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INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul 
Campus Virtual 
 
 
 
Atividade de Avaliação a Distância 
 
 
 
Unidade de Aprendizagem: Introdução à Macroeconomia 
Curso: Bacharelado em Ciências Econômicas 
 
Questão 1 (4,0 pontos) 
Pesquise sobre os meios de pagamentos brasileiros e análise cada montante de moeda 
em função da liquidez no nosso país entre os meses de janeiro a maio de 2020. 
MOEDA 
A moeda representa um bem como outro qualquer que possui a característica de que 
todos a aceitam como troca de uma mercadoria. Em termos econômicos a moeda pode 
ser entendida como tudo aquilo que é aceito para liquidar as transações, ou seja, para 
pagar pelos bens e serviços, bem como para quitar obrigações. 
Formas 
Moeda metálica – são emitidas pelo Banco Central e visam facilitar as operações de 
pequeno valor, bem como servem como unidade fracionada, facilitando o troco. 
Representam uma pequena parcela da oferta monetária, ou seja, em seu montante não 
representam muita coisa. 
Papel moeda – também conhecida como moeda fiduciária, são emitidas pelo Banco 
Central e representam uma parcela significativa da quantidade de dinheiro em poder do 
público para o qual não existe qualquer tipo de lastro. A sua aceitação se deve à 
imposição legal do Governo. 
Moeda escritural ou bancária – são os depósitos a vista (em conta corrente) nos bancos 
comerciais que podem ser levantados através da emissão de cheques. Basicamente, é a 
moeda dos bancos e circulam sob a forma de cheques e ordens de pagamento. 
Funções 
Meio ou instrumento de troca – consiste na função primordial da moeda e a mais 
importante, tendo em vista que ela foi criada para ser um mecanismo de facilitação das 
trocas entre os diversos agentes da atividade econômica, e é utilizada, principalmente, 
para comprar bens e serviços. 
Padrão comum de valores – através da moeda é possível fazer a comparação dos valores 
de diferentes mercadorias, pois essa função permite expressar em unidades monetárias 
os valores dos bens e serviços de uma economia, ou seja, a moeda é utilizada como 
padrão de medida, como um o instrumento pelo qual as mercadorias são cotadas. 
Reserva de valor – devido a moeda possuir liquidez imediata, ou seja, tem a capacidade 
de ser aceita e trocada por outro produto, as pessoas decidem manter parte de sua renda 
na forma de moeda. Deste modo, a posse da moeda representa uma reserva de valor 
para quem a possui, podendo ser utilizada no futuro para adquirir um serviço no futuro. 
Características 
Indestrutibilidade e inalterabilidade – a moeda deve ser suficientemente durável, ou 
seja, deve resistir às inúmeras relações de troca a que estiver sujeita, logo, ele precisa 
ser impressa em um material de excelente qualidade. 
Homogeneidade – diferentes unidades monetárias mas que possuam o mesmo valor de 
compra devem ser exatamente iguais. 
Divisibilidade – a moeda deve possuir múltiplos e submúltiplos, de modo que permita a 
realização de todos os tipos de transações. 
Facilidade de manuseio e transporte – deve ser impressa de modo que facilite o seu uso 
e o seu transporte, com a finalidade de que a sua utilização seja dificultada. 
Transferibilidade – a moeda deve circular na economia sem nenhuma dificuldade, de 
modo a facilitar o processo de troca. 
 
 
Conceito de Liquidez 
Consiste na capacidade que um ativo tem de estar totalmente disponível e aceito para as 
mais diversas transações, deste modo, verifica-se que a moeda é a liquidez por 
excelência. 
MEIOS DE PAGAMENTO 
Os meios de pagamento – representam a soma do papel moeda em poder do público 
mais os depósitos à vista do público nos bancos comerciais. Deste modo, subtende-se 
que não estão incluídas as moedas que estão em poder dos bancos comerciais e das 
autoridades monetárias. Ou seja, é a soma de toda a moeda (metálica, papel moeda, e 
escritural) e equivalem a moeda que não está rendendo juros. 
O papel moeda em poder do público – é a soma de toda a moeda emitida menos os 
encaixes em moeda corrente dos bancos. Representam o volume total de dinheiro que 
está em circulação na economia, subtraído do volume depositado nos bancos comerciais 
o percentual referente ao encaixe bancário. 
