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CURSO 
Paulo Igor
ATUALIZAÇÃO 
JURÍDICA -
CASAMENTO E 
REGIME DE BENS 
Copyright@ 2020 Unieducar 
Editor - Chefe 
Juracy Soares 
Revisão 
Unieducar – Inteligência Educacional 
Editoração Eletrônica 
Unieducar – Inteligência Educacional 
Diagramação 
Unieducar 
Capa 
Mateus Neris 
Foto da Capa 
https://www.pexels.com 
UNIEDUCAR – UNIVERSIDADE 
CORPORATIVA 
Fortaleza/Ce – Sede: 
Rua Monsenhor Bruno, 1153 – 50° 
Andar – Aldeota – Fortaleza – Ceará. 
CEP: 60115-190 
www.unieducar.org.br 
IGOR, Paulo. 
Casamento e Regime de Bens. 
Fortaleza/CE: Unieducar, 2020
(25 páginas e Diagramação 21X29) 
Prefixo Editorial UNIEDUCAR: 81381
CASAMENTO E REGIME DE BENS 
Casamento Civil 
Casamento Religioso com efeitos civis: passa pela habilitação em 
cartório, após, realiza-se a celebração na igreja e, na sequência, a 
documentação da igreja é levada a cartório. 
Casamento Avuncular: é o casamento de tio (a) com sobrinho (a). Essa 
modalidade de casamento é permitida no ordenamento jurídico brasileiro, 
ante a flexibilização da regra do artigo 1521, inciso IV e, 
consequentemente, deve-se apresentar documento médico com- 
provando que não há prejuízo para a prole (Decreto – Lei n° 
3.200/1941). 
Art. 1.521. Não podem casar: 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o 
terceiro grau inclusive; Art. 1º do Decreto – Lei n° 3.200/1941. O 
casamento de colaterais, legítimos ou ilegítimos do terceiro grau, é 
permitido nos termos do presente decreto-lei. 
Art. 2º do Decreto – Lei n° 3.200/1941. Os colaterais do terceiro 
grau, que pretendam casar-se, ou seus representantes, legais, se 
forem menores, requererão ao juiz competente para a habilitação 
que nomeie dois médicos de reconhecida capacidade, isentos de 
suspeição para examiná-los e atestar-lhes a sanidade, afirmando 
não haver inconveniente, sob o ponto de vista, da saúde de 
qualquer deles e da prole, na realização do matrimônio. 
Casamento em caso de moléstia grave – 1.539 do CC/02: é feita a 
habilitação para o casamento, mas em razão da doença de um dos 
nubentes não é possível esperar o dia da celebração. A autoridade 
celebrante ou aquele que a represente, acompanhará o ato e a 
manifestação de vontade dos nubentes, uma vez que o casamento se 
aperfeiçoa no momento em que há o encontro de vontades. 
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o 
presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, 
sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que 
saibam ler e escrever. 
§ 1º A falta ou impedimento da autoridade competente para
presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos 
legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado 
pelo presidente do ato. 
§ 2º O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no
respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas 
testemunhas, ficando arquivado. 
Casamento Nuncupativo – 1540 e 1541 do CC/02: neste caso, a 
habilitação é feita posteriormente, ou seja, o casamento nuncupativo é 
aquele em que um dos nubentes encontra-se na eminência de sua morte 
e, manifestando verbalmente a vontade de se casar na presença de 6 
testemunhas, o casamento é realizado. Após, as testemunhas serão 
ouvidas em juízo e, na sequência, o juiz analisa se as normas legais 
quanto ao impedimento para o casamento foram observadas e determina 
a lavratura para o assento de casamento. 
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente 
risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual 
incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o 
casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que 
com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na 
colateral, até segundo grau. 
Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas 
comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em 
dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de: 
I - que foram convocadas por parte do enfermo; 
II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo; 
III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e 
espontaneamente, receber-se por marido e mulher. 
