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Marxismo e positivismo

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FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA - FAETEC 
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL SANTA CRUZ - ETESC 
CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA 
 
Por: Mariane Queiroz Azevedo 
 
 
 
 
 
 
 
Marxismo e Positivismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FILOSOFIA: PROFESSORA ANA VITAL/ TURMA: 3116/21 
RIO DE JANEIRO/ 2023 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução .................................................................................................................................3 
Marxismo ...................................................................................................................................... 3 
Positivismo ................................................................................................................................... 3 
Pesquisa sobre o Marxismo ...........................................................................................4 
A influência do marxismo na filosofia ........................................................................................... 4 
Mais-valia e Alienação ................................................................................................................. 5 
Fontes .......................................................................................................................................... 5 
Pesquisa sobre o Positivismo..............................................................................................6 
História do positivismo e a Sociologia do século XIX ................................................................... 6 
Características do positivismo ..................................................................................................... 6 
Positivismo no Brasil - “Ordem e Progresso”................................................................................ 7 
Fontes .......................................................................................................................................... 7 
Interpretação autoral do Marxismo .....................................................................................8 
Infraestrutura ................................................................................................................................ 8 
Ideologia ....................................................................................................................................... 8 
Mais-valia ..................................................................................................................................... 9 
Alienação ..................................................................................................................................... 9 
Reificação................................................................................................................................... 10 
Fetichismo de mercadoria .......................................................................................................... 10 
Práxis revolucionária .................................................................................................................. 10 
O marxismo atualmente ............................................................................................................. 11 
Interpretação autoral do Positivismo ............................................................................... 12 
Lei dos três estados ................................................................................................................... 12 
Primeiro estado: Teológico ........................................................................................................ 12 
Segundo estado: Metafísico ....................................................................................................... 13 
Terceiro estado: Positivo ou científico ........................................................................................ 13 
Cientificismo europeu no brasil .......................................................................................................... 14 
O positivismo atualmente ........................................................................................................... 14 
Fontes ..................................................................................................................................... 14 
 
 
3 
 
Introdução 
 
 
Marxismo 
 
O marxismo é uma teoria social, política e econômica que se baseia nas ideias do filósofo alemão 
Karl Marx, o mesmo é tão importante para filosofia quanto para sociologia por conta do 
materialismo histórico, um método de análise da sociedade que resultou das várias influências 
desse pensador, sendo a mais notável delas, Hegel e sua dialética. 
Entretanto, ao contrário de Hegel, Marx afirma que são as condições materiais de existência que 
definem as relações sociais, ou seja, não é a ideia que constrói o mundo a sua volta, mas o 
contrário, a matéria que determina a ideia. Nas palavras de Marx: "Não é a consciência dos 
homens que determina seu ser, é seu ser social que determina sua consciência". O que significa 
que uma sociedade é a expressão das suas condições materiais. 
A teoria do marxismo se concentra em compreender a sociedade a partir da luta de classes e do 
modo de produção. Marx argumentou que a história humana é impulsionada por mudanças 
econômicas e sociais, sendo a luta de classes um fator fundamental nessas transformações. 
Com o objetivo de reduzir ou eliminar a desigualdade social e econômica, eliminando a 
exploração do trabalho pelo capital, Marx propõe uma sociedade sem classes, na qual a 
propriedade privada é abolida e a produção é organizada democraticamente. 
 
 
Positivismo 
 
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu no século XIX, liderada pelo filósofo Auguste 
Comte. Essa corrente teórica defende a ideia de que todo conhecimento deve ter uma base 
científica. O positivismo considera que o conhecimento é adquirido por meio da experiência e da 
observação dos fatos, e que a ciência é a única fonte legítima de conhecimento. Isso significa 
que as teorias devem ser testáveis, sendo por experimentação e observação, e que as 
conclusões devem ser baseadas nas evidências apresentadas. 
As ideias positivistas tiveram grande impacto na história da ciência e na filosofia, influenciando 
diversas outras correntes teóricas. No entanto, o positivismo também é criticado por sua visão 
reducionista da realidade e por desconsiderar aspectos subjetivos e valores pessoais na 
construção do conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Pesquisa sobre o Marxismo 
 
