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RESUMO POR JÚLIA FRATI 
1 
 
Propedêutica do exame físico 
 
EXAME FÍSICO 
- é importante saber qual o cenário que o 
exame está inserido 
• Atendimento Domiciliar 
• Atendimento Ambulatorial 
• Atendimento no Pronto Socorro / 
Unidade de Emergência 
• Atendimento ao Paciente Hospitalizado / 
UTI 
 
• É importante se apresentar ao 
paciente e explicar o seu papel no 
processo de atendimento 
 
Componentes do exame clínico 
- anamnese 
- exame físico 
- exame complementar → quando se 
analisa a hipótese diagnóstica 
 
• Anamnese 
• Identificação 
• Queixa e duração 
• História da Moléstia Atual (HMA) 
• Interrogatório sobre os diferentes 
aparelho (ISDA) 
• Historia Patológica Pregressa (HPP) 
• História Familiar 
• História Pessoal e Social 
 
- pode ao final da anamnese, retomar os 
pontos abordados pelos pacientes 
 
• Exame físico 
• Precauções para prevenção de infecção 
• Precauções universais para contato com 
sangue ou líquidos corporais 
• Jaleco/ Avental 
• Máscara → Cirúrgica / N95 
• Óculos / Máscara Facial 
 
ATENÇÃO! 
Lavagem das mãos 
- higienizar as mãos antes e depois do 
exame físico 
 
SEQUÊNCIA DO EXAME FÍSICO 
GERAL 
■ Estado geral 
■ Nível de consciência 
■ Fala e linguagem -> Durante a 
entrevista, desde o primeiro momento do 
encontro com o paciente, o examinador 
deve prestar atenção à linguagem do 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
2 
 
paciente, particularmente na linguagem 
falada (fala) 
■ Fácies 
■ Biotipo ou tipo morfológico 
■ Postura ou atitude na posição de pé 
■ Atitude e decúbito preferido no leito 
■ Medidas antropométricas (peso, altura, 
envergadura, índice de massa corporal, 
circunferências da cintura e abdominal, 
circunferência da panturrilha) 
■ Desenvolvimento físico 
■ Estado de nutrição 
■ Estado de hidratação 
■ Pele, mucosa, fâneros 
■ Veias superficiais 
■ Enfisema subcutâneo 
■ Musculatura 
■ Exame dos linfonodos 
■ Temperatura corporal 
■ Movimentos involuntários 
■ Marcha. 
 
Exame físico está dividio em 
- geral 
- específico 
OBS: antes da ausculta é feito a 
avaliação do abdómen, devido a uma 
possível interferência do exame nos sons 
 
I. Inspeção – processo de observação do 
paciente 
- desde o momento em que se vê o 
paciente 
- Avaliação da comunicação não verbal → 
olhar o paciente 
- Ferramentas → Olhos e Nariz do médico 
 
 
II. Palpação 
- Utiliza as mãos e dedos para obtenção 
de informações através do tato 
- Superfície palpar dos dedos e polpas 
digitais são mais sensíveis do que a ponta 
dos dedos → percepção mais sutil 
- Face ulnar da mão → estímulo vibratório 
(frêmito tóracovocal) 
- Superfície dorsal da mão → Estimar a 
temperatura local. 
- Palpação: iniciar com palpação 
superficial (1cm) e após profunda (4 a 6 
cm) 
→ atenção! Cada sistema tem suas 
características específicas 
 
III. Percussão 
- A percussão envolve bater um objeto 
contra outro e gera vibrações e 
consequentemente ondas sonoras 
- No exame físico o uso dos dedos sobre 
os tecidos provocam ondas sonoras que 
são ouvidas como tons de percussão 
(ressonância) 
- Densidade do meio determina o grau do 
tom de percussão 
- AR – LÍQUIDO – SÓLIDO (mais barulho) 
• Técnica de Percussão 
• Direta 
• Indireta 
• Punho percussão → provocar dor 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
3 
 
• Sinal de Giordano 
 
IV. Ausculta 
• Ouvir os sons produzidos pelo corpo 
• Ambiente adequado para realizar 
ausculta 
• Fala do paciente → som audível ao 
ouvido nu 
• Estetoscópio → aumento do som 
produzido por algumas regiões do nosso 
corpo 
• Características: intensidade, tom, 
duração e qualidade 
• Colocar o estetoscópio direto sobre a 
pele 
• Última parte do exame físico. 
• Exceção → exame abdominal no qual a 
ausculta ocorre a inspeção 
 
ROTEIRO DO EXAME FÍSICO 
• Desenvolvimento de uma sequencia 
sistemática para um exame físico 
completo 
• Exame → “Da cabeça aos pés” 
• Posições do Paciente 
- Sentado 
- Supino em decúbito dorsal 
- Supino em decúbito ventral 
- Recumbente dorsal 
- Recumbente lateral – ex: exame de 
próstata 
- Litotomia 
- Posição de Sims 
• Exposição apenas da região a ser 
examinada 
• Aproveitar o exame para complementar 
algum dado anamnese 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
- deve -se analisar 
✔ Higiene 
✔ Vestuário 
✔ Cuidados e aparência 
✔ Hálito 
✔ Estado de hidratação 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
4 
 
• Avaliação do estado geral do 
paciente infere analisar o conjunto 
de dados exibidos pelo paciente e 
interpretados de acordo com a 
experiência de cada um 
 
- observar o biotipo ou tipo morfológico do 
paciente → importante para acesso 
venoso central, intubação orotraqueal, etc 
a) brevelíneo - Pescoço curto, baixo, tórax 
largo, membros curtos 
b) normolíneo - Membros superiores e 
inferiores proporcionados. Estatura 
intermediária. 
c) longilíneo - Pescoço longo, alto, tórax 
alongado, membros longos. 
 
- observar postura e atitude 
→ Deve se observar a atitude ou posição 
do paciente não apenas no leito, mas 
também quando ele se põe de pé 
- boa postura, postura sofrível, má 
postura 
• Postura e Sinais de Desconforto 
• Estratégia para aliviar algum sintoma 
Atitude Involuntária 
• Ortopneia → Insuficiência Cardíaca 
Direita 
• Decúbito Lateral → Derrame Pleural 
 
EXPRESSÃO OU ASPECTO DA FACE 
- podem determinar uma situação clínica 
ou quadro sindrômico 
- Fácies são o conjunto de dados exibidos 
na face do paciente 
• Fácies → expressão ou aspecto da face 
e das características da cabeça e do 
pescoço que em conjunto caracterizam 
uma situação clinica ou uma síndrome. 
• Fácies → inespecíficas ou atípica 
 
→ principais tipos de fácies: Fácies 
normal ou atípica, Fácies hipocrática, 
Fácies renal, Fácies leonina, 
mixedematosa, Fácies adenoidiana, 
Fácies parkinsoniana, Fácies 
basedowiana, Fácies acromegálica, etc 
 
AVALIAR ESTADO DE HIDRATAÇÃO 
✓ Umidade das Mucosas 
✓ Turgor da Pele 
✓ Fontanela 
✓ Turgor da Região Frontal 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE 
CONSCIÊNCIA 
✔ Alerta = acordado e responde 
adequadamente 
✔ Sonolento = acorda e responde 
adequadamente 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
5 
 
✔ Obnubilado = responde quando 
chamado em voz alta, respostas não 
adequadas 
✔ Torpor = sonolência profunda, acorda a 
estímulos vigorosos e dor 
✔ Coma = Não abre os olhos, não emite 
sons, nem a estímulos vigorosos → 
estado de inconsciência 
- O coma é a expressão de falência das 
funções encefálicas, podendo ser 
determinado por lesões estruturais do 
parênquima encefálico, disfunções 
metabólicas e intoxicações exógenas com 
repercussão no sistema nervoso central. 
- A escala de coma de Glasgow, 
instrumento mais utilizado para 
determinar alterações de nível de 
consciência, consiste na análise de três 
parâmetros: abertura ocular, resposta 
verbal e resposta motora 
 
ANTROPOMETRIA 
- peso -> é a soma de todos os 
componentes da composição corporal: 
água e tecidos adiposo, muscular e ósseo 
- altura ou estatura – paciente deve estar 
em pé, postura ereta, descalço ou de 
meia, pés aproximados, queixo 
perpendicular ao tórax 
- índice de massa corporal 
- circunferência abdominal - Primeiro é 
necessário encontrar o ponto médio entre 
a último arco costal e a crista ilíaca 
→ Em seguida marque esse ponto e use-
o como referência para passar a fita 
 
 
SINAIS VITAIS 
- são importantes para refletir o equilíbrio 
das funções orgânicas, e ver se existem 
alterações 
- Quais são: 
1- Pressão arterial – pressão hidrostática 
a partir do bombeamento do sangue pelo 
coração 
Unidade de medida = mmHg 
 
Métodos: Direto – cateter intra-arterial 
 Indireto – medida 
aproximada (esfigmomanômetro ou 
aparelhos eletrônicos semi-automáticos) 
 
- Recomendações– o comprimento deve 
envolver pelo menos 80% da 
circunferência do braço 
 
- Orientações ao paciente: 
• Não estar de bexiga cheia 
• Sem exercício por 60 min 
• Sem bebida alcoólica / café Posição 
• Sentado, ortostase ou decúbito 
• Confortável 
• Pernas descruzadas 
• Braço desnudo 
• Sem relógio / pulseira 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
6 
 
• Sons de Korotkoff 
Fase I – aparece o som 
Fase II – batimento com murmúrio 
Fase III – murmúrio desaparece 
Fase IV – abafamento dos sons 
Fase V – desaparece os sons 
 
PULSO 
- batimentos de uma artéria superficial 
que podem ser sentidos na palpação 
- importante obter frequência, ritmo, 
amplitude e simetria 
• Frequência (normocardio, 
bradicardio, taquicardio) 
• Rítmico ou arrítmico 
• Cheio ou filiforme? 
 
 
2- Frequência cardíaca 
 
3- Frequência respiratória 
- Utilizar a inspiração 
- Não deixar o paciente perceber 
- Unidade = incursões por minuto (IPM) 
✔ Eupneico (16-20) 
✔ Bradpneico (20) 
✔ Apneia 
 
 
4- Temperatura 
• Unidade de medida: 
• Celsius (°C) 
• Fahrenheit (F) 
 
- Regiões: 
• Axilar (35,5 - 37°C) 
• Oral (36 – 37,4°C ) 
• Retal (36 – 37,5°C ) 
• Timpânica (36 – 37,4°C ) 
 
ESCALA DE DOR 
 
 
AVALIAÇÃO DE PELE. FÂNEROS E 
MUCOSAS 
Pele 
• Cor (palidez, corada) 
• Turgor (estado de hidratação) 
• Icterícia ( por aumento de bilirrubina 
indireta e bilirrubina direta) 
• Cianose (central, periférica) 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
7 
 
• Edema (mole ou duro/ elástico não 
elástico) 
 
- Mucosa 
• Cor 
• Lesões 
 
- Fâneros 
• Ausência de cabelos ou pelos 
• Lesões 
• Etc.. 
 
SINTOMAS PRODRÔMICOS 
- São sinais e sintomas inespecíficos que 
antecedem uma doença específica 
 
SINAL PATOGNOMÔNICO 
- Caracteriza e dá especificidade a uma 
doença 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
8 
 
Propedêutica cardiológica 1
 
PRÉ SÍNCOPE 
- pode ser acompanhada de palidez, 
escurecimento da vista, e transpiração 
profusa 
- suas causas são as mesmas da 
síncope, como: crises vasovagais, 
hipotensão ortostática ou arritmias 
- não apresenta perda de consciência, 
sem perda de força motora e queda ao 
solo 
 
Paciente apresenta como queixa – perda 
de sentidos → a partir disso é construída 
a história da moléstia atual (HMA) → a 
história irá fornecer o pródromo (antes da 
crise), o durante a crise e o pós crise → 
baseado nesses fatores irá se definir o 
que ocorreu com o paciente de acordo 
com o que foi descrito 
Síncope – episódio de perda de 
consciência que tem uma curta duração, 
e o indivíduo cai ao solo e recupera a 
consciência rapidamente 
O que diferencia a crise convulsiva da 
síncope → o indivíduo acaba recobrando 
a consciência de forma lenta e pode 
apresentar movimentos tônico clônicos 
durante a crise convulsiva, na síncope o 
indivíduo retorna a consciência de forma 
rápida e mantém a memória dos 
momentos anteriores 
 
Perda de consciência pode ser causada 
por diminuição do fluxo sanguíneo para o 
cérebro, trauma, 
 
 
hipoglicemia, epilepsia (crises 
convulsivas) 
 
SÍNCOPE 
- perda transitória da consciência devido a 
hipoperfusão cerebral transitória 
- Os episódios podem ser iniciados com 
sensação de fraqueza, tonturas, sudorese 
e palidez ou, então, ter início súbito e sem 
sintomas prodrômicos 
 
Caracteriza-se por: 
– perda do tônus corporal 
– início súbito 
– curta duração 
– com recuperação completa e 
espontânea 
 
-> muitas vezes o paciente não apresenta 
um pródromo relevante 
-> Os sintomas associados são úteis por 
sugerir diagnósticos específicos para a 
causa da síncope. 
- A presença de gatilhos como estresse 
físico ou emocional, tosse, deglutição, 
micção e defecação sugere causa 
neurocardiogênica. 
- A ausência de gatilhos ou sinais 
associados pode sugerir arritmia 
Tosse, evacuação, micção etc. → 
síndrome situacional – reflexo vasogênico 
que acaba levando à síncope 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
9 
 
- Estimulação do seio carotídeo pode 
desencadear um reflexo que leva a 
síncope 
Falência do sistema nervoso autônomo → 
a diabete pode levar a uma disfunção do 
sistema nervoso autônomo - leva a uma 
neuropatia periférica 
- Drogas também podem ser uma causa 
ortostática da síncope – exemplo: 
diuréticos (alteração de volume) 
- Baixo débito cardíaco advindo de 
arritmias também pode levar a alterações 
que geram síncope 
OBS: supraventricular = (átrio) 
Taquicardia pode causar uma diminuição 
do débito cardíaco devido ao enchimento 
prejudicado 
 
Em qual situação uma síncope pode levar 
a uma morte? Normalmente quando o 
paciente apresenta alterações prévias 
consideráveis 
 
- A posição em que o paciente estava 
quando o evento ocorreu pode auxiliar no 
diagnóstico 
> posição ortostática por tempo 
prolongado em local quente sugere causa 
neurocardiogênica 
> em pé logo após se levantar, está mais 
relacionada à hipotensão ortostática 
> posição supina ou sentada são mais 
sugestivas de síncope por arritmias 
 
 
 
 
 
OBS: Fibrilação ventricular é uma 
alteração elétrica 
 
ARRITMIAS 
- é a alteração do ritmo cardíaco normal 
- pode gerar repercussões no débito 
cardíaco e fluxo sanguíneo na circulação 
sistêmica pois altera a forma e frequência 
com que ocorre a contração do músculo 
cardíaco 
- Frequentemente, está associada a 
outras doenças do coração, como 
doenças congênitas ou estruturais, 
insuficiência cardíaca e infarto agudo do 
miocárdio (IAM). 
- percebida como alteração do ritmo 
cardíaco, lipotimia, síncope e palpitações 
 
- causas de arritmia: 
• Anemia 
• Diabetes 
• Tabagismo 
• Alcoolismo 
• Obesidade 
• Sedentarismo 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
10 
 
• Drogas ilícitas 
 
- qualquer taquiarritmia com alta 
frequência cardíaca pode levar o 
indivíduo à morte 
 
- causas de arritmia maligna 
• Hipertensão arterial 
• Apneia do sono 
• Chagas 
• Choques elétricos 
• Histórico familiar 
 
- principais sintomas: 
 
 
Bradiarritmias – está associada a uma 
diminuição da frequência de contração do 
coração 
Taquiarritmias – relacionadas ao 
aumento da frequência ou alteração da 
contração atrial 
- arritmias são classificadas de acordo 
com o local de origem 
Ritmos sinusais (nódulo SA) 
Ritmos atriais 
Ritmos ventriculares 
 
 
Ritmos atriais – arritmias cardíacas 
originárias de outras partes dos átrios são 
sempre patológicas 
- Fibrilação atrial → ECG com ausência 
de ondas P e presença de complexos 
QRS estreitos e irregulares 
 
RITMOS VENTRICULARES 
- são mais perigosos, sendo ameaças a 
vida 
 
TAQUICARDIA VENTRICULAR 
- FC varia de 100 a 250 bpm regular e 
rápido 
- pode ocorrer em episódios curtos e não 
causar nenhum ou poucos sintomas 
- a taquicardia ventricular sustentada dura 
mais de 30 segundos e precisa de 
tratamento IMEDIATO 
 
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR 
- FV causada por múltiplos e fracos focos 
ectópicos nos ventrículos 
- esses sinais elétricos não sincronizados 
fazem com que os ventrículos sofram 
fibrilação em vez de se contraírem 
- FV pode levar a uma parada cardíaca 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
11 
 
 
 
 
 
PALPITAÇÕES 
- arritmias podem ser sentidas pelo 
paciente como palpitações 
- é uma percepção incômoda dos 
batimentos cardíacos 
- “batedeira” 
- alteração do ritmo, força ou frequência 
cardíaca 
- podem ocorrer em cardiopatas ou 
pessoas saudáveis 
- podem ser causadas por exercícios, 
emoções, esforço ou estresse emocional 
Queixa do paciente – batedeira no 
coração (palpitação) → importante saber 
se é rítmico ou arrítmico → existiu algum 
sintoma pré evento, o que estava 
fazendo? → qual a duração da 
palpitação? → existe algum sintoma 
associado? → como foi o término do 
evento? (foi súbito ou gradativo)Exemplo – taquicardia sinusal tem 
término gradativo normalmente 
Término súbito é mais preocupante 
- O local predominante da sensação do 
batimento cardíaco é importante 
- Palpitação podem ter característica: 
bradicárdica, normocárdica ou 
taquicárdica -> irá depender da frequência 
- as palpitações podem se regulares ou 
irregulares 
- podem ter forma de início e término – 
súbito ou progressivo 
 
- Causa 
• Cardíacas 
Arritmias, IC, miocardites, miocardiopatias 
• Não cardíacas 
HAS, hipertireoidismo, anemia, esforço 
físico, emoções, síndrome do pânico, 
substâncias tóxicas 
 
PULSO 
a) Frequência – obtida através do 
número de pulsação por minuto 
- variação normal de 60 e 100 pulsações / 
minuto 
- maior que 100 → taquisfigmia – no 
hipertireoidismo, IC, ansiedade 
- Taquicardia é um achado de exame 
físico! 
- pulso pode ser igual ou não a frequência 
cardíaca 
- menor que 60 → bradsfigmia – 
hipotireoidismo, bradirritmias, atletas 
 
b) Ritmo - podem ser rítmicos 
(representa a quantidade de vezes que há 
uma ou arrítmicos (quando não 
apresentam o mesmo intervalo) 
 
c) Amplitude do pulso é caracterizada 
pela sensação palpatória do examinador 
- mais cheio que o normal = pulso amplo 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
12 
 
- mediano ou pouco amplo – ocorre na 
hipotensão arterial e na IC 
- filiforme – acontece na estenose aórtica 
e no estado de choque 
 
d) Tensão 
- pressão realizada pelo dedo do 
examinador para deter a onda pulsátil 
- depende da pressão arterial diastólica e 
das condições de parede arterial 
→ na aterosclerose a um endurecimento 
da parede arterial e ocorre um aumento 
da resistência na onda pulsátil 
Simetria do pulso – se o lado direito é 
igual ao esquerdo 
Pulso assimétrico – pode ocorrer em uma 
situação de aterosclerose, dissecção de 
aorta, doença de takayasu 
- Pulso paradoxal é uma alteração de 
pressão! 
 