§ 1º Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá
às diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam 
ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que 
o requererem, dentro em quinze dias.
§ 2º Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento,
assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário 
às partes. 
§ 3º Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em
julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará registrá-
la no livro do Registro dos Casamentos. 
§ 4º O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento,
quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração. 
§ 5º Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo
antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o 
casamento na presença da autoridade competente e do oficial do 
registro. 
Casamento por Procuração – 1.542 do CC/02 
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, 
por instrumento público, com poderes especiais. 
§ 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao
conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem 
que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da 
revogação, responderá o mandante por perdas e danos. 
§ 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá
fazer-se representar no casamento nuncupativo. 
§ 3º A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4º Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
Casamento Putativo – 1.561 do CC/02 
Casamento putativo é o casamento celebrado indevidamente de boa-fé, 
ou seja, um "casamento imaginário" que se imaginava ser verdadeiro, por 
ter preenchido todos os requisitos de existência, validade e produção de 
efeitos, no entanto, posteriormente, verificou-se um vício, suscetível de 
anulação. 
No casamento putativo, seja nulo ou anulável produzirá efeitos jurídicos 
em relação àquele que estava de boa-fé (podendo ser os dois ou somente 
um cônjuge). 
Ex.: dois irmãos se casam sem saber que são irmãos. 
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-
fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como 
aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença 
anulatória. 
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o
casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão. 
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o
casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão. 
O casal (nubentes), juntamente com 2 testemunhas, se dirige ao Cartório 
de Registro Civil para realizar o requerimento de habilitação e, nesta 
mesma oportunidade, escolherá o regime de bens; as questões sobre o 
sobrenome ou patronímico e realiza o pagamento dos emolumentos. 
Após, abrirá o edital de proclamas que será publicado em jornal de 
grande circulação e no mural do cartório, a fim de atestar que não há 
nenhuma causa impeditiva para o casamento. Na sequência, aguarda-se 
o prazo de 15 dias para eventuais impugnações. Não havendo
impugnações, o procedimento é encaminhado ao Ministério Público e ao 
juiz de paz. É expedida uma Certidão de Habilitação que possui validade 
de 90 dias, sendo este o prazo para marcar a celebração. 
A celebração do casamento pode ser feita perante o juiz de paz (própria 
estrutura do cartório ou fora) ou perante a autoridade religiosa 
competente. Optando pelo casamento religioso com efeitos civis, munido 
da habilitação, os nubentes se casam na igreja e, o documento emitido 
pela igreja, deve ser deixado em cartório – os nubentes possuem prazo 
de 90 dias para se casar e 90 dias para deixar os documentos emitidos 
na igreja em cartório, para as devidas anotações e averbações. Se 
transcorrer o prazo de90 dias, todo o processo de habilitação deve ser 
feito novamente. 
No casamento em caso de moléstia grave pode ser dispensado: o prazo 
de publicação que é de 15 dias; o encaminhamento ao MP e ao juiz de 
paz. Não sendo permitida, portanto, a supressão da publicação. 
O casamento se aperfeiçoa no momento em que as partes manifestam 
sua vontade de forma livre e desembaraçada perante a autoridade 
competente. 
Causas suspensivas de Casamento e nulidades 
O que é casamento nulo e o que é casamento anulável? 
Casamento nulo: 
Artigo 1.548 do CC/02 – infringência de causa impeditiva. A 
nulidade, neste caso, é absoluta – podendo ser alegada a 
qualquer tempo. 
Art. 1.521. Não podem casar: 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco 
natural ou civil; Ex.: pai com filho ou avô com neto. 
II - os afins em linha reta; 
Ex.: casamento de genro com sogra. 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado 
com quem o foi do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o 
terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou 
tentativa de homicídio contra o seu consorte. 
Casamento Anulável: A nulidade é relativa, trata-se de um direito 
potestativo, sujeito a prazos decadenciais a serem respeitados. 
