TGD, ALTAS HABILIDADES, SUPERDOTAÇÃO E AEE

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TGD, altas habilidades, 
superdotação e AEE
Fundamentos dos Transtornos 
Globais do Desenvolvimento
Diferenças entre Síndrome e Transtorno
Bloco 1
Edmara Monteiro da Silveira
Transtorno versus Síndrome
Sistemas de classificação
• O uso de sistemas de 
classificação para os 
transtornos mentais 
possibilita diagnósticos 
psiquiátricos precisos, 
fornecendo uma base 
comum para o diálogo 
entre os psiquiatras e os 
psicoterapeutas de 
diversas linhas.
Os dois sistemas 
atualmente em uso 
Manual Diagnóstico e 
Estatístico de 
Transtornos Mentais 
(DSM).
Classificação 
Internacional de 
Doenças (CID), da 
Organização Mundial 
de Saúde (OMS).
Transtorno versus Síndrome
• Algo que provoca um desarranjo, uma 
desordem na área psíquica do indivíduo. 
Está relacionado a uma resposta de medo 
ou ansiedade, ativada em uma situação em 
que não é necessária ou durante um 
período mais prolongado do que o 
necessário.
O que é 
transtorno? 
Transtorno versus Síndrome
• Geralmente um transtorno está associado ao âmbito da 
saúde mental, pois é nessa área que ele ocorre com 
mais incidência. Um transtorno mental pode ser 
entendido como uma má adaptação que afeta os 
processos mentais.
• Muitas vezes, o termo distúrbio é utilizado como uma 
forma de se referir a doenças cujas causas ainda não 
foram esclarecidas. No caso dos transtornos mentais, 
isso acontece porque, na maioria das vezes, é difícil 
dizer se o desequilíbrio químico ocorrido por 
determinado transtorno é o que causa os sintomas ou 
se estes são fruto da interação dinâmica entre a pessoa 
e o seu ambiente.
Transtorno versus Síndrome
Segundo APA (2014, p. 63):
“Um Transtorno Mental é caracterizado por perturbação 
clinicamente significativa na cognição, na regulação 
emocional ou no comportamento de um indivíduo que 
reflete uma disfunção nos processos psicológicos, 
biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao 
funcionamento mental”.
Transtorno versus Síndrome
• É um conjunto de sinais e sintomas que 
ocorrem ao mesmo tempo e se 
manifestam por meio de um estado clínico 
associado a uma ou várias doenças ou 
condições clínicas, independentemente da 
patologia e sem causa específica. 
O que é síndrome? 
Transtorno versus Síndrome
Algumas das síndromes mais conhecidas são:
Síndrome de 
Imunodeficiência 
Adquirida
• Popularmente conhecida 
como AIDS, sigla da 
mesma expressão em 
língua inglesa, é 
provocada pelo vírus HIV, 
que reduz a eficácia do 
sistema imunológico. No 
português europeu é 
conhecida como SIDA.
Síndrome de Down
• Também conhecida 
como Trissomia do 
Cromossoma 21, os 
afetados por essa 
condição caracterizam-se 
por diferenças no nível 
morfológico e 
comprometimento 
mental.
Síndrome de Edwards
• O fenótipo dos 
portadores dessa 
síndrome é caracterizado 
por retardamento 
mental, atraso do 
crescimento e, muitas 
vezes, malformação 
intensa do coração, 
mandíbula recuada e 
orelhas malformadas.
Outros conceitos
O que é comorbidade? 
• O termo comorbidade é formado pelo prefixo 
latino cum, que significa correlação, companhia, 
e pela palavra morbidade, originada de morbus, 
que designa estado patológico ou doença. 
• Assim, deve ser utilizado apenas para descrever 
a coexistência de transtornos ou doenças, e não 
de sintomas. 
• Considera-se sua existência tanto na presença de 
um ou mais distúrbios, em adição a um distúrbio 
primário, quanto o efeito desses distúrbios 
adicionais.
Outros conceitos
• Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou 
a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou 
anatômica. Esse conceito foi definido pela OMS em 
1989. 
• A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada 
referindo-se a qualquer pessoa que vivencie uma 
deficiência continuamente. 
Outros conceitos
• Transtorno Global do Desenvolvimento.
• Distúrbio Abrangente do Desenvolvimento.
• Transtorno Invasivo do Desenvolvimento.
• Asperger, Kanner, Rett, psicoses infantis, *não 
especificado.