PULSO ALTERNANTE 
- alternância de pulsações fracas e fortes 
características da insuficiência cardíaca 
- indica falência ventricular esquerda com 
o ritmo de galope alternante 
→ Pulso alternante pode ocorrer na 
extrassístole 
 
 
 
 
 
 
Parvus et tardus → pode ser observado 
na estenose aórtica por exemplo 
 
Martelo d´agua → observado na 
insuficiência aórtica 
 
PULSO PARADOXAL 
- não está relacionada a onda de pulso, 
mas sim a pressão 
- Normalmente quando se inspira o 
retorno venoso é ótimo e assim leva a 
uma variação da pressão de pulso 
 
- Porém existe uma determinada situação 
em que essa variação é acima do normal 
→ ocorre em quadros que prejudicam o 
enchimento (tamponamento cardíaco, 
pericardite constritiva) 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
13 
 
PULSO KUSSMAUL 
- Está relacionado realmente ao pulso 
- exacerbação do fisiológico 
- aumento da intensidade com a 
expiração e diminuição com a inspiração 
- ocorre em casos de pericardite 
constritiva, derrame pericárdico, 
mediastinite hiperplásica e tumores de 
mediastino 
 
 
HIPOTENSÃO ARTERIAL 
- é uma variação fisiológica da pressão 
arterial 
- fisiologicamente há essa variação 
durante e o sono e em pé 
 
HIPOTENSÃO ARTERIAL 
ORTOSTÁTICA 
- tem que medir a pressão arterial nas 
posições: deitado e após 3 minutos em pé 
 
- sintomas: tonturas, síncopes e quedas 
- costuma acometer muito aos idosos – 
devido a arteriopatias ou alterações 
autonômicas advindas da idade 
 
 
SINAL DE KUSMAULL 
- aumento da coluna venosa pulsátil das 
veias jugulares durante a inspiração 
(enchimento paradoxal respiratório) 
- esse enchimento é paradoxal, já que em 
condições normais a inspiração reduz a 
altura da coluna venosa pulsátil por 
aumento do retorno venoso 
- é sugestivo de restrição diastólica, 
sendo encontrado na pericardite 
constritiva e miocardiopatia restritiva 
- veia ingurgitada – tornando-se bem 
proeminente 
 
 
REFLUXO HEPATOJUGULAR 
- aumento de 3 cm do nível da coluna 
venosa pulsátil das jugulares quando 
ocorre compressão com a mão 
espalmada no quadrante superior do 
abdome → isso ocorre devido ao aumento 
do retorno venoso 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
14 
 
- exemplo – insuficiência cardíaca 
congestiva 
- Se o teste der positivo → indica a 
pressão venosa elevada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
15 
 
Anamnese 
 
- o objetivo da anamnese é coletar 
informações sobre o paciente 
 
- Antes do início de uma anamnese 
devemos observar: 
► Preparo do ambiente 
► Apresentação e aparência do 
examinador 
► Postura do examinador 
► Contato com o paciente 
► solicitação de permissão para 
anamnese 
- Na maioria das vezes as informações da 
anamese são obtidas pelo próprio 
paciente → porém existem situações 
como cenários pediátricos, psiquiátricos 
ou demenciais em que as informações 
são obtidas por um terceiro que 
normalmente é o responsável pelo 
paciente ou acompanhante 
 
Anamnese subjetiva → quando as 
informações são obtidas por outro 
indivíduo que não o paciente 
 
OBS: delirium – ideia fixa e persistente, 
com distorção da realidade 
 
Cenário ambulatorial – paciente vem 
para a consulta e consegue expressar 
sem dificuldades o que o alfige → assim é 
possível obter a história da doença e dar 
seguimento ao tratamento 
Cenário de enfermaria (paciente em 
uma internação hospitalar) → a 
anamnese será mais focalizada baseada 
no motivo da internação do paciente 
→ nesse cenário é importante avaliar 
constantemente a saúde mental do 
paciente 
 
→ A anamnese deve-se adequar ao 
cenário vivenciado no momento 
→ No cenário da medicina de família e 
comunidade existe uma preocupação 
maior no acompanhamento constante do 
paciente, assim a anamnese tem outro 
enfoque 
 
- Relação médico – paciente -> o médico 
deve sempre ser empático quanto ao 
paciente 
 
- Fazer uma apresentação e perguntar ao 
paciente o que você pode fazer por ele/ o 
que traz o senhor/a até aqui? 
 
COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS 
- após receber a notícia o paciente passa 
pelos seguintes estágios: 
> negação 
> revolta 
> aceitação 
> barganha 
> luto (quando se tem um cuidado em 
diminuir o impacto do luto → 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
16 
 
principalmente na saúde mental do 
paciente e dos familiares) 
 
SOAP 
S- subjetivo 
- identificação → com qual gênero você 
se identifica (cis/trans) 
- queixa principal 
- história familiar 
- história pregressa 
- SIFE (sentimentos/ ideias/ 
funcionalidade do indivíduo/ expectativa 
→ diante da doença em questão) 
> acolhimento (é ouvir) 
 
O – objetivo 
- exame físico 
 
A – avaliação 
- todas as suspeitas clínicas e sinais e 
sintomas 
 
P – planejamento 
P1. Tratamento farmacológico 
P2. Solicitação de exames 
P3. Educação em saúde/ psicoeducação 
P4. Orientações gerais 
P5. Segmento (retorno após a consulta) 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO MODELO 
- Olá, boa tarde, senhor(a) (nome do 
paciente). Eu sou (nome do 
entrevistador), aluno(a) da faculdade de 
medicina e faço parte da equipe médica 
que cuida do(a) senhor(a). Estou aqui 
hoje para conversar sobre a sua história. 
O(A) senhor(a) se importa de 
conversarmos agora? O(A) senhor(a) se 
importa que eu tome notas durante a 
entrevista? 
 
COMPONENTES DA ANAMNESE 
► Identificação 
► Queixa e duração ( QD ) 
► História Pregressa da Moléstia Atual ( 
HPMA ) 
► Interrogatório sobre os diversos 
aparelhos ( ISDA ) 
► Antecentes pessoais ( AP ) 
► Antecedentes familiares ( AF ) 
 
1- IDENTIFICAÇÃO 
• Nome 
 
• Data de nascimento: dia/mês/ano 
 
• Idade: em anos 
 
• Sexo 
 
• Etnia 
► amarela; 
► branca; 
► parda; 
► negra; 
► vermelha. 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
17 
 
• Naturalidade 
 
• Procedência: local de onde o 
paciente veio 
 
• Escolaridade 
 
• Estado civil 
 
• Profissão• Religião 
 
2- QUEIXA E DURAÇÃO 
- O que trouxe o(a) senhor(a) à consulta? 
Há quanto tempo isso está acontecendo? 
 
3- HISTÓRIA PREGRESSA DA 
MOLÉSTIA ATUAL (HPMA) 
- Relato dos sinais e sintomas, desde o 
início da queixa principal até a data atual 
- Deixar o paciente falar 
espontaneamente, sem sugestioná-lo 
- No fim poderá ser feita uma exploração 
do observador para esclarecimento e 
detalhamento de alguns relatos 
 
4- CARACTERÍSTICAS DA DOR 
► Inicio 
► Localização 
► Intensidade 
► Caráter 
► Irradiação 
► Duração 
► Periodicidade 
► Fatores que melhoram 
► Fatores que pioram 
► Fatores que acompanham 
 
5- INTERROGATÓRIO SOBRE OS 
DIVERSOS APARELHOS (ISDA) 
- O ISDA etapa da anamnese médica 
onde o entrevistador deverá elaborar 
diversas perguntas sobre os sintomas e 
sinais relacionados a todos os aparelhos 
e sistemas do organismo 
- Perguntas detalhadas e organizadas 
► Pele e anexos 
► Cabeça, Olhos, Nariz, Orelhas, 
Orofaringe 
► Aparelho digestivo 
► Aparelho respiratório 
► Aparelho cardiovascular 
► Aparelho urinário 
► Aparelho sexual feminino 
► Aparelho sexual masculino 
► Aparelho locomotor 
► Sistema nervoso e psiquismo 
 
 
ANTECEDENTES PESSOAIS 
- Esse item da anamnese consiste em 
obter dados significativos que já 
aconteceram na vida do paciente, desde 
o nascimento até o momento atual 
► Imunização 
► Traumas 
► Transfusões 
► Moléstias anteriores 
► Cirurgias anteriores 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
18 
 
► Uso de medicamentos 
► Alergias 
► Hábitos, Uso de drogas, Tabagismo 
► Sexualidade 
► Situações de stress 
 
ENCERRANDO A ENTREVISTA 
Perguntar, por fim, ao paciente 
► tem algo a mais para me falar? 
► sente que não perguntei alguma coisa? 
► tem alguma dúvida ou algo que queira 
conversar comigo? tem algo a mais para 
me fala 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
19 
 
Obesidade
 
- Obesidade e sobrepeso são o acúmulo 
excessivo de gordura, e que apresenta 
risco à saúde 
- desequilíbrio nutricional 
- tecido adiposo é um tecido conjuntivo 
especial – composto por células que são 
os adipócitos → depósito de energia 
- Existem três tipo de tecido adiposo: 
• Tecido Adiposo Branco (TAB) 
• Tecido Adiposo Marrom (TAM) – tem 
função de produção de calor → a criança 
é quem possui uma alta quantidade desse 
tipo de tecido 
Células ricas em mitocôndrias 
• Tecido Adiposo Bege (Brite) 
 
- adipócitos presentes na gordura visceral 
são mais inflamados, do que aqueles 
encontrados nas extremidades 
 
- Quais medidas são usadas para 
diagnosticar a obesidade? 
Peso, altura, circunferência da cintura ou 
abdominal e índice de massa corporal 
(IMC) 
 
ETIOLOGIA DA 
OBESIDADE/SOBREPESO 
- Fatores genéticos e cromossômicos 
- Fatores emocionais 
- Alimentação 
 
 
- Falta de atividade física 
→ Ganho de peso excessivo está 
relacionado a balanço energético positivo, 
advindo de um desbalanço entre gasto e 
ingestão de calorias 
 
• Aumento da ingesta calórica 
• Redução das calorias gastas 
• Aumento da lipogênese 
• Diminuição da lipólise e beta 
oxidação 
 
ABORDAGEM DO PACIENTE OBESO 
I. Anamnese 
- identificação 
- queixa principal geralmente é o ganho 
de peso 
- HMA: 
a) Ganho de peso total 
→ Em quanto tempo houve o ganho de 
peso 
→ Esse ganho foi repentino ou gradual 
→ O ganho de peso foi desejado ou não? 
→ Possibilidade de gravidez 
→ Qual o peso máximo atingido na vida 
→ Qual era o comportamento de peso do 
pacientes antes 
 
b) Avaliação do estilo de vida do paciente 
→ Mudança no padrão alimentar 
→ Mudança do aspecto social do comer 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
20 
 
→ Desencadeadores do ganho de peso 
→ Mudança padrão de atividade física 
→ Nível de Estresse 
→ Consumo de álcool 
 
c) Medicamentos 
→ Corticoesteroides 
→ Contraceptivos orais 
→ Antidepressivos 
→ Insulina 
→ Tratamentos anteriores para 
obesidade/sobrepeso 
 
Tipos de padrão alimentar 
A) Hiperfágico Prandial – grande volume 
de comida com alta densidade calórica 
B) Beliscador 
C) Síndrome do Comer Noturno 
D) Compulsão Alimentar (binge) 
E) Transtorno de Compulsão Alimentar 
Periódico (TCAP) – binge disorder 
Existe mais de um episódio de compulsão 
seguida por mais de 3 meses 
F) Bulimia 
G) Padrão alimentar caótico 
H) Comportamento alimentar sofisticado 
 
- ISDA – revisão dos sistemas 
- Antecedentes Pessoais: 
• Doenças que causam distúrbios 
metabólicos: diabetes mellitus, 
dislipidemias, hipotireoidismo 
• Distúrbios genéticos e outras 
endocrinopatias (Síndrome de Cushing) 
• Macrossomia Fetal (peso ao nascimento 
≥ 4.000 g) 
- História Familiar: 
• Obesidade 
• Distúrbios genéticos ou metabólicos. 
• Mãe DMG 
 
Aumento da prevalência da obesidade 
 
Resistência à insulina 
 
Síndrome metabólica 
 
Diabetes Mellitus tipo 2 
Doenças cardiovasculares 
 
 
OBESIDADE ASSOCIADA A 
SÍNDROMES 
 
- Síndrome de Prader-Willi 
. Deleção do cromossomo 15 
. Atraso do desenvolvimento 
neuropsicomotor 
. Criptorquidia e micropênis 
. Apetite insaciável que leva ao ganho de 
peso a partir de 2 anos 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
21 
 
 
Síndrome de Prader-Willi 
 
II. Exame físico 
- equipamentos como: fita métrica, 
balança, antropômetro e calculadora são 
utilizados para a realização do exame 
- Altura ou Estatura 
- índice de massa corporal (IMC) - não 
reflete a distribuição da gordura corporal. 
 
 
- Circunferência abdominal e cintura 
- ATP e IDF – coleta de dados, são 
critérios diagnósticos presente na 
síndrome metabólica 
ATP → ponto de corte deve ser de 102 
cm para homens e 88 cm para mulheres. 
- IDF considera a diversidade étnica 
 
 
 
- a circunferência da cintura reflete a 
magnitude de gordura visceral 
 
- Dois tipos de obesidade andróide ou 
genoide 
 
- A obesidade androide (mais comum em 
homens) é a mais preocupante, já que 
está associada à gordura viscera 
- Já na obesidade ginecoide (mais comum 
em mulheres), a gordura se acumula mais 
nas coxas, nádegas e regiões próximas à 
pelve com deposição somente 
subcutânea, relacionando-se com celulite, 
e não com as comorbidades da 
obesidade androide 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
22 
 
- A medida da circunferência abdominal 
reflete melhor o conteúdo de gordura 
visceral que a RCQ e também se associa 
muito à gordura corporal total. 
 