Art. 1.550. É anulável o casamento: 
I - de quem não completou a idade mínima para casar; Prazo 
decadencial de 180 dias. 
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu 
representante legal; Prazo decadencial de 180 dias. 
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; 
Prazo decadencial de 03 anos em caso de erro e 04 anos para coação 
(explicar erro ou coação) 
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, 
o consentimento; Prazo decadencial de 180 dias.
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente 
soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação 
entre os cônjuges; 
Prazo decadencial de 180 dias. 
VI - por incompetência da autoridade celebrante. Prazo 
decadencial de 02 anos. 
§1º Equipara-se à revogação a invalidade do mandato
judicialmente decretada. 
§2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade
núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade 
diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. 
Como o casamento possui natureza jurídica de contrato especial ele 
também estaria submetido aos vícios do consentimento e as demais 
regras dos negócios jurídicos propriamente ditos. Desse modo, teremos 
como vício de consentimento ou vício de vontade aplicável ao casamento: 
(i) erro essencial sobre a pessoa do outro e; (ii) coação.
ERRO ESSENCIAL SOBRE A PESSOA DO OUTRO 
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro 
cônjuge: 
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, 
sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne 
insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; 
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua 
natureza, torne insuportável a vida conjugal; 
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico 
irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave 
e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em 
risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 
A partir da analise do artigo 1521 do CC, se extrai que entre as causas 
impeditivas não é possível o casamento entre os parentes colaterais até o 
terceiro grau, mas em relação a tio (a) e sobrinho (a) tem-se uma 
mitigação pelo Decreto – Lei n° 3.200/1941. Permitindo, assim, o 
casamento entre tio (a) e sobrinho (a) desde que haja prova técnica 
alegando que não há comprometimento da prole. Logo, também é 
possível união estável entre tio (a) e sobrinho (a). 
Interessante mencionar que o artigo 1521, que as pessoas casadas não 
podem se casar - sob pena de configuração do crime de bigamia -, a 
menos que estejam divorciadas ou viúvas. Contudo, a pessoa casada 
pode constituir união estável, desde que esteja separada de fato. 
CAUSAS SUSPENSIVAS DO CASAMENTO 
Cuidado! Não confunda as causas impeditivas do artigo 1521 (que 
culminam em nulidade do casamento, caso não observadas), com as 
causas suspensivas. Nessa última hipótese , o casamento existe, é válido 
e eficaz, contudo, tem-se uma punição de natureza patrimonial. 
Ou seja, a pessoa deverá se casar com o regime da separação obrigatória 
ou legal de bens – a consequência não é absoluta, porque 
posteriormente poderá ser afastada 
CC/02 - Art. 1.523. Não devem casar: 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto 
não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou 
ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou 
da dissolução da sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou 
decidida a partilha dos bens do casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, 
irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou 
curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não 
estiverem saldadas as respectivas contas. 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não 
lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos 
I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, 
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a 
pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente 
deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na 
fluência do prazo. 
OBS.: Se houver demonstração de que não há prejuízo aos herdeiros ou 
terceiros, mediante autorização judicial poderá ser afastada a causa 
suspensiva – afastando o regime da separação obrigatória ou legal de 
bens. Ademais, o regime de casamento poderá ser alterado quando a 
causa suspensiva não mais existir, através de procedimento judicial de 
jurisdição voluntária. 
Princípios aplicáveis no estudo do regime patrimonial de bens 
Princípio da autonomia privada 
Ressalvada as situações em que o regime de bens é obrigatório (art. 
1641 do CC), o casal é livre para escolher o regime de bens ou criar o 
próprio regime. 
A escolha do regime de bens é feita no momento do procedimento de 
habilitação do casamento e, a depender do regime, faz-se necessária à 
realização de pacto antenupcial. Ademais, o rol de regime de bens é 
exemplificativo, permitindo, assim, que os nubentes crie seu próprio 
regime com regras próprias, ressalvadas as regras de garantias e direitos 
fundamentais, dignidade da pessoa humana etc. 
