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HIV/AIDS Lara Barreto - 6º semestre de medicina HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida A infecção pelo HIV ainda é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. ASPECTOS IMUNOLÓGICOS E VIROLÓGICOS O HIV é um retrovírus envelopado com duas cópias de RNA+. Ele possui, principalmente, três genes que facilitam a infectividade do indivíduo, sendo eles o gag (codifica proteínas estruturais), pol (codifica protease e a integrase) e env (codifica as proteínas do envelope). Além disso, ele pode ser de dois tipos: HIV-1 (mais comum) e HIV-2. A transmissão do HIV se dá por meio de fluidos corporais, sendo as principais vias a relação sexual, transplacentária, na amamentação, acidentes com perfurocortantes contaminados, transfusão sanguínea e outros. O vírus apresenta tropismo pelos linfócitos TCD4 (células do sistema imunológico) pela forte aderência da proteína gp120, assim, fazendo com que o envelope seja fundido à membrana celular, depositando o genoma no interior da célula do hospedeiro. Então, o RNA viral é convertido em DNA pela ação da enzima transcriptase reversa, de modo que o material genético formado possa interagir com o DNA do hospedeiro e gerar novas partículas virais. Além disso, promove a destruição das células infectadas, enfraquecendo a resposta imune, o que dá abertura para as doenças oportunistas se instalarem no organismo. HISTÓRIA NATURAL DA INFECÇÃO PELO HIV A infecção pelo HIV provoca a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), a qual pode apresentar características distintas conforme a doença vai progredindo. O vírus passa por um período de latência durante anos até que ele comece a cair na corrente sanguínea, diminuir a carga de LTCD4 e então manifestar os sintomas da doença, deixando o organismo suscetível à infecções oportunistas, como toxoplasmose, candidíase, citomegalovírus, herpes simples e outros. A infecção é dividida em 3 fases, sendo a primeira fase (aguda), que ocorre logo após a infecção e que dura de 2 a 3 semanas podendo apresentar alguns sintomas. Na segunda fase, período assintomático onde os vírus interagem com as células, redução de LTCD4, porém não há enfraquecimento do organismo e a 1 terceira fase, na qual o sistema imune já está comprometido e há o aparecimento de doenças oportunistas - Aids (fase final da infecção). PREVENÇÃO, PROFILAXIA E TRATAMENTO No Brasil existe a prevenção combinada,a qual abrange diversas ações, como: testagem para HIV, profilaxia pré-exposição (PREP) e pós-exposição (PEP), uso de preservativos, política de redução de danos, tratamento adequado. FONTE: SANAR RESIDÊNCIA MÉDICA - INFECTOLOGIA Há duas formas de profilaxia: a pré-exposição, que consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de infecção, e a pós-exposição, que deve ser introduzida o mais rápido possível. A doença possui tratamento, sendo indicado a Terapia Antirretroviral (TARV) para todos os pacientes, em especial os sintomáticos. Dessa forma, é possível diminuir a carga viral e restabelecer o sistema imune, além de reduzir as chances de transmissão e a mortalidade. REFERÊNCIAS Sanar Residência Médica - Módulo 1 - Infectologia. Capítulo 1. RIBEIRO, Helem F.; VAZ, Lisiane S.; ZANELATTO, Carla; et al. Imunologia clínica. 2019. pág 173. 2
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