Depósitos à vista do público nos bancos comerciais – corresponde ao volume de 
dinheiro depositado por pessoas físicas e jurídicas nos bancos comerciais, ou seja, não 
constituem dinheiro dos bancos, mas sim do público. O dinheiro que pertence aos 
bancos são seus encaixes (caixa dos bancos comerciais) e suas reservas (quantia dos 
bancos depositada no Banco Central). 
– Uma observação importante consiste no fato da moeda também ser chamada de meios 
de pagamento, que representa o total de moeda à disposição do setor privado não 
bancário e que possui liquidez imediata. Deste modo, a moeda pode ser classificada em 
função da liquidez. 
Classificação da moeda em função da liquidez 
M1 – é a soma do papel moeda em poder do público e dos depósitos à vista. 
Compreende o conceito restrito de moeda e representa os meios de pagamento de 
liquidez imediata que não rendem juros e são utilizados para pagamento de bens e 
serviços. Também são chamados de ativos ou haveres monetários. 
Meios de pagamento ampliados ou amplos – compreende o M2, M3 e M4. 
M2 – é a soma do M1 mais os depósitos de poupança e os títulos privados (depósitos a 
prazo, letras cambiais, hipotecárias e imobiliárias), ou seja, os depósitos para 
investimento. 
M3 – é a soma do M2 mais as captações internas por intermédio dos fundos de renda 
fixa e pelas carteiras de títulos públicos e privados adquiridos em operações 
compromissadas registradas no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC). 
M4 – é a soma do M3 mais os títulos públicos (federais, estaduais e municipais) de alta 
liquidez adquiridos em operações definitivas. 
MONTANTE DE MOEDA 
Período de 01/01/2020 a 31/01/2020 
Figura 1 – Meios de pagamento - 01/01/2020 a 31/01/2020 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
No mês de janeiro de 2020, verifica-se que os meios de pagamento (M1) atingiram a 
marca de aproximadamente R$ 404 bilhões, sofrendo uma queda de aproximadamente 
9,8% no mês. Essa queda implicou num redução de aproximadamente 12,5% nos 
depósitos à vista e de aproximadamente 7,3% no saldo do papel moeda em poder do 
público. 
O M2 atingiu a marca de aproximadamente R$ 3 trilhões, sofrendo uma queda de 
aproximadamente 2,2% no mês. Essa queda é uma soma da redução que ocorreu no M1, 
na redução de aproximadamente 0,8% no saldo dos títulos emitidos por instituições 
financeiras (R$ 1,8 trilhão) e na redução de aproximadamente 1,2% nos depósitos de 
poupança (R$ 839 bilhões). Ainda, verificou-se que no mês de janeiro de 2020, foram 
registrados os resgates de aproximadamente R$ 19,3 bilhões nos depósitos a prazo e de 
aproximadamente R$ 12,4 bilhões nos depósitos de poupança. 
O M3 atingiu a marca de aproximadamente R$ 6,7 trilhões, sofrendo uma queda de 
aproximadamente 0,8% no mês,acompanhando a retração nos agregados mais restritos, 
que compensou um aumento de aproximadamente 0,8% no saldo das quotas de fundos 
do mercado monetário (R$ 3,5 trilhões). 
O M4 atingiu a marca de aproximadamente R$ 7,2 trilhões, sofrendo uma queda de 
aproximadamente 0,9% no mês. 
Período de 01/02/2020 a 29/02/2020 
Figura 2 – Meios de pagamento - 01/02/2020 a 29/02/2020 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
No mês de fevereiro de 2020, verifica-se que os meios de pagamento (M1) atingiram a 
marca de aproximadamente R$ 410 bilhões, sofrendo um aumento de aproximadamente 
0,9% no mês. Esse aumento é fruto da elevação de aproximadamente 2,8% no saldo de 
depósitos à vista e na redução de aproximadamente 0,9% no saldo do papel moeda em 
poder do público. 
O M2 atingiu a marca de aproximadamente R$ 3 trilhões, sofrendo um pequeno 
aumento de aproximadamente 0,3% no mês. Esse aumento corresponde a soma do 
crescimento que ocorreuno M1, mais o aumento de aproximadamente 0,5% no saldo 
dos títulos emitidos por instituições financeiras e no aumento de aproximadamente 
1,9% nos depósitos a prazo. Ainda, no mês de fevereiro, verificou-se o registro de 
captações líquidas de aproximadamente R$ 18,8 bilhões nos depósitos a prazo e 
resgates líquidos de aproximadamente R$ 3,6 bilhões nos depósitos de poupança. 