Princípio da indivisibilidade do regime de bens 
Não é possível adotar regimes patrimoniais distintos para cada cônjuge, 
por exemplo, para homem adota-se o regime de comunhão universal e, 
para a mulher, aplica-se o regime da separação de bens. 
Princípio da variedade de regime de bens 
O Código Civil prevê cinco variedades: comunhão parcial; comunhão 
universal; participação final nos aquestos, separação legal ou obrigatória 
e separação absoluta ou convencional de bens. 
Princípio da mutabilidade justificada 
Até a data do casamento é possível alterar o regime de bens. Após a 
realização do casamento é possível à mudança, contudo, faz-se 
necessária motivação mínima e desde que não haja violação a direito de 
terceiros. O requerimento é realizado na Vara de Família, através de 
procedimento especial de jurisdição voluntária - art. 734 do CPC. 
Posso mudar o regime depois de celebrado o casamento? R: Sim. 
Analise dos regimes de bens 
REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS O QUE SE COMUNICA? 
Art. 1.660. Entram na comunhão: 
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título 
oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; 
II - os bens adquiridos por fato eventual,com ou sem o concurso 
de trabalho ou despesa anterior; 
Ex.: loteria, bingo, big brother. 
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor 
de ambos os cônjuges; 
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; 
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada 
cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes 
ao tempo de cessar a comunhão; 
VI- FGTS ao longo da sociedade conjugal (doutrina e
jurisprudência); 
VII- indenizações trabalhistas (doutrina e jurisprudência).
O QUE NÃO SE COMUNICA? 
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe 
sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou 
sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; 
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a 
um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; 
III - as obrigações anteriores ao casamento; 
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão 
em proveito do casal; V - os bens de uso pessoal, os livros e 
instrumentos de profissão; 
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; 
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas 
semelhantes. 
Bens comunicáveis (art. 1660): benfeitorias, acessões, frutos e produtos, 
verbas trabalhistas, FGTS, prêmio da loteria. 
Bens móveis 
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se 
adquiridos na constância do casamento os bens móveis, quando 
não se provar que o foram em data anterior. 
Regime legal em caso de união estável. 
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os 
companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, 
o regime da comunhão parcial de bens.
Enunciado 340 da JDC. Art. 1.665: No regime da comunhão parcial de 
bens é sempre indispensável à autorização do cônjuge, ou seu 
suprimento judicial, para atos de disposição sobre bens imóveis. 
O enunciado acima diz respeito à necessidade de outorga ou vênia 
conjugal para a prática de determinados atos, como a disposição 
patrimonial, possibilidade de ser fiador ou dar bem em hipoteca (art. 
1647 do CC). Ademais, a outorga pode ser objeto de suprimento judicial. 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos 
cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da 
separação absoluta: 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 
III - prestar fiança ou aval; 
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou 
dos que possam integrar futura meação. 
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos 
quando casarem ou estabelecerem economia separada. 
Se o regime de casamento for da separação absoluta ou convencional de 
bens, os cônjuges são livres, não necessitando de outorga ou vênia 
conjugal. 
Se o regime escolhido é o da comunhão parcial de bens, não é necessária 
à realização de pacto antenupcial. Importante mencionar, que quando o 
pacto antenupcial for exigido, ele deverá ser feito mediante escritura 
pública. 
REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS 
É necessária a outorga e vênia conjugal (art. 1647 do CC), bem como a 
realização de pacto antenupcial. Há, portanto, alguns bens que estão 
excluídos, como: salário, remuneração, bens de uso pessoal/profissional 
e doação com cláusula de incomunicabilidade. 
Aqui haverá a comunicação tanto dos bens anteriores ou presentes 
quanto dos posteriores à celebração do casamento, além das dívidas, 
com as ressalvas legais. 
Fala-se em comunhão quase total de bens. 