Fundamentos dos Transtornos 
Globais do Desenvolvimento
Conceituação do Transtorno do Espectro 
Autista (TEA)
Bloco 2
Edmara Monteiro da Silveira
Diferença entre TGD e TEA
Figura 1 – Crianças brincando
Fonte: olesiabilkei/istock.com.
O que é Transtorno do Espectro Autista?
• O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um 
conjunto de quadros que apresentam uma 
sintomatologia básica: dificuldade de interação 
social, déficit de comunicação social (quantitativa 
e qualitativa), padrões repetitivos e interesses 
restritos pronunciados.
• O TEA engloba o transtorno autístico (autismo), a 
Síndrome de Asperger, o transtorno desintegrativo 
da infância e o transtorno global ou invasivo do 
desenvolvimento sem outra especificação.
O que é Transtorno do Espectro Autista?
• Estima-se que entre 1 a 2 milhões de brasileiros 
preencham o critério do espectro autista, sendo de 
400 a 600 mil com menos de 20 anos e entre 120 e 
200 mil menores de cinco anos (AUTISMO EM DIA, 
2019).
O que é Transtorno do Espectro Autista?
• O diagnóstico do TEA é clínico e baseia-se na 
presença de determinados padrões de 
comportamento. 
• De acordo com o DSM-V (Manual Diagnóstico e 
Estatístico de Transtornos Mentais) (APA, 2014), 
para o diagnóstico do TEA, o paciente deve 
preencher, pelo menos, ou no mínimo, três 
critérios:
O que é Transtorno do Espectro Autista?
1. Déficits clinicamente significativos e persistentes na 
comunicação social e nas interações sociais, 
manifestados de todas as maneiras seguintes.
2. Déficits expressivos nas comunicações não verbal e 
verbal usadas para a interação social.
3. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, 
interesses e atividades.
O que é Transtorno do Espectro Autista?
• Os sinais mais óbvios do TEA tendem a 
aparecer entre dois e três anos de idade. 
• Em alguns casos, ele pode ser diagnosticado 
por volta dos 18 meses.
Fundamentos dos Transtornos 
Globais do Desenvolvimento
Origem do Transtorno do Espectro Autista 
(TEA)
Bloco 3
Edmara Monteiro da Silveira
Autismo
• Sabemos agora que não há um autismo, mas muitos 
tipos de autismo causados ​​por diferentes 
combinações de influências genéticas e ambientais. 
• O termo espectro reflete a ampla variação nos 
desafios e nas potencialidades de cada pessoa com 
autismo.
Autismo
• Outros exemplos de transtornos que fazem parte do 
espectro – e que anteriormente eram considerados 
diagnósticos distintos – são: a Síndrome de Asperger e 
o Transtorno Global do Desenvolvimento.
Origem do autismo
A origem do autismo se deve a diversos fatores, 
englobando a relação dos descritos a seguir:
• Genéticos: fatores complexos, uma vez que não há 
um gene específico associado ao transtorno do 
espectro autista, e sim uma variedade de mutações e 
anomalias cromossômicas que vêm sendo associadas 
a ele. Em relação ao gênero, a proporção é de 
meninos 4:1 meninas.
Origem do autismo
• Neurológicos: há maior prevalência de TEA 
associado a atrasos cognitivos e quadros de 
epilepsia, por exemplo.
• Ambientais: interação de genes com o 
ambiente, infecções e intoxicações durante o 
período pré-natal, prematuridade, baixo peso 
e complicações no parto são alguns dos 
fatores que podem contribuir negativamente.
Principais exemplos de sinais que podem ser rastreados 
precocemente e servir de alerta
• Dificuldade em sustentar contato visual enquanto é 
alimentado.
• Ausência de resposta clara ao ser chamado pelo nome 
(importante descartar antes a hipótese de perda auditiva).
• Atraso no desenvolvimento da linguagem verbal e não 
verbal (não apontar, não responder a sorrisos, demorar 
para balbuciar e falar, ou regressão de linguagem).
• Desconforto com afagos e ao ser pego no colo.
• Aversão ou fixação a algumas texturas, incômodos com 
determinados sons e barulhos, comportamentos 
repetitivos e estereotipados (enfileirar brinquedos, 
rodopiar em torno de si mesmo, balançar o corpo).
Possíveis sinais de autismo em qualquer idade
•Evita contato visual e prefere ficar sozinho.
• Luta com a compreensão dos sentimentos de outras pessoas.
• Permanece não verbal ou teve atraso no desenvolvimento da 
linguagem.
• Repete palavras e frases mais e mais (ecolalia).
• Pode apresentar alterações (perturbação) por pequenas 
alterações na rotina.