O termo “marxismo” foi criado por pensadores posteriores a Marx para fazer referência ao 
conjunto de ideias propostas pelo autor, ou seja, para designar o conjunto de sua obra e a sua 
doutrina socialista científica. No fim do século XIX e início do século XX, o marxismo difundiu-se 
na Europa, principalmente, por conta dos sindicatos e dos partidos de orientação socialista e 
comunista que surgiram no período, fazendo com que grande parte da classe trabalhadora, 
também denominada proletariado, enxergasse a situação de exploração em que vivia. 
O reconhecimento da exploração sofrida pelo proletariado e causada pela burguesia, a classe 
que detém os meios de produção, foi o principal ponto de partida da análise marxista da 
sociedade. O socialismo, que era uma doutrina política anterior a Marx, já estabelecia a 
necessidade de ansiar por uma sociedade com maior igualdade, pois o recente capitalismo 
industrial estava levando a classe trabalhadora a uma miséria cada vez mais evidente. O que 
Engels e Marx fizeram foi um estudo organizado e sistemático do pensamento socialista para 
elaborar uma teoria econômica socialista que fosse aplicável na prática. 
 
No âmbito da economia, as principais características do marxismo são a proibição da 
propriedade privada, e, consequentemente, a extinção da burguesia e da distinção de classes 
sociais. E, segundo Marx, issoseria possível mediante uma forte ditadura que ele chamou de 
ditadura do proletariado, que assumiria o estado e acabaria com todas as estruturas estatais e 
sociais que mantinham o poder hegemônico da burguesia na sociedade capitalista: o sistema 
jurídico burguês, a economia baseada na propriedade privada, a mídia burguesa e a religião. 
Todos esses elementos formam conjuntos que Marx denominou superestrutura (Estado e 
sistema jurídico capitalista) e infraestrutura (mídia e religião que criam ideologias para manter o 
proletariado conformado com a sua exploração). 
 
No setor da política, o objetivo principal das teorias marxistas é promover a queda total do 
capitalismo por meio de um Estado socialista forte e opressor contra a burguesia. Eliminando a 
propriedade privada, a burguesia e o capitalismo por completo a sociedade chegaria, conforme 
a teoria marxista, a um estágio de plena igualdade chamado de comunismo. 
Na prática, ao longo da história, tivemos tentativas de aplicação do marxismo, algumas mais 
exitosas e outras menos. Porém, nenhuma foi perfeita ao ponto de chegar à sociedade comunista 
imaginada por Marx. Por outro lado, tivemos também a resistência capitalista pela hegemonia do 
poder burguês que reprimiu, de todas as formas, qualquer indício do que chamaram de ideologia 
marxista. 
 
A influência do marxismo na filosofia 
 
A filosofia, assim como a sociologia, recebeu influência do pensamento de Karl Marx. O conceito 
de materialismo histórico dialético, por exemplo, parte de um pressuposto da filosofia de Hegel, 
que remonta a uma noção de dialética ampliada da dialética platônica. No entanto, as dialéticas 
platônica e hegeliana são concepções ideais baseadas na obtenção de conhecimento a partir de 
ideias contrárias. 
 
Marx, que no início de sua carreira foi um discípulo intelectual das ideias de Hegel, subverteu a 
filosofia desse idealista e deixou de ver sentido em qualquer tipo de idealismo que não 
promovesse a mudança social. Dessa maneira, passou a entender que a sociedade deveria 
mudar e que qualquer filosofia estabelecida deveria lutar pela mudança social. A dialética seria, 
nesse caso, a expressão da mudança radical da sociedade a partir de elementos práticos 
baseados na igualdade socialista. 
 