 
 
- a gordura visceral é mais facilmente 
perdida que a periférica 
 
• Circunferência cervical (cm) → 
medida na altura da cartilagem crico-
tireoideia 
• Circunferência Cervical Ajustada → 
estimar o risco de SAOS (síndrome da 
apneia obstrutiva do sono) em caso de 
dificuldade de realizar o exame de 
polissonografia 
 
 
 
• Circunferência cervical (em cm) + 
 +4 pontos (em caso de HAS) 
+3 pontos (no caso da presença 
de roncos) 
+3 pontos (no caso da presença de 
engasgos noturnos) 
 
Aferição de pressão é igual – só é 
necessário encontrar um manguito 
adequado ao paciente 
 
 
 
Acantose - alteração na pele 
caracterizada por manchas de textura 
aveludada e tom escuro 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
23 
 
Lipodistrofia cervical – “corcova” de 
gordura na região cervical 
 
COMPLICAÇÕES DA OBESIDADE 
- doenças cardiovasculares 
- diabetes tipo 2 
- distúrbios endócrinos 
- aumento da incidência de câncer 
 
 
 
A ausculta cardíaca e respiratória pode 
ser prejudicada devido ao panículo 
adiposo do tórax 
- Oximetria de pulso no repouso 
• Avaliar sinais de hipoventilação da 
obesidade 
• Hipertensão pulmonar associada à 
obesidade 
 
- Exame do abdome 
. Avaliar se há hepatomegalia ou 
esplenomegalia, ou ainda alguma outra 
visceromegalia 
- Avaliação de membros inferiores 
. verificar se existem alterações de 
perfusão periférica, simetria na palpação 
dos pulsos e sinaisde dermatite ocre, má 
circulação ou varizes 
 
- Índice tornozelo-braço (ITB) 
. é útil para o diagnóstico de doença 
arterial periférica (DAP) – se existe 
obstrução do fluxo sanguíneo 
 
• Normal: > 0,90 
• Obstrução Leve: 0,71 a 0,90 
• Obstrução moderada: 0,41 a 0,70 
• Obstrução grave: < 0,40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
24 
 
Propedêutica cardio 2 
 
- Sinais e sintomas cardiológicos, na 
anamnese 
• Dor precordial (“dor no peito”) ou dor 
• Palpitações 
• Dispneia 
• Edema 
• Cianose 
• Lipotimia – sensação de perda de 
sentidos e de força muscular 
• Síncope 
 
- Dor precordial X dor cardíaca 
propriamente dita 
Dor precordial - dor em qualquer estrutura 
precordial 
Dor cardíaca - apenas os acometimentos 
do coração e da aorta 
- Dor cardíaca = angina pectoris → 
desconforto torácico associado a 
isquemia 
 
- na dor existem aspectos que durante a 
anmnese irão nos orientar (avaliação 
semiológica da dor) 
• Localização 
• Irradiação – a dor precordial pode 
irradiar para diferentes locais 
• Caráter – agulhada, pontada, aperto no 
peito 
• Intensidade – leve, moderada ou intensa 
• Duração 
• Frequência – hora em hora, a cada dia, 
etc 
• Fatores desencadeantes, agravantes (se 
a temperatura agrava por exemplo) e 
atenuantes (ex: se determinada posição 
melhora a dor) 
• Sintomas concomitantes – que 
acontecem ao mesmo tempo e 
acompanham a dor 
 
A) PALPITAÇÃO 
- Percepção consciente e desconfortável 
das contrações cardíacas 
- pode parecer com um batimento fora do 
ritmo → quando existem palpitações com 
ritmo irregular deve-se fazer um ECG 
para definir como está a condução 
elétrica do coração (bloqueios, problemas 
de distribuição elétrica) 
- tipos de palpitação: de esforço, as que 
mostram alterações do ritmo cardíaco e 
as que acompanham os distúrbios 
emocionais 
 
Mecanismos: 
Pulsos irregulares 
Aumento ou redução rápida da FC 
Percepção de contração mais vigorosa 
 
DISTÚRBIOS DE RITMO 
- distúrbio em qualquer momento da 
condução elétrica do coração 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
25 
 
Nodo SA → feixe que leva a 
despolarização do átrio direito para o 
esquerdo (feixe de Beckman interatrial) → 
Nodo AV → feixe AV → Ramos direiro e 
esquerdo → fibras de purkinje 
- no eletrocardiograma se tem a 
manifestação gráfica desses eventos 
elétricos 
 
 
B) DISPNEIA 
- Falta de ar → é um sinal que pode ser 
de causa cardiovascular ou não 
cardiovascular 
- tipos de dispneia crônica: dispneia de 
esforço, dispneia de decúbito, dispneia 
paroxística noturna, dispneia periódica ou 
de Cheyne-Stockes 
- falha no funcionamento do coração pode 
levar a congestão pulmonar 
- Causas cardiovasculares : Congestão 
pulmonar, Compressão mecânica, 
Tromboembolismo pulmonar 
- Causas não cardiovasculares – 
pulmonares (pneumonia, asma) 
 
I. Congestão pulmonar 
- IC esquerda que leva ao 
extravasamento de líquido nos alvéolos → 
acúmulo de líquido nos alvéolos 
- som auscultado – estertores (ruídos 
observados em pacientes com acúmulos 
de líquido nos alvéolos) 
- líquido dentro do espaço pleural – 
derrame pleural – diminuição dos 
murmúrios pulmonares devido a 
diminuição da expansão dos pulmões 
pelo excesso de líquido 
- Piora com decúbito: dispneia paroxística 
noturna e ortopneia 
 
II. Asma Cardíaca 
✔Edema intersticial: obstrução ao fluxo – 
sibilos 
Congestão pulmonar também causa 
sibilos 
Quando eles estão relacionados a um 
indivíduo com cardiopatia é chamado de 
asma cardíaca 
 
 
III. Compressão mecânica 
- Grandes cardiomegalias podem 
comprimir os brônquios, gerando 
obstrução ao fluxo aéreo 
 
IV. Tromboembolismo pulmonar 
- Obstrução da art. pulmonar ou seus 
ramos por trombo 
- Origem: TVP de MMII 
Pulmão cheio de 
líquido intralveolar 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
26 
 
- Dor torácica, dispneia de graus variados, 
morte súbita 
 
C) EDEMA 
- existe um retenção de líquidos, que 
acontece principalmente nas 
extremidades 
- Aspectos do edema: 
Pele lisa e com brilho 
Sinal do cacifo – sinal de Godet 
(depressão após digitopressão que se 
defaz lentamente) 
 
Simetria – quando o problema é 
cardiovascular costuma-se ter um edema 
em simetria (ex: dois pés) 
Sinais de flogose (calor, rubor, dor) 
 
- Categorização: 
Maleolar – em maléolo interno 
Terço médio da perna 
Nível do joelho 
Raiz da coxa 
Generalizado (anasarca) 
 
OBS: região sacral pode ser grande foco 
de edema, principalmente em pacientes 
acamados 
Doentes tem edema devido ao excesso 
de volume circulante que extravasa para 
fora dos vasos sanguíneos 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ SOBRECARGA CARDÍACA 
- Coração trabalhando com excesso de 
líquido acaba sofrendo dilatação 
• Aumento na pré-carga leva à 
dilatação de câmaras cardíacas 
✔Insuficiência aórtica 
✔CIV 
• Aumento na pós-carga leva à 
hipertrofia miocárdica 
✔Estenose aórtica 
✔ HAS 
 
Pré carga – enchimento máximo, quando 
no fim da diástole o coração está cheio 
Pós carga – o que o coração tem que 
vencer – resistência periférica (pode ser 
variável, maior ou menor) 
- Paciente com HAS → desenvolve 
hipertrofia do músculo do coração 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
27 
 
D) SÍNCOPE 
- Perda abrupta, mas temporária da 
consciência e do tônus postural em 
decorrência de hipoperfusão global 
temporária do cérebro 
- paciente diz que teve uma perda de 
consciência – “desmaio” 
Causas cardiovasculares: 
• Hipotensão postural 
• Arritmias 
• Estenose Aórtica 
• Obstrução da atéria carótida 
 
 
ANATOMIA CARDÍACA 
 
 
CICLO CARDÍACO 
- Sequência de eventos cardíacos que 
ocorre do início de cada batimento até o 
início do próximo batimento 
 - começa com um estímulo elétrico que 
se inicial no nodo sinoatrial 
- ciclos são compostos por períodos de 
relaxamento (diástole) e contração 
(sístole) 
 
SÍSTOLE 
- Sístole é composta pela contração 
isovolumétrica e período de ejeção 
1- Contração isovolumétrica – começa na 
contração ventricular 
- aumento da pressão dentro do 
ventrículo e fechamento das valvas 
atrioventriculares 
- No final é gerada pressão suficiente 
para abrir as valvas semilunares 
 
2- Período de ejeção 
- Pressão ventricular força a abertura das 
valvas semilunares 
- ejeção rápida e ejeção lenta 
 
DIÁSTOLE 
1- Relaxamento isovolumétrico 
- Queda rápida da pressão intraventricular 
- Fechamento abrupto das valvas 
semilunares 
- Quando a pressão intraventricular ficar 
menor que a dos átrios ocorre a abertura 
das valvas atrioventriculares 
 
2- Enchimento rápido 
- Após a abertura das valvas 
atrioventriculares 
- Enchimento do primeiro 1/3 da diástole 
 
3- Enchimento lento 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
28 
 
- Ocorre no 1/3 médio da diástole 
- Pequena quantidade de sangue que flui 
diretamente das veias para o ventrículo 
4- Contração atrial 
Último 1/3 da diástole 
Impulso adicional de sangue para os 
ventrículos 
 
PROJEÇÃO DO CORAÇÃO NO TÓRAX 
 
 
Ângulo de louis muito importante!! 
 
EXAME CARDIOLÓGICO 
- Ambiente do exame – examinar o 
paciente em um local silencioso e 
confortável, sem que haja interferência de 
ruídos externos 
- exame físico – inspeção, palpação e 
ausculta 
a) Inspeção 
- Sinais de boa perfusão periférica 
- Região cervical – dilatação jugular 
- Formato normal da caixa torácica 
- Ventilação 
- Batimentos 
● Pulsação epigástrica (transmissão da 
aorta abdominal ou hipertrofia de VD) → 
ventrículo direito, artéria aorta passam 
pela região epigástrica 
● Pulsação na fúrcula e pecoço 
 
- ICTUS CORDIS VISÍVEL 
→ é a vizualização ou a palpação da 
ponta do ventrículo impulsionando a caixa 
torácica (batimento da ponta) → é 
localizado normalmente no 5º espeço 
intercostal esquerdo 
- O ictus cordis pode ser palpável em 
decúbito dorsal ou lateralesquerdo 
(sendo esse mais utilizado quando há 
dificuldade na palpação do ictus) 
- Ele tem um diâmetro de duas polpas 
digitais 
- se o ictus estiver no sexto espaço 
intercostal ou seja, deslocada mais para a 
esquerda e para baixo → indicativo de IC 
esquerda por sobrecarga de volume com 
dilação ventricular (regurgitação aórtica 
ou mitral) 
- A inspeção pode ser realizada com o 
paciente deitado ou sentado 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
29 
 
- engurjitamento da jugular só é percebida 
quando o paciente está a 45 graus 
 
 
- Na inspeção, devem ser avaliados 
deformidades na região torácica como um 
todo, abaulamentos, depressões e 
pulsações. 
- Ângulo de Louis = 2º espaço intercostal 
esquerdo 
- Situs inversus completo: coração e 
pulmão estomago e baço a direita e 
fígado a esquerda – dextrocardia 
 
 
b) Palpação 
- analise da temperatura da pele 
- analise do tempo de enchimento capilar 
– tempo para que a ciculação ocorra 
(paciente com deficiencia na 
contratilidade do coração pode levar a 
alterações nesse tempo) → avaliação da 
perfusão 
- Normal abaixo de 3 segundos 
- Palpação dos pulsos 
◦ Amplitude 
◦ Intensidade 
◦ Frequência 
◦ Sincronia 
• Pulsos devem ser semelhantes em 
lados contralaterais 
Durante a palpação é importante 
◦ Utilizar os dedos indicador, médio e 
anular 
◦ Não exercer pressão excessiva 
◦ Contar as pulsações por um período de 
tempo 
 
PULSAÇÃO 
- temporal superficial 
- artéria carótida 
- axilar 
- braquial 
- radial 
- ulnar 
- femoral 
- poplíteo 
- tibial posterior 
- pediosa → seguir o espaço entre o hálux 
e o segundo dedo 
 
• Teste de Allen 
- é uma pesquisa da irrigação da mão 
para verificar se a radial e a ulnar estão 
pérvias 
- como fazer? Ocluir as artérias radial e 
ulnar, pedir que o paciente abra e feche a 
mão até palidez palmar. Libere o fluxo de 
uma das artérias e verifique a perfusão da 
mão → Repetir com a outra artéria 
Problemas cardíacos 
podem levar a 
abaulamento na 
região torácica 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
30 
 
• Palpação de frêmitos 
- Frêmito é a sensação tátil na palpação 
de um sopro cardíaco → 
- Mão espalmada nos pontos de ausculta 
- Se houver uma doença inflamatória na 
valva – abertura da valva de forma 
inadequada levando a uma vibração 
causada por fluxo turbulento adjacente 
 
c) Ausculta 
- Aucultar Carótidas – em busca de 
sopros 
Placas de ateroma podem levar a 
obstruções → lúmen menor → tubulência 
do sangue → presença de sopo 
 
- BULHAS CARDÍACAS 
B1: o fechamento da válvula mitral produz 
a primeira bulha cardíaca 
• Coincide com o ictus cordis e o pulso 
carotídeo 
• Timbre mais grave e pouco maior que a 
2a bulha 
• “TUM” 
 
B2: o fechamento da válvula aórtica 
produz a segunda bulha cardíaca 
• Timbre mais agudo e seco 
• “TÁ” 
- Quando se tem a respiração 
(inspiração/expiração) causa uma 
direfença de pressão intratorácica 
- Se houver aumento do retorno venoso - 
maior quantidade de sangue passa do 
lado direito do coração e assim a segunda 
bulha que é predominante da valva 
aórtica, sem tanto a presença de som da 
valva pulmonar → retardo no fechamento 
da valva pulmonar leva eventualmente a 
segunda bulha que será composta por 
dois “TÁ” * 
 
 
B3: -- mais comum de estar presente em 
alterações patológicas (insuficiência 
cardíaca) 
- corresponde a desaceleração abrupta 
do fluxo através da valva mitral 
alteração de complacência ventricular 
• Pode ser patológico ou fisiológico 
(comum em crianças e jovens) 
• Evidente na inspiração 
- ocorre logo depois da segunda bulha 
• Queda da pressão intratorácica aumento 
do retorno venoso aumento do tempo de 
ejeção do VD atraso de P2 
• “TUM – TRÁ” 
 
B4: representa a contração atrial, pode 
ser patológica e apontar alteração da 
compacência ventricular 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
31 
 
- corresponde à maior rigidez do 
ventrículo esquerdo no fim da diástole, 
que diminui a complacência. 
• Pode ser patológico ou fisiológico (mais 
comum em adultos e transitório) 
• “TRUM - TÁ) 
 
DESDOBRAMENTO DAS BULHAS 
CARDÍACAS 
- A segunda bulha cardíaca, B2, e seus 
dois componentes, A2 e P2, são 
causados basicamente pelo fechamento 
das valvas aórtica e pulmonar, 
respectivamente 
- Durante a inspiração, o tempo de 
enchimento das câmaras cardíacas 
direitas é maior → AUMENTA volume 
sistólico no VD e assim a duração da 
ejeção ventricular direita também demora 
mais → retarda o fechamento da valva 
pulmonar → desdobrando B2 em seus 
dois componentes audíveis. * 
- B1 também tem dois componentes, um 
som mitral anterior e um tricúspide 
posterior (o componente mitral é mais alto 
no ápice cardíaco) 
 
OBS> No idoso o ictus fica mais 
proeminente 
 
 
 
 
- Auscultar todos os focos 
- Paciente sentado, decúbitos dorsal e 
decúbito lateral esquerdo (Pachon) 
- Observar bulhas cardíacas, ritmo e 
frequência, cliques ou estalidos, ruídos ou 
atrito 
 
As bulhas podem ser caracterizadas de 
acordo com: 
- Fonética 
● Normofonéticas (em dois tempo) ou 
hiperfonéticas 
- Ritmo 
● Rítmicas ou arrítmicas 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
32 
 
- Tempo 
● Dois tempos ou tríplice 
 
SOPROS CARDÍACOS 
- Turbulências que ocorre no sangue 
- bem característicos de doenças valvares 
(insuficiência ou estenose) → indicam 
valvopatia cardíaca 
- Podem ser divididos em sistólicos, 
diastólicos, sistodiastólicos e pericárdicos 
– mais importante de se analisar – de 
acordo com o posicionamento do sopro 
no ciclo cardíaco 
- podem ser proto, meso ou tele (terço 
inicial, médio ou final) 
- Podem ser classificados quanto a 
intensidade por meio de dois sistemas: de 
6 cruzes e de 4 cruzes 
 . Gradação de levine determina cruzes 
para os sopros 
 
 Classificação de Levine (6+) 
Grau I Muito suave e pouco audível 
Grau II Audível sem dificuldade 
Grau III Audível no foco e com irradiação 
Grau IV Frêmito palpável 
Grau V Audível com o estetoscópio em 
contato parcial 
Grau VI Audível mesmo sem estetoscópio 
 
- Sopros podem se irradiar → sopros 
sistólicos se irradiam mais que os sopros 
diastólicos 
- Possíveis irradiações 
•Estenose Aórtica: Pescoço 
•Insuficiência Mitral: Axila e dorso 
•Estenose Mitral: Linha axilar 
•Insuficiência Aórtica: Linha paraesternal 
E 
 
→ Manobras que auxiliam a auscuta 
cardíaca 
• Ligeira flexão do tronco – permite 
melhor ausculta dos focos da base 
 
• Müller – inspiração forçada com a 
glote fechada, diminuição da 
pressão intra-torácica e aum. 
retorno venoso 
 
• Valsalva – expiração forçada com a 
glote fechada, aumento da pressão 
intra-torácica e diminuição do 
retorno venoso - Prolapso da valva 
mitral x Cardiomiopatia hipertrófica 
A manobra de Valsalva também consegue 
identificar insuficiência cardíaca e 
hipertensão pulmonar 
 
• Rivero-Carvalho – (apnéia 
inspiratória) inspiração forçada não 
bloqueada 
- Diferenciar sopro tricúspide do mitral 
- Se for tricúspide, o sopro se intensifica 
com o aumento do retorno venoso 
 
