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1 SAÚDE MENTAL NO TRABALHO 1 Sumário Saúde Mental no Trabalho .............................................................................. 3 O trabalho e suas Dimensões ...................................................................... 3 Saúde mental ............................................................................................... 7 Fatores de risco para a saúde mental no trabalho ..................................... 10 Transtornos mentais e o trabalho ............................................................... 12 Transtorno de Depressivo ...................................................................... 13 Transtorno Bipolar .................................................................................. 15 Transtorno de Ansiedade ....................................................................... 18 Estresse pós-traumático ......................................................................... 19 Síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional ........... 20 Promovendo Saúde mental no trabalho ..................................................... 23 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 26 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Saúde Mental no Trabalho Os trabalhadores compartilham os perfis de adoecimento e morte da população em geral, em função de sua idade, gênero, grupo social ou inserção em um grupo específico de risco. Além disso, os trabalhadores podem adoecer ou morrer por causas relacionadas ao trabalho, como consequência da profissão que exercem ou exerceram. Em nossa sociedade, o trabalho é mediador de integração social, seja por seu valor econômico (subsistência), seja pelo aspecto cultural (simbólico), tendo, assim, importância fundamental na constituição da subjetividade, no modo de vida e, portanto, na saúde física e mental das pessoas. A contribuição do trabalho para as alterações da saúde mental das pessoas dá-se a partir de ampla gama de aspectos: desde fatores pontuais, como a exposição a determinado agente tóxico, até a complexa articulação de fatores relativos à organização do trabalho, como a divisão e parcelamento das tarefas, as políticas de gerenciamento das pessoas e a estrutura hierárquica organizacional. Os transtornos mentais e do comportamento relacionados ao trabalho resultam, assim, não de fatores isolados, mas de contextos de trabalho em interação com o corpo e aparato psíquico dos trabalhadores. Para se falar da saúde mental no trabalho, primeiro é importante se falar de alguns conteúdos importantes, como o conceito e o desenvolvimento do trabalho, entre outros assuntos que estão englobados neste tema. O trabalho e suas Dimensões O trabalho é uma atividade típica da espécie humana, própria da nossa constituição social. É a atividade de transformação onde, ao mesmo tempo em que o homem transforma a natureza ele também se transforma. É o elemento que estrutura a organização da sociedade, sendo a categoria mais objetiva para desvendar as relações humanas no tecido social. O trabalho é uma das possibilidades para satisfazer as necessidades humanas, já que por meio dele conseguimos dinheiro para alimentação (necessidade fisiológica) e para moradia (necessidade de segurança), por exemplo. Dentro de uma 4 organização, o comportamento humano tende a se caracterizar por determinados padrões, conforme a estruturação do trabalho, variando de pessoa para pessoa. O trabalho é um fenômeno de natureza complexa por possuir aspectos distintos, como técnico, fisiológico, moral e social. O trabalho afeta nossa vida de várias formas, e é isso que veremos a seguir. Concreta O trabalho mantém seu papel instrumental para fins econômicos/salariais. Gerencial Planejar, PDCA Socioeconômica Plano macro, que está na sociedade. É o modo de realizar o trabalho e as estruturas sociais. Oferta de emprego, políticas. Ideológica Percepção coletiva do trabalho na sociedade, relações de poder. Simbólica Abrange aspectos subjetivos, como cada indivíduo percebe o trabalho. Dimensão técnica É a técnica dos profissionais especializados nas funções que exercem e das condições ou meio material em que a atividade é exercida (luz, umidade, ruídos etc.). Foi, por muito tempo, o único foco de atenção das empresas para a organização do trabalho. Dimensão fisiológica Refere-se à constituição física do trabalhador. São as reações físicas referentes ao funcionamento dos sistemas muscular, respiratório e outros. A dimensão fisiológica é condicionada