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NEUROPATIAS PERIFÉRICAS São doenças que apresentam destruição axonal e/ou da bainha de mielina. Inclui os tipos: Neuropatia desmielinizante: Há destruição da bainha de mielina, atingindo as células de Schwann. → Neuropatia do tipo axonal: Há destruição do axônio. → Neuronopatia: Há destruição do corpo celular. Mononeuropatia: Atinge 1 nervo. Única. Múltipla: Acomete vários nervos de forma múltipla. ○ Polineuropatia: Há o acometimento de vários nervos, de forma simétrica. ○ Polirradiculoneuropatia.○ → Algumas neuropatias afetam o revestimento nervoso, como endoneuro, perineuro e epineuro. O SNC apresenta certa capacidade de regeneração, sendo que há uma recomposição dos axônios lesados, as quais apresentam uma capacidade reduzida de despolarização. NEUROPATIA AXONAL: O axônio é o alvo primário de destruição, sendo um padrão de lesão do tipo degeneração Walleriana. Os axôniso distais fragmentam-se e as bainhas desemaranham-se e desintegram-se em estruturas esféricas. A micróglia é recrutada e faz fagocitose, depois há regeneração inicial no local da lesão. NEUROPATIA DESMIELINIZANTES: Células de Schwann e bainhas de mielina são destruídas. As bainhas degenram-se em um padrão aleatório, com danos contínuos aos segmentos mielínicos. As células de Schwann/precursoras proliferam- se e iniciam o reparo através da formação de novas bainhas de mielina. As novas formadas são mais finas e menores que as originais. NEURONOPATIA: O corpo celular é destruído, depois os processos axonais. A disfunção afeta tanto a parte proximal quanto a distal do corpo celular. O comprometimento pode ser motor (neuropatia motora) ou sensitivo (ganglinopatia sensitiva). Lesões por herpes-zóster promove a destruição ganglionar e acompanha os nervos sensitivos, gerando lesões na pele na região do dermátomo. A polineuropatia atinge as regiões distais (pés e mãos), a mononeuropatia atinge uma região distal (esquerda ou direita); a mononeuropatia múltipla atinge membro inferior e superior de lados distintos, enquanto a radiculopatia, atinge todo o membro superior/inferior esquerdo/direito. Já na polirradiculoneuropatia há várias raízes dos plexos. FATORES QUE AFETAM Espessura da fibra.→ Tipo de fibra: Motora, sensitiva, autonômica e/ou mista. → Modo de instalação: Aguda quando aparecem em até 1 semana; sub-aguda em até 1 mês e crônica, acima de 1 mês. → DISTRIBUIÇÃO: Se dá em relação ao plexo da região. Proximal.→ Distal.→ Difusa.→ CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO INTERSTICIAIS: Lesão em fibra nervosas secundária.→ Compartimetno primeiramente acometido é o tecido conjuntivo e vasos do endoneuro, epineuro e perineuro. → Diagnóstico específico.→ PARENQUIMATOSAS: Lesão atinge corpo neuronal, axônios e suas terminações, células de Schwann e bainha de mielina. → Diagnóstico inespecífico.→ CONSEQUÊNCIAS DE LESÕES NERVOSAS Compromete a transmissão do impulso nervoso ,gerando perda de funções motoras, sensitivas ou autônomas. SINAIS CLINICOS SUGESTIVOS DE NEUROPATIA PERIFÉRICA: Fraqueza.→ Hipotonia.→ Hiporreflexia.→ Alterações de sensibilidade.→ Ataxia sensitiva e motor.→ Alterações tróficas e deformidades.→ Alterações autonômicas.→ DOENÇAS QUE ATINGEM OS NERVOS PERIFÉRICOS: Doenças inflamatórias.→ Infecções.→ Alterações metabólicas.→ Lesões tóxicas.→ Traumas.→ Doença para/neoplásica. A neoplásica destrói nervos da própria região que acomete, a paraplásica atinge nervos de outras regiões. ○ → Defeito genético hereditário.→ NEUROPATIAS PERIFÉRICAS INFLAMATÓRIAS SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ: Pode promover destruição da bainha de mielina/axônio. O padrão inicial é distal e vai ascendendo; nesse interín, ao atingir a região torácica, a sobrevivência torna-se inviável. SINTOMAS: Fraqueza e paralisia muscular. Classificada como paralisia ascendente, por manifestar-se primeiro nas pernas, podendo irradiar-se a tronco, braços, pescoço e face. GRAVIDADE: Pode apresentar diferentes graus de agressividade, desde leve fraqueza muscular em alguns pacientes a casos de paralisia total dos quatro membros em outros. O principal risco é o acometimento da musculatura respiratória/cardíaca, podendo provocar a morte. MECANISMO: Doença autoimune onde o sistema imunológico passa a atacar a chamada bainha de mielina, estrutura que recobre e protege nervos periféricos, garantindo a velocidade de condução dos estímulos motores. Pode haver tanto destruição da bainha de mielina por ação do Ag sobre ela, promovendo sua opsonização e fagocitose, ou destruição do axônio, onde o anticorpo antigangliosídeo estimula a fagocitose dos gangliosídeos da membrana neuronal. Nesse último pode haver tanto formação do MAC quanto a entrada do macrófago na bainha de mielina para destruir o axônio, acabando com o ancoramento existente da bainha. INFECÇÕES QUE A PROVOCAM: Campylobacter é a mais comum, mas também há zika, dengue, chikungunya, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, sarampo, ... Decorre da existência de epítopos nos agentes infecciosos que são similares a proteínas do indivíduo, gerando uma resposta autoimune. No caso do Campyobacter jejuni, o lipídio A possui uma porção de epítopo muito similar a um segmento da ceramida do axonema neuronal.
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