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Exercício Dto Civil II

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Agora, com base na jurisprudência, responda:
O que devemos entender por agente capaz? 
A capacidade se presume, está aceito na doutrina e constitui regra, podendo assim qualquer pessoa realizar negócio jurídico facultado por lei, desde que não exista uma disposição expressa que isso lhe iniba, disposição que, pela sua natureza, deverá sempre ser interpretada restritivamente (ALVES MOREIRA, obr., cit., página 398). (in: Código Civil Brasileiro Interpretado: Principalmente do ponto de vista prático. Parte Geral (arts. 43-113). V. 3. 6ª ed. São Paulo: Livraria Freitas Bastos, 1955, p. 268). (TJSC, AC n.  2008.015961-3, rel. Des. Stanley da Silva Braga, j. 03/08/2021 – grifo nosso).
É preceito basilar no nosso ordenamento jurídico de que a capacidade civil se presume, ou seja, é a regra, e a incapacidade a exceção. (...) 'A regra geral, como é óbvio, é que todas as pessoas maiores são capazes; as incapacidades devem ser declaradas pelo ordenamento, decorrendo de procedimento próprio. A capacidade se presume; a incapacidade deve ser comprovada' (VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. vol. VI, 3ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 423/424) (TJSC, AC n. 0300338-98.2014.8.24.0119, rel. Des. Jorge Luis Costa Beber, Primeira Câmara de Direito Civil, j. 21/06/2018) (TJSC, AI n. 4003583-18.2019.8.24.0000, rel. Des. Jaime Machado Junior, j. em 15/8/2019 – grifo nosso).
A teor do artigo 4º, III do Código Civil, "são incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: [...] aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade". (...) "É nulo o ato praticado por absolutamente incapaz de manifestar convenientemente sua vontade e resguardar seu interesse, ainda que a interdição tenha sido decretada posteriormente, desde que se comprove que à época da liberalidade o interdito já se encontrava com suas faculdades mentais comprometidas" (TJSC, AC n. 2004.025628-0, rel. Des. Mazoni Ferreira, j. em 10/3/2005) (AC n. 2007.062059-7, rel. Des. Fernando Carioni, j. 12/2/2008) (TJSC, AI n. 5043307-75.2020.8.24.0000, rel. Des. Haidée Denise Grin, j. em 22/04/2021) .
(...) Se ao tempo do acordo de alimentos, o autor já estava acometido de patologia neurológica degenerativa, apesar de poder apresentar períodos de lucidez, esses momentos não o tornam capaz de discernir ou decidir seus atos, de sorte que não se pode confundir momentos de lucidez com capacidade cognitiva para gerenciar atitudes. (TJPB, AC n.  2008.015961-3, rel. Des. Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti, j. 20/10/2015 – grifo nosso).
O que devemos entender por objeto lícito? 
 "Todo contrato deve contar com objeto lícito, ou seja, legal e moral.” (TJSP; AC n. 9227784-39.2005.8.26.0000, rel. Des. Jayme Queiroz Lopes, j. em 22/09/2011 – grifo nosso).
"MARIA HELENA DINIZ em seu comentário ao art. 82, CC, explicita que 'O negócio jurídico válido deverá ter, como diz Crome, em todas as partes que o constituírem, um conteúdo legalmente permitido... Deverá ser lícito, ou seja, conforme a lei, não sendo contrário aos bons costumes, à ordem pública e à moral. Se tiver objeto ilícito será nulo (cc, art. 145, II; RT, 395:165). É o que ocorrerá, p. ex., com a compra e venda de coisa roubada." (Código Civil Anotado, Saraiva, 1995, p.93.) (TJSC; AC n. 1998.011276-1, rel. Des. Sonia Maria Schmitz, j. em 24/10/2000 – grifo nosso).
O que devemos entender por objeto possível? 
"Declarar e vender aquilo que não se tem é ato nulo, conforme textualiza o art. 145, II, do Código Civil, pois ilícito ou impossível é o seu objeto. Assim é que o arrolamento do imóvel que não existia no patrimônio do de cujus e a cessão posteriormente celebrada sobre esse bem não têm objeto possível, nem lícito, considerando-se os inexistentes relativamente aos seus legítimos 'donos'. Pode até gerar obrigações entre os que se obrigaram mas não é oponível contra quem de direito. (STF, Min. Aliomar Baleeiro, RE n.º 73.070, JB 1976, Juruá, vol. 4, p. 83)." (Excerto extraído da sentença monocrática de fls. 282/314, de lavra da MM. Juíza de Direito Sônia Maria Schmitz).
O que devemos entender por forma prescrita em lei?
(...) A lei exige, para a perfectibilização da doação a instrumentalização por escritura pública ou documento particular, sendo viável se dar informalmente apenas na hipótese de ter por objeto bem móvel e de pequeno valor, se seguido o ato da respectiva tradição (art. 541, caput e parágrafo único, do CC). Assim, tem-se que a doação de imóvel é negócio jurídico formal, ou seja, os seus efeitos só se operam no mundo jurídico se for entabulada na forma prescrita em lei - que deve ser por escritura pública ou instrumento particular, repita-se. (TJSC, AC n. 0304321-23.2015.8.24.0038, rel. Rubens Schulz, j. 10/06/2021 – grifo nosso).
A doação é um negócio jurídico, um contrato solene, de modo que, para que ela seja reputada válida, é essencial o atendimento das formalidades legais, sendo sabido que a doação de bens imóveis exige a forma escrita (art. 1.168 do CC/16 e art. 541 do CC/02). Portanto, se não há um documento formal dando conta de que o falecido companheiro da autora, por liberalidade, transferiu bens de seu patrimônio à inventariada e/ou às filhas, é inviável o acolhimento da tese de doação. (TJRS, AC n. 70076118884, rel. Des. Luiz Felipe Brasil Santos, j. 4/4/2019) (TJSC, AC n. 0301231-59.2019.8.24.0040, rel. Rubens Schulz, j. 25/03/2021 – grifo nosso).

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