pela dimensão técnica da atividade de trabalho Dimensão moral 5 Refere-se à constituição psíquica do homem, ao seu exercício mental e à sua atitude emocional. Nossos pensamentos relacionados à nossa atividade profissional são a dimensão moral do trabalho. Dimensão social São os fenômenos psicossociais decorrentes das relações interpessoais entre os indivíduos e entre os grupos a que pertencem, tanto dentro quanto fora de uma organização. O trabalho também se divide em algumas outras dimensões, sendo elas, concreta, gerencial, socioeconômica, ideológica e simbólica. Dimensão concreta Refere-se à tecnologia com a qual se pode contar para realizar o trabalho, e às condições materiais e/ou ambientais em que se realiza, incluindo segurança física e conforto. Dimensão gerencial Refere-se ao modo pelo qual o trabalho é gerido, segundo o exercício das funções de planejar, organizar (dividir e distribuir tarefas), dirigir e controlar o mesmo. Dimensão socioeconômica Abrange a articulação entre o modo de realizar o trabalho e as estruturas sociais, econômicas e políticas em plano macro da sociedade, incluindo aí aspectos como o ritmo de crescimento econômico societal, a prosperidade de um setor econômico, a renda média, o conflito distributivo, o nível de oferta de emprego, a força de trabalho e outros aspectos sociodemográficos. Dimensão ideológica 6 Consiste no discurso elaborado e articulado sobre o trabalho, no nível coletivo e societal, justificando o entrelaçamento das demais dimensões e, especialmente, as relações de poder na sociedade. Deriva diretamente das grandes correntes do pensamento. Dimensão simbólica Que abrange os aspectos subjetivos da relação de cada indivíduo com o trabalho. Atualmente, observa-se uma pressão constante contra a grande massa de trabalhadores existente em quase todo o mundo. Uma ameaça com objetivo certeiro faz com que milhares de pessoas sintam-se sobressaltadas, pois a única ferramentade que dispõem sua força de trabalho, pode ser dispensada a qualquer momento. A força de trabalho exigida precisa de especial qualificação, mesmo que seja, como antigamente, para apertar um simples botão. Assim, para a maior parte das atividades, exige-se um trabalhador complexo, que saiba muito mais além do que seria preciso para a execução de determinada tarefa. Figura - PDCA 7 Acompanhando a tecnicidade do mundo, vai-se, paulatinamente, necessitando de um trabalhador com maio res habilidades, ágil, que saiba lidar com uma nova representação de mundo, mesmo que seja para ocupar um cargo simples como o de telefonista. Essa pessoa tem de dominar sua língua, em alguns casos outro idioma, tem de ter rapidez tanto manual, como na voz e na mente, além de uma bagagem de informação disponível enquanto recurso pessoal para, ante qualquer dificuldade, utilizá-la. Assim, o mundo do trabalho torna-se, de forma rápida e surpreendente, um complexo monstruoso, que se por um lado poderia ajudar, auxiliar o homem em sua qualidade de vida, por outro lado – patrocinado pelos que mantêm o controle do capital, da ferramenta diária que movimenta a escolha de prioridades –, avassala o homem em todos os seus aspectos. Alguns são absorvidos, exigidos, sugados. Outros alçados a postos de poder e de liderança que reproduzem o capital virtual. Outros, por assim dizer, alguns milhões, são jogados como a escória cuja água benta do emprego, da possibilidade do trabalho, não veio a salvar. Saúde mental A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de uma doença mental. A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" é definida. Saúde Mental é estar de bem consigo e com os outros. Aceitar as exigências da vida. Saber lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis: alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustrações. Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário. O equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências externas. É a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo espectro de variações sem contudo perder o valor do real e do precioso. É ser capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e espaço. É buscar viver a vida na sua plenitude máxima, respeitando o legal e o outro. 