Art. 1.668. São excluídos da comunhão: 
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de 
incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; 
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro 
fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; 
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de 
despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; 
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro 
com a cláusula de incomunicabilidade; 
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659 
Ex.: Remuneração, bens de uso pessoal, bens de uso profissional 
e instrumentos de profissão. 
REGIME DA PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS 
Atualmente, o regime da participação final nos aquestos não é muito 
utilizado, mas optam por esse regime aquelas pessoas que possuem 
patrimônio considerável, como empresários, artistas etc. 
Segundo as normas desse regime, durante a vigência do casamento tem-
se uma verdadeira separação de bens e, no momento da dissolução ou 
do vínculo da sociedade conjugal, aplica-se um regime similar da 
comunhão parcial de bens, mediante prova do esforço comum. 
“Basicamente, durante o casamento há uma separação total de 
bens, e no caso de dissolução do casamento e da sociedade 
conjugal, algo próximo de uma comunhão parcial. Cada cônjuge 
terá direito a uma participação daqueles bens para os quais 
colaborou para a aquisição, devendo provar o esforço para tanto.” 
fls. 164 – Flávio Tartuce e José Fernando Simão. 
Ou seja, a diferença é que na comunhão parcial não precisa provar o 
esforço comum, já no regime da participação final nos aquestos há a 
necessidade de tal prova. 
Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, 
apurar-se-á o montante dos aquestos, excluindo-se da soma dos 
patrimônios próprios: 
I - os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-
rogaram; II - os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou 
liberalidade; 
III - as dívidas relativas a esses bens. 
Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se 
adquiridos durante o casamento os bens móveis. 
REGIME DA SEPARAÇÃO LEGAL OU OBRIGATÓRIA DE BENS 
CC/02 - Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens 
no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas 
suspensivas da celebração do casamento; 
Trata-se das hipóteses do artigo 1523 do CC. 
Art. 1.523. Não devem casar: 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto 
não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou 
ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou 
da dissolução da sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou 
decidida a partilha dos bens do casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, 
irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou 
curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não 
estiverem saldadas as respectivas contas. 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não 
lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos 
I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, 
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a 
pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente 
deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na 
fluência do prazo. 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento 
judicial. 
Na separação legal ou obrigatória de bens não é necessário pacto 
antenupcial. Mas é necessária a outorga ou vênia conjugal do outro para 
a prática de atos de disposição patrimonial – único regime que 
expressamente dispensa a outorga ou vênia conjugal é a separação ab- 
soluta de bens. 
REGIME DA SEPARAÇÃO CONVENCIONAL OU ABSOLUTA DE BENS 
Não há uma imposição da lei, é o casal que opta por esse regime. 
É necessária a realização de pacto antenupcial. E, uma vez escolhido 
esse regime, não é necessária à outorga ou vênia conjugal para prática 
de disposição patrimonial. 
É perfeitamente possível alterar o regime de casamento posteriormente, 
mas terá efeitos “ex nunc”, ou seja, não retroage, irá valer apenas do 
momentoda alteração pra frente. 
Dispõe o art. Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes 
permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos 
cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real. 
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as 
despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho 
e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto 
antenupcial. 
DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO E DA SOCIEDADE CONJUGAL 
Rompimento/desconstituição do vínculo conjugal: acontece por meio do 
divórcio, que é regido pela Emenda Constitucional 66/2010. 
Para requerer o divórcio: 
- Não é necessário prazo mínimo para estar casado;
- Não há necessidade de testemunhas;
- Não há aferição da culpa, decorrente da violação de deveres conjugais.
O divórcio demorou bastante para ser admitido no ordenamento 
brasileiro, pois, quando havia a separação de fato, dava-se o nome de 
“desquite/desquitado”. Mas quando o divórcio passou a ser permitido, 
somente poderia se divorciar uma única vez, mas depois de um tempo, 
essa limitação passou a não mais existir. 