 
 
5 
 
 
Mais Valia e Alienação 
 
Dentre os vários conceitos marxistas, destacam-se os de “mais valia” e “alienação”. 
Mais-Valia: Refere-se ao trabalhador, o qual produz mais do que foi calculado, criando um valor 
muito superior ao que lhe é restituído na forma de salário. 
Assim, este trabalho excedente não é pago ao trabalhador. Este valor, segundo a visão marxista, 
será utilizado pelo capitalista para aumentar ainda mais o seu capital, assim como o estado de 
dominação sobre o trabalhador. Enfim, “mais valia” é a diferença entre o que o operário recebe 
(salário) e o que produziu efetivamente. 
Alienação: Por outro lado, a “alienação” ocorre quando o produtor não se reconhece no que 
produz, fazendo o produto surgir enquanto algo separado do produtor. 
 
 
Fontes 
 
PORFÍRIO, Francisco. "Marxismo"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceitos-marxismo.htm. Acesso em 19 de abril de 
2023. 
BEZERRA, Juliana. "Marxismo"; Toda Matéria. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/marxismo. Acesso em 19 de abril de 2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Pesquisa sobre o Positivismo 
 
História do positivismo e a Sociologia do século XIX 
 
O positivismo foi uma corrente filosófica que nasceu na França, no século XIX, derivada do 
pensamento iluminista. Pode-se dizer que o seu fundador foi o filósofo e também criador da 
Sociologia, Auguste Comte (1798 – 1857). 
Alguns fatores que marcaram o positivismo foram a Revolução Industrial e as crises sociais que 
ocorreram em decorrência direta dessa revolução e da explosão demográfica dos grandes 
centros urbanos europeus, ocasionada pelo surgimento rápido de muitas indústrias. Nesse 
período, a fome e a desigualdade social alastraram-se pelos centros urbanos, ao mesmo tempo 
em que os antigos paradigmas medievais e o Antigo Regime eram, progressivamente, 
superados. 
A teoria positivista e a Sociologia foram as propostas de Comte que apostava no progresso moral 
e científico da sociedade por meio da ordem social e do desenvolvimento das ciências. 
O filósofo acreditava que a Sociologia deveria basear-se nas ciências da natureza, sobretudo na 
Biologia e na Física, que tentam descobrir e decodificar as leis naturais. O sociólogo deveria 
fazer um trabalho análogo na sociedade: descobrir e decodificar as leis sociais. O sociólogo 
deveria ser um cientista observador, apoiando-se no conteúdo de sua análise e nos fatos. 
 
O estágio em que a humanidade se encontrava era o de maior evolução, segundo a Lei dos Três 
Estados, de Comte, que estabelece três classificações distintas: 
• o Teológico, onde o ser humano busca explicação para a realidade por meio de 
entidades supranaturais; 
• o Metafísico, do qual os deuses são substituídos por entidades abstratas, como "o Éter", 
para explicar a realidade; 
• o Positivo da humanidade, onde não se explica o "porquê" das coisas, mas sim o 
"como", a partir do domínio sobre as leis de causa e efeito. 
 
Características do positivismo 
 
Doutrina filosófica baseada em teorias e leis: A aspiração mais remota do positivismo 
encontra-se no movimento iluminista, fortemente admirado por Comte. Apoiador da Revolução 
Francesa, Auguste Comte era favorável ao pensamento republicano, mas acreditava que o caos 
e a anarquia, predominantes em alguns períodos da revolução e pós-revolução, eram 
empecilhos para a marcha acelerada do progresso. 
Doutrina sociológica: Antes de tudo, o positivismo era uma doutrina sociológica que se baseava 
na Lei dos Três Estados. A Ciência Social estaria no último e mais avançado estágio de 
desenvolvimento da humanidade, acompanhada da Biologia. Isso conferiu ao positivismo o 
estatuto de doutrina fortemente ancorada no pensamento científico. 
Doutrina política: A ordem, o rigor e o empenho pela organização são características 
fundamentais para a doutrina positivista. Daí deriva o lema estampado na bandeira brasileira, 
desenhada durante o início da era republicana no Brasil. 
Aposta nas ciências e na industrialização: O pensamento positivista garante que o progresso 
da humanidade, além de intimamente ligado às ciências positivas, está também relacionado com 
o impulsionamento da industrialização e da tecnologia. 
Religião positiva: Com a superação do período teológico e das religiões baseadas nos mitos e 
na existência de um mundo sobrenatural, Comte afirmou a necessidade de uma nova espécie 
de religião, baseada não em algo acima da natureza, mas na própria natureza e na capacidade 
humana de desvendar os mistérios dessa natureza por meio da ciência. Grosso modo, podemos 
dizer que, na religião positiva, a figura de Deus é substituída pela ciência." 
7 
 