8 Os seguintes itens foram identificados como critérios de saúde mental: 1. Atitudes positivas em relação a si próprio 2. Crescimento, desenvolvimento e autorrealização 3. Integração e resposta emocional 4. Autonomia e autodeterminação 5. Percepção apurada da realidade 6. Domínio ambiental e competência social; Um dos objetivos mais recentes da saúde mental não se restringe apenas à cura das doenças ou a sua prevenção, mas envidar esforços para a implementação de recursos que tenham como resultados melhores condições de saúde para a população. No mundo do trabalho contemporâneo o trabalhador é expurgado do modelo tradicional de vendedor de sua força de trabalho para agir e pensar como um capitalista em termos de produtividade. Esse se torna “colaborador”, devendo estar predisposto a aprender novos processos de trabalho e atento a solucionar e prever problemas. Neste sentido, entendesse que sua subjetividade é apropriada pelas exigências impostas para o desempenho satisfatório das suas funções no ambiente de trabalho flexibilizado. Quando tais imposições não vão ao encontro de seus objetivos pessoais, o trabalhador sofre e se desmotiva. No contexto atual de trabalho, os valores organizacionais são impostos aos trabalhadores de tal forma que sua subjetividade é apropriada com o objetivo de fazer com que o nível de comprometimento e responsabilização seja intenso, tornando impensável agir de outra forma que não sob os propósitos da organização. Os encargos a que o trabalhador é submetido deixam-no angustiado e insatisfeito, pois sente que está perdendo o foco da sua família e das suas singularidades. O sujeito sente-se ameaçado constantemente, vive em desassossego ao pensar em não cometer erros que possam lhe acarretar punição até mesmo sua demissão. O medo é uma garantia da sujeição do indivíduo aos desígnios do trabalho sob pressão, mas 9 por outro lado é também promotor de resiliência, já que o trabalhador, ao se sentir acuado, tem um obstáculo a ser transposto, mas quando em contextos favoráveis, resigna-se e cede às pressões do trabalho. Esse princípio de realidade adentra e fere o psiquismo humano, fazendo com que as pessoas sintam-se exigidas; o sentimento de impotência e de desvalorização, que leva as pessoas pouco resistentes a degenerar-se rapidamente, avilta de si qualquer potencial humano que pudesse se somar às conquistas da civilização. A barbárie do capital instaura na contemporaneidade a desumanidade das relações humanas, que se desqualificam quase totalmente, surpreendendo com a forma e a fôrma na qual o homem atual vai colocando-se. O capital, por meio do trabalho, organiza e estrutura o mundo. Só que hoje ele não tem mais nomes, se expressa por Fundos. As empresas são gerenciadas por executivos, não mais por seus donos. Podem mudar de cidade, de nome, de país, de ramo de atividade, deixando seus trabalhadores em pleno mar de incertezas e retirando-lhes a identificação com sua prática diária e com a empresa para a qual trabalham. Se o homem passa a maior parte de seu tempo trabalhando, suas relações pessoais fora de casa deveriam ter um valor afetivo de extrema importância. No entanto, as relações de companheirismo e de amizade no trabalho não se concretizam, pois elas são passageiras, imediatas, competitivas e as ligações afetivas, os vínculos não podem estabelecer-se, já que com cada alteração rompem- se os laços, perdem-se as pessoas e daí, além do castigo do desemprego, há a solidão, a perda irreparável. Fala-se em corrosão do caráter porque ninguém, nem os que teriam todas as razões para estarem satisfeitos com o sistema já que representam seu próprio ideal, encara seu emprego num horizonte a longo prazo. As empresas descartam seus funcionários e os que podem fazem o mesmo. As pessoas parecem não mais estarem preocupadas com o significado do seu trabalho ou com a oportunidade de vivência e troca coletiva. A preocupação volta-se para a acumulação de um valor de troca, como se todos se convertessem em uma ação de mercado, cujo preço é julgado por outrem. A verdadeira identificação com o trabalho parece viver de um objetivo que não chega a concretizar-se: acumula-se aprendizado, dinheiro, experiência, aumentam-se as 10 páginas do currículo, tudo para o próximo processo seletivo já que o trabalho atual será apenas momentâneo. O trabalho, não só como uma condição externa, pode propiciar sofrimento insuperável para o indivíduo, empobrecendo-o e restringindo sua ação a mecanismos defensivos repetitivos e ineficazes, não lhe possibilitando aferir, de acordo com suas atividades, a satisfação de determinadas pulsões, que, não satisfeitas, tencionariam o aparelho psíquico, gerando angústia, estados depressivos, ansiedade, medos inespecíficos, sintomas somáticos, como sinais marcantes de sofrimento mental, com o agravante de que um ego debilitado e frágil não consegue