Rompimento da sociedade conjugal: ocorre por meio da separação. Tanto 
o divórcio quanto a separação pode ser:
Litigiosa: por exemplo, quando há conflitos nas questões patrimoniais. 
Consensual: quando há comum acordo entre os envolvidos. Pode ser feito 
em cartório, desde que não haja filhos menores ou incapazes. 
Quando os envolvidos querem realizar separação consensual ou divórcio 
consensual, mas que possuem filhos menores ou incapazes, se 
demonstrar que já foi promovida de- manda judicial e encontra-se 
definida as questões sobre os filhos, como a guarda, a visita e alimentos. 
Na via extrajudicial o casal poderá resolver as questões patrimoniais. 
O divórcio ou a separação feita em cartório é uma verdadeira 
desburocratização dos procedimentos e a matéria é regulamentada pelo 
Conselho Nacional de Justiça. 
O CC/02 prevê as seguintes modalidades de separação: separação 
remédio, separação sanção e separação falência. 
Na separação judicial pode ocorrer o restabelecimento da sociedade 
conjugal a qualquer tempo, através de simples petição. Além do mais, 
não é possível se casar novamente, somente constituir união estável. 
No divórcio, como há o rompimento total do vínculo, para se unir 
novamente é necessário se casar. 
Havia uma divergência doutrinária após a edição da EC 66/2010, 
alegando que a separação judicial havia desaparecido do ordenamento 
jurídico, ou seja, somente seria possível romper o vínculo da sociedade 
conjugal através do divórcio ou da morte. Contudo, o CPC/15 faz 
referência à separação judicial em diversas oportunidades e, segundo 
orientação do STJ, a separação judicial convive ao lado divórcio, sendo 
uma faculdade do casal. 
Na prática, quando todos concordam com o divórcio e o conflito é apenas 
patrimonial, o juiz deve julgar antecipadamente o mérito de forma parcial 
para decretar o divórcio, para que o processo prossiga em relação aos 
demais pedidos controversos. 
ENTIDADE FAMILIAR – UNIÃO ESTÁVEL (FAMÍLIA INFORMAL OU CONVI- 
VENCIAL) 
Antigamente, as pessoas separadas de fato que se relacionavam 
novamente, dava-se o nome de concubinato. Contudo, quando se 
buscava o judiciário, não havia o reconhecimento dessa entidade familiar. 
O que ocorria, era uma analise na Vara Cível, à luz do direito obrigacional 
como sendo uma sociedade de fato. Além do mais, em caso de eventual 
partilha, a mulher deveria demonstrar o esforço comum. 
Nesse período a mulher não tinha direito aos alimentos, ante a ausência 
de embasamento normativo. 
Após a Constituição Federal de 1988, houve o reconhecimento dessa 
entidade familiar, como sendo união estável. 
1º Momento: Havia uma relação extramatrimonial, ou seja, uma 
sociedade de fato denominada de concubinato. 
O divórcio surgiu em 1977. 
Súmula 380 do STF: Comprovada a existência de sociedade de 
fato entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com 
a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum. 
Como já mencionado acima, o concubinato não era encarado como 
entidade familiar, mas como uma sociedade de fato e, no caso de 
eventual partilha, era muito difícil à prova do esforço comum. Desse 
modo, para evitar esse tipo de situação e não deixar a mulher no 
desabrigo, a jurisprudência passou a fixar indenização pelos serviços 
domésticos prestados (STJ REsp 855.963 – PR1). 
Hoje, segundo o regramento do Código Civil quanto à concubina (amante), 
não é possível o requerimento de indenização pelos serviços domésticos 
prestados. Pois o STJ entende que não se pode mais dar direitos à 
concubina do que teria a companheira ou o cônjuge. 