Positivismo no Brasil - “Ordem e Progresso” 
 
No Brasil, o positivismo influenciou fortemente os militares e políticos ligados ao marechal Manuel 
Deodoro da Fonseca, que em 1889 depôs o imperador Dom Pedro II e tornou-se o primeiro 
presidente do Brasil, implantando uma tentativa de se fazer uma política baseada no positivismo, 
com o cultivo e a imposição da ordem social para se chegar ao progresso. 
 
 
 
Fontes 
 
BEZERRA, Juliana. "Positivismo"; Toda Matéria. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/positivismo. Acesso em 19 de abril de 2023. 
PORFÍRIO, Francisco. "Positivismo"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/positivismo.htm. Acesso em 19 de abril de 2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Interpretação autoral do Marxismo 
 
Quando falamos das classes sociais pela análise de Marx, nós estamos nos referindo a relação 
de exploração, as relações de trabalho em qualquer sociedade declasses. 
De acordo com Marx: "Se há classes sociais, há conflito". O que significa que em toda sociedade 
que tem classes sociais, há exploração do trabalho e diante disso, há inúmeros fenômenos que 
ocorrem ligados a ideia dessa exploração do trabalho. Existem conceitos fundamentais usados 
por Marx para explicar essas questões. 
 
Infraestrutura 
Nomeada por Marx como a base de uma sociedade, que age através do modo de produção, é a 
maneira como as forças produtivas são articuladas pelas relações de produção. Ou seja, a 
Infraestrutura expressa todo um conjunto de leis, regras, valores e ideias que servirão de suporte 
ideológico dessa base material. 
Acima da infraestrutura existe a superestrutura, que seria o Estado e sistema político-jurídico 
capitalista da sociedade. E na infraestrutura, a mídia e religião criam ideologias para manter o 
proletariado conformado com a sua exploração. É nesse contexto que se entende o uso do termo 
Ideologia para Marx. 
 
Ideologia 
A primeira vez que esse conceito apareceu na filosofia foi através de um francês chamado Destutt 
de Tracy, em 1795. Esse teórico partiu da ideia de que a Ideologia é um conjunto de ideias 
estudadas cientificamente. Mas para Marx, esse conceito é equivocado e a partir disso, ele 
começa a elaborar a seguinte ideia: "Em todas as sociedades em que há classes sociais, as 
ideias dominantes são as ideias das classes dominantes”. 
O que Marx tenta explicar é que as ideias acompanham as relações econômicas e políticas, 
chegando à conclusão que as classes dominantes criam processos mentais para justificar que 
as relações são naturais, ou seja, toda a elite tentará justificar seu poder através de um conjunto 
de ideias, produzindo assim, representações da realidade que atendem a seus interesses e lhes 
permitem exercer seu domínio sobre as demais classes sociais. Dessa forma, a ideologia das 
classes dominantes tende a se tornar a realidade de todas as classes. 
Exemplo: É mais fácil para os trabalhadores acreditarem que o desemprego crescente é 
consequência da sua falta de qualificação e não da transformação da base material provocada 
por estratégias de maximização do lucro da burguesia (por força da reprodução da ideologia). 
A ideia da meritocracia, falando que a base de tudo é o esforço individual e que as pessoas serão 
recompensadas por isso, pelo seu esforço e dedicação. Essas ideias são produzidas por classes 
sociais dominantes que visam, na leitura de Marx, ocultar as relações sociais, ou em outras 
palavras, ocultar as reais condições de exploração do trabalho. 
Então, para Marx, o que se entende como ideologia seria um processo de ocultamento da 
realidade, onde a desigualdade é naturalizada, como se ter ricos e pobres fosse natural ou como 
se ter o aparato repressivo do Estado sempre agindo contra a “base” da população fosse normal. 
Essas são ideias da classe dominante, ou seja, ideologia. 
 
