão do punho e flexão do cotovelo. Sensibilidade: Polegar. Reflexo: Estilorradial. (GUSMÃO, 2007) Avaliação das raízes do plexo braquial Avaliação de C7: Força muscular (músculos das regiões posteriores do braço e antebraço): Extensão do cotovelo. Sensibilidade: 3° quirodáctilo. Reflexo: Tricipital. (GUSMÃO, 2007) Avaliação das raízes do plexo braquial Avaliação de C8: Força muscular (músculos da região anterior do antebraço e lateral da mão): Flexão dos dedos. Sensibilidade: 5° quirodáctilo. Reflexo: Não há. (GUSMÃO, 2007) Avaliação das raízes do plexo braquial Avaliação de T1: Força muscular (músculos da região medial da mão e interósseos): Abdução e adução dos dedos. Sensibilidade: Região medial do antebraço. Reflexo: Não há. (GUSMÃO, 2007) (TORTORA; DERRICKSON, 2016; GUSMÃO, 2007) Avaliação dos nervos do plexo braquial Fascículo lateral: n. musculocutâneo raiz lateral do n. mediano Fascículo posterior: n. axilar n. radial Fascículo medial: n. ulnar Raiz medial do n. mediano Avaliação dos nervos do plexo braquial (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Avaliação dos nervos do plexo braquial N. musculocutâneo (C5-C6): Função motora: Flexão do antebraço. Reflexo: bicipital. Sensibilidade: face lateral do antebraço. (GUSMÃO, 2007) Avaliação dos nervos do plexo braquial N. mediano (C5-T1) Função motora: Flexão do punho e dos dedos, pronação e pinça polidigital. Reflexo: Participa do reflexo flexor dos dedos. Sensibilidade: Parte lateral da palma da mão, face palmar dos 3 primeiros dedos, metade do 4° dedo e face dorsal das falanges distais dos mesmos dedos. (GUSMÃO, 2007) Avaliação dos nervos do plexo braquial N. mediano (C5-T1) Ocorre atrofia dos músculos da eminência tenar, sendo que a face palmar do polegar fica no mesmo plano do resto da palma da mão, caracterizando a mão achatada ou simiesca. (CAMPBELL, 2021) Avaliação dos nervos do plexo braquial N. axilar (C5-C6) Função motora: Abdução do ombro. Sensibilidade: Face lateral superior do braço. (GUSMÃO, 2007) Avaliação dos nervos do plexo braquial N. radial (C5-C8) Função motora: Extensão do antebraço, da mão e dos dedos, supinação do antebraço, abdução do polegar. Reflexo: Tricipital. Sensibilidade: Face posterior do braço, antebraço, mão e primeiros 4 dedos. * Lesão: ‘’mão caída’’. (GUSMÃO, 2007) Avaliação dos nervos do plexo braquial (CAMPBELL, 2021) Avaliação dos nervos do plexo braquial N. ulnar (C7-T1) Função motora: Movimentos dos dedos (preensão e movimentos laterais dos dedos). Sensibilidade: Borda ulnar da mão, dedo mínimo e metade medial do dedo anelar. *Lesão: ‘’mão em garra’’ – Os dedos anelar e mínimo apresentam-se com a primeira falange em extensão e as demais em flexão. (GUSMÃO, 2007) Avaliação dos nervos do plexo braquial (CAMPBELL, 2021) Plexo lombar (CAMPBELL, 2021) Plexo lombar (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Plexo lombar (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Plexo lombar 4 primeiras raízes lombares (L1-L4). Inerva a parede abdominal anterolateral, órgãos genitais externos e partes dos membros inferiores. 3 nervos maiores: Nervo femoral Nervo obturador Nervo femorocutâneo lateral. 3 nervos menores: Nervo ílio-hipogástrico Nervo ilioinguinal Nervo genitofemoral. Plexo lombar Lesão: Comprometimento muscular: Iliopsoas: paralisia da flexão da coxa sobre o quadril. Adutores: paralisia da adução da coxa. Quadríceps: paralisia da extensão da perna. Sensibilidade: Déficit sensitivo na região lateral (n. cutâneo femoral lateral), anterior (n. femoral) e medial (n. obturador) da coxa e face medial da perna (n. safeno ramo do n. femoral). Reflexo: Reflexo patelar abolido. (TORTORA; DERRICKSON, 2016) MARTINEZ, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016 Avaliação das raízes do plexo lombar MARTINEZ, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016 Avaliação das raízes do plexo lombar MARTINEZ, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016 Avaliação das raízes do plexo lombar Avaliação das raízes do plexo lombar Avaliação de L4: Força muscular: extensão do quadríceps (extensão do joelho). Sensibilidade: face medial da perna. Reflexo: patelar. (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Plexo sacral (CAMPBELL, 2021) Plexo sacral (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Plexo sacral União do tronco lombossacro L4-L5 e das três primeiras raízes sacrais S1-S2-S3. Ramos colaterais: nervos glúteo superior, glúteo inferior, cutâneo posterior da coxa e pudendo. Ramo terminal: nervo ciático. *As raízes (ramos anteriores) dos nervos espinais S4–S5 e os nervos coccígeos formam um pequeno plexo coccígeo. Deste plexo se originam os nervos anococcígeos que suprem uma diminuta área cutânea sobre o cóccix. Plexo sacral (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Plexo sacral Lesão: Comprometimento muscular: nervo ciático: flexão da perna, pé e artelhos; rotação interna e externa do pé; extensão dos artelhos; nervo glúteo superior: abdução e rotação interna da coxa; nervo glúteo inferior: extensão da coxa. Sensibilidade: Nervo ciático: face lateral da perna, planta e borda lateral do dorso do pé. Nervo cutâneoposterior da coxa: face posterior da coxa. Reflexo: O reflexo aquileu é abolido. *Pode ocorrer distúrbio dos esfíncteres anal e vesical (nervo pudendo). MARTINEZ, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016 