O M3 atingiu a marca de aproximadamente R$ 6,8 trilhões, sofrendo um pequeno 
aumento de aproximadamente 0,5% no mês, acompanhando o crescimento de 0,7% no 
saldo das quotas de fundos do mercado monetário (R$ 3,6 trilhões). 
O M4 atingiu a marca de aproximadamente R$ 7,2 trilhões, sofrendo um pequeno 
aumento de aproximadamente 0,2% no mês. 
Período de 01/03/2020 a 31/03/2020 
Figura 3 – Meios de pagamento - 01/03/2020 a 31/03/2020 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
No mês de março de 2020, verifica-se que os meios de pagamento (M1) atingiram a 
marca de aproximadamente R$ 436 bilhões, sofrendo um aumento de aproximadamente 
4,5% no mês. Esse aumento é fruto da expansão de aproximadamente 7,3% no saldo de 
depósitos à vista e de aproximadamente 1,9% no saldo do papel moeda em poder do 
público. 
O M2 atingiu a marca de aproximadamente R$ 3,2 trilhões, sofrendo um aumento de 
aproximadamente 4,7% no mês. Esse aumento corresponde a soma do crescimento que 
ocorreu no M1, mais o aumento de aproximadamente 6,1% no saldo dos títulos emitidos 
por instituições financeiras e no aumento de aproximadamente 11% nos depósitos a 
prazo. Ainda, no mês de março, verificou-se o registro de captações líquidas de 
aproximadamente R$ 140 bilhões nos depósitos a prazo e de aproximadamente R$ 12,1 
bilhões nos depósitos de poupança. 
O M3 atingiu a marca de aproximadamente R$ 6,9 trilhões, sofrendo um aumento de 
aproximadamente 1% no mês, acompanhando o crescimento dos agregados M1 e M2, 
apesar de ter ocorrido uma redução de aproximadamente 2,8% no saldo das quotas de 
fundos do mercado monetário que totalizaram aproximadamente R$ 3,5 trilhões. 
O M4 atingiu a marca de aproximadamente R$ 7,3 trilhões, sofrendo um pequeno 
aumento de aproximadamente 0,7% no mês. 
Período de 01/04/2020 a 30/04/2020 
Figura 4 – Meios de pagamento - 01/04/2020 a 30/04/2020 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
No mês de abril de 2020, verifica-se que os meios de pagamento (M1) atingiram a 
marca de aproximadamente R$ 464 bilhões, sofrendo um aumento de aproximadamente 
8,1% no mês. Esse aumento é decorrente da expansão de aproximadamente 4,9% no 
saldo de depósitos à vista e de aproximadamente 11,3% no saldo do papel moeda em 
poder do público. 
O M2 atingiu a marca de aproximadamente R$ 3,4 trilhões, sofrendo um aumento de 
aproximadamente 5,4% no mês. Esse aumento corresponde a soma do crescimento que 
ocorreu no M1, mais o aumento de aproximadamente 5,7% no saldo dos títulos emitidos 
por instituições financeiras e no aumento de aproximadamente 3,4% nos depósitos de 
poupança. Ainda, no mês de abril, verificou-se o registro de captações líquidas de 
aproximadamente R$ 123,7 bilhões nos depósitos a prazo e de aproximadamente R$ 
30,5 bilhões nos depósitos de poupança. 
O M3 atingiu a marca de aproximadamente R$ 7 trilhões, sofrendo um aumento de 
aproximadamente 2,3% no mês, acompanhando o crescimento dos agregados M1 e M2, 
apesar de ter ocorrido uma redução de aproximadamente 0,8% no saldo das quotas de 
fundos do mercado monetário que totalizaram aproximadamente R$ 3,4 trilhões. 
O M4 atingiu a marca de aproximadamente R$ 7,4 trilhões, sofrendo um aumento de 
aproximadamente 1,8% no mês. 
Período de 01/05/2020 a 31/05/2020 
Figura 5 – Meios de pagamento - 01/05/2020 a 31/05/2020 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
No mês de maio de 2020, verifica-se que os meios de pagamento (M1) atingiram a 
marca de aproximadamente R$ 492 bilhões, sofrendo um aumento de aproximadamente 
5,6% no mês. Esse aumento é decorrente da expansão de aproximadamente 3,3% no 
saldo de depósitos à vista e de aproximadamente 7,9% no saldo do papel moeda em 
poder do público. 