Em perspectiva histórica 
Para Marx, todas as sociedades mantêm relações sociais de produção exploratórias, com a elite 
detendo o controle sobre a riqueza produzida pela classe oprimida. 
Nas relações sociais de produção do capitalismo, são observadas duas principais classes: 
• A burguesia, que controla os meios de produção e explora o proletário pela mais-valia. 
• O proletariado, aqueles que nada possuem além da sua capacidade de agregar valor ao 
trabalho e precisam pelo mesmo motivo, vender sua força de trabalho. 
9 
 
Essas classes estão em constante conflito, chamado por Marx de luta de classes, essa tensão 
decorrente da exploração de uma classe sobre a outra acontece porque os burgueses visam 
sempre maximizar seu lucro, enquanto o proletariado luta por condições minimamente dignas de 
existência. 
 
Mais-valia 
Se dá por uma diferença de valor, quando produzimos algo que é útil, esse objeto tem valor de 
uso, é baseado na utilidade ligada as propriedades físicas do objeto. 
O que define a mercadoria é o valor de troca, ou seja, tem que haver uso social desse objeto, 
uma mercadoria é um produto do trabalho que será trocado. 
Esse valor de troca é baseado no tempo necessário para produção desse objeto e quando se 
usa a força do trabalho comprado do proletariado, a burguesia gera mais valor e tem que 
remunerar por esse trabalho. O problema é que no capitalismo, não são as pessoas o objetivo 
da produção ou a satisfação das suas necessidades, mas sim a produção em si e por não 
acessar ou aproveitar o resultado do seu trabalho, o proletariado sofre alienação. 
Então o que é concluído, já que há uma relação de exploração do trabalho, aquela porção de 
mercadoria produzida que não é devidamente paga ao proletariado é expropriado dele, ou seja, 
alienado dele. Desse modo, o trabalhador sofre processo de reificação, também chamado de 
processo de coisificação, que gera o fetichismo da mercadoria. 
 
 
 
Alienação 
Essa palavra vem do latim alienus, que significa "de fora", "pertencente ao outro". 
Marx utiliza esse conceito para entender como que na sociedade de classes, onde há exploração, 
existe um processo de alienação do trabalho - como o trabalho é retirado das classes produtoras. 
 
As consequências do afastamento entre o trabalhador 
e o produto são ignoradas, o que faz com que o 
trabalhador não consiga entender o processo 
produtivo e o quanto a sua mão de obra e função 
valem. O trabalhador também é afastado do consumo, 
não podendo aproveitar da riqueza que é 
consequência de sua atividade. 
Assim, o trabalho passa a se tornar não mais a 
realização do ser humano como ser humano, mas sim 
uma mercadoria disponível para compra do burguês e 
uma engrenagem que compõe as forças produtivas. 
 
 
10 
 
Reificação 
Onde o trabalhador busca a sua completude 
tentando adquirir aquilo que lhe foi afastado. Já 
que não se sabe mais quem foi que fez o objeto, 
passa a ser mais importante ter o objeto, o que 
gera também o fetichismo da mercadoria. 
Significa como que nessas relações de exploração, 
nas sociedades modernas/industrializadas, existe 
uma coisificação das relações humanas, onde é 
possível a criação de um conjunto de conceitos 
abstratos que se tornam algo concreto, sendo 
também explicado pelo fetichismo da mercadoria. 
 
 
Fetichismo da mercadoria 
Em seu livro, conhecido como crítica da economia política, Marx diz o seguinte: "Com o avanço 
da modernidade, do desenvolvimento do capitalismo, as relações entre os seres humanos 
tendem a desumanizar-se". O que significa que as relações entre as pessoas cedem lugar à 
relação entre pessoas e coisas, como se com o avanço do capitalismo, a mercadoria "ganhasse 
vida". 
Isso ocorre quando as relações socias e a própria vida material passam a acontecer através das 
coisas, as mercadorias passar a ser adoradas por características que não possuem, mas são 
atribuídas subjetivamente pelos seres humanos. 
Exemplo: Roupas de marca: Mesmo que existam roupas comuns com a mesma qualidade, as 
roupas de marca são muito mais caras. Isso acontece porque o valor atribuído a ela não é 
necessariamente por sua utilidade, mas sim pelo que ela diz sobre seu status social, já que as 
pessoas que podem pagar por roupas de marca são as que tem melhor condição financeira. 
 
