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Aula 5 - principios constitucionais tributarios 2020

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Princípios constitucionais tributários
1 Da legalidade
2 Da isonomia
3 Da anterioridade
4 Da irretroatividade
5 Da vedação ao confisco
6 Da uniformidade
Delimitação da matéria
Princípios
Imunidades
Limitações ao poder de tributar
1 Princípio da legalidade
Previsão legal: art. 150, I, CF + art. 97, CTN 
Todo e qualquer tributo deve estar previsto em lei; só pode ser criado e majorado por lei, pois:
a lei representa o produto da vontade popular;
o povo deve se tributar;
é um fenômeno de invasão patrimonial.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
3
1.2 Princípio da estrita legalidade
Princípio da legalidade tributária e da legalidade ampla
Princípio da estrita legalidade: lei ordinária. MP?
Princípio da estrita legalidade = princípio da reserva absoluta da lei formal
Lei complementar:
1) Imposto sobre grandes fortunas (art. 153,VII, CF)
2) Empréstimos compulsórios (art. 148, CF)
3) Impostos residuais (art. 154, I, CF)
4) Contribuições previdenciárias residuais (art. 195, §4º, CF)
4
1.3 Princípio da tipicidade fechada 
Princípio da tipicidade fechada da tributação: o aplicador do Direito Tributário não tem margem de discricionariedade.
Elementos obrigatórios:
Sujeito passivo
Fato gerador
Base de cálculo (aumento ≠ alteração)
Alíquota (%)
Multa
5
1.3.1 Previsão legal
Art. 97, CTN. Somente a lei pode estabelecer:
 I – a instituição de tributos, ou a sua extinção;
 II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
 III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
 IV – a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
 V – a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
 VI – as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
        § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
        § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
1.4 Exceção aparente
Exceção = atuação do Poder Executivo (art. 153, § 1º, CF): a ALÍQUOTA (exclusivamente) de certos impostos pode ser aumentada via decreto do chefe do executivo.
Alteração de ALÍQUOTAS de tributos por meio de decreto + regulamentação (fiel execução da lei)
4 impostos federais e + 2 estaduais.
Imposto de Importação
Imposto de Exportação
Imposto sobre Produtos Industrializados
Imposto sobre Operações Financeiras
CIDE-combustível
ICMS-combustível
7
2 Princípio da isonomia
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Os entes tributantes (U, E, M e DF) deverão tributar TODOS os que realizarem fatos geradores. 
É vedada a existência de privilégios odiosos, que existiram no Brasil entre 1967 e 1969.
2.1 Capacidade tributária passiva
É plena e independe de critérios externos ao fato gerador. Portanto, TODOS os que realizarem o fato gerador (bicheiros, prostitutas, menores) são chamados a pagar o tributo  Princípio do tribulo non olet. 
Art. 126, CTN. A capacidade tributária passiva independe:
I – da capacidade civil das pessoas naturais;
II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
2.2 capacidade contributiva
Devido à interferência da tributação no patrimônio das pessoas, não se poderão impor ônus maiores que os suportáveis.
Art. 145, § 1º, CF. Sempre que possível, os IMPOSTOS terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Capacidade econômica = capacidade de ter recursos para pagar impostos.
Capacidade financeira = disponibilidade momentânea de recursos para pagar o tributo.
Formas de exteriorização:
Progressividade: incidência de alíquotas variáveis
IR, IPTU, ITR e IPVA
Proporcionalidade: são bases de cálculo variáveis aplicadas com alíquotas fixas. Aplica-se na impossibilidade da progressividade.
Seletividade: o gravame deve ser inversamente proporcional à essencialidade do bem. É obrigatória para o IPI e permitida para o ICMS.
2.2.1 Progressividade de alíquotas
Progressividade = técnica de incidência de alíquotas variáveis 
“sempre que possível” (art. 145, §1º, parte inicial, CF)
O percentual do imposto cresce à medida que cresce a capacidade contributiva.
	Progressividade explícita	IR (art. 153, §2º, I, CF)
IPTU (art. 156, §1º, I e II + art. 182, §4º, II, CF)
ITR (art. 153, §4º, I, CF  EC 42/03)
	Progressividade implícita	IPVA (art. 155, §6º, II da CF, introduzido pela EC 42/2003)
Progressividade do IPTU
EC 29/00 e Súmula 668, STF:
Progressividade fiscal (antes era extrafiscal)
Critérios novos de progressividade:
Localização
Valor
Uso
Função Social (“antigo”)
	IR	progressividade fiscal	cunho arrecadatório
	IPTU + IPVA	progressividade extrafiscal	cunho regulatório
2.2.2 Proporcionalidade
PROGRESSIVIDADE  alíquotas variáveis
PROPORCIONALIDADE  alíquotas fixas em bases de cálculo variáveis.
Aspectos:
1) Adequação: meio x fim.
2) Necessidade: a limitação à liberdade individual deve ser a menor possível.
3) Conformidade ou proporcionalidade em sentido estrito: relação entre a limitação e seu objetivo.
2.2.3 Seletividade
Sistema de alíquotas diferenciadas por espécies de mercadorias, como adequação do produto à vida do maior número de habitantes do país. As mercadorias essenciais à existência civilizada devem ser tratadas mais suavemente, ao passo que as maiores alíquotas devem ser reservadas aos produtos de consumo restrito, isto é, o supérfluo das classes de maior poder aquisitivo.
