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Atividade Individual - Execução fiscal

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matriz de Atividade INDIVIDUAL
	Estudante: 
	Disciplina: Noções de Contencioso Estratégico
	Turma: 
1. Discorra sobre os meios de defesa do executado na execução fiscal, ou mesmo fora dela, e explique se é necessária garantia para a defesa.
Destacam-se como os principais meios de defesa do executado em sede de execução fiscal a exceção de pré-executividade e os embargos à execução. 
A Exceção de pré-executividade (“EPE”) é um meio de defesa para o debate de matérias que não exijam produção de provas. 
A Exceção não está, especificamente, prevista em lei, no entanto, é amparada na jurisprudência e na doutrina. No que se refere, especialmente, à execução fiscal, dispõe, a súmula 393 do STJ, que: “A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória”.
A EPE pode ser apresenta a qualquer tempo, dentro do próprio processo, e não exige o oferecimento de garantia. No entanto, a sua apresentação não enseja a suspensão da execução fiscal e de atos constritivos, o que somente poderá ocorrer com o oferecimento de garantia, determinação judicial ou pelas exceções previstas no art. 151 do CTN (suspensão da exigibilidade do crédito)
Os embargos à execução é uma ação autônoma, que deve ser distribuída por dependência ao processo executivo no prazo de 30 (trinta) dias (úteis), contados do depósito da quantia, da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia ou da intimação da penhora, nos termos do art. 16 da LEF. 
Em regra, os embargos à execução não terão efeito suspensivo, a não ser por determinação do juiz, a requerimento do embargante, em caso de preenchimento dos requisitos exigidos para a concessão de tutela provisória e desde que a execução seja integralmente garantida por penhora, depósito ou caução, nos termos do art. 919, §1º do CPC. 
Não obstante, no que se refere especificamente a Execução Fiscal, sem a garantia do juízo, os embargos à execução sequer serão admitidos, nos termos do art. 16, §1º da LEF. 
Ademais, nos termos do art. 16, §2º da LEF, nos embargos à execução, o executado/embargante deverá alegar todas as matérias de defesa em lei admitidas, requerer a produção de provas e juntar nos autos os documentos e rol de testemunhas. 
Noutro giro, o contribuinte poderá ingressar com ação anulatória de débito fiscal, prevista no art. 38 da LEF, visando revisar ou extinguir um débito fiscal, seja ele multa, lançamento tributário, auto de infração, etc, questionando erros procedimentais, vícios ou nulidades que possam ter dado origem à cobrança do débito. 
Segundo o art. 38 da LEF, a ação anulatória deve ser precedida de depósito preparatório do valor do débito, o que pode ser bem oneroso para o devedor. No entanto, a aplicação do dispositivo foi mitigada pelo STF com a edição da súmula vinculante 28, que assim dispõe:
“É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.”
Não obstante, o ajuizamento da ação anulatória, sem a prévia garantia do juízo, não impede a cobrança, seja ela judicial ou extrajudicial, do débito fiscal e atos de constrição e expropriação do patrimônio do devedor, ressalvada a presença de demais causas suspensivas de exigibilidade previstas no art. 151 do CTN. 
 
O §2º, do art. 55 do CPC, seguindo a orientação jurisprudencial do STJ, atribui os efeitos da conexão (reunião de processos para serem julgados conjuntamente), aos casos em que tramitam simultaneamente processos que questionem a legitimidade de débitos tributários e, lado outro, processos que se prestem a exigi-lo. 
No entanto, como não poderia deixar de ser, a conexão da ação anulatória e da execução fiscal não é automática, e depende do preenchimento de dois requisitos, a) que as competências para julgamento dos processos sejam relativas, nos termos do art. 54 do CPC e; b) que nenhum dos processos tenha sido julgado, nos termos do art. 55, §1º do CPC. 
Já a impugnação ocorre no âmbito administrativo, quando o devedor recebe o auto de infração e tem a possibilidade de apresentar, perante o órgão que efetua a cobrança, provas que comprovem a inexigibilidade do crédito tributário.
Tal modalidade dá início ao procedimento administrativo de execução fiscal, seguindo rito próprio, do respectivo órgão que realiza a cobrança do tributo, podendo o contribuinte, a qualquer tempo, discutir a matéria judicialmente e suspender o procedimento com o depósito do montante cobrado. 
Por fim, caberá Mandado de Segurança, a) em caráter preventivo, quando há ameaça a um direito líquido e certo, e o crédito tributário ainda não tiver constituído, e; b) repressivo, quando já tiver sido constituído o Crédito tributário. 
O Mandado de Segurança é um remédio constitucional, regido pela Lei 12.016/2009.
O impetrante (contribuinte) poderá requerer a concessão de medida liminar, buscando a suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário. Contudo, para a sua concessão, o impetrante deverá demonstrar de forma bastante clara, o seu direito líquido e certo violado, ou na iminência de ser.
No caso em tela, Leandro foi citado, em sede de execução fiscal, para pagar, no prazo de cinco dias, débito referente a IPTU e taxas de coleta domiciliar de lixo, relativos aos exercícios de 2017 a 2022, referentes a um imóvel que foi de sua propriedade até 2005. 
Conforme relatado no caso, a aquisição do imóvel foi devidamente averbada no Cartório de Registro de Imóveis no mesmo ano de 2005, contudo, o cadastro da Prefeitura Municipal não foi atualizado. 
Em primeiro lugar, registre-se que, nos termos do art. 34 do CTN, “[c]ontribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.”.
Neste contexto, na condição de advogada de Leandro, apresentaria Exceção de Pré-Executividade, alegando a ilegitimidade passiva do executado, uma vez que o imóvel objeto da cobrança foi vendido a terceiro, com o efetivo registro na matrícula do bem em data bastante anterior ao fato gerador do débito. 
Sendo assim, considerando que a transmissão formal do imóvel a terceiros foi devidamente realizada, sendo notória a ilegitimidade passiva do executado, a execução deverá ser extinta, sem a necessidade de produção de novas provas. 
A jurisprudência é pacífica de que eventual descumprimento de obrigação imposta ao contribuinte, de comunicar, por exemplo, à Administração Pública, qualquer alteração de titularidade do imóvel configura mera infração, sujeita, se o caso, à imposição de multa, não autorizando o reconhecimento da regularidade do lançamento em nome de outro sujeito, nem mesmo por presunção. 
Por fim, cumpre registrar que a ilegitimidade passiva do executado ensejará a extinção da demanda, em razão do que dispõe a súmula 392 do STJ, que assim dispõe:
“A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.”
*Referências bibliográficas
BRASIL. LEI No 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6830.htm. Acesso em: 23 de julho de 2023.
BRASIL. LEI Nº 13.105, de 16 de Março de 2015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 23 de julho de 2023. 
BRASIL. LEI Nº 5.172, de 25 de Outubro de 1966. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm. Acesso em: 23 de julho de 2023.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 392. A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. Primeira Seção, em 23.9.2009. DJe 7.10.2009, ed. 455.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 393. A exceção de pré-executividade é admissívelna execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória. Primeira Seção, em 23.9.2009. DJe 7.10.2009, ed. 455.
TJ-SP - RI: 10105496720198260590 SP 1010549-67.2019.8.26.0590, Relator: Fernanda Regina Balbi Lombardi, Data de Julgamento: 03/09/2020, 6ª Turma Cível - Santos, Data de Publicação: 03/09/2020.
	
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