• Tem interesses muito restritos a determinados itens ou temas, 
como um determinado brinquedo.
• Realiza comportamentos repetitivos, como bater, balançar ou 
girar.
• Tem reações incomuns e muitas vezes intensas a sons, odores, 
sabores, texturas, luzes e/ ou cores.
Teoria em Prática
Bloco 4
Edmara Monteiro da Silveira
Reflita sobre a seguinte situação
Uma escola de Educação Infantil recebe o Dudu, uma 
criança com quatro anos de idade. Ele apresenta 
dificuldades de interação social e linguagem e 
comportamento repetitivos e restritivos, resultando em 
um comportamento agressivo. A professora tem 
dificuldades para contornar a situação e o acaba deixando 
com a auxiliar de turma, o que faz com que ele fique cada 
vez mais distante das interações que ocorrem na sala de 
aula. 
Quais caminhos serão necessários para fazer com que 
Dudu possa ser inserido verdadeiramente no contexto 
escolar? Quais profissionais podem auxiliar essa professora 
e a família?
Norte para a resolução...
• Entendemos que, para lidarmos com uma criança 
que possui um diagnóstico de TGD ou TEA, é 
necessário um trabalho com uma equipe 
multidisciplinar.
• Dessa maneira, são recomendáveis fonoaudiólogos, 
psicopedagogos ou neuropsicopedagogos e 
médicos. Em alguns casos, também será necessária 
a contribuição de um fisioterapeuta. 
• Por meio do trabalho multidisciplinar, a criança 
conseguirá romper algumas dificuldades, e o 
processo de socialização e de aprendizado 
melhorará com os avanços no tratamento.
Considerações
• É muito importante destacar que, apesar de o 
autista apresentar algumas dificuldades no que se 
refere ao relacionamento social e ao processo de 
aprendizagem, é possível sim que a pessoa com esse 
quadro seja capaz de conviver em sociedade e 
evoluir como qualquer outro indivíduo, sobretudo 
quando são descobertas as suas potencialidades.
• O diagnóstico precoce do TEA pode evitar prejuízos 
a quem tem autismo. Tendo o laudo nas primeiras 
fases da vida, é possível evitar o agravamento por 
meio de tratamento adequado, amenizando causas 
e prejuízos significativos.
Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Edmara Monteiro da Silveira
Dica do(a) Professor(a)
Figura 2 – Cartaz do filme Tudo que 
quero
Fonte: 
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-
238315/. Acesso em: 27 abr. 2021.
O filme Tudo que quero, de 
2018, conta a história de 
Wendy (Dakota Fanning), uma 
jovem portadora de autismo. 
Na história, ela tem um único 
objetivo: entregar seu 
manuscrito para concorrer em 
uma competição de escrita 
sobre Star Trek. Para isso, ela 
consegue escapar de casa e ir 
em busca do seu sonho.
Dica do(a) Professor(a)
Figura 3 – O cérebro autista
Fonte: 
https://www.amazon.com.br/c%C3%A9rebro-
autista-Pensando-atrav%C3%A9s-espectro-
ebook/dp/B014G799Z4. Acesso em 28 de abr. de 
2021.
Em O cérebro autista (2015), 
somos apresentados ao poder 
transformador de tratar o 
autismo por meio de cada um 
de seus sintomas, em vez de 
agrupá-los sob o mesmo 
diagnóstico. Desde os Aspies 
(portadores da Síndrome de 
Asperger) do Vale do Silício até 
uma criança não verbal, 
Temple Grandin compreende 
o real significado da palavra 
“espectro”, o que faz desse 
livro uma leitura essencial 
sobre o autismo.
Referências
APA. American Psychiatric Association. Manual Diagnóstico e 
Estatístico de Transtornos Mentais. 5. ed. Porto Alegre: 
ArtMed, 2014.
AUTISMO EM DIA. Conscientização do autismo: 6 coisas que 
você precisa saber sobre o TEA. 2019. Disponível em: 
https://www.autismoemdia.com.br/blog/conscientizacao-do-
autismo-6-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-tea/. 
Acesso em: 26 maio 2021.
Referências
D`ANTINO, Maria Eloisa Famá. Interdisciplinaridade e 
transtornos globais do desenvolvimento: uma perspectiva de 
análise. Caderno de Pós-Graduação de Distúrbios do 
Desenvolvimento, São Paulo, v. 8, 2008.
SANDBERG, Elisabeth Hollister. Breve guia para tratamento 
do Autismo. São Paulo: M.Books, 2017.
Bons estudos!
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