Seletividade  essencialidade (padrão mínimo)
ICMS = seletividade facultativa (art. 155, §2º, III, CF)
IPI = seletividade obrigatória (art. 153, §3º, I, CF)
3 Princípio da anterioridade tributária
Exercício financeiro = ano fiscal = ano civil
O tributo só pode ser exigido no ano/exercício financeiro posterior ao da publicação da lei.
Motivação: garantia ao postulado doutrinário da SEGURANÇA JURÍDICA  vedação à “tributação de surpresa”.
O princípio da anterioridade refere-se à EFICÁCIA da norma e não à sua VIGÊNCIA.
 PRINCÍPIO DA EFICÁCIA DIFERIDA  a lei entra em vigor no ano seguinte ao da publicação.
3 Princípio da anterioridade tributária
2019
01/01-31/12
2020
01/01-31/12
2021
01/01-31/12
3.1 Exceções
Exigência imediata = publicação + vigência + eficácia no mesmo ano.
	Parafiscais: também são exceção à legalidade	II
IE
IPI
IOF
CIDE combustível
ICMS combustível
	Caráter emergencial	IEG 
Empréstimo compulsório para guerra e calamidade
3.2 Princípio da anterioridade nonagesimal
O tributo só pode ser exigido após 90 dias da publicação da lei que o criou ou majorou.
Também chamado princípio da anterioridade qualificada ou privilegiada.
Criado em 2004 para evitar os abusos legislativosCONCLUSÃO: Caso haja aumento ou instituição do tributo entre janeiro e setembro, a exigência deverá ocorrer em 01 de janeiro do ano seguinte. Todavia, se os aumentos ocorrerem nos meses de outubro a dezembro, é possível que a data seja diversa.
3 Princípio da anterioridade tributária
Tributo: 01/01 até 31/09/2020
Vigência:
01/01/2021
Tributo: 01/12/2020
Vigência: 01/03/2021
Ano fiscal
90 dias
Exigência
3.3 Quadro geral da exceções
	Exceção a ambas as anterioridades
= exigência imediata	II
IE
IOF
IEG
EC calamidade/guerra
Contribuições para a seguridade social
	Exceção apenas à anual
= exigência em 90 dias	IPI
CIDE combustível 
ICMS combustível
	Exceção apenas aos 90 dias
= exigência em 01.jan do ano seguinte	IR
base de cálculo IPTU
base de cálculo IPVA
3.4 Entendimento do STF
Para o STF, o princípio da anterioridade é considerado cláusula pétrea, no contexto de direito e garantia individual (art. 60, §4º, IV, CF). Assim, não se pode ter uma EC violadora do princípio da anterioridade tributária.
3.5 Princípio da anualidade tributária
Vigeu no BR na CF de 1946 e desapareceu em 1965. 
Condicionava a exigência do tributo à previsão da lei orçamentária do ano anterior.
Necessidade de previsão do gravame na lei orçamentária à exigência. 
A anterioridade disciplina outra exigência: antecedência da norma com relação à exigência do tributo.
4 Princípio da irretroatividade
Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
Art. 144, CTN. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
4 Princípio da irretroatividade
A lei tributária deve anteceder o fato gerador e não pode atingir situações pretéritas.
A lei não pode prejudicar o direito adquirido, a coisa julgada e o ato jurídico perfeito.
A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes.
Fato gerador anterior à vigência da lei não acarreta obrigações
E
Lei nova não se aplica a fatos geradores já consumados (consumados são aqueles que completaram todos os seus requisitos).
Lei nova não se aplica
A fatos geradores já consumados
Fato gerador anterior à vigência da lei
Não acarreta obrigações
4.1 Exceções
Lei meramente interpretativa.
Lei tributária que estabeleça sanção menor (multa)  RETROATIVIDADE BENÉFICA. Aplica-se apenas nos casos que ainda estão em discussão!
ATENÇÃO: apenas a multa menor retroage. A alíquota e a base de cálculo menores NUNCA retroagem, mesmo que esteja sendo discutido.
4.1.1 Retroatividade benigna
Art. 106, CTN. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
        I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
        II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
        a) quando deixe de defini-lo como infração;
        b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
        c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
4.2 Imposto de Renda e o princípio da irretroatividade tributária
O IR tem FATO GERADOR COMPLEXIVO (soma de todos os fatos geradores ocorridos durante o ano).
ANO BASE: 2019
JAN
FEV
MAR
ABR
MAIO
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
ANO SEG
AJUSTE
2020
4.2 Imposto de Renda e o princípio da irretroatividade tributária
Em tese, a norma majoradora do IR deve anteceder o ano. Assim, para ser aplicada para os rendimentos do ano de 2019, uma norma deveria ser criada até dezembro de 2018. MAS, por ficção legal, o STF, na súmula 584 entende que o fato gerador ocorre no último segundo do ano fiscal.
Portanto, a lei de 31 de dezembro de 2019 vale para todos os fatos geradores de 2019 = RETROATIVIDADE IMPRÓPRIA ou TEORIA DA RETROSPECTIVA.
Súmula 584. Ao Imposto de Renda sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.
5 Princípio da vedação ao confisco
Nenhum ente tributante pode criar tributo com efeito de confisco, o que é contrário ao direito de propriedade garantido constitucionalmente (art. 5º, XXII, CF).
Deve considerar a carga tributária decorrente da totalidade dos tributos.
É confiscatório o tributo que consome grande parte da propriedade ou inviabiliza o exercício da atividade lícita.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
6 Princípio da uniformidade
A União deve tributar de maneira igual em todo o território nacional.
RESSALVA-SE a hipótese de incentivos fiscais para promoção do equilíbrio regional, como acontece com a Zona Franca de Manaus (art. 40 + art. 92, ADCT).
Art. 151, CF. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

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