MARTINEZ, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016 Avaliação das raízes do plexo sacral Avaliação de L5: Força muscular: dorsoflexão do primeiro artelho e do pé. Sensibilidade: face lateral da perna. Reflexo: não há. (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Avaliação das raízes do plexo sacral Avaliação de S1: Força muscular: flexão plantar do primeiro artelho e do pé. Sensibilidade: face lateral do pé. Reflexo: aquileu. (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Avaliação das raízes do plexo sacral Raiz S2: músculos intrínsecos do pé. Raízes S2, S3 e S4: inervação motora da bexiga e dos esfíncteres anal e vesical. Dermátomos: quatro anéis concêntricos em torno do ânus, sendo que S2 representa o anel externo, e S5, o interno. Raiz S2: sensibilidade da face posterior da coxa. (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Sinais de compressão radicular e de irritação meníngea 29/03/2023 Sinais de compressão radicular As lesões irritativas da raiz dorsal manifestam-se por DOR no dermátomo correspondente à raiz atingida. Essa dor é exacerbada por condições que normalmente aumentam a pressão intracraniana (tosse, espirro, esforços físicos, defecação, manobras de Valsalva) e pelas manobras de estiramento da raiz (sinal de Lasègue). Causas mais frequentes de compressão radicular: hérnias discais. (TORTORA; DERRICKSON, 2016) Sinais de compressão radicular Sinal de Lasègue: O examinador executa elevação do membro inferior do paciente, em decúbito dorsal e pernas em extensão. O teste é positivo quando a manobra reproduz a dor do paciente, irradiada para o território ciático entre 30 e 70°. * A dor a menos de 30° levanta a questão da não organicidade, e algum desconforto além de 70° é rotineiro e insignificante. Sinais de compressão radicular Sinal de Lasègue: (CAMPBELL, 2021) Sinais de compressão radicular Sinal de Kernig: Flexiona o quadril e com o joelho em ângulo reto, tenta fazer a extensão passiva do joelho; esse movimento causa dor, resistência e incapacidade de extensão total do joelho. Sinais de compressão radicular Sinal de Bragard: Forma de sensibilizar o teste de Lassegue com a dorsiflexão passiva do pé. (CAMPBELL, 2021) Sinais de compressão radicular Sinal de elevação da perna esticada cruzada – teste de Fajersztajn: Com o paciente em supino, levantar a perna não afetada até 75° e fazer a dorsiflexão do pé. Sinal positivo: se dor for reproduzida no lado da perna afetada. Essa dor indica uma protrusão discal medial à raiz nervosa. Quando a perna não afetada é elevada, a raiz nervosa naquele lado é tensionada, causando deslizamento da raiz nervosa no lado oposto em direção à linha média. Sinais de compressão radicular Se protrusão discal medial: esse movimento aumentará a tensão sobre a raiz nervosa do lado oposto, aumentando a dor no lado afetado. Se a dor diminuir no lado afetado: suspeitar de protrusão discal lateral, pois a raiz nervosa está sendo tracionada para longe do disco. Sinais de compressão radicular (CIPRIANO, 2015) Sinais de irritação meníngea Os sinais meníngeos são obtidos mais frequentemente quando as meninges estão inflamadas. Infecção (p. ex., meningite bacteriana) ou pela presença de substância estranha (como sangue no espaço subaracnóideo). Tanto o sinal de Kernig quanto a elevação da perna estendida são positivos na meningite por causa da inflamação difusa das raízes nervosas e das meninges, e também são positivos na radiculopatia lombossacra aguda decorrente de inflamação focal da raiz afetada. Na radiculopatia, os sinais geralmente são unilaterais, mas na meningite são bilaterais. Sinais de irritação meníngea Rigidez de nuca É caracterizada por rigidez e espasmo dos músculos cervicais, com dor em resposta às tentativas de movimento voluntário e de resistência ao movimento passivo. O médico não consegue aproximar o queixo do paciente do tórax. (PORTO, 2019) Sinais de irritação meníngea Sinal de Brudzinsk A flexão do pescoço causa flexão dos quadris e joelhos bilateralmente. (CAMPBELL, 2021) Sinais de irritação meníngea Sinal de Kernig Flexiona o quadril e com o joelho em ângulo reto, tenta fazer a extensão passiva do joelho; esse movimento causa dor, resistência e incapacidade de extensão total do joelho. (CAMPBELL, 2021) Referências CAMPBELL, William, W. e Richard J. Barohn. DeJong - O Exame Neurológico. Disponível em: Minha Biblioteca, (8th edição). Grupo GEN, 2021. CIPRIANO, Joseph J. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos. Grupo A, 2015. 9788536327945. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536327945/. Acesso em: 27 mar. 2023. GUSMAO, S. S.; CAMPOS, G. B.; TEIXEIRA, A. L. Exame neurológico: bases anatomofuncionais. 2ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2007. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M R. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Grupo GEN, 2018. 9788527734608. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/. Acesso em: 27 mar. 2023. Referências MARTINEZ, A.M.B.; ALLODI, S.; UZIEL, D. Neuroanatomia Essencial. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. PORTO, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2019. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Grupo GEN, 2016. 9788527728867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/. Acesso em: 27 mar. 2023.
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