diferenciar, pela sua condição, a origem de seu sofrimento. Dejours (1994) distingue dois tipos de sofrimento: o sofrimento criador e o sofrimento patogênico. Este último surge quando todas as possibilidades de transformação, aperfeiçoamento e gestão da forma de organizaro trabalho já foram tentadas, ou melhor, quando somente pressões fixas, rígidas, repetitivas e frustrantes, configuram uma sensação generalizada de incapacidade. Todavia, quando as ações no trabalho são criativas, possibilitam a modificação do sofrimento, contribuindo para uma estruturação positiva da identidade, aumentando a resistência da pessoa às várias formas de desequilíbrios psíquicos e corporais. Dessa forma, o trabalho pode ser o mediador entre a saúde e a doença e o sofrimento, criador ou patogênico. Assim, prazer e sofrimento originam-se de uma dinâmica interna das situações e da organização do trabalho. São decorrências das atitudes e dos comportamentos franqueados pelo desenho organizacional, cuja tela de fundo constitui-se de relações subjetivas e de poder. Pela condição de funcionamento mental estabelecida, o sujeito perde sua autonomia e, por consequência de um ego debilitado, não tem forças para realizar o trabalho de reflexão em que está envolvida toda sua existência. Fatores de risco para a saúde mental no trabalho Existem muitos fatores de risco para a saúde mental que podem estar presentes no ambiente de trabalho. A maioria dos riscos está relacionada às 11 interações entre o tipo de trabalho, o ambiente organizacional e gerencial, as habilidades e competências dos funcionários e o suporte disponível para que os funcionários realizem seu trabalho. Uma pessoa pode ter as habilidades para concluir tarefas, mas muito poucos recursos para fazer o que é necessário. Outro exemplo é onde pode haver práticas gerenciais ou organizacionais sem apoio. Várias condições de trabalho podem conduzir a riscos psicossociais. Empregadores e trabalhadores devem ficar atentos aos primeiros sinais e, quando for o caso, apoiar e indicar ajuda a quem precisa. Alguns riscos para a saúde mental incluem: Políticas inadequadas de saúde e segurança; Más práticas de comunicação e gestão; Participação limitada na tomada de decisões ou baixo controle sobre a área de trabalho; Baixos níveis de apoio aos funcionários; Horas de trabalho inflexíveis; Tarefas obscuras ou objetivos organizacionais duvidosos. Cargas de trabalho excessivas; Exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções; Falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador e falta de controle sobre a forma como executa o trabalho; Má gestão de mudanças organizacionais, insegurança laboral; Comunicação ineficaz, falta de apoio da parte de chefias e colegas; Assédio psicológico ou sexual e violência de terceiros. Os riscos também podem estar relacionados ao conteúdo do trabalho, como tarefas inadequadas para as competências da pessoa ou uma carga de trabalho alta. Alguns trabalhos podem acarretar maior risco pessoal do que outros, por exemplo, socorristas e trabalhadores humanitários. Isso pode ter um impacto na saúde mental e ser uma causa de sintomas de transtornos mentais. Além disso, levar ao uso 12 prejudicial de álcool e drogas psicoativas. O risco pode ser aumentado em situações em que há falta de coesão da equipe ou apoio social. Assédio moral e psicológico são comumente relatados como causas de estresse relacionados ao trabalho. Eles apresentam riscos para a saúde dos trabalhadores e estão associados a problemas psicológicos e físicos. Estas consequências para a saúde podem ter custos para os empregadores em termos de produtividade reduzida e aumento da rotatividade de pessoal. Eles também podem ter um impacto negativo nas interações familiares e sociais dos funcionários. Transtornos mentais e o trabalho Os casos de transtornos mentais no ambiente de trabalho estão crescendo no Brasil. À medida que o tempo passa a sociedade enfrenta novos problemas ou outros renascem. Atualmente os de natureza psicológica surgem como grandes vilões da saúde mental e física das pessoas. Na atual década é cada vez maior a ocorrência de transtornos mentais e de cunho comportamental. Dentre os vários fatores causais a atividade laboral, em determinadas circunstâncias, desempenha relevante papel no desenvolvimento e na evolução de distúrbios psíquicos. Em diversas pesquisas foi constatado que além das pessoas desempregadas, os trabalhadores da área da saúde e os trabalhadores de indústrias são os mais vulneráveis a tais enfermidades. Os