 
Práxis revolucionária 
 
A transformação de dado modo de produção só é possível através 
de uma práxis revolucionária. 
Acontece quando a classe oprimida toma consciência de sua 
condição (consciência de classe), percebendo as implicações 
políticas e econômicas da estrutura social. Essa tomada de 
consciência ocorre por um constante fazer pensar com uma 
atitude prático-crítica, em que as circunstâncias em que a vida 
acontece são tanto pensadas quanto construídas pelos homens. 
 
A práxis revolucionária não é uma atitude do materialismo extremo 
nem de idealismo extremo, afinal, para Marx, os homens fazem 
sua própria história, mas não a fazem como querem, não a fazem 
sob circunstâncias da sua própria escolha e sim sobre aquelas 
legadase transmitidas pelo passado. 
Apenas uma transformação na forma como o modo de produção 
se estabelecesse pode pôr fim aos problemas sociais gerados pelo 
capitalismo e expressar uma nova superestrutura. Não se trata de 
ignorar o desenvolvimento histórico, mas sim reconhecer o que é 
problemático e evoluir a partir disso, afinal, para Marx a história é 
um processo dialético. 
 
11 
 
 
O Marxismo atualmente 
 
O marxismo ainda tem um impacto significativo na sociedade atual. Embora o modelo econômico 
marxista tenha sido muito rejeitado em sua forma pura, vários de seus conceitos ainda são 
relevantes e discutidos em temas sociais e políticos. 
Por exemplo, o conceito de luta de classes ainda é usado para contextualizar as desigualdades 
econômicas e sociais. Essa teoria também influencia a análise crítica da mídia e da cultura 
popular, a compreensão das relações internacionais e a discussão sobre o papel do Estado e do 
poder nas sociedades capitalistas. 
O marxismo ainda continua sendo uma influência na filosofia política, voltada para a defesa dos 
direitos individuais e para a ideia de que os interesses privados dos capitalistas devem se 
subordinar ao bem-estar coletivo. 
Em resumo, sua influência ainda é sentida em muitos aspectos da política, da economia e da 
cultura contemporânea, mesmo em contextos onde a teoria não é adotada de forma completa 
ou direta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Interpretação autoral do Positivismo 
 
O positivismo foi uma corrente sociológica que surgiu no século XIX na Europa, a partir do filósofo 
francês Augusto Comte, que é considerado o pai do positivismo. Para contextualizar, é 
importante saber que o positivismo foi criado em meio a revolução industrial e o iluminismo. Logo, 
a sua principal fonte de defesa de argumentação era que o conhecimento produzido pela ciência 
era o melhor tipo de conhecimento para identificar problemas sociais para compreender melhor 
a economia, a política e a sociedade em si, visto que esse era o intuito desse período, 
compreender melhor a sociedade. 
Comte observou o processo de formação dos grandes centros urbanos. Dessa forma pode refletir 
sobre os novos fenômenos sociais que surgiram em razão das modificações ocorridas na 
sociedade europeia daquela época. 
De acordo com sua teoria, o estudo da sociedade deve ser tão rigoroso quanto por exemplo o 
estudo empreendido pelas ciências naturais. Assim a ciência da sociedade deve ser rigorosa, 
dar a sociologia o caráter de uma ciência universalmente válida. Baseando-se sempre na 
experimentação a fim de explicar corretamente os fenômenos sociais. 
Para isso, ele deixa de lado o conhecimento do senso comum e conhecimento religioso e vai se 
apoiar no conhecimento exclusivamente científico. Dessa forma, Comte defende que a história 
do pensamento humano se desenvolve do que chamamos de lei dos três estados. 
 