• Manobra de Pachón 
- Decúbito lateral esquerdo e elevação do 
braço 
-Intensifica os sopros da valva mitral 
 
• Inclinação do tórax para a frente 
- Intensifica os sons da base do coração 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
33 
 
• Esforço isométrico (“Aperto de 
mão”) Handgrip - (Gallavardin) 
- Apertar objeto na mão 
- Aumento da resistência vascular 
periférica 
- Aumento dos sopros 
 
• Agachamento 
- Aumenta pré-carga e pós-carga 
-Aumenta quase todos os sopros 
 
AUSCUTA CARDÍACA 
- Focos apicais 
◦ Foco mitral 5o EIE, linha hemiclavicular 
◦ Foco tricúspide base do apêndice 
xifóide, ligeiramente à esquerda 
 
- Focos da base 
◦ Foco aórtico 2o EID, junto ao esterno 
◦ Foco aórtico acessório 3o EIE, junto ao 
esterno 
◦ Foco pulmonar 2o EIE, junto ao esterno 
 
 
- sopro aórticodiastólico – melhor 
auscultado no foco aórtico acessório 
ÁREAS DE AUSCUTA 
- área aórtica 
- área pulmonar 
- área tricúspide 
- área mitral 
 
 
 
 
OUTROS SONS ENCONTRADOS 
1. SOM EXTRA NA DIÁSTOLE – 
Estalido de abertura 
- Tom alto, de curta duração melhor 
audível no foco mitral com o diafragma 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
34 
 
- Som extra na diástole: Estalido de 
abertura → patogneumônico de valva 
mitral estenosada 
 
2. SOM EXTRA NA SÍSTOLE: Cliques 
sistólicos → prolapso da valva 
mitral 
SOPRO SISTÓLICO X DIASTÓLICO 
• Sopro diastólico estão geralmente 
relacionados a valvopatias cardíacas 
- Sopros diastólicos têm início com ou 
depois da B2 e finalizam na ou antes de 
B1 
TODOS PATOLÓGICOS 
 
• Sopros sistólicos podem ser sopros de 
fluxo fisiológicos, provenientes de valvas 
cardíacas normais 
- Ocorrem durante a ejeção inicial do 
ventrículo direito ou esquerdo e são mais 
bem auscultados na área pulmonar, na 
borda esternal esquerda e, por vezes, no 
ápice e na área aórtica 
- encontrados em crianças, adultos 
jovens, atletas, grávidas e indivíduos com 
um estado circulatório hipercinético 
- Sopros inocentes – Mesossistólicos 
 
SOPRO CONTÍNUO 
- começa na sístole e estende-se por toda 
ou parte da diástole (mas não é 
necessariamente uniforme em todo o 
tempo) 
- possíveis causas desse sopro: 
comunicação entre a aorta e a artéria 
pulmonar, fístulas arteriovenosas 
(conexões anormais entre artérias e 
veias), fluxo venoso anormal, fluxo 
anormal em artérias (por estenose da luz) 
 
CARACTERÍSTICAS DO SOM NOS 
SOPROS 
 
 
SOPRO INOCENTE 
- Existem algum sopros “inocentes” - 
muitos sopros não tem correlação com 
doença nenhuma 
• São sistólicos 
• Localização: do 2º ao 3º EIC esquerdo 
• Irradiação: mínima 
• Intensidade: Grau I a II 
• Timbre e tom: baixo a médio 
• Manobras: diminui ou desaparece na 
posição sentada 
• Mecanismo: fluxo sanguíneo turbulento 
na ejeção de sangue do VE para a aorta. 
• Comum em crianças e adultos jovens 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
35 
 
A consulta em 7 passos
 
→ o tempo de consulta deve variar de 15-
40 minutos – a consulta deve ter 
equidade (maior tempo para aquele que 
precisa mais) 
- consultas que duram aproximadamente 
15 minutos (ex: de retorno) 
- consultas que duram aproximadamente 
40 minutos (ex: consulta psiquiátrica, 
puericultura, primeira consulta) 
 
- Existem 3 fases na consulta 
1. FASE INICIAL 
a) Preparação para a consulta: ver o 
prontuário, qual horário (sempre chegar 
30 minutos antes), verificar os materiais 
- Autoavaliar as condições do médico 
(físico e emocional) 
• Estou em condições 
físicas/emocionais para a próxima 
consulta? 
 
• Preciso comer ou ingerir alguma 
bebida antes? 
 
• Tenho alguma necessidade 
fisiológica nesse momento? 
 
• Estou estressado? 
 
- Sobre o paciente: 
• Quem é o paciente que me vem 
consultar? (sexo, idade, país de 
origem, etc.) 
 
 
• Por que nome e, eventualmente, 
título gosta de ser tratado? 
 
• Alguma particularidade em relação 
a crenças? Cultura étnica? Ou 
outro aspecto sociocultural? 
• Qual o seu contexto familiar (vive 
só? com familiares?; que 
características tem a sua família? 
etc.) 
 
• Qual o seu contexto sócio-
ocupacional? Condições e riscos 
laborais para a saúde 
 
• Quais os principais problemas de 
saúde altivos já identificados? 
 
• Existe algum alerta especial a ter 
em conta? (está a tomar 
contraceptivos orais? Tem prótese 
valvular? Está em hipocoagulação? 
Alergias a medicamento?) 
 
 
• Necessidade de prevenção de 
endocardite bacteriana? 
 
- Checar condições físicas (limpeza, 
organização da sala, conforto e materiais 
necessários para o atendimento) 
 
b) Primeiros minutos - Abertura da 
consulta é vital para o seu sucesso, criar 
relação médico paciente, capturar 
demandas ocultas 
Minuto de ouro 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
36 
 
- por que é que este doente veio se 
consultar hoje? 
- importante chamar o doente de maneira 
mais personalizada possível 
 
2. FASE INTERMEDIÁRIA 
a) exploração – anamnese, SIFE, exame 
físico, hipótese diagnósticas, resumo da 
informação recolhida 
- Identificação de fatores de risco 
- Recolha, análise e contextualização de 
dados e de informação subjetiva e 
objetiva, quer biomédica quer psicosocio-
cultural 
b) avaliação – interpretação dos dados, 
mapa de problemas, prognóstico, começa 
a formular diagnósticos 
c) plano de cuidados – formular 
propostas, exames auxiliares, 
Encaminhamentos, Compartilhar decisões 
- Plano terapêutico 
- Medidas farmacológicas e não 
farmacológicas 
 
3. FASE FINAL 
- reflexão 
- Autoquestionamento: - está tudo OK, 
podemos encerrar?, perguntar se há 
dúvidas, Refletir sobre os fatos ocorridos, 
Analisar e completar registros, Identificar 
Lacunas no conhecimento médico para 
preencher 
- encerramento - Encerrar formalmente a 
consulta (contato visual, cumprimento e 
despedida) 
- A consulta é aberta e complexa pois o 
atendimento deve ser personalizado de 
acordo com as necessidades de cada 
paciente 
- Determinantes e antecedentes → 
consulta propriamente dita → 
consequências 
 
FATORES QUE PODEM INTERFERIR 
NO ATENDIMENTO 
- Questões pessoais do médico 
- Questões pessoais do paciente 
- Questões Estruturais 
- Habilidades de Comunicação 
- Sentimentos 
- Tempo/agenda 
- Habilidades Clínicas – palpação, 
ausculta, etc 
- Envolvimento da Equipe de Saúde 
- Equipamentos 
- Tecnologia Envolvida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
37 
 
Linfonodos e tireoide 
 
PESCOÇO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Exame do pescoço 
a) Inspeção – capacidade de 
movimentação, nódulos, cicatrizes, 
abaulamentos,etc 
b) Palpação - osso hioide, cartilagem 
tireoide, cartilagem cricoide, anéis 
traqueais, glândula tireoide, músculos 
cervicais, artérias carótidas, veias 
jugulares e linfonodos 
c) Ausculta – avaliação dos vasos, 
principalmente das artérias carótidas 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
- vasos linfáticos começam no espaço 
intersticial e drenam parte do produto 
advindo das atividades celulares em 
direção aos capilares linfáticos que 
dão origem aos vasos linfáticos 
aferentes 
- composto por ductos linfáticos, linfa, 
tecidos linfoides (linfonodos, baço, timo, 
tonsilas, adenóides e placas de Peyer) 
OBS: lesão de ducto torácico – pode levar 
a um quilotórax 
- linfonodos se dividem em superficiais e 
profundos (abaixo da fáscia dos músculos 
e dentro das cavidades do corpo) 
- Praticamente todos os tecidos são 
irrigados pelos vasos linfáticos – menos o 
cérebro e a placenta 
 
Principal função do sistema linfático à 
resposta imunológica 
- remoção de células danificadas 
- proteção contra invasão de substâncias 
antigênicas 
 
- pessoas que possuem uma resposta 
imunológica adequada – 
imunocompetentes 
- pessoas que possuem uma resposta 
imunológica inadequada -
imunodeficientes (primários ou 
secundários – congênitos ou adquiridos) 
 
→ Quando ocorre diminuição da remoção 
de proteínas e de líquido pelo sistema 
linfático é ocasionado o edema de origem 
linfática 
OBS: linfedema = fibrose e alteração nas 
características do edema, que se torna 
duro e pouco depressivo 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
38 
 
ADENOMEGALIA 
- É o aumento do tamanho dos linfonodos 
– aumento do número de linfonodos, 
alteração da consistência do linfonodo 
à causas podem ser: infecciosas 
(bacterianas, virais, fúngicas,etc) 
neoplásicas (linfomas, carcinomas,etc), 
imunológicas (lúpus, distúrbios benignos 
do sistema imune) ou outras 
- IMPORTANTE avaliar: 
• Sintomas agudos 
• Sintomas crônicos 
• Sinais e sintomas que possam 
indicar um processo infeccioso ou 
neoplásico 
• Sintomas constitucionais - grupo de 
sinais e sintomas inespecíficos, que 
atingem vários sistemas dos 
organismos e são comuns a várias 
doenças 
•Se houve viagens, ocupacionais, se 
teve comportamento de riscos 
• Quais medicamentos utiliza – Ex: 
analgésicos podem “mascarar os 
sintomas” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Geralmente a incidência de 
adenomegalia advinda de causas 
neoplásicas é maior em pacientes acima 
dos 40 anos 
 
ABORDAGEM CLÍNICA 
a) Anamnese 
- Queixa principal → Surgimento de 
caroços, nódulos, gânglios ou ínguas 
- História da moléstia atual 
o Quais as características da 
adenomegalia? - Início, 
localização, duração, número, dor 
a palpação, edema local 
o Existem sintomas associados? – 
dor, febre, vermelhidão, calor, 
prurido, edema de extremidades 
o Fatores que podem ser 
predisponentes – houve infecção 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
39 
 
recente ou prévia?, cirurgias, 
trauma, medicações, houve 
melhora ou piora?, qual a história 
epidemiológica 
 
- História patológica pregressa (HPP) 
o É necessário fazer a pesquisa para 
doenças crônicas que podem estar 
asssociadas com a adenomegalia 
(ex: tuberculose), causas 
cardíacas, renais, neoplásicas, 
autoimunes, infecciosas (HIV, 
CMB, EBV) 
o Fazer pesquisa de cirurgicas 
prévias, traumatismos 
o Transplante de órgãos 
 
- Histórico familiar – importante por 
exemplo para avaliar se existem doenças 
autoimunes (que estão na maioria das 
vezes associadas a hereditariedade) 
- ISDA -> revisar as queixas e fazer a 
análise dos diversos aparelhos 
 
b) Exame físico 
- As etapas mais importantes são a 
inspeção (verificar abaulamentos ou 
sinais flogísticos) e a palpação 
- Pode-se realizar dois tipos de exame 
físico 
I. Exame de um determinado 
sistema/aparelho 
- Exame dos membros superiores: 
avaliação linfonodos axilares e 
epitrocleares 
- Avaliação do baço durante exame do 
abdome 
II. Ou até mesmo realizar o exame de 
todo o sistema linfático de uma vez 
 
ANÁLISES IMPORTANTES DOS 
LINFONODOS 
- Número e forma que ele se apresenta 
- Tamanho 
< -0,5-1,0 cm = normal 
> 1,0-1,5 cm = anormal → processo 
inflamatório 
> 2,0 cm anormal → processo neoplásico 
> 1,0-2,0 cm região inguinal pode ser 
considerada normal 
- Qual a consistência e mobilidade do 
linfonodo? 
Endurecido → neoplásico 
Firme e elástico → linfoma 
Móvel e fribroelástico → inflamatório 
 
- Outros achados que podem ser 
observados – fístulas, coalescência e 
estado da pele 
 
- É importante fazer a avaliação a região 
de drenagem dos linfonodos para 
complementar investigação 
 
- A localização dos linfonodos 
aumentados é essencial para fornecer 
uma pista do diagnóstico 
 
OBS: Em geral, os linfonodos malignos 
são indolores, enquanto aqueles que 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
40 
 
representam uma infecção podem ser 
hipersensíveis 
 
Adenomegalias de metástases são de 
consistência dura 
Adenomegalias de neoplasias malignas 
hematológicas é normalmente de 
consistência mole 
 
CADEIAS DE LINFONODOS 
• Cabeça 
Occipitais 
Retroauriculares 
Pré-auriculares 
Tonsilares 
Submandibulares 
Submentonianos 
 
• Pescoço 
Cervicais Superficiais 
Cervicais Profundos 
Áreas Supraclaviculares 
 
• Outras Cadeias 
• Axilares 
• Epitrocleares 
• Inguinal 
• Poplíteo 
 
OBS: ATENÇÃO – OSCE e provas é mais 
importante os linfonodos de cabeça e 
pescoço 
 
SEQUÊNCIA DE AVALIAÇÃO DOS 
LINFONODOS DE CABEÇA E 
PESCOÇO 
1) Pré-auricular: á frente orelha 
2) Retroauricular: superficial sobre o 
processo mastoide 
3) Occipital: na base do crânio; posterior 
4) Tonsilares: ângulo da mandíbula 
5) Submandibulares 
6) Submentoniano: linha média 
extremidade mandíbula 
7) Cervicais Superficiais: superficiais ao 
m. esternocleidomastóideo 
8) Cervicais Posteriores: borda anterior do 
trapézio 
9) Cervicais Profundo: profundo em 
relação ao m. esternocleidomastóideo 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
41 
 
10) Área Supraclavicular: profundo entre 
o ângulo da clavícula e m. 
esternocleidomastóideo 
- A decisão quanto à realização de uma 
biopsia de linfonodo depende da história e 
apresentação clínicas e da facilidade com 
que pode ser obtida. 
 
TÉCNICA DE PALPAÇÃO DOS 
LINFONODOS 
- Com a polpa digital do 2º, 3º e 4º dedos 
→ realizar uma pressão sobre a pele e 
avaliar a mobilidade e consistência dos 
linfonodos 
- é importante palpar os dois lados ao 
mesmo tempo para que se avalia a 
simetria 
 
- Palpação de linfonodos axilares 
• Localizados na região axilar 
• Drenam região torácica posterior, 
da mão, antebraço, porção 
superior do abdome e parte da 
mama 
• Adenomegalias unilaterais estão 
associadas a tumores de mama, 
linfoma e infecções de 
extremidades superiores 
Técnica 
Com o paciente sentado, apoie o 
antebraço do paciente no seu braço 
contralateral (mão esquerda do 
avaliador – axila direita do paciente) 
Após isso gire as pontas dos dedos a 
fim de sentir os gânglios linfáticos 
 
Estruturas anatômicas que delimitam 
região axilar: 
- Músculo peitoral (anterior) 
- Músculo grande dorsal e 
subescapular (posterior) 
- Gradil costal medialmente 
- Extremidade proximal membro 
superior lateralmente 
 
Palpação dos linfondos epitrocleares 
• Localizados na parte medial do 
membro superior abaixo do 
cotovelo 
• Drenam dedo mínimo, anular e a 
metade cubital do médio, palma da 
mão, na metade cubital, e 
antebraço 
Técnica 
Apoie o cotovelo esquerdo do paciente no 
antebraço esquerdo do examinador e 
realiza a palpação com a mão direita 
Estruturas anatômicas que delimitam 
região epitroclear: 
- Músculo bíceps braquial 
- Músculo tríceps braquial 
- Epicôndilo medial do úmero 
 
Palpação dos linfonodos inguinais 
• Localizados na região inguinal e 
podem ser divididos em 2 grupos: 
superficiais e profundo 
• Drenam - Superficiais: pele da 
parede abdominal inferior, pele do 
pênis, escroto, vulva, mucosa da 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
42 
 
vagina, pele da região perineal e 
glútea e porção inferior do canal 
anal 
- Profundos: da glande, pênis, clitóris e 
recebem a drenagem dos linfonodos 
superficiais 
Técnica 
Com o paciente deitado em posição 
supina e com os joelhos levemente 
flexionados 
Linfonodos inguinais superficiais 
superiores ficam próximo canal inguinal 
Linfonodos inguinais superficiais inferiores 
se localizam mais profundamente na 
região da virilha 
 
Palpação dos linfonodos poplíteos 
• Localizados na aponeurose 
profunda do cavo poplíteo 
• Drenam articulação do joelho, da 
pele da perna, do pé, do tendão de 
Aquiles e de estruturas profundas 
da pele 
Técnica 
Com o paciente deitado em posição 
supina e com os joelhos levemente 
flexionados, faça a palpação dos 
linfonodos locais 
TIREOIDE 
 
 
 
 
 