índices de afastamento do trabalho devido a doenças psicológicas são elevados, gerando além de auxílio doença, até aposentadorias, o que vem causando consideráveis impactos financeiros para os empregadores e para a previdência social. É importante realçar que as doenças mentais e comportamentais não devem ser vistas com preconceito, até porque muitas delas são mais comuns do que se pensa e outras demoram a se manifestar. Os transtornos mais comuns são o transtorno depressivo, transtorno bipolar, transtorno de ansiedade, estresse pós traumático e síndrome de Burnout. Este último, mais recente, é gerado pelo excesso de trabalho, que leva a uma exaustão mental e física no trabalhador. Dentre esses transtornos a depressão é considerada a doença 13 do século XXI. A Associação Brasileira de Psiquiatria estima que de 20% a 25% da população já teve, possui ou terá quadro depressivo. Os acidentes de trabalho podem ter consequências mentais quando, por exemplo, afetam o sistema nervoso central, como nos traumatismos crânio encefálicos com concussão e/ou contusão. A vivência de acidentes de trabalho que envolvem risco de vida ou que ameaçam a integridade física dos trabalhadores determinam, por vezes, quadros psicopatológicos típicos, caracterizados como síndromes psíquicas pós-traumáticas. Transtorno de Depressivo Caracteriza-se por humor triste, perda do interesse e prazer nas atividades cotidianas, sensação de fadiga aumentada; dificuldade de concentração, baixa autoestima, desesperança, ideias de culpa e inutilidade; ideias ou atos suicidas, perturbações do sono, diminuição do apetite, sintomas de ansiedade são muito frequentes. A angústia tende a ser tipicamente mais intensa pela manhã. Alterações da psicomotricidade e do pensamento. 14 A relação dos episódios depressivos com o trabalho pode ser sutil: decepções com trabalhos frustrantes, as exigências excessivas de desempenho, perda do posto de trabalho e situação de desemprego prolongado Alguns estudos comparativos controlados têm mostrado prevalências maiores de depressão em digitadores, operadores de computadores, datilógrafas, advogados, educadores especiais e consultores. O diagnóstico de episódio depressivo requer a presença de pelo menos cinco dos sintomas abaixo, por um período de, no mínimo, duas semanas, sendo que um dos sintomas característicos é humor triste ou diminuição do interesse ou prazer, além de marcante perda de interesse ou prazer em atividades que normalmente são agradáveis; Diminuição ou aumento do apetite com perda ou ganho de peso (5% ou mais do peso corporal, no último mês); Insônia ou hipersonia; Agitação ou retardo psicomotor; Fadiga ou perda da energia; Sentimentos de desesperança, culpa excessiva ou inadequada; 15 Diminuição da capacidade de pensar e de se concentrar ou indecisão; Pensamentos recorrentes de morte (sem ser apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico ou uma tentativa de suicídio ou um plano específico de suicídio. Transtorno Bipolar O transtorno bipolar, também conhecido como doença maníaco-depressiva, é um transtorno cerebral que causa mudanças incomuns no humor, na energia, nos níveis de atividade e na capacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia. Existem quatro tipos básicos de transtorno bipolar. Todos eles envolvem mudanças claras no humor, naenergia e nos níveis de atividade. Esses estados de humor variam de períodos de comportamento extremamente “ascendente”, exaltado e energizado (conhecido como episódios maníacos) a períodos muito tristes, “baixos” ou sem esperança (conhecidos como episódios depressivos). Os períodos maníacos menos severos são conhecidos como episódios hipomaníacos. As pessoas com transtorno bipolar experimentam períodos de intensidade não usuais, mudanças nos padrões de sono e níveis de atividade e comportamentos incomuns. Esses períodos distintos são chamados de “episódios de humor”. Os episódios de humor são drasticamente diferentes dos modos e comportamentos típicos da pessoa. As mudanças extremas na energia, na atividade, e no sono vão junto com os episódios do modo. As pessoas em episódios maníacos ou depressivos podem experimentar os sinais do quadro abaixo: 16 Às vezes, um episódio de humor inclui uma junção de sintomas maníacos e depressivos. Isso é chamado de episódio com características misturadas. Pessoas experimentando um episódio com características combinadas podem se sentir muito tristes, vazias ou sem esperança, ao mesmo tempo em que se sentem extremamente energizadas. A bipolaridade pode estar atual mesmo quando as oscilações de humor são menos extremas. Por exemplo, algumas pessoas com transtorno bipolar experimentam hipomania, uma forma menos grave de mania. Durante um episódio hipomaníaco, um indivíduo pode se sentir muito bem, ser altamente produtivo e funcionar bem. A pessoa pode não sentir que algo está errado, mas a família e os amigos podem reconhecer as mudanças de humor e / ou mudanças nos níveis de atividade como possível transtorno bipolar. Sem tratamento adequado, as pessoas com hipomania podem desenvolver mania severa ou depressão. 