Lei dos três estados 
 
Ela se situaria dentro de uma filosofia da história, onde o Comte tinha como intenção a criação 
de uma nova ciência que fosse exata, neutra, objetiva e que fosse construída para as novas 
demandas do mundo moderno. 
Exemplo: O capitalismo trouxe mudanças profundamente sociais e essa nova ciência 
(posteriormente chamada de sociologia) seria para resolver esses problemas. 
Então, ele elabora um conjunto de leis baseadas na história, como se todas as sociedades 
partissem dessas leis evolutivas, para compreender essa nova ciência e então ele cria uma 
teoria, que se chama Lei dos três estados sociais. Tendo como primeira base de pensamento 
que a humanidade caminha em linha evolutiva no nível intelectual de forma irreversível, ou seja, 
as pessoas caminham sempre na direção da superação de uma etapa anterior que vai ser 
superada por etapa no futuro e assim por diante. 
Para provar sua teoria, o Comte elabora esses três estágios: 
 
 
Primeiro estado: Teológico 
 
No estado teológico o espírito humano ainda está muito 
mais voltado para crenças do que propriamente para o 
uso da ciência como forma de construção do 
conhecimento. 
Ainda é um ponto de partida, assim a fase teológica 
está relacionada a uma tentativa de explicação do 
mundo a partir da imaginação. Apelando comumente 
para deuses e sobrenaturais para explicar a realidade. 
 
 
13 
 
Alguns exemplos citados pelo próprio Comte são as civilizações pré-homéricas, como o mundo 
grego ou os egípcios, pois para o mesmo, essas civilizações não tinham base de racionalidade 
nas explicações. As primeiras religiões da humanidade são fetichistas, onde apresentavam-se 
divindades em objetos inanimados, como por exemplo seres da natureza ou objetos da natureza 
ganhariam força divina, que seria uma representação para além do objeto. 
Comte diz que as primeiras religiões fetichistas vão caindo em decadência quando a humanidade 
evolui para um outro sistema religioso. Como esse modelo de pensamento tende a diminuir ao 
decorrer do tempo, ele dá origem ao segundo estágio social: 
 
Segundo estado: Metafísico 
Exemplificada pelo período histórico do 
renascimento. Ela está relacionada com uma 
explicação da realidade não em termos 
imaginativos, como na fase teológica, mas em 
termos naturais. No lugar da imaginação surge a 
argumentação metafísica que questiona as 
explicações que se baseiam em entes 
sobrenaturais. 
 
A tese é dada por ele no contexto de quando no mundo grego, a filosofia começa a aparecer no 
lugar da mitologia, as formas mais racionais e lógicas de explicação da natureza tomariam lugar 
da mitologia lenta e gradualmente. 
Esse segundo estágio categorizado pelas primeiras explicações racionais teria como grande 
exemplo os autores pré-socráticos que partiam da própria natureza para explicar o universo. 
Exemplo: Para Tales de Mileto o universo surge da água, do princípio da umidade que se 
fundamenta o universo. 
Essa explicação encontra mais lógica do que o pensamento da primeira etapa. Então o que o 
Comte diz é que o segundo estágio seria de transição, sendo do pensamento teológico para o 
terceiro estágio. 
 
 
Terceiro estado: Positivo ou científico 
 
É marcado pela observação como forma de entendimento 
da realidade. Ocorre através da experimentação própria do 
método científico, alcançando a maturidade racional do 
homem. 
Esse terceiro estágio social seria o último estágio 
irreversível do pensamento humano. Pressupondo que a 
sociedade caminha de forma evolutiva até chegar nesse 
ponto, sem nunca regredir. 
 
Essa tese é uma presunção eurocêntrica, pois o Comte diz que somente algumas sociedades 
são capazes de atingir esse estágio. Partindo da ideia que o segundo estágio seria a base de 
transição com a razão filosófica ao aparecimento das ciências puras, que ele diz estarem longe 
de qualquer misticismo ou hipótese não comprovada. 
 