O M2 atingiu a marca de aproximadamente R$ 3,5 trilhões, sofrendo um aumento de 
aproximadamente 4% no mês. Esse aumento corresponde a soma do crescimento que 
ocorreu no M1, mais o aumento de aproximadamente 6% no saldo dos depósitos a prazo 
e no aumento de aproximadamente 4% nos depósitos de poupança. Ainda, no mês de 
maio, verificou-se o registro de captações líquidas de aproximadamente R$ 77 bilhões 
nos depósitos a prazo e de aproximadamente R$ 37,2 bilhões nos depósitos de 
poupança. 
O M3 atingiu a marca de aproximadamente R$ 7,2 trilhões, sofrendo um aumento de 
aproximadamente 2,3% no mês, acompanhando principalmente o crescimento do 
agregado M2. Também ocorreu um aumento de 0,6% no saldo das quotas de fundos do 
mercado monetário que totalizaram aproximadamente R$ 3,5 trilhões. 
O M4 atingiu a marca de aproximadamente R$ 7,6 trilhões, sofrendo um aumento de 
aproximadamente 1,3% no mês. 
Abaixo, encontra-se a figura 6 que realiza um comparativo dos meios de pagamento 
(M1, M2, M3 e M4), no período de janeiro a maio de 2020, bem como a figura 7 que 
apresenta um gráfico extraído do site do Banco Central e que mostra o desempenho de 
cada meio de pagamento no período considerado. 
Figura 6 – Meios de pagamento (M1/M2/M3/M4) - 01/01/2020 a 31/05/2020 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
Figura 7 – Gráfico dos meios de pagamento (M1/M2/M3/M4) - 01/01/2020 a 
31/05/2020 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
Questão 2 (6,0 pontos) 
Vamos supor que o governo brasileiro hoje, tem como objetivo fazer uma política 
monetária expansionista, utilizando o depósito compulsório. a) pesquise qual o 
depósito compulsório praticado no Brasil para depósitos a vista; b) qual seria o novo 
valor ou a tendência para alcançar a sua hipótese inicial da questão; c) quais os efeitos 
de uma política monetária expansionista na economia brasileira em relação a consumo 
e inflação? 
DEPÓSITO COMPULSÓRIO 
É um dos instrumentos de Política Monetária utilizado pelo Governo para controlar a 
oferta de moeda e, consequentemente, as taxas de juros e as condições de crédito, ou 
seja, controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. Consiste em um 
depósito obrigatório feito pelos bancos comerciais junto ao Banco Central e serve para 
evitar a multiplicação do dinheiro pelas instituições bancárias, bem como assegurar que 
os bancos mantenham certo grau de liquidez. Esse depósito equivale a um percentual 
dos depósitos à vista e a prazo que são recebidos pelos bancos comerciais. 
Exemplo: quando um banco recebe dinheiro de um cliente (conta corrente, poupança ou 
CDB), parte desse dinheiro é depositado junto ao Banco Central. Esse dinheiro do 
cliente continua vinculado ao banco, mas esses recursos não podem ser utilizados pela 
instituição para realizar outras operações, como por exemplo empréstimos. 
Depósitos à vista 
Esses depósitos representam as reservas de início de dias dos bancos no sistema de 
pagamento a fim de garantir a fluidez do sistema e a liquidez para a realização de 
pagamentos durante o dia. Os bancos são obrigados a recolher um percentual dos 
depósitos realizados em conta corrente pelos seus clientes e depositar o dinheiro em 
espécie no Banco Central. No Brasil, esse percentual é definido pelo Banco Central. 
Atualmente, a alíquota de depósitos à vista é de 21%. 
Figura 8 – Alíquota de depósitos à vista em dezembro de 2019 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
https://maisretorno.com/blog/sair-da-poupanca-investir-renda-fixa
https://maisretorno.com/blog/o-que-e-cdb-e-lc
POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA 
Consiste em um conjunto de práticas que visam aumentar a liquidez de moeda na 
economia e reduzir as taxas de juros, ou seja, o principal objetivo é facilitar o crédito 
para a população, estimulando o consumo e a retomada da economia. 
A políticamonetária expansionista pode ser realizada através da redução da taxa de 
depósitos compulsórios e afetará diretamente a economia no que tange: a decisão entre 
consumo e investimento das famílias e empresas; o crédito; as expectativas das famílias 
e empresas; e na inflação. 