- Veia jugular, artéria carótida, nervo 
laríngeo recorrente, paratireoides 
 
 
a) Anamnese 
- Durante a anamnese é importante 
reconhecer sinais e sintomas associados 
a patologias da tireoide 
→ Hipotireoidismo, tireotoxicose, nódulos 
OBS: bócios multinodulares tem 
predominância na 4ª década de vida 
 
• Alterações locais na tireoide que 
são importantes: dor, dispneia, 
disfonia, rouquidão, disfagia 
 
b) Exame físico 
- Etapas: inspeção, palpação e ausculta 
- pode ser realizado na frente ou atrás do 
paciente 
- é importante evitar a hiperextensão do 
pescoço 
Veia jugular 
A. carótida 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
43 
 
- Avaliar forma, tamanho, local, 
consistência, dor e a presença de 
nódulos/ massas palpáveis anormais 
I. aumento – verificar se é global ou 
localizado 
II. massas – única/ múltiplas 
III. consistência - fibroelástica (normal), 
endurecida, pétrea ou amolecida 
- ausculta – sopro tereoidiano na 
tireotoxicose com hipertireoidismo 
 
Inspeção 
- identifique a cartilagem tireoide e a 
cricoidea 
- Inspeção estática 
- Inspeção dinâmica → pedir para que o 
paciente realize uma deglutição para 
avaliar a movimentação da glândula para 
cima 
 
 
 
 
 
Palpação 
- A palpação deve ser suave 
- Os lobos tireoidianos medem 
aproximadamente 4 cm em seumaior 
diâmetro e consistência é firme porém 
maleável. Aspecto áspero implica em 
processo inflamatório 
- Analisar os nódulos - tamanho, 
consistência, tamanho e se móvel a 
deglutição 
- Se existir dor a palpação → Tireoidite 
Aguda ou Subaguda (processo 
inflamatório) 
 
→ Existem duas abordagens de palpação: 
A) ANTERIOR 
- paciente sentado, examinador à sua 
frente 
- Coloque o polegar na traqueia 3cm 
abaixo da cartilagem tireoide 
- Com o polegar, o examinador firma a 
traqueia na linha média enquanto palpa o 
lobo contralateral, realizando movimentos 
circulares com os dedos indicador e 
médio 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
44 
 
B) POSTERIOR 
- o paciente deve permanecer sentado 
enquanto o examinador, de pé atrás dele, 
posiciona suas mãos na região 
anterolateral de seu pescoço 
- polegares do examinador devem ficar 
fixos na nuca do paciente 
- movimentos circulares com os dedos 
indicador, médio e anular para sentir a 
glândula 
 
 
➔ Além dessas duas abordagens 
pode-se realizar a seguinte 
manobra: 
- A flexão do pescoço, ou a rotação 
discreta do pescoço para um lado ou para 
o outro, provoca relaxamento do músculo 
esternocleidomastóideo, facilitando a 
palpação da tireoide 
 
Asculta 
- ausculta dos lobos direito e esquerdo 
- verifica se há presença de sopro 
sistólico extra cardíaco – gera aumento 
de fluxo sanguíneo tireoidiano levando à 
presença do sopro 
 
SINAL DE PEMBERTON 
- Técnica: elevação dos membros 
superiores por 1 minuto 
- o que se observa quando o sinal é 
positivo é uma pletora (grande 
abundância de sangue) fácil decorrente 
da compressão das veias jugulares 
→ presente em tumores 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
45 
 
Propedêutica cardio 3 
 
EXAME FÍSICO CARDIOLÓGICO 
3 etapas do exame físico cardiológico 
- inspeção, palpação e ausculta 
- Um dos itens avaliados durante a 
palpação é o → ictus cordis 
Relembrando – 
a) Estenose = problema na entrada 
do sangue – valva não abre 
b) Insuficiência = problema na saída 
do sangue – valva não fecha 
Sopro sistólico em foco tricúspide – 
significa que durante o processo de 
contração houve um sopro, logo a valva 
tricúspide não conseguiu fechar direito 
durante esse processo → chegando a 
conclusão de uma possível insuficiência 
da valva tricúspide 
Sopro diastólico em foco mitral – significa 
que durante o período de relaxamento do 
coração, significa que houve dificuldade 
na abertura da valva mitral → logo a valva 
não conseguiu abrir direito gerando um 
turbilhonamento do sangue que levou o 
som auscultado, assim concluindo uma 
possível estenose da valva mitral 
Sentado, decúbito dorsal – a posição do 
médico deve ser à direita do paciente 
 
ORDEM DE AUSCULTA 
Focos: Aórtico → pulmonar →aórtico 
acessório → tricúspide → mitral 
 
CICLO CARDÍACO 
Diástole - válvulas atrioventriculares 
abertas – tricúspide e mitral abertas 
Sístole atrial – força uma pequena 
quantidade de sangue para os ventrículos 
Contração ventricular fecha as valvas 
atrioventriculares → 1ª bulha 
Ejeção ventricular – a pressão 
ventricular aumenta e excede a pressão 
nas artérias levando à abertura das 
valvas semilunares e o sangue é ejetado 
Relaxamento ventricular isovolumétrico – 
o ventrículo relaxa, a pressão cai e o fluxo 
retrógrado fecha as valvas semilunares → 
2ª bulha 
3ª bulha no adulto → sobrecarga 
volumétrica, pode ser uma insuficiência 
cardíaca – ruído que ocorre durante a 
diástole, depois da 2ª bulha 
Ritmo de galope = 3ª bulha – 
característica de insuficiência cardíaca 
4ª bulha ocorre no início da sístole, antes 
da 1ª bulha → pré sistólica 
 
ESTENOSE MITRAL 
- É causada por um estreitamento do 
orifício atrioventricular esquerdo 
devido a um espessamento e fibrose 
das cúspides valvares 
→ principal causa é doença reumática 
OBS: lúpus também podem ocasionar 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
46 
 
- Na estenose mitral leve o paciente 
costuma ser assintomático 
- Na estenose mitral moderada começam 
a aparecer sintomas como -> dispneia, 
palpitações após esforço 
- Na estenose mitral grave -> dispneia a 
mínimos esforços e na posição deitada, 
dispneia paroxística noturna, tosse seca, 
hemoptise 
Ortopnéia – não tolerar deitar 
Dispnéia paroxística noturna – quando o 
paciente acorda frequentemente durante 
a noite devido a dificuldade para respirar 
OBS: Estenose mitral – poupa o 
ventrículo esquerdo e assim não se tem 
alteração do ictus cordis 
→ Manobra utilizada para aumentar o 
sopro da estenose de valva mitral – 
Manobra de Pachón 
 
 
INSUFICIÊNCIA DA VALVA MITRAL 
- fechamento incompleto da valva mitral, 
que leva a um refluxo de sangue para o 
átrio esquerdo durante a sístole 
ventricular 
→ causas: doença reumática, prolapso 
valvar mitral, IAM, endocardite infecciosa 
- Achados do exame físico: 
Ventrículo esquerdo hipercinético, sem 
sinais de dilatação 
Ictus cordis – não deslocado, mas mais 
intenso 
Sopro sistólico com foco mitral e 
irradiação para a axila 
Presença de 4ª bulha 
- Quando existe uma insuficiência mitral 
significativa pode-se gerar uma 
hipertensão pulmonar 
 
→ Manobra – Manobra de Handgrip 
 
INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE 
- Decorre do fechamento incompleto da 
valva tricúspide com consequente 
regurgitação para o átrio direito durante a 
sístole ventricular 
→ Causas: pode ser secundária a um 
infarto do ventrículo direito 
- ausculta no foco tricúspide 
- Achados do exame físico: 
Ventrículo direito hipertrofiado 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
47 
 
Sopro holossistólico de alta frequência, 
audível na área tricúspide, que aumenta 
com a inspiração profunda (manobra de 
Rivero Carvalho) 
Evidência de hipertensão pulmonar 
Alguns sintomas de insuficiência 
ventricular direita podem aparecer mais 
tardiamente 
→ Manobra – Manobra de Rivero 
Carvalho 
 
ESTENOSE AÓRTICA 
- Estreitamento da válvula aórtica que 
dificulta a passagem do sangue 
→ Causa: Calcificação idiopática de uma 
valva bicúspide ou tricúspide, congênita 
ou reumática 
→ Achados do exame físico 
Parvus et tardus é quase patogneumônico 
de estenose aórtica 
Estenose aórtica – “ampulheta” – cresce e 
decresce 
Estenose da valva aórtica – sopro em 
rugido 
Sintomatologia da estenose aórtica → 
dispneia devido da hipertrofia ventricular 
esquerda levando a uma congestão – 
redução de complacência – presença de 
4ª bulha (disfunção diastólica- 
insuficiência), síncope (devido a 
hipotensão ou uma grave arritmia), angina 
Dança das artérias – é patogneumônico 
de estenose aórtica 
Movimentação frontal da cabeça → 
Musset 
Pulso em martelo d’água → Corrigan 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
48 
 
Hipotireoidismo e tireotoxicose 
 
REVISÃO 
- A unidade funcional é o folículo 
tireoidiano 
- Células epiteliais produzem T3 e T4 
- Doença na tireoide → alteração primária 
→ que desregula o eixo hipotálamo-
hipófise-tireoide 
- Patologias que levam a diminuição da 
produção de hormônio -> levam a 
diminuição do metabolismo 
- Enzima deiodinase converte T4 em T3 
→ Hormônio tireoidiano atua como um 
fator de transcrição (efeito genômico) 
para a estimulação de diversos fatores 
fisiológicos 
T4L (hormônio livre – mais ativo) e T4T 
(total – está ligado a proteínas como 
albumina, transtirretina e TBG) → essas 
duas formas diferem na biodisponibilidade 
 
 
 
Funções da tireoide 
- regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-
tireoide e por outros fatores como o nível 
de iodo 
 
 
- Hormônios tireoidianos regulam 
metabolismo promovem aumento da 
utilização celular de glicose nos tecidos 
extra-hepáticos; estimulam a 
neoglicogênese hepática, bem como a 
síntese, mobilização e a degradação 
lipídica 
- Participam da síntese de proteínas 
estruturais, enzimas e hormônios. 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
49 
 
IMPLICAÇÕES NA PROPEDÊUTICA 
I. Anamnese 
- Queixas como → letargia, sonolência, 
ganho de peso, unha fraca, falta de 
energia, bradicardia,anasarca – sinais de 
HIPOTIREOIDISMO 
OBS: derrame pleural, derrame 
pericárdico, ascite → relacionados com a 
anasarca 
 
II. Exame físico 
- presença de nódulos na tireoide 
 
HIPOTIREOIDISMO 
- é uma síndrome clínica que resulta na 
produção insuficiente de hormônio 
tireoidiano 
• Primário → alteração na tireoide 
• Secundário ou Central → alteração 
no Hipotálamo/Hipófise 
• Periférico → Resistência ao 
hormônio tireoidiano 
- pode ser congênito, adquirido ou 
transitório 
- No adulto a forma mais importante de 
hipotireoidismo adquirido é a tireoidite de 
Hashimoto 
 
a) Anamnese 
Manifestações clínicas 
- baixa estatura em crianças 
- Mixedema 
- Ganho de peso 
- Aumento da reabsorção de cálcio nos 
ossos, levando à osteoporose e à 
hipercalcemia 
- No caso do hipotireoidismo central as 
manifestações clínicas são mais brandas, 
do que aquelas encontradas na primária 
 
OBS: mixedema/coma mixedematoso → 
hipotireoidismo grave associado a 
hipotermia 
- Metabolismo e termogênese: fadiga, 
falta de energia, intolerância ao frio, 
sonolência e diminuição do apetite 
- Pele e anexos: pele fria e pálida, 
coloração amarelada, queda de cabelos e 
unhas quebradiças. mixedema. 
- Sistema cardiovascular: bradicardia, 
diminuição do tempo de 
contração/relaxamento cardíaco, derrame 
pericárdico, dispneia. 
- Sistema pulmonar: dispneia e fraqueza 
musculatura torácica. 
- Sistema gastrointestinal: constipação, 
dispepsia 
- Sistema neurológico: depressão, 
alteração cognitiva, encefalopatia de 
hashimoto (vasculite autoimune). 
- Sistema reprodutor: amenorreia, 
hiperprolactinemia (TRH), libido 
 
Edema orbital 
Afinamento das 
sombrancelhas 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
50 
 
Hipotireoidismo neonatal → congênito 
(rastreado pelo teste do pezinho) 
➔ Manifestações clínicas: choro 
rouco, lanugem fetal, icterícia 
prolongada, língua protrusa, 
macroglossia, apatia 
➔ Achado radiográfico de disgenesia 
epifisária 
 
 
 
TIREOTOXICOSE 
- Síndrome clínica associada ao excesso 
de produção do hormônio tireoidiano 
circulante, pode ou não estar 
acompanhada de hipertireoidismo 
→ quantidades excessivas de T3 e T4 
- A hiperfunção da tireoide é definida 
como → hipertireoidismo 
Sinais e sintomas associadas a 
hiperfunção da tireoide: 
• Hipersensibilidade ao calor 
• Aumento da sudorese 
• Perda de peso 
→ Sistema cardio: taquicardia, 
palpitações, fibrilação atrial 
→ Sistema digestório: aumento da 
motilidade intestinal 
→ Sistema genital: alterações 
menstruais 
→ Sistema locomotor: fraqueza 
muscular 
→ Sintomas oculares: exofitalmia, 
exofitalmopatia 
→ Sistema nervoso: hipercinético, 
irrequieto 
 
Doença de Graves 
- É uma doença autoimune caracterizada 
pela presença de autoanticorpos (TRAb) 
que se ligam ao receptor de TSH levando 
a produção excessiva de T4 e T3 
→ essas alterações determinam 
hiperplasia e hiperfunção da glândula 
- A presença de bócio se deve ao fato de 
que como o autoanticorpo TRAB se liga 
ao receptor de TSH → aumentando os 
efeitos desse receptor como a 
estimulação para o crescimento celular, e 
consequentemente levando ao 
crescimento da glândula e se 
caracterizando pelo bócio 
 
Tireoidite X Doença de Graves → na 
tireoidite não há bócio! Enquanto em 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
51 
 
Graves ele pode ser observado. Além de 
sinais e sintomas como oftalmopatia e 
dermopatia (mixedema pré-tibial) 
 
 
 
 
 
 
 
Dermopatia – pele em casca de laranja 
 
 
Baqueteamento digital – menos comum 
 
EXAME FÍSICO 
Nódulos tireoidianos 
- menores que 1 cm → maioria não são 
preocupantes 
- É importante avaliar se eles são 
funcionantes ou não funcionantes 
➔ Adenoma Tóxico → funcionante 
 
➔ Bócio Multinodular Tóxico → 
funcionante 
 
➔ Bócio Multinodular Atóxico → não 
funcionante 
 
Bócio 
- aumento do volume tireoidiano 
a) Bócio difuso atóxico – aumento 
global da tireoide sem 
sintomatologias de disfunção 
 
b) Bócio difuso tóxico – aumento 
global da glândula com 
sintomatologia de hipertireoidismo 
 
c) Bócio uninodular atóxico - 
presença de nódulo único, sem 
sinais e sintomas de disfunção 
 
d) Bócio uninodular tóxico – doença 
de Plummer 
 
e) Bócio multinodular tóxico 
 
f) Bócio multinodular atóxico 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
52 
 
- Utilização da técnica que avalia a 
presença do sinal de Pemberton – está 
presente em tumores 
 
 
 
TIREOIDITE DE HASHIMOTO 
- Distúrbio inflamatório crônico de 
etiologia autoimune 
- Consequência da agressão do tecido 
tireoidiano por anticorpos. 
- Na tireotoxicose que surge na tireoidite 
subaguda e na tireoidite de Hashimoto, o 
processo inflamatório lesiona os folículos 
tireoidianos → leva liberação dos 
hormônios ali estocados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
53 
 
Insuficiência cardíaca 
 
- É uma síndrome secundária à uma 
agressão do músculo miocárdico (que 
pode ser aguda ou crônica) → resultando 
em uma incapacidade do órgão em 
realizar suas funções e manter a 
demanda de oxigênio e nutrientes do 
organismo 
 
- O principal mecanismo fisiopatológico na 
progressão da insuficiência cardíaca é a 
remodelação com crescimento cavitário 
ao longo do tempo e redução da Fração 
de ejeção 
 
➔ Pode ser classificada em 
insuficiência crônica, aguda, 
cardíaca esquerda, cardíaca 
direita, cardíaca sistólica e 
cardíaca diastólica 
 
ETIOLOGIAS 
- Hipertensão arterial 
- Infarto agudo do miocárdio 
- Doenças valvares 
- Cardiomiopatias 
- Congênita 
- Cardiotoxicidade – ocasionada por 
diversas drogas, tais como aquelas 
utilizadas durante a quimioterapia 
- Ingesta excessiva de álcool 
- Doenças autoimunes – lúpus 
- Doenças renais 
- Taquicardiomiopatia 
 