17 Transtorno Bipolar I Definido por episódios maníacos que duram pelo menos 7 dias, ou por sintomas maníacos que são tão graves que a pessoa precisa de cuidados hospitalares imediatos. Geralmente, episódios depressivos ocorrem também, tipicamente durando pelo menos 2 semanas. Episódios de depressão com características mistas (com depressão e sintomas maníacos ao mesmo tempo) também são possíveis. Transtorno Bipolar II Definido por um padrão de episódios depressivos e episódios hipomaníacos, mas não os episódios maníacos desenvolvidos acima. Desordem ciclotímica (também chamada ciclotimia) Definida por numerosos períodos de sintomas hipomaníacos, bem como inúmeros períodos de sintomas depressivos de pelo menos 2 anos (1 ano em crianças e adolescentes). No entanto, os sintomas não atendem aos requisitos diagnósticos para um episódio hipomaníaco e um episódio depressivo. Outros Transtornos Bipolares e Relacionados Especificados e Não Especificados Definidos por sintomas de transtorno bipolar que não correspondem às três categorias listadas acima. 18 Transtorno de Ansiedade A ansiedade é um distúrbio que se caracteriza pela preocupação excessiva ou expectativa apreensiva. Os principais sintomas do transtorno de ansiedade são: Preocupação Excessiva: A pessoa tende a se preocupar demais com as mínimas coisas do dia a dia. E isso se torna algo recorrente e que persiste por semanas e meses. A situação, além de interferir na rotina, traz um desgaste físico, mental e emocional. Dificuldades para dormir: Por mais que esteja cansada, a pessoa tem dificuldades de descansar o corpo e a mente. Revira na cama, não consegue se desligar de problemas e, quando finalmente dorme, tem sonos agitados e que são interrompidos diversas vezes. Dores musculares: Muitas vezes, o estresse e ansiedade são tão intensos que se estendem para uma tensão muscular. Também é comum o chamado bruxismo, que é aquele ranger forte dos dentes, que causa dores de cabeça e na mandíbula. Indigestão: Outros sintomas físicos da ansiedade aparecem no trato digestivo. Algumas pessoas sentem dores de estômago, vontade de vomitar, cólicas, inchaço, gases, constipação e diarreia. Os aspectos causadores de transtorno de ansiedade são um reflexo da falta de bem-estar corporativo. Os trabalhadores que têm uma carga de trabalho excessiva podem desenvolver o transtorno de ansiedade, porque possuem tarefas demais e não conseguem cumpri-las. Assim, se preocupam, desenvolvem medo e insegurança, ficam angustiados com a possibilidade de serem demitidos e com a autoestima baixa. O mesmo ocorre com os colaboradores que se sentem desvalorizados. Eles desenvolvem uma apreensão contínua, se sentem desmotivados e insatisfeitos. Outros fatores que podem provocar ansiedade são: Preocupação demasiada; Excesso de responsabilidade; Prazos curtos e inadequados a serem cumpridos; 19 Metas intangíveis a serem batidas; Busca incessante por resultados. Estresse pós-traumático Caracteriza-se como uma resposta tardia e/ou protraída a um evento ou situação estressante (de curta ou longa duração) de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica. São exemplos: os desastres naturais ou produzidos pelo homem, acidentes graves, testemunho de morte violenta ou ser vítima de tortura, estupro, terrorismo ou qualquer outro crime. O risco de desenvolvimento do transtorno de estresse pós-traumático relacionado ao trabalho parece estar relacionado a trabalhos perigosos que envolvem responsabilidade com vidas humanas, com risco de grandes acidentes, como o 20 trabalho nos sistemas de transporte ferroviário, metroviário e aéreo, o trabalho dos bombeiros. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas ao trabalho: reação após acidente do trabalho grave ou catastrófico, ou após assalto no trabalho. Circunstância relativa às condições de trabalho Inclui episódios de repetidas revivescências do trauma, que se impõem à consciência clara ou em sonhos (pesadelos). O paciente apresenta uma sensação persistente de entorpecimento ou embotamento emocional, diminuição do envolvimento ou da reação ao mundo que o cerca, rejeição a atividades e situações que lembram o episódio traumático. Usualmente, observa-se um estado de excitação autonômica aumentada com hipervigilância, reações exacerbadas aos estímulos e insônia. Podem, ainda, apresentar se sintomas ansiosos e depressivos, bem como ideação suicida. O abuso de álcool e outras drogas pode ser um fator complicador. Podem ocorrer episódios dramáticos e agudos de medo, pânico ou agressividade, desencadeados por estímulos que despertam uma recordação e/ou revivescência súbita do trauma ou da reação original a ele. O início do quadro segue-se ao trauma, com um período de latência que pode variar de poucas semanas a meses (raramente excede a 6 meses). O curso é flutuante, mas a recuperação pode ser esperada na maioria dos casos. Síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional 21 É um tipo de resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no trabalho. Tem sido descrita como resultante da vivência profissional em um contexto de relações sociais complexas, envolvendo a representação que a pessoa tem de si e dos outros. O trabalhador que antes era muito envolvido afetivamente com os seus clientes, com os seus pacientes ou com o trabalho em si, desgasta-se e, em um dado momento, desiste, perde a energia ou se “queima” completamente. O trabalhador perde o sentido de sua relação com o trabalho, desinteressa-se e qualquer esforço lhe parece inútil. A síndrome de esgotamento profissional é composta por três elementos centrais: Exaustão emocional; Despersonalização; Diminuição do envolvimento pessoal no trabalho Deve ser feita uma diferenciação entre o burnoutg, que seria uma resposta ao estresse laboral crônico, de outras formas de resposta aoestresse. A síndrome de burnout envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, aos clientes, à organização e ao trabalho, sendo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos emocionais para o trabalhador e a organização. O quadro tradicional de estresse não envolve tais atitudes e condutas, sendo um esgotamento pessoal que interfere na vida do indivíduo, mas não de modo direto na sua relação com o trabalho. Pode estar associada a uma suscetibilidade aumentada para doenças físicas, uso de álcool ou outras drogas (para obtenção de alívio) e para o suicídio. É frequente entre os profissionais da área de serviços ou cuidadores, quando em contato direto com os usuários, como os trabalhadores da educação, da saúde, policiais, assistentes sociais, agentes penitenciários, professores, entre outros. Ultimamente, têm sido descritos aumentos de prevalência nos ambientes de trabalho que passam por transformações organizacionais, como dispensas 22 temporárias do trabalho diminuição da semana de trabalho, sem reposição de substitutos, e enxugamento (downsizing) na chamada reestruturação produtiva. Em geral, nesta síndrome os fatores relacionados ao trabalho estão mais fortemente relacionados ao trabalho em si do que com os fatores biográficos ou pessoais. Os fatores predisponentes mais importantes são: papel conflitante, perda de controle ou autonomia e ausência de suporte social. No quadro clínico podem ser identificados: História de grande envolvimento subjetivo com o trabalho, função, profissão ou empreendimento assumido, que muitas vezes ganha o caráter de missão; 23 Sentimentos de desgaste emocional e esvaziamento afetivo (exaustão emocional); Queixa de reação negativa, insensibilidade ou afastamento excessivo do público que deveria receber os serviços ou cuidados do paciente (despersonalização); Queixa de sentimento de diminuição da competência e do sucesso no trabalho. Geralmente, estão presentes sintomas inespecíficos associados, como insônia, fadiga, irritabilidade, tristeza, desinteresse, apatia, angústia, tremores e inquietação, caracterizando síndrome depressiva e/ou ansiosa. O diagnóstico dessas síndromes associado ao preenchimento dos critérios acima leva ao diagnóstico de síndrome de esgotamento profissional. Promovendo Saúde mental no trabalho Segundo a OMS, as intervenções de saúde mental precisam ser entregues como parte de uma estratégia integrada de saúde e bem-estar que cubra prevenção, identificação precoce, apoio e reabilitação. A OMS lembra ainda que as organizações têm responsabilidade de apoiar indivíduos com transtornos mentais tanto para continuar como para retornar ao trabalho. Muitas iniciativas podem ajudar indivíduos com