Quando o Governo precisa aumentar a quantidade de moedas em circulação no país, 
realiza a redução da alíquota do depósito compulsório à vista, ou seja, a taxa do 
compulsório diminui e deste modo, os bancos comerciais fazem um depósito menor 
junto ao Banco Central, ficando com uma quantidade maior de moeda em seu poder, o 
que permite aos bancos comerciais aumentarem as suas linhas de crédito. 
Com mais dinheiro em circulação, ocorre a redução da taxa de juros e o crédito torna-se 
mais barato, e deste modo, se reduz o estímulo à poupança e aumenta o consumo, 
acelerando assim a inflação. 
Considerando que o Governo decida realizar um apolítica monetária expansionista, uma 
das tendências seria diminuir o percentual dos depósitos à vista, por exemplo, abaixar 
uns 5%, reduzindo de 21% para 16%. Essa redução apesar de não ser tão significativa já 
pode atender o desejo do Governo de aumentar a liquidez da moeda na economia. Os 
efeitos dessa Política Monetária Expansionista serão sentidos no que tange a consumo e 
inflação. 
Com relação ao consumo, cabe salientar que quando ocorre o aumento da Taxa Selic, 
por consequência as taxas de juros reais também tendem a subir, ocasionando a 
diminuição de investimentos por parte das empresas e, principalmente, a diminuição de 
consumo por parte das famílias, tendo em vista que com as altas taxas de juros o crédito 
torna-se mais caro, e deste modo, o volume de empréstimos a pessoas e empresas 
diminuem, desestimulando o consumo. Deste modo, caso ocorra o contrário, ou seja, a 
diminuição da Taxa Selic, consequentemente ocorrerá a redução das taxas de juros, e 
assim, os bancos comerciais poderão disponibilizar uma quantidade maior de crédito 
para as pessoas e empresas, fomentando o consumo. 
Souza nos dá um exemplo do que ocorre quando ocorre quando ocorre o aumento ou a 
diminuição dos recolhimentos compulsórios. Neste caso, nos interessa apenas a segunda 
opção, conforme segue: 
Quanto aos depósitos compulsórios, estes podem influir no multiplicador 
monetário, afetando positiva ou negativamente a quantidade de recursos para 
as instituições converterem em crédito para a economia, de forma a regular a 
ampliação dos agregados monetários. Logo, quanto maior o recolhimento, 
menor se torna o multiplicador monetário e, consequentemente, menor a 
quantidade de depósitos à disposição para a realização de empréstimos; e 
vice-versa [...] Logo, é importante ressaltar que os recolhimentos 
compulsórios apresentam uma relação com os canais de transmissão da 
política monetária, como, por exemplo, com o canal de crédito, em que os 
primeiros ajudam a regular o volume de recursos presentes na economia. 
(SOUZA, 2017, p. 53). 
Ainda, Souza aponta as consequências da redução dos recolhimentos compulsórios, 
conforme segue: 
Assim, dada uma redução de recursos disponíveis na economia, o BCB 
desmotiva as instituições financeiras a concederem empréstimos às taxas 
estabelecidas anteriormente. Como o crédito se torna mais caro e os agentes 
ficam sem meios eficazes para financiarem suas operações, o nível de 
investimento cai, seja em capital fixo, admissão de empregados e/ou planos 
de crescimento. Tal resultado pode contrair drasticamente a quantidade de 
moeda em circulação na economia, colaborando para estabilizar a inflação. 
Caso o contrário ocorresse, ao reduzir ou afrouxar as medidas 
macroprudenciais em se tratando da quantidade de capital requerido aos 
bancos, haveria uma maior quantidade de moeda na economia, incentivando 
taxas de juros menores no mercado, acarretando em maior demanda agregada 
(maiores níveis de consumo e investimento). (VARTANIAN e ALMEIDA 
apud SOUZA, 2017, p. 56). 
Com relação aos efeitos da Política Monetária Expansiva referente à inflação, Souza 
(2017, p. 66) destaca que “[...] o aumento dos recolhimentos compulsórios e o aumento 
da taxa de juros tendem a reduzir o nível de inflação da economia [...]”. Deste modo, 
caso ocorra o contrário, ocorrerá a diminuição dos recolhimentos compulsórios, a 
diminuição da taxa de juros que acarretará na facilitação do crédito e no aumento do 
consumo, e deste modo, poderá ocorrer um aumento no nível de inflação da economia. 