- Miocardites (virais por exemplo) 
- Periparto – alterações após o parto 
 
ALGUMAS DEFINIÇÕES: 
Insuficiência crônica: relacionada a 
doenças crônicas (p. ex.: hipertensão 
arterial sistêmica (HAS), doenças 
valvares crônicas, doença arterial 
coronariana, doenças congênitas, etc.) 
Insuficiência aguda: situações que 
geram alteração súbita e importante do 
DC (ex: traumas, IAM) 
Insuficiência cardíaca esquerda: 
quando as alterações da função cardíaca 
estão relacionadas especificamente às 
câmaras esquerdas 
Insuficiência cardíaca direita: 
comprometimento da função cardíaca 
está relacionada à alteração das câmaras 
direitas e congestão sistêmica, gerando, 
assim, quadro de cianose, edema de 
membros inferiores, turgência jugular, 
hepatomegalia e ascite 
Insuficiência cardíaca sistólica: 
relacionada à diminuição da função 
contrátil do coração e à capacidade de 
ejetar o sangue para os grandes vasos 
Insuficiência cardíaca diastólica: 
associada a uma hipertrofia ventricular, 
decorrente de doenças como doença 
arterial coronariana, diabetes mellitus, 
cardiomiopatia restritiva etc. 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
54 
 
FISIOPATOLOGIA 
- Deficiência pode ser sistólica ou 
diastólica 
→ Quando há uma agressão que altera a 
contração (sistólica) e quando o 
comprometimento é no relaxamento 
(diástole, resultando em um volume 
inadequado) 
 
- Alteração na contratilidade do coração – 
leva a uma deficiência sistólica 
 
- Ventrículo tem dificuldade na contração 
quando ele se apresenta dilatado 
 
- Alteração na pressão arterial – leva a 
uma deficiência diastólica, pelo fato de 
que a HAS pode gerar uma hipertrofia no 
VE e assim uma dificuldade no período de 
diástole 
 
OBS: Contratilidade é a força do coração 
para contrair (Frank-Starling) 
 Fração de Ejeção: Quanto saiu de 
volume e quanto sobrou na cavidade 
ventricular ao final da sístole 
 Débito cardíaco: volume de sangue 
bombeado por minuto → depende do 
volume sistólico e da frequênciacardíaca 
- Frequência cardíaca é diretamente 
influenciada pelo sistema nervoso 
autônomo simpático e parassimpático 
 
 
 
Pós carga é a resistência vascular 
periférica contra o volume a ser ejetado 
OBS: insuficiência mitral (leva a 
hipertrofia cardíaca), insuficiência aórtica 
também pode levar a uma certa 
hipertrofia cardíaca 
 
Na estenose aórtica existe uma barreira 
para a função do ventrículo → levando a 
hipertrofia (diminuição da cavidade) – 
menor volume 
OBS: Na estenose mitral – não existem 
alterações significativas no VE, enquanto 
no pulmão irá ocorrer uma congestão 
pulmonar e consequentemente edema 
pulmonar agudo 
 
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS 
I. Normal 
II. Dilatado = sobrecarga de volume → IC 
sistólica 
III. Hipertrófico = sobrecarga de pressão 
→ IC diastólica 
→ O volume que entra na cavidade é 
muito menor do que aquele que ocorreria 
em situações normais 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
55 
 
 
 
 
SÍNDROME DE BAIXO DÉBITO 
- É caracterizada pelo baixo débito 
cardíaco, levando a alteração da perfusão 
de órgãos importantes, levando o 
organismo a promover mecanismos 
compensatórios 
- Pode ser ocasionada pela insuficiência 
cardíaca sistólica → alteração na 
contração – diretamente relacionada ao 
baixo débito cardíaco 
- Quando existe um baixo débito cardíaco 
a pressão é afetada → levando a uma 
vasoconstrição periférica, em uma 
tentativa de melhorar a PA 
 
→ MECANISMOS COMPENSATÓRIOS: 
• Sobrecarga de volume 
 
• Vasoconstrição elevada 
 
• Aumento da pré carga – devido ao 
aumento da retenção de água e 
sódio 
 
• Ativação do sistema renina, 
angiotensina, aldosterona 
 
a) Ativação da vasopressina: 
aumento da retenção de água, 
para que haja aumento da pré 
carga 
b) Aldosterona: aumento da pré 
carga com a retenção de sódio e 
água (porém ocorre congestão 
pulmonar e sistêmica) 
c) Angiotensina II: vasoconstrição e 
aumento da pós carga 
d) Noraepinefrina e epinefrina: 
aumento da vasoconstrição 
periférica (aumento da FC) 
 
SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS DA IC: 
- Congestão pulmonar 
- Edema pulmonar 
- Oligúria e noctúria 
- Falta de ar 
- Bendopneia - falta de ar sentida ao 
inclinar-se para a frente 
- Ortopneia – dificuldade para deitar-se, 
dispneia que piora quando o doente deita 
- Dispneia paroxística noturna – paciente 
costuma acordar frequentemente durante 
a noite 
- Ganho de peso – devido a retenção de 
sódio e líquido 
- Tosse seca 
- Dor abdominal – pois geralmente há 
hepatomegalia e/ou edema em alças 
intestinais 
- Refluxo hepatojugular – quando se 
aperta o fígado do doente o retorno 
venoso imediato leva à turgecência da 
veia jugular 
- Ritmo de galope → terceira bulha 
- Ascite 
- Edema periférico 
DILATADO HIPERTROFIADO 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
56 
 
- Taquicardia 
- Estertores crepitantes – sinal de líquido 
retido nos alvéolos 
- Extremidades frias 
- Pré síncope 
- Anorexia 
 
➔ Efeitos gerados pela ativação 
desse mecanismo compensatório 
1- retenção água(HAD)>pré carga 
2- pós carga aumenta para aumentar PA 
3- FC aumenta 
4- contratilidade alterada por apoptose 
(perca de células miocárdicas) 
 
 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
ESQUERDA 
- É aquele paciente que precisa estar 
sempre sentado 
- Com os seguintes sintomas e sinais 
mais expressivos 
➔ Dispneia 
 
➔ Pressão venosa normal 
 
➔ Ortopneia 
 
- Ventrículo esquerdo não funcionante 
(falência do ventrículo esquerdo)→ leva a 
uma pressão aumentada nas porções que 
antecedem ele, e assim ocorre um 
represamento do sangue (estase), 
principalmente na região pulmonar – 
gerando um extravasamento de líquido 
dos capilares para o interstício e em 
seguida para os alvéolos gerando a falta 
de ar 
- Raio x do paciente – irá apresentar 
congestão pulmonar – imagem 
esbranquiçada advinda do excesso de 
líquido nos pulmões 
 
 
 
A classificação funcional da IC é baseada 
nos sintomas do paciente → anamnese é 
fundamental – Classificação do New York 
Heart Association 
 
 
 
 
 
 
Exame físico 
- Na insuficiência do VE há dificuldade no 
esvaziamento do átrio esquerdo → o 
sangue é represado para os locais 
anteriores a ele que são as veias 
pulmonares e pulmões (cheios de líquido) 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
57 
 
• Estertores crepitantes (Congestão 
pulmonar) 
 
• Sibilos (asma cardíaca) 
 
• Sopros valvares 
 
• 3ª bulha (ritmo de galope) e 4o 
bulha 
• 
• Derrames pleural (entre a pleura 
visceral e parietal) e pericárdico 
 
• Má perfusão periférica – cianose, 
membro inferior frio, cor pálida 
 
• Pode apresentar uma síndrome de 
baixo débito cardíaco 
 
• Ictus cordis desviado 
 
 
 
 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA 
- Ventrículo direito envia sangue para a 
artéria pulmonar – obstruções na 
vascularização pulmonar levam a falência 
do ventrículo direito 
DPOC → gera falência no ventrículo 
direito (cor pulmonale crônico) 
- Sinais e sintomas mais expressivos 
• Cianose 
 
• Veia Jugular engurgitada 
 
• Hepatomegalia 
 
• Ascite 
 
• Edema 
 
• Pressão venosa elevada 
 
• Refluxo hepato-jugular 
- O raio X do paciente apresenta dilatação 
do átrio direito e ventrículo direito 
 
 
CAUSA DE DESCOMPENSAÇÃO 
• C - coronária 
• H - hipertensão 
• A - arritmia 
• M - medicação 
• P - embolia pulmonar 
• S - sepse 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
58 
 
→ Outras informações importantes: 
Tireoide, adrenal, rim, medicamentos 
(corticoides - retenção de sódio e água) 
 
EXAMES PARA O DIAGNÓSTICO DA IC 
- Confirmar o exame físico 
- Estadiar comprometimento cardíaco 
- Estadiar acometimento sistêmico (Rins) 
- Definir terapia individualizada 
- Avaliar prognóstico 
 
Quais são os exames? 
• BNP 
• NT-pró BNP (fragmentos de degradação 
do BNP) 
• Função Renal 
• Eletrólitos 
• Função Hepática 
• Função da Tireoide 
• Provas inflamatórias 
 
RADIOGRAFIA 
• Edema Pulmonar 
• Derrame Pleural 
• Indice cardio-torácico >0,5 
• Linhas B de Kerley 
Linhas B de Kerley – são linhas retas, 
horizontais que denotam septos 
interlobulares espessados → Geralmente 
associados a edema pulmonar 
 
 
 
ELETROCARDIOGRAMA 
O eletrocardiograma pode ser de grande 
auxílio – demonstra sobrecarga do 
ventrículo esquerdo e sobrecarga do 
ventrículo direito 
- É importante procurar sinais de IAM 
prévio, aumento e hipertrofia de 
cavidades, bloqueio cardíaco, 
arritmias, derrame pericárdico 
 
→ Em V1 e V2 conseguimos enxergar o 
ventrículo direito e o esquerdo → onda 
positiva (ventrículo direito) e onda 
negativa (ventrículo esquerdo) 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
59 
 
 
 
ECOCARDIOGRAMA: 
- É útil na avaliação da estrutura e função 
cardíacas e para a identificação de 
possíveis causas estruturais da 
insuficiência cardíaca. 
- Outro exame importante é o 
ecocardiograma, consegue avaliar: 
1) Tamanho das câmaras 
2) Contratilidade das câmaras 
3) Refluxos valvares 
4) Fração de ejeção 
 
CONSEQUÊNCIAS DA IC 
- internações 
- Insuficiência renal 
- Insuficiência hepática 
- Arritmias 
- Comprometimento da qualidade de vida 
- Óbito 
 
TRATAMENTOS MEDICAMENTOSOS: 
- DIURETICO –Furosemida porque 
elimina mais Na 
- Bloquear a Angiotensina II- BRA ou 
IECA 
- Bloquear o receptor Beta1- 
Betabloqueador 
- Diminuir a FC- Ivabradina ( canais 
rápidos de sódio do nó sinusal) 
- Bloquear a produçao da Aldosterona 
:Espirolactona 
- Melhorar a contrallidade : Digital e 
Dobutamina 
 
• Neprilisina é a enzima que degrada o 
BNP(peptídeo natriurético) 
Precisa ser inibida !! 
 
Porém ao aumentar a ação do BNP há 
diminuição da volemia estimulando o 
sistema renina- angiotensina necessita 
inibidor da ECA 
 
• Pesquisa feita para encontrar uma droga 
inibitória da Neprilisina 
➔ Sacubitril +Valsartana 
 
TRATAMENTO NA FASE AGUDA DA 
DOENÇA: 
• Morfina - diminui a congestão 
• Dopamina 
• Dobutamina 
• Vasodilatadores• Diuréticos 
• Digitálicos 
 
RESSINCRONIZADOR CARDÍACO 
- ressincroniza os batimentos do VE e VD, 
além da sístole atrial 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
60 
 
• Terapia de ressincronização cardíaca 
nos pacientes com FE<35% e BRE 
• QRS largo >120mm 
• Terapia com CDI se FE<35% e Isquemia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
61 
 
Síndrome Consumptiva 
 
Síndrome clínica que consome do 
organismo humano 
→ Causas: neoplasias, diabetes, 
alzheimer (outras demências), depressão 
(associada a anorexia e perda da fome), 
síndromes dessabsortivas, tuberculose, 
AIDS, desnutrição (ambiental – sem a 
presença de comida) 
 
- INVESTIGAÇÃO DA SÍNDROME 
CONSUMPTIVA: 
• Caso clínico exemplo: 
Homem, 52 anos, casado, com 6 filhos e 
3 netos, trabalhador em logística 
Chega ao pronto socorro 
PA= 70 x 50 mmHg 
FC= 55 bpm 
O2 = 97% 
Ritmo cardíaco irregulares com sopros 
Peso = 55Kg 
Altura = 1,70 
 
- Exames a serem pedidos: 
➔ Glicemia capilar 
 
➔ Raio X de tórax (para busca de TB 
e neoplasias) 
 
➔ Bioquímico: ureia, creatinina, K+, 
Na+, Cl- 
 
➔ Avaliar a glicemia novamente 
 
 
 
➔ TGO, TGP, gama GT, FA 
 
➔ Imagens: TC de abdômen 
 
➔ Testes de HIV, TB, Hepatites (A, B, 
C) 
 
- Segundo momento: 
Dosagem Na+ 
Dosagem de K 
Glicemia 
PA tem melhora 
 
- Paciente foi considerado caquético 
 
PERDA DE PESO SIGNIFICATIVA 
- Incluem muitas causas distintas 
→ Perda de peso significativa pode ser 
definida como perda maior que 5,0% do 
peso habitual no período de 6 a 12 meses 
→ Perda de peso maior que 10,0% é 
considerada estado de desnutrição 
associado à deficiência humoral e celular 
mediada 
- É comumente um dos primeiros sinais 
de doenças graves 
- Associada a mortalidade elevada – 
pensando-se em alterações de proteínas 
como albumina, alfa 1, beta 1, IgM e IgG, 
estando todas comprometidas → assim 
tornando o paciente mais susceptível a 
agravamentos de diversos quadros 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
62 
 
→ A perda de peso significativa é 
caracterizada pela redução involuntária 
maior que 5% do peso habitual no 
período de seis a doze meses 
- Essa alteração leva a piores 
prognósticos em idosos, deficientes 
físicos, doença sistêmica crônica 
associada 
- Redução da micção e lacrimação 
 
- Apresentação: redução da massa 
muscular, atrodia do TCSC, alterações de 
pele e fâneros, olhos encovados 
 
CAQUEXIA 
- perda de massa muscular muito 
expressiva → leva a dor no paciente 
- perda muito significativa de tecido 
gorduroso 
- grande risco de fratura 
- Perda global – perdas em massa 
muscular, tecido gorduroso e ósseo 
- Utilização de drogas que podem levar a 
caquexia > diuréticos, cocaína 
- Doenças cardiopulmonares – perda de 
peso relacionada a insuficiência cardíaca 
(caquexia cardíaca) 
 
 
 
 
SARCOPENIA 
- Ocorre uma perda de massa muscular 
com déficit funcional 
 
 
DESNUTRIÇÃO: 
- deficiência global ou especifica de 
nutrientes 
→ deficiências de vitaminas do complexo 
B, vitaminas lipossolúveis (ADEK) 
 
CAUSAS MAIS FREQUENTES 
G gastrointestinais → Chron, doença de 
chagas (megaesôfago), esôfago de Barret 
E endócrinas → hipertireoidismo, diabetes 
tipo 1 
M malignidades → câncer 
I infecciosas → tuberculose, AIDS, 
hepatite C, pneumonias graves adquiridas 
na comunidade 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
63 
 
D doenças neurológicas → demências, 
escleroses 
O psiquiátricas → depressão, transtornos 
alimentares (anorexia, bulemia) 
S sistêmicos/sociais → pobreza, miséria, 
vulnerabilidade 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
- A fisiopatologia é dividida em 3 
categorias 
a) Diminuição da ingestão de alimentos 
b) Metabolismo acelerado 
c) Aumento da perda de energia 
 
OBS: A perda súbita de peso no paciente 
com HIV geralmente está relacionada à 
infecção secundária, já a perda gradual é 
advinda da baixa ingesta calórica 
 
→ A perda de peso é um sintoma de 
desordem multifatorial, que inclui: 
- Alteração da ingesta calórica 
- Alteração da absorção intestinal 
- Alteração da motilidade intestinal 
- Uso de medicamentos e abuso de 
drogas 
- Produção aumentada de substâncias 
en-dógenas como fator de necrose 
tumoral 
 
- A medida que há consumo de ATP é 
necessário que haja substratos (glicoses, 
aminoácidos, ácidos graxos) 
→ Anorexia fisiológica está relacionada a 
senescência e à idade 
• Diminuição do metabolismo basal 
• Aumento da circulação de 
colecistocinina 
 
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA DE PESO 
1 - Involuntária com aumento do 
apetite 
➔ Aumento do gasto energético 
 
➔ Ou à perda de nutrientes pelas 
fezes ou urina 
Exemplos: hipertireoidismo, diabetes 
mellitus, feocromocitoma, síndromes má 
absortivas, grande aumento da atividade 
física 
→ Exames a serem solicitados: 
I. TSH e T4L 
II. Glicemia, hemoglobina glicada 
III. Dosagem de ACTH e 
metabólitos das catecolaminas 
- Na Diabetes melliitus (principalmente a 
1), a causa da perda de peso está 
associada à deficiência de insulina, com 
depleção de líquido extra e intracelular 
- No feocromocitoma a atividade 
adrenérgica exacerbada aumenta a taxa 
de metabolismo basal 
 
2 - Involuntária com diminuição do 
apetite 
• Alta taxa de atividade inflamatória 
(TNF, IL-1,IL-6 são substâncias 
anorexígenas) 
 
• Distúrbios psiquiátricos 
(depressão, fase maníaca do 
distúrbio bipolar, distúrbio de 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
64 
 
personalidade e paranóia, uso 
crônico de drogas) 
Exemplos: neoplasias, doenças crônicas, 
doenças infecciosas, doenças 
gastrintestinais benignas (dispepsia, 
colecistopatias, diarreias funcionais) 
Outras causas: Depressão, distúrbio 
bipolar, endocrinopatias (DM, insuficiência 
adrenal), drogas ilícitas, etilismo, nicotina, 
medicamentos (opióides, neurolépticos) 
 