A CF/88 por si só, não foi suficiente para trazer profundas alterações no 
reconhecimento da união estável enquanto entidade familiar. Foi preciso 
um amadurecimento normativo, com duas Leis, uma de 1994 e outra de 
1996. Além do próprio Código Civil. 
EM RESUMO: quando não havia o reconhecimento da união estável, 
tinha-se o concubinato, que poderia ser puro (pessoa poderia se casar – 
livre e desimpedida -, mas não queria) ou impuro (pessoa que não 
poderia se casar – pessoa comprometida ou impe- dida legalmente - e 
vivia em concubinato). 
Com o advento do CC/02, a união estável passou a ser vista como uma 
união pública, contínua e duradoura e, principalmente, com o objetivo de 
constituir família. Logo, as relações não eventuais entre homem e mulher 
impedidos de se casar, chamam-se de concubinato, que se resume na 
figura da amante – a jurisprudência de sido bastante pru- dente, mas tem 
assegurado alguns direitos. 
OBS: contrato de namoro deve ser feita de forma casuística, alguns 
doutrinadores, contudo, não reconhecem a produção de efeitos a esse 
contrato. O conveniente é que se as partes estão apenas namorando e 
querem se precaver, há de se reconhecer a validade e eficácia desse 
contrato. Por outro lado, se esse contrato for utilizado para afastar uma 
união estável que já existe, não deve ser dado respaldo jurídico. 
Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante 
pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil. 
A culpa pode se dar na relação de parentesco (indignidade) e nas 
relações conjugais e entre conviventes. 
Somente se permite o uso da prisão civil, para a execução dos alimentos 
legítimos (devedor voluntário de alimentos). Contudo, para alimentos 
indenizativos ou ressarcitórios não cabe prisão. 
Características gerais dos alimentos 
Deve-se atentar a Lei de Alimentos Gravídicos, Lei nº 5478/68 (Lei de 
Alimentos) e artigos 1694 a 1698 do CC. 
1ª Os alimentos são personalíssimos: intuitu personae, em razão das 
pessoas (credor e devedor). 
2ª Os alimentos são imprescritíveis: não há prazo extintivo para requerê-
los, mas uma vez fixados os alimentos, haverá prazo para executar. 
Atenção para o artigo 206, §2º, do CC/02. 
Art. 206. Prescreve: 
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações
alimentares, a partir da data em que se vencerem, ou seja, em 
janeiro de 2021, deverá ser cobrado até janeiro de 2023. 
Atente-se: se o alimentando é menor impúbere, o prazo prescricional não 
correrá. Somente começará a correr após completar dezesseis anos (art. 
198, inciso I do CC). 
Nesse caso, se em janeiro de 2021 é completado a maior idade, o 
alimentado poderá cobrar até janeiro de 2023 todos os alimentos 
atrasados enquanto era menor de idade, assim se desde os 12 anos de 
idade não foram pagos os alimentos, poderão ser cobrados o total desde 
que seja feito até dois anos após a sua maioridade. 
4ª Os alimentos são irrepetíveis: tudo aquilo que pagou a título de 
alimentos não se recebe de volta, mesmo que se prove a inexistência da 
causa geradora. 
6ª Os alimentos são impenhoráveis: não admitem penhora. Não podem 
sofrer constrição judicial, devido a sua finalidade de subsistência. 
7ª Não solidariedade– artigo 265 do CC/02: os alimentos são 
subsidiários (só se pode cobrar do grau seguinte quando provada a 
incapacidade do devedor de primeiro grau) e proporcionais (se há mais 
de um devedor no mesmo grau, cada um deles responde propor- 
cionalmente a sua capacidade contributiva). 
Alimentos gravídicos 
Os alimentos podem também ser concedidos em prol do NASCITURO (Lei 
nº 11804/08 - Lei de Alimentos Gravídicos). 
Segundo orientação da doutrinadora Maria Berenice Dias: Os gravídicos 
são devidos desde a concepção, para evitar que o réu fuja do Oficial de 
Justiça para não ser citado, motivo pelo qual não são devidos desde a 
citação. 
Contudo, deve-se levar em consideração que os alimentos gravídicos 
devem ser devidos desde a CITAÇÃO. 