Por fim, Souza (2017, p. 81) aponta alguns resultados de quando ocorre o aumento dos 
recolhimentos compulsórios. Deste modo, as consequências da redução dos 
recolhimentos compulsórios será o contrário, conforme já visto anteriormente. 
Portanto, conclui-se que os recolhimentos compulsórios, de forma direta, 
conseguem reduzir a inflação, servindo, então, como um complemento ao 
instrumento da política monetária (taxa SELIC), de modo que este não 
precise se elevar tanto para que a inflação se estabilize. No entanto, pode-se 
argumentar também que, como o crédito apresentou uma relação positiva e 
um alto grau de explicação da inflação, poder-se-ia utilizar os recolhimentos 
compulsórios indiretamente, por meio do canal de crédito, para o controle 
inflacionário. Isto porque, quando se aumenta os recolhimentos 
compulsórios, as reservas bancárias são reduzidas e, potencialmente, os 
empréstimos dos bancos comerciais têm seu volume reduzido e seu custo 
aumentado, o que, por sua vez, colabora para a diminuição da inflação. 
Pagina 81. 
Abaixo, temos uma figura que ilustra os efeitos da diminuição do percentual dos 
recolhimentos compulsórios, e por consequência da taxa Selic, sobre o consumo. 
Figura 9 – Efeitos da Taxa Selic no investimento e consumo 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
Abaixo, temos uma figura que ilustra os efeitos da diminuição do percentual dos 
recolhimentos compulsórios, e por consequência da taxa Selic, sobre o crédito. 
Figura 10 – Efeitos da Taxa Selic no crédito 
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
Abaixo, temos uma figura que ilustra os efeitos da diminuição do percentual dos 
recolhimentos compulsórios, e por consequência da taxa Selic, sobre as expectativas das 
empresas e famílias. 
Figura 11 – Efeitos da Taxa Selic nas expectativas de famílias e empresas
 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2020. 
REFERÊNCIAS 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Estabilidade financeira. Recolhimentos compulsó-
rios. Disponível em: 
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/recolhimentoscompulsorios. Acesso em: 
20 ago. 2020. 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Estatísticas. Séries Temporais (SGC). Disponível 
em: 
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTel
aLocalizarSeries. Acesso em: 20 ago. 2020. 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Política monetária. Mecanismos de transmissão da 
política monetária. Disponível em: 
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/transmissaopoliticamonetaria. Acesso em: 20 
ago. 2020. 
NOGAMI, Otto. Economia. 1ª. ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2007. Disponível em: 
http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/4841.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020. 
OLIVEIRA, Malena. O que é depósito compulsório? Entenda o que é e como 
funciona! Mercado Financeiro. Disponível em: https://blog.magnetis.com.br/deposito-
compulsorio/. Acesso em: 20 ago. 2020. 
REIS, Tiago. Política monetária: importante parâmetro que influencia nossa economia. 
Suno. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/politica-monetaria/#3. 
Acesso em: 20 ago. 2020. 
REIS, Tiago. Política monetária expansionista: entenda (com exemplos) o que 
é.Suno. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/politica-monetaria-
expansionista/. Acesso em: 20 ago. 2020. 
SEABRA, Rafael. O que é o depósito compulsório? Disponível em: 
https://queroficarrico.com/blog/o-que-e-o-deposito-compulsorio/. Acesso em: 20 ago. 
2020. 
http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/4841.pdfhttps://www.sunoresearch.com.br/artigos/politica-monetaria/#3
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/politica-monetaria-expansionista/
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/politica-monetaria-expansionista/
https://queroficarrico.com/blog/o-que-e-o-deposito-compulsorio/
SOUZA, Ana Carla Porto de. Medidas macroprudenciais e inflação: uma análise do 
papel do compulsório no Brasil (2004 - 2016). 2017. 96 f. Monografia (Departamento 
de Ciências Econômicas) - Universidade Federal Fluminense, Campo dos Goytacazes - 
RJ, 2017. Disponível em: 
https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/6430/1/Monografia%20Ana%20Carla%20-
%20vers%C3%A3o%20corrigida.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020. 
https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/6430/1/Monografia%20Ana%20Carla%20-%20vers%C3%A3o%20corrigida.pdf
https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/6430/1/Monografia%20Ana%20Carla%20-%20vers%C3%A3o%20corrigida.pdf

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