→ Exames a serem solicitados: 
I. Avaliar se há presença de 
leucemia mieloide, câncer de 
intestino, próstata (dosagem de 
PSA) 
Outros tumores: estômago, colorretal, 
pulmão, via biliar, intestinal, linfoma, 
melanoma, rim, ginecológico, fígado, 
sistema nervoso central, linfoma 
 
3 - Voluntária 
 
PROPEDÊUTICA NA SÍNDROME 
CONSUMPTIVA 
a) Anamnese 
- Como está seu apetite? 
- Atividade física? 
- Padrão de perda (flutuante ou estável) 
- Há quanto tempo? (roupas) 
- Voluntária ou involuntária? 
- Alterações do humor 
 
- Atenção para populações especiais 
quanto ao risco nutricional – como: 
infância, adolescência, gravidez, lactação, 
idosos 
 
→ 9 Ds 
Dentição 
Disfagia 
Disgeusia (alteração do paladar) 
Diarreia 
Depressão 
Doença crônica 
Demência 
Disfunção (física, cognitiva e psicosocial) / 
Dependência 
Drogas 
 
- Outra regra mneumônica para lembrar-
se dos diagnósticos diferenciais para 
perda de peso é MEALS ON WHEELS 
Medication: medicamentos 
Emotional problems: problemas 
emocionais, principalmente depressão 
Anorexia: nervosa, alcoolismo 
Late Life paranóia 
Swallowing: deglutição 
Oral factors: fatores orais 
No Money: problemas financeiros 
Wandering ou comportamentos alterados 
H: hiper/hipotireoidismo, 
hiperparatireoidismo, hipoadrenalismo 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
65 
 
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA 
FUNCIONAL 
- É a medida que avalia o grau de 
dependência para atividades cotidianas → 
utilizado para idosos ou adultos com 
sinais sugestivos de limitações 
- Quanto menor a pontuação maior o grau 
de dependência do paciente 
 
b) Exame físico 
- Deve incluir: 
 Exame de pele, cabelo, unhas 
 
 Cavidade oral 
 
 Avaliação da tireoide 
 
 Propedêutica cardiovascular, 
pulmonar e abdominal 
 
 Palpação de linfonodos 
 
 Exame neurológico 
 
- Sinais vitais: PA, pulso, FR, temperatura 
axilar 
- Medidas antropométricas: IMC, 
circuferência do brago, prega cutânea, 
peso, alturaFacies e humor característicos de 
síndrome consumptiva → depressivo, 
triste, pouco diálogo 
 
 
 
 
Facies e humor característicos da 
síndrome consumptiva → depressivo e 
com pouco diálogo 
 
 
CARACTERÍSTICAS ENCONTRADAS 
NO EXAME FÍSICO 
1- Pele 
- xerótica, descamativa 
 
 2- Mucosas 
- descoradas, desidratadas, 
podem estar ictéricas, 
gengivorragia, gengivas com 
aspecto esponjoso 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
66 
 
 3- Atrofia temporal, perda da bola 
gordurosa de Bichat (advinda da redução 
prolongada de reserva calórica) 
 
 
 4- Cavidade oral 
- língua com aspecto magenta, glossite, 
queilite, monilíase 
Queilite 
 
Glossite 
 
 
5- Anexos: 
- Alterações em unhas, pelos e cabelos 
 
Coiloníquia 
 
 
 
 
6- Edema 
 
 
7- Massa muscular 
- Perda significativa da massa muscular 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
67 
 
PROPEDÊUTICA CARDIOVASCULAR, 
PULMONAR E ABDOMINAL 
• Pulmonar 
- Diminuição da capacidade de expansão 
pulmonar 
- Hipoventilação nas bases 
• Cardiovascular 
- taquicardia 
- Sopro 
- Insuficiência cardíaca 
- Beribéri (déficit de tiamina) 
 
PROPEDÊUTICA NEUROLÓGICA 
- Alterações sensitivas 
- Alterações motoras 
 
EXAMES COMPLEMENTARES INICIAIS 
1) hemograma 
2) eletrólitos 
3) glicemia 
4) Função renal e hepática 
5) TSH 
6) Sorologia para HIV 
7) Proteína C Reativa 
8) Parasitológico de fezes 
 
EXAMES ADICIONAIS 
- Albumina sérica, pré albumina, 
transferrina, colesterol e contagem de 
leucócitos 
- Marcadores tumorais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Propedêutica pneumlógica 1 
 
MARCOS ANATÔMICOS MAIS 
IMPORTANTES: 
- fissura supraesternal 
- 2ª costela 
- 2º espaço intercostal – sua localização é 
importante para a inserção da agulha na 
drenagem de pneumotórax 
- 4º espaço intercostal – é importante para 
a inserção de dreno torácico à ex: em 
alguns casos de derrame pleural 
- 4ª vértebra torácica à quando o paciente 
é entubado, ela serve para referência 
para se verficar no raio x se o tubo foi 
colocado corretamente (pois ela é o local 
aproximado onde está a traqueia) 
 - Ângulo de Louis 
- Processos espinhosos das vértebras – a 
vértebra mais proeminente é a C VII 
- 7º e 8º espaços intercostais à importante 
para toracocentese 
- Apêndice xifoide 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. Anamnese 
- sintomas comuns ou preocupantes: 
• Dor torácica 
• Falta de ar (dispnéia) 
• Sibilos 
• Tosse 
• Expectoração 
• Hemoptise 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
70 
 
- Sexo, idade, cor da pele, domicílio, 
profissão 
→ Queixa principal: geralmente tosse, 
falta de ar, dor no peito 
→ Duração dos sintomas: agudo ou 
crônico 
→ Fatores agravantes ou 
desencadeantes: atividades físicas, 
alérgenos 
→ Existem sintomas associados? - febre, 
perda de peso 
→ História pregressa: asma, bronquite, 
pneumonia, tuberculose 
→ História familiar - presença de 
problemas respiratórios em familiares 
próximos 
OBS: algumas doenças autoimunes têm 
repercussões pulmonares 
→ História ocupacional - locais com 
exposição a poeira, gases ou produtos 
químicos. 
→ Hábitos de vida - tabagismo e consumo 
de álcool 
→ Medicamentos em uso 
→ Exposição a animais ou ambientes 
contaminados 
→ Vacinação 
→ É importante o interrogatório 
sintomatológico para avaliar se o pulmão 
está funcionando como espelho de uma 
doença sistêmica 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
A) DOR TORÁCICA 
- Ansiedade 
- Quando o paciente apresenta o punho 
cerrado sobre o esterno → sugere angina 
de peito 
- Paciente aponta o dedo para uma 
região de hipersensibilidade na parede 
torácica → dor musculoesquelética 
- mão na direção do pescoço 
para o epigástrio sugere pirose. 
 
B) TOSSE 
- É resultante de estimulação dos 
receptores da mucosa das vias 
respiratórias 
- Esses estímulos têm origem 
inflamatória, mecânica, química ou 
térmica 
- importante analisar as características da 
tosse! - frequência, intensidade, 
tonalidade, existência ou não de 
expectoração, relações com o decúbito, 
período do dia em que é maior sua 
intensidade 
 
C) DISPNEIA: 
- É a conscientização desconfortável da 
respiração, a qual é inadequada em 
relação ao nível de esforço 
 
I. Ortopneia é a dispneia que impede o 
paciente de ficar deitado e o obriga a 
sentar-se ou a ficar de pé para obter 
algum alívio 
 
II. Trepopneia é a dispneia que aparece 
em determinado decúbito lateral 
 
III. Platipneia (contrário da ortopneia) é a 
dispneia que aparece quando o paciente 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
71 
 
passa da posição deitada para sentado 
ou em pé 
 
 
- Escala mMRC CAI EM PROVA 
 
 
 
 
 
 
D) HEMOPTISE 
- eliminação de sangue pela boca 
- podem ser devidas a hemorragias 
brônquicas ou alveolares 
 
 
II. Exame físico 
- Para realizar o exame é NECESSÁRIO 
que o tórax esteja desnudo! 
a) Inspeção 
- O tórax é observado tanto com o 
paciente sentado como deitado 
- Inspeção estática → examinam-se a 
forma do tórax e suas anomalias 
estruturais, congênitas ou adquiridas, 
localizadas ou difusas, simétricas ou não 
- Inspeção dinâmica → movimentos 
respiratórios 
→ É importante dividir o tórax em 
linhas e regiões no momento de 
descrever os achados no tórax – a fim 
de se realizar um acompanhamento da 
evolução de doenças 
- Na pele observam-se a coloração e o 
grau de hidratação, bem como se há 
lesões elementares sólidas, 
correlacionando-as com as doenças 
pulmonares 
 
AUSCULTA – Região 9 esquerda e 
depois direta → 11 direita e depois 
esquerda → 12 esquerda e depois direita 
→ 10 
 
- Na inspeção é possível observar ainda: 
→ Cianose 
→ Baqueteamento digital 
→ Pescoço: avaliar musculatura 
acessória e posição da traqueia 
→ Ritmo respiratório (eupneico, 
bradipneico, taquipneico, dispneico) 
Para se fazer a inspeção deve se seguir a 
ordem – anterior → posterior → lateral 
(peça para o paciente colocar a mão na 
cabeça e verificar as laterais direita e 
esquerda) 
 
Ritmo respiratório 
 Eupneia: respiração normal 
 
 Dispneia: é a respiração difícil, 
trabalhosa ou curta. Pode ser súbita 
ou lenta e gradativa. 
 
 Ortopneia: é a incapacidade de 
respirar facilmente, exceto na posição 
ereta 
 
 Taquipneia: respiração rápida, acima 
dos valores da normalidade, 
frequentemente pouco profunda 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
72 
 
 Bradipneia: respiração lenta, abaixo 
da normalidade 
 
 Apneia: ausência da respiração 
 
 Respiração de Cheyne-Stokes: 
respiração em ciclos, que aumenta e 
diminui a profundidade, com períodos 
de apneia 
 
 Respiração de Kussmaul: inspiração 
profunda seguida de apneia e 
expiração suspirante 
 
 Respiração de Biot: respirações 
superficiais durante 2 ou 3 ciclos, 
seguidos por período irregular de 
apneia 
 
 Respiração sibilante: sons que se 
assemelham a assovios. 
 
 
Formatos do tórax 
Pectus escavatum 
 
 
Pectus carinatum 
 
 
Tórax em tonel ou em barril 
 
• tórax normolíneo – quando o ângulo de 
Charpy é de 90º; 
• tórax longilíneo – quando apresenta 
ângulo de Charpy menor do que 90º 
• tórax brevilíneo – quando apresenta 
ângulo de Charpy maior do que 90º. 
 
Atenção para outros achados da 
inspeção – circulação colateral, 
gânglios supra e subclaviculares 
 
b) Palpação 
- Sensibilidade e dor provocada ou 
espontânea podem ser avaliadas 
durante a palpação 
→ A palpação do tórax tem por finalidade 
avaliar: as paredes torácicas; a 
sensibilidade; a elasticidade; a 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
73 
 
expansibilidade; e as vibrações ou 
frêmitos 
- Manobra de Lasègue – para avaliar a 
elasticidade (médico deve apoiar uma 
mão naparede anterior e a outra na 
parede posterior do tórax do paciente e 
realizar leve compressão em diversos 
pontos) 
- A expansibilidade do ápice é verificada 
por meio da manobra de Ruault 
(examinador coloca uma mão em cada 
hemitórax e com as extremidades dos 
polegares reunidas na linha mediana ou 
vertebral sobre C7, então pede-se para o 
paciente inspirar profundamente e 
verifica-se, comparando a elevação das 
mãos, se existe assimetria) 
- Contraturas musculares 
- Edema 
- Sudorese 
- Enfisema subcutâneo – presença de ar 
na região subcutânea 
- Gânglios 
- Supra e infra claviculares 
- Axilares 
- Temperatura 
 
→ Palpação de frêmitos 
“Palpar” o som 
Vogal ou “33” 
Aumentado - consolidações 
Normal 
Diminuído - derrames pleurais 
 
c) Percussão 
- Falange distal nos espaços intercostais 
(indicado ou dedo médio) / movimento de 
martelo 
- Movimenta o punho e não o braço 
durante a realização da técnica! 
- Sons: 
• Normal: Claro pulmonar 
• Hiper sonoro: “tambor”: Enfisema 
• Macicez ou Sub macicez: “som 
abafado”: característico de 
derrame pleural 
 
 
 
 
 
 
 
LINHAS E REGIÕES DO TÓRAX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
74 
 
d) Ausculta 
- Respirar profundamente, 
pausadamente, sem fazer ruídos e em 
ambiente silencioso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Ausculta 
I. Sons normais 
• Som traqueal 
• Som brônquico 
• Murmúrio vesicular 
• Som broncovesicular 
 
II. Sons anormais 
• Descontínuos: estertores finos e grossos 
• Contínuos: roncos, sibilos e estridor 
• Sopros 
• Atrito pleural 
 
III. Sons vocais 
• Broncofonia, egofonia, pectorilóquia 
fônica e afônica. 
 
 
 
 
 
HOMENS 
 
 
MULHERES – devido a presença da 
mama, o exame difere 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
75 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É SEMPRE PRECISO PEDIR RAIO X 
ANTERIOR E LATERAL!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
76 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
77 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
78 
 
Dor torácica 
 
- dor torácica é uma sensação álgica e de 
origem não traumática 
- Tem várias intensidades desde um leve 
desconforto até uma forma lancinante → 
dado subjetivo 
- Nem toda dor torácica é denominada 
angina 
- Diferentes faixas etárias podem ser 
acometidas pela dor torácica 
- O principal elemento propedêutico da 
dor torácica é a ANAMNESE 
 
Diferenças entre: 
Dor torácica X dor pré cordial 
• Dor pré cordial é localizada sempre 
na região do pré cordio 
 
• Dor torácica – tem uma definição 
mais ampla quanto ao local da dor 
 
CAUSAS DA DOR TORÁCICA 
- Causas cardíacas -> podem ser 
isquêmicas e não isquêmicas 
- Causas não cardíacas 
 
→ Causas potencialmente fatais de dor 
torácica: 
Síndromes Coronarianas 
Dissecção de Aorta 
Embolia Pulmonar 
Pneumotórax 
Rotura de Esôfago 
 
I. Anamnese 
- Dados importantes: idade, 
características da dor, fatores de risco 
para doença aterosclerótica, 
antecedentes mórbidos 
→ Origem da dor por ordem de maior 
para menor frequência 
 Musculoesquelética 
 Dispéptica 
 Cardíaca 
 Psiquiátrica 
 Pulmonar 
 
CARACTERÍSTICAS DA DOR 
- Localização 
- Irradiação 
- Duração 
- Qualidade 
- Intensidade 
- Evolução 
- Sintomas associados 
- Fenômenos que acompanham 
- Fatores de piora 
- Fatores de melhora 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
79 
 
 
 
NÃO CARDÍACAS 
Musculoesquelética 
- Mialgia, fibromialgia 
- Osteocondrites (Dor nas articulações 
condroesternais), Síndrome de Tietze 
- Herpes Zoster 
- Cervicalgia 
- Lesões ósseas 
Dispépticas → gastrointestinais 
Doença péptica – úlcera, gastrite 
Pancreatite 
Colecistite, colelitíase 
Coledocolitíase, colangite 
→ Esofágicas 
• Hérnia de Hiato (DRGE) 
• Espasmo esofágico 
• Esofagite 
• Ruptura esofágica - Síndrome de 
Boerhaave 
 
Pulmonares 
• Pleurite 
• Pneumotórax 
• “Tromboembolismo Pulmonar - 
TEP” 
 
Psicoemocional 
• Transtorno de pânico 
• Depressão 
• Ansiedade 
 
CARDÍACAS 
- Não isquêmica 
• Dissecção de Aorta 
• Pericardite 
• Valvopatias 
• Cardiomiopatia Hipertrófica 
• Cardiomiopatia por estresse 
(Takotsubo) 
 
- Isquêmica – Insuficiência Coronariana 
(I.Co.) 
• Angina Estável 
• Angina Instável 
• Infarto do Miocárdio 
- Sem Supra do Segmento ST (IAMSSST) 
- Com Supra do Segmento ST (IAMSST) 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
80 
 
ABORDAGEM INICIAL A DOR 
TORÁCICA 
- A causa fatal mais frequente 
é a insuficiência coronariana 
- síndromes coronarianas agudas 
(SCA) 
 
SÍNDROMES CORONARIANAS 
- Aumenta a probabilidade de ser 
uma SCA a presença dos seguintes 
sintomas: 
• Irradiação para um ou ambos os 
ombros: mesmo que seja só o 
direito. 
• História de náuseas e vômitos 
• Sudorese 
• Associação da dor com esforço 
 
1 - ANGINA PECTORIS 
É uma dor que se caracteriza por 
ter início súbito 
Em região torácica, epigástrio, 
mandíbula, ombro, dorso ou 
membros superiores 
desencadeada ou agravada 
com a atividade física ou 
estresse emocional 
Atenuada com repouso e 
uso de nitratos 
 
 
 
 
 
 
 
- Formas clínicas de apresentação 
a) Angina Estável 
Propedêutica: 
→ Analisar as características da dor na 
anamnese, identificar se existem fatores 
de risco (dislipidemias, HAS, 
sedentarismo), quais ao hábitos de vida 
do paciente (tabagismo, álcool) 
→ Exame físico é inespecífico 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENÁRIO CLÍNICO DE EMERGÊNCIA 
b) Angina Instável 
- características: dor torácica típica, ECG 
normal ou inespecífico 
- Marcadores de necrose miocárdica 
estão negativos 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
81 
 
➔ Punho fechado em direção a 
região pré cordial ou retroesternal 
→ posição de Levine 
 
➔ Apontando a região da dor 
 
➔ Mão espalmada 
 
➔ Mão no braço 
 
OBS: Marcadores de necrose 
miocárdica → CK-MB, Troponina 
- A necrose do músculo cardíaco promove 
a liberação de enzimas e proteínas 
estruturais dos miócitos que podem ser 
quantificadas por técnicas específicas no 
sangue dos pacientes com IAM 
 
c) Infarto Agudo do Miocárdio Sem 
Supra do Segmento ST – 
IAMSSSST 
- Características : dor torácica típica, ECG 
normal ou inespecífico, marcadores de 
necrose miocárdica positivos (ou seja 
está apresentando lesão de células) 
 
d) Infarto Agudo do Miocárdio Com 
Supra do Segmento ST - 
IAMSSST (IAMCSST) 
- Características: dor torácica típica, ECG 
com supra desnivelamento do segmento 
ST, marcadores de necrose miocárdica 
positivos 
Dor precordial 
Duração prolongada (em minutos) 
Náuseas e vômitos 
Sensação de morte iminente 
 
→ Quando for observada supra de ST 
precisa de intervenção imediata!! 
 