14 
 
Função da sociologia 
Dentro do contexto que a sociologia era para dar as respostas desse novo mundo científico, ele 
elabora uma ciência que caberia nesse último estágio, chamada de física social ou sociologia, 
sendo sua função interpretar a sociedade com teses extremamente científicas, críticas, neutras 
e ao mesmo tempo seguras para resolver/reformar a sociedade. 
Comte queria reformar o quê? 
O filósofo via muitos problemas no capitalismo, mas ele acreditava que era possível reformar, a 
partir da sociologia, esse modelo de sociedade para se chegar em uma sociedade harmônica. 
 
 
Cientificismo europeu no brasil 
 
No contexto histórico, em meados do século XIX, estavam ocorrendo mudanças profundas na 
sociedade e no campo político do Brasil. Tendo o governo de Dom Pedro II muito desgastado 
com a decorrente guerra do Paraguai, o Brasil estava pressionado pela Inglaterra e pelas ações 
industriais na Europa, estando “ultrapassado” comparado ao processo evolutivo europeu, por 
conta da tradição católica, por ser um país monárquico e principalmente por não ter separação 
entre poder e igreja. Então, em meio aesse contexto no governo de Dom Pedro II, o exército 
nacional que voltava da guerra do Paraguai fortalecido, trouxe também a consciência europeia e 
a influência do positivismo, que após algumas décadas fica forte dentro do exército. Então Dom 
Pedro II até incentiva a vinda de grandes missões artísticas e científicas da Europa para o Brasil, 
que trouxe a noção de separação entre poder político e poder religioso. 
 
Quando o Brasil tem de fato o processo de 
Proclamação da República, o lema da bandeira 
nacional carrega os elementos fundamentais do 
pensamento de Comte, onde o mesmo diz: "Amor 
por princípio e a ordem por base; o progresso por 
fim”. Por isso, o lema da bandeira do Brasil é "Ordem 
e progresso", sendo influência do pensamento 
positivista de Auguste Comte. 
 
 
O positivismo atualmente 
 
O positivismo ainda tem um impacto significativo na sociedade atual, principalmente em campos 
como a ciência, a tecnologia, a educação e a política. Ele promove a ideia de que a verdade 
científica é a base para o progresso da sociedade, e sua ênfase na observação objetiva dos fatos 
tem sido fundamental para o desenvolvimento da ciência moderna. 
No campo da educação, o positivismo tem influenciado a abordagem do ensino de ciências e 
da matemática, que enfatiza o uso de metodologias científicas para a resolução de problemas. 
Na política, a abordagem positivista tem sido usada para justificar modelos políticos que 
enfatizam a tomada de decisão baseada em evidências experimentais e estatísticas, 
independente de princípios ideológicos ou morais. 
Apesar disso, o positivismo também tem sido criticado por seu realce excessivo na objetividade 
e na observação, descartando a subjetividade e as experiências pessoais. Além disso, a 
abordagem positivista pode limitar a compreensão de fenômenos sociais complexos, que não 
podem ser totalmente explicados por meio da observação objetiva e da coleta de dados 
experimentais. 
 
15 
 
Fontes 
 
BEZERRA, Juliana. "Positivismo"; Toda Matéria. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/positivismo. Acesso em 19 de abril de 2023. 
 
PORFÍRIO, Francisco. "Positivismo"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/positivismo.htm. Acesso em 19 de abril de 2023. 
 
BEZERRA, Juliana. "Marxismo"; Toda Matéria. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/marxismo. Acesso em 19 de abril de 2023. 
 
PORFÍRIO, Francisco. "Marxismo"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceitos-marxismo.htm. Acesso em 19 de abril de 
2023. 
 
FRANCO, Guilherme. "Auguste Comte em Sociologia". Descomplica. Disponível em: 
https://descomplica.com.br/d/vs/aula/aauguste-comte/. Acesso em 20 de abril de 2023. 
 
ROCHA, Larissa. "Marxismo". Descomplica. Disponível em: 
https://descomplica.com.br/d/vs/aula/marxismo/. Acesso em 19 de abril de 2023.

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