transtornos mentais. Particularmente, a flexibilidade da jornada de trabalho, o redesenho do trabalho, o enfrentamento de dinâmicas negativas do ambiente e a comunicação sobre apoio confidencial podem ajudar pessoas com transtornos mentais a continuar ou retornar ao trabalho. Oferecer terapia como benefício para colaboradores no ambiente de trabalho. Além disso, os acessos a tratamentos demonstram ser benéficos para a depressão e outros transtornos mentais. Por conta do estigma associado a esses 24 transtornos, os empregadores precisam garantir que indivíduos se sintam apoiados e capazes de pedir ajuda para continuar ou retornar ao trabalho, e tenham os recursos necessários para isso. Um guia recente publicado pelo Fórum Econômico Mundial sugere que as intervenções nas organizações devem ter três abordagens: 1. Proteger a saúde mental reduzindo os fatores de risco relacionados ao trabalho; 2. Promover a saúde mental ao desenvolver aspectos positivos de trabalho e as habilidades dos empregados; 3. Enfrentar casos de problemas de saúde mental independentemente da causa. Outras medidas incluem entender as oportunidades e necessidades dos empregados individualmente. Assim, ajudando a desenvolver melhores políticas para a saúde mental no ambiente de trabalho. O guia também sugere alertar funcionários sobre ferramentas de apoio e onde podem encontrar ajuda dentro ou fora da organização. A prevenção dos transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos agravos à saúde e dos ambientes e condições de trabalho. Utilizam-se conhecimentos médico-clínicos, epidemiológicos, toxicologia, ergonomia, psicologia, entre outras disciplinas, valoriza a percepção dos trabalhadores sobre seu trabalho e a saúde e envolve: Reconhecimento prévio das atividades e locais de trabalho onde existam substâncias químicas, agentes físicos e/ou biológicos e os fatores de risco decorrentes da organização do trabalho potencialmente causadores de doença; Identificação dos problemas ou danos potenciais para a saúde, decorrentes da exposição aos fatores de risco identificados; Identificação e proposição de medidas que devem ser adotadas para a eliminação ou controle da exposição aos fatores de risco e para proteção dos trabalhadores; Educação e informação aos trabalhadores e empregadores. 25 Os fenômenos em saúde mental – sofrimentos diversos, desânimo, tristeza, depressão, assédios, estresse, transtornos, entre outros – têm sua especificidade, mas podem manifestar-se imbricados com problemas derivados da exposição a diversos tipos de risco no ambiente de trabalho, assim como a ocorrência de acidentes de trabalho. Entende-se que a origem dos sofrimentos e agravos guarda estreita relação com os elementos que compõem a organização e a gestão do trabalho e, nesse sentido, as ações da vigilância devem incluir e identificar os componentes geradores desses agravos. Assim, as ações de saúde do trabalhador têm como foco as mudanças nos processos de trabalho que contemplem as relações saúde-trabalho em toda a sua complexidade, por meio de uma atuação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial. De modo particular, as ações de saúde do trabalhador devem estar integradas com as de saúde ambiental, uma vez que os riscos gerados nos processos produtivos podem afetar, também, o meio ambiente e a população em geral. A prevenção dos transtornos mentais e do comportamento relacionados ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos agravos à saúde e dos ambientes e condições de trabalho. Requer uma ação integrada, articulada entre os setores assistenciais e da vigilância, sendo desejável que o atendimento seja feito por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar, capacitada a lidar e a dar suporte ao sofrimento psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de trabalho. A participação dos trabalhadores e dos níveis gerenciais é essencial para a implementação das medidas corretivas e de promoção da saúde que envolvam modificações na organização do trabalho. Práticas de promoção da saúde e de ambientes de trabalho saudáveis devem incluir ações de educação e prevenção do abuso de drogas, especialmente álcool. 26 REFERÊNCIAS ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de; AMBONI, Nério. Teoria Geral da Administração: Das origens às perspectivas contemporâneas. São Paulo. 2007. BORGES, Lívia de Oliveira; YAMAMOTO, Oswaldo Hajime. O mundo do trabalho. Psicologia, organizações e trabalho no Brasil, p. 24-62, 2004. 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