- Exame físico geral: Ansioso / palidez 
cutânea /sudorese fria, Taquicardia, 
taquipnéia leve, PA normal ou elevada 
- Exame físico especial: Normal, 4ª. bulha 
/ 3ª. bulha / estertoração crepitante 
Pouca complascência 
 
Classificação de Killip faz a 
estratificação do risco de morte 
 
 
ELETROCARDIOGRAMA 
- Segmento S-T 
→ Esse segmento em uma situação de 
fase aguda depois de 30 minutos com 
lesão transmural (supra ST) 
 
Deve ser feito o mais brevemente 
possível: “tempo porta ECG < 10 minutos” 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABORDAGEM INICIAL DA SCA 
I. Anamnese 
- Fatores de risco 
• HAS 
• Tabagismo 
• Dislipidemia 
• Diabetes mellitus 
• Sedentarismo 
• Obesidade 
• Antecedente pessoal de doença 
aterosclerótica 
• História familiar de doença 
aterosclerótica precoce 
 
PERFIS DE RISCO: 
Idade > 60 anos 
Característica da dor 
Fatores de risco, ECG 
1- baixo risco 
Sintomas pouco característicos 
Desconforto torácico reprodutível pela 
palpação 
Alterações inespecíficas darepolarização 
ventricular 
Marcadores negativos 
< 60 anos / ausência fatores de 
risco par DAC 
 
c) intermediário risco 
Sintomas sugestivos 
Idade > 70 anos 
Diabetes Mellitus 
Doença Vascular (cerebral, periférica) 
ECG com onda Q; alteração segmento 
ST / T 
Marcadores normais 
 
d) alto risco 
Dor prolongada (>20’) / dor similar a 
quadro anginoso prévio 
Insuficiência Mitral transitória, hipotensão, 
sudorese, estertoração pulmonar 
Infra de ST, T invertida> 2mm 
Marcadores elevados 
 
Exame físico: alterado 
- Hipotensão 
- Dispneia 
- Estase jugular 
- Estertoração pulmonar 
- 3ª. ou 4ª. Bulha 
- Atrito pericárdico 
- Sopros 
- Bradi ou taquiarritmia 
 
SÍNDROMES AÓRTICAS AGUDAS 
1- Dissecção 
2- Hematoma Mural 
3- Úlcera de Aorta 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
83 
 
OBS: Ecocardiograma é um exame com 
boa indicação nos pacientes com suspeita 
de derrame pericárdico, valvopatias, 
cardiomiopatia hipertrófica, dissecção 
aguda da aorta, embolia pulmonar e 
hipertensão pulmonar 
• pouca utilidade na emergência 
para os pacientes com SCA 
 
1- DISSECÇÃO DA AORTA 
- Descontinuidade da parede vascular que 
leva ao estabelecimento de fluxo entre as 
camadas intima e média 
- Impõe risco iminente de vida 
- A descontinuidade é chamada de 
flapping 
- Classificação de Stanford – tipo A mais 
letal e mais comum que a tipo B 
 
 
- Mais comum em homens 
- Ascendentes tem maior incidência na 5ª 
década de vida 
- Descendentes tem maior incidência na 
6ª década de vida 
- Fatores de risco → HAS, síndrome de 
Marfan 
 
→ STANFORD A SINAIS 
- Insuficiência Cardíaca/Insuficiência 
Aórtica 
- Insuficiência coronariana 
- Síncope 
- Acidente Vascular Encefálico 
 
 
DISSECÇÃO DA AORTA TIPO A/B – 
CLÍNICA 
- Sintomas: dor torácica com 
irradiação 
- Pressão arterial elevada 
- Isquemia de membros 
- Má perfusão visceral (isquemia 
mesentérica, renal ou medular) 
- choque 
Pesquisar: 
- Diferença da PA entre os MMSS 
- Diferença de pulsos – palpar pulsos em 
MMSS e MMII 
→ Sopro diastólico 
- Dor é lancinante e irradiada para região 
cervical, dorso 
 
2- EMBOLIA PULMONAR 
- Obstrução da circulação arterial 
pulmonar pela instalação de êmbolos 
(originados de trombos presentes na 
circulação venosa), com redução ou 
cessação do fluxo sanguíneo para a área 
afetada 
- angiotomografia de artéria pulmonar é 
usualmente o exame de escolha 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
84 
 
 
As setas apontam falhas de enchimento 
 
Sintomas 
Dor retroesternal em peso ou pleurítica 
Dispneia, tosse, hemoptise, palpitações 
 
Sinais 
Taquipneia, taquicardia, dessaturação 
periférica 
Propedêutica pulmonar variável: 
diminuição do murmúrio vesicular, 
estertoração crepitante, sibilos 
Propedêutica cardio: estase jugular, B2 
hiperfonética, hipotensão, choque, 
arritmia ventricular, óbito 
 
- Contexto clínico → paciente com TVP, 
pacientes em pós operatório, pacientes 
que tratam neoplasias, traumas, síndrome 
do imobilismo, viagens longas 
(especialmente em > 65 anos), 
contraceptivos orais, tabagismo, 
obesidade, HAS 
 
3- PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
- Acúmulo de ar no espaço pleural sob 
pressão 
- Sinais, sintomas quadro clínico: 
Dor súbita e intensa, piora com inspiração 
Dispneia grave 
Taquicardia/hipotensão 
Choque obstrutivo → mecanismo que leva 
a morte – pressão no mediastino leva a 
compressão da veia cava 
No lado acometido é observado: 
• Expansibilidade diminuída 
• Timpanismo à percussão 
• MV ausente 
 
 
- Contexto clínico: 
Espontâneo 
• Primário: rotura de bolhas 
subpleurais 
 
• Secundário: DPOC, Fibrose 
Cística, Neoplasias, Infecções 
Pulmonares (cavitações, 
pneumatoceles) 
 
Adquirido 
• Toracocentese 
 
• Punção venosa central 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
85 
 
4- ROTURA DE ESÔFAGO – 
SÍNDROME DE BOERHAAVE 
- Perfuração espontânea do esôfago 
resultante do aumento súbito da pressão 
intraesofágica combinado com uma 
pressão intratorácica negativa 
Situação de hiperemese que procede com 
quadro de dor torácica intensa 
 
- Local mais frequente → Terço distal do 
esôfago intratorácico, parede lateral 
esquerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
86 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
87 
 
Asma brônquica 
 
- Doença inflamatória do aparelho 
respiratório 
→ Inflamação crônica das vias 
respiratórias, com limitação variável do 
fluxo expiratório, que pode ser parcial ou 
totalmente reversível 
 
FISIOPATOLOGIA 
- broncoconstrição, espessamento da 
parede das vias respiratórias e 
aumento da produção de muco 
→ Presença de anticorpos – 
predominantemente IgE → asma alérgica 
→ Linfócitos Th2 iniciam e propagam a 
cascata inflamatória associada à alergia 
ao produzir várias citocinas. 
→ Células inflamatórias, eosinófilos, 
interleucinas 1-3, citocinas, 
prostaglandinas, mastócitos, eosinófilos, 
linfócitos, basófilos 
PGE2 leva a vasodilatação 
Leucotrienos fazem broncoconstrição 
→ Essas alterações levam a mudança da 
pressão hidrostática e consequentemente 
extravasamento de líquido 
Receptor muscarínico M3 é ativado por 
acetilcolina – broncoconstrição 
Receptor de noradrenalina Beta 2 – 
quando ativado realiza – broncodilatação 
 
Gasometria de crise asmática → paciente 
em acidose respiratória 
 
 
Tratamento → O2, broncodilatadores e 
anti-inflamatórios 
 
- Obstrução decorrente da constrição 
do músculo liso → leva a aumento da 
resistência ao fluxo de ar 
 
SINTOMAS RECORRENTES: 
• Sibilância ou chiado na ausculta 
• Dispneia 
• Opressão torácica 
• Tosse 
 
- piora dos sintomas no período noturno e 
pela manhã, ao acordar, ou aos 
exercícios 
- Esses sintomas podem ser agravados 
por infecções virais (gripes e resfriados), 
exposição a alergênicos ambientais, 
fumaça de cigarro, alterações climáticas, 
estresse ou emoções 
→ Tosse – causada pela inflamação 
→ Dispneia e chiado – causados pela 
broncoconstrição – ESSES SINTOMAS 
SÃO MAIS GRAVES 
 
Ataque de asma – cenário de pronto 
atendimento 
Asma de difícil controle – internação 
hospitalar 
Cenário de UBS – controle da asma → 
quadros não emergenciais 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
88 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O objetivo do manejo no controle da asma 
é evitar novas exacerbações – ataques 
frequentes 
 
Asma é classificada em controlada, 
parcialmente controlada e não controlada 
 
Asmas deflagradas por medicamentos 
→ AINES (devido ao bloqueio da COX, 
aumento da via da 5 lipoxigensae e 
consequentemente aumento da produção 
de leucotrienos) e beta bloqueadores 
(fármacos não seletivos pelo bloqueio de 
receptores beta, levando ao impedimento 
da broncodilatação, aumento da 
acetilcolina e causando broncoconstrição) 
 
I. Anamnese 
- Perguntar sobre exacerbações 
- Perguntas sobre os sintomas 
- Se a atividade altera os sintomas 
- Avaliar possíveis exposições 
ocupacionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II. Exame físico 
a) Inspeção – analisar alterações no 
formato do tórax 
- Nessa etapa é possível verificar se 
pacientes que apresentam crises agudas 
de asma brônquica estão usando seus 
músculos acessórios da respiração; 
nesse caso, a pele sobre o tórax pode 
estar retraída para os espaços 
intercostais durante a inspiração 
 
b) Percussão: apresenta-se hiper-
ressonância, com perda da 
variação normal na macicez em 
razão do movimento diafragmático; 
o frêmito tátil está diminuído 
 
c) Ausculta: sibilos (geralmente mais 
alto na expiração) polifônico 
 
Roncos - sugestivos de secreções 
livres no lúmen das viasrespiratórias 
 
Estertores – pode estar presente 
em uma insuficiência cardíaca 
 
 
IMPORTANTE! VAI CAIR NA 
PROVA – CLASSIFICAÇÃO GINA 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
89 
 
→ ATENÇÃO A perda de intensidade ou 
a ausência de sons respiratórios em 
um paciente com asma brônquica é 
uma indicação de obstrução grave ao 
fluxo de ar 
 
IV. Diagnóstico 
- Investigação laboratorial: hemograma, 
Raio X de tórax (PA e perfil), prova de 
função pulmonar, prick teste 
 
 
ESPIROMETRIA 
→ Geralmente este teste é realizado após 
o paciente se apresentar relativamente 
estável 
- Na asma brônquica é observada 
presença de diminuição nas taxas de 
fluxo de ar ao longo da capacidade vital 
- O pico de fluxo expiratório (PFE), o 
volume expiratório forçado no primeiro 
segundo (VEF1) e o fluxo expiratório 
médio forçado (FEMF) → DIMINUÍDOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAÇÃO DE NO EXPIRADO 
- A fração de óxido nítrico é elevada em 
paciente com asma brônquica 
RAIO X 
- Radiografia em um indivíduo com asma 
brônquica geralmente está inalterada 
 
ESCARRO 
- O escarro do paciente asmático pode 
ser transparente ou opaco, com coloração 
verde ou amarela 
 
OUTROS ACHADOS 
- Pacientes asmáticos atópicos terão 
eosinofilia sanguínea, níveis séricos 
elevados de imunoglobulina E (IgE) 
 
TRATAMENTO 
- A base do tratamento da asma é o 
corticóide inalatório - CI (corticoide 
inalatório) ou CI associado ao LABA 
• SABA - beta agonistas de curta duração 
• LABA - beta agonistas de longa duração 
• LAMA - anti muscarínicos de longa 
duração 
• Corticóide inalatório 
• Corticóide oral 
• Xantinas – EX: teofilina 
• Montelucaste - antagonista de 
receptores de leucotrienos 
• Azitromicina - antibiótico 
• Imunobiológicos 
 
ASMA GRAVE 
- Asmas não controladas tem grande risco 
de evoluírem para a forma grave da 
doença 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
90 
 
Tuberculose aplicavél na atenção 
primária 
 
É uma doença alterada pelos 
determinantes sociais em saúde 
 
TUBERCULOSE 
- doença granulomatosa crônica causada 
pelo bacilo álcool-acidorresistente (BAAR) 
Mycobacterium tuberculosis 
Transmissão: inalação de gotículas 
infecciosas 
- Tem uma estreita relação com a infecção 
pelo HIV, pelo fato de essa doença 
promover e acelerar a prograçãi da 
infeccção para a TB ativa e ações sobre a 
reativação ou reinfecção da TB 
→ ATENÇÃO para a TB causada por 
microrganismos resistentes a fármacos 
(como rifampicina) 
- Características: formação de granuloma, 
com necrose caseosa e células de 
Langerhans gigantes multinucleadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A TB extrapulmonar pode acontecer 
em qualquer órgão 
Paciente hipocorado, estertores e chiados 
→ alguns achados do exame físico 
 
DIAGNÓSTICO: 
- Baciloscopia – teste do escarro 
- Teste cutâneo tuberculínico 
- Ensaios de liberação de interferona 
gama (IGRA) 
- O raio X de tórax evidencia opacidades 
alveolares heterogêneas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUBERCULOSE PRIMÁRIA 
- Sintomas:febre, falta de ar, tosse 
não produtiva e, raramente, 
eritema nodoso 
- presença de crepitações e sibilos 
localizados 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
91 
 
Teste rápido molecular – identifica 
cepas de tuberculose que são 
multirresistentes 
 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO 
CLÍNICA DA TB 
TUBERCULOSE DE REATIVAÇÃO 
- A TB pulmonar constitui a forma mais 
comum de TB de reativação 
- Sinas e sintomas: início insidioso de 
tosse produtiva, sudorese noturna, 
anorexia e perda de peso 
- Escarro pode ser purulento 
- Exame físico: macicez, sopro anfórico 
 
TUBERCULOSE POR REINFECÇÃO 
- É clinicamente indistinguível de outras 
formas 
- constitui um importante mecanismo 
patogênico em ambientes de alta 
transmissão 
 
TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR 
- Frequentemente ocorre junto com a TB 
pulmonar 
- Mais comum em crianças e jovens 
adultos 
- Está muito associada a infecção com 
HIV 
 
Tratamento da TB 
➔ O tratamento da TB é uma questão 
tanto clínica quanto de saúde 
pública 
- Em TB causadas por microrganismos 
que são sensíveis a fármacos: 
Fase intensiva de terapia nos primeiros 2 
meses, dirigida contra os microrganismos 
de multiplicação e metabolismo rápidos, 
resultando habitualmente em esterilização 
do escarro nos pacientes com TB 
pulmonar 
- As consultas devem ser agendadas 
mensalmente e devem incluir uma 
avaliação clínica e exame de escarro. 
 
ATENÇÃO PARA A COINFECÇÃO PELO 
HIV 
- Os esquemas intermitentes têm 
tendência a resultar em resistência à 
rifampicina; por conseguinte, recomenda-
se a administração diária dos 
medicamentos. 
 
TB RESISTENTE A FÁRMACOS 
- Representa um desafio mais significativo 
de tratamento 
- Se for reconhecida uma resistência a 
quaisquer fármacos além da isoniazida no 
esquema, o ciclo curto não é 
recomendado 
- O esquema tradicional, que inclui pelo 
menos cinco fármacos aos quais o 
isolado é sensível 
- O esquema deverá incluir fármacos de 
primeira linha com atividade mantida, uma 
fluoroquinolona (FQ), um fármaco 
injetável (amicacina, canamicina ou 
capreomicina) e fármacos de segunda 
linha (etionamida, ciclosserina, PAS) com 
a meta de cinco fármacos efetivos no 
esquema. 
 
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO 
- Tratamento dos doentes 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
92 
 
- Vacina BCG 
 
MICOSES PULMONARES 
Principais micoses pulmonares são: 
paracoccidioidomicose (blastomicose sul-
americana ou doença de Lutz), 
histoplasmose, candidíase, aspergilose e 
criptococose

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