Sua concessão é baseada em meros indícios. Não se exige prova. O 
objeto cognitivo dos gravídicos são os indícios (bilhetes no face, internet, 
mensagens do WHATSAPP, viagem juntos, etc.) 
Os alimentos desta natureza são irrepetíveis. Cabe prisão civil caso não 
seja pago os alimentos. 
Sobrevindo o nascimento com vida e não havendo impugnação, os 
gravídicos se convertem automaticamente em pensão alimentícia para o 
menor. 
Trata-se de uma ação própria e permitem prisão civil. 
De quem é sua legitimidade? Gestante (artigo 1º da LAG) ou nascituro 
(LAG – artigo 6º, parágrafo único). 
Se depois do nascimento descobre-se que aquele que estava pagamento 
os alimentos não era o pai, não será possível pedir a restituição dos 
valores pagos para a mãe ou criança. Mas se após, descobre-se quem era 
o pai, poderá requerer dele os valores pagos.
Obrigação alimentar avoenga 
Somente será possível acionar os avós (paterno e materno), se ficar 
demonstrado que os pais não possuem condições de realizar o 
pagamento. Trata-se de intervenção de terceiros sui generis. 
Súmula 596 do STJ: A obrigação alimentar dos avós tem natureza 
complementar e subsidiária, somente se configurando no caso de 
impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais. 
Revisão de alimentos/exoneração 
A Revisão de alimentos é quando o alimentante, ou seja, aquele que paga 
os alimentos, ou o alimentado, que é aquele que recebe, requer um 
aumento ou uma diminuição no pagamento dos alimentos. 
Já a exoneração é quando o alimenante, ou seja, quem paga os 
alimentos, pede para deixar de pagar os alimentos. 
Assim, na revisão tem-se o aumento ou a diminuição, e na exoneração 
tem-se a desobrigação, parar de pagar totalmente os alimentos. 
A revisão de alimentos é possível quando existe um desequilibrio no 
binômio necessidade e possibilidade, perceba uma coisa, os alimentos 
não podem ser insurportáveis ao alimentante nem causar enriquecimento 
ao alimentado. Dessa forma percebe-se que Deve-se observar o equilíbrio 
entre a situação financeira daquele que os presta e a real necessidade 
daquele que recebe, conforme disposto no art. 1.694, § 1.º do Código 
Civil. 
Importa esclarecer que a fixação dos alimentos não é imutável, e pelo 
fato de levar em consideração os requisitos acima delineados, ocorrendo 
a modificação na real situação tanto do alimentando quanto do 
alimentado poderá os alimentos fixados sofrer uma diminuição ou 
majoração de acordo com o caso concreto. Para isso faz-se necessário 
junto ao Judiciário uma ação de revisão de alimentos. 
A ação de revisão de alimentos está amparada pela lei de alimentos 
(5.478/68), que, em seu artigo 15, prevê que a sentença que fixa os 
alimentos não transita em julgado podendo ser revista a qualquer tempo 
em face da modificação da situação financeira dos interessados. 
Agora Vamos falar agora sobre a Exoneração de alimentos: 
A ação de exoneração de alimentos encontra amparo na Lei n.º 
5.478/68-Lei de Alimentos e no art. 1.699do Código Civil. 
A parte autora deve provar que não mais estão presentes os motivos para 
a obrigação alimentar, comumente pela juntada de documentos e oitiva 
de testemunhas. No caso da maioridade de filho que estuda, deve o autor 
provar que ele possui renda suficiente para se manter, sem a 
necessidade de pensão alimentícia. Para os casos motivados na 
maioridade do alimentando, também se admite requerimento do devedor 
nos próprios autos da ação em que os alimentos foram fixados, sem a 
necessidade de ajuizamento de nova ação. 
Pessoal, com isso terminamos nosso conteúdo, como prometido, falamos 
sobre casamento, regime de bens e para ficar mais completo ainda 
trabalhamos os alimentos. 
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