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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Campus Virtual Atividade de Avaliação a Distância Disciplina/Unidade de Aprendizagem: Formação Política Brasileira Curso: Bacharelado em Ciências Econômicas Professor: Ricardo Neumann Data: 19/09/2021 Orientações: Procure o professor sempre que tiver dúvidas. Entregue a atividade no prazo estipulado. Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final. Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA). Questão 1: Crie um texto (mínimo 15 linhas) com os principais pontos da história política do Brasil colonial. A resposta deverá utilizar dois autores diferentes do material didático. Serão analisados o conteúdo e a clareza da resposta (5,0 pontos). Dentre os principais pontos da história política do Brasil colonial, o ponto escolhido para ser abordado nesta questão foi o sistema administrativo e político de capitanias hereditárias, com a finalidade de colonizar as terras brasileiras. Santos e Pereira (2018, p. 116) apontam que “O processo de colonização do território brasileiro está extremamente ligado a problemáticas que permeiam a Europa nos séculos XV e XVI”. Enquanto parte dos povos da Europa ainda passavam por conflitos internos, buscando a sua unificação e afirmação junto ao continente, Portugal se destacava como uma nação, pois “[...] há anos já tinha conseguido tal feito. Podemos considerar que, esse fator foi de grande relevância para o pioneirismo português frente à expansão marítima na modernidade” (SANTOS; PEREIRA, 2018, p. 116). É importante destacar que após a descoberta do Brasil, em 1500, por Pedro Álvares Cabral, o foco da Coroa portuguesa na nova terra era apenas a extração dos recursos, como o pau-brasil, e isto se deve ao fato de que o comércio com a Índia era muito mais lucrativo e, também, pelo fato de os portugueses não terem encontrados metais preciosos na nova terra, diferente do que ocorreu nas terras descobertas pelos espanhóis. Por essa razão “De início, não houve preocupação dos Portugueses em instaurar uma colônia propriamente dita, esse fator pode ser entendido pela simples consciência de que, naquele momento não se sabia as proporções financeiras que tal feito poderia garantir” (SANTOS; PEREIRA, 2018, p. 118). Durante o período pré-colonial (1500-1535), os portugueses tinham confiança na posse das novas terras, por conta do Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, e que estabelecia a divisão das terras do novo continente entre Portugal e Espanha. Todavia, esse tratado não implicava restrições para outras nações, e por isso, “[...] a tensão com as possibilidades de ocupações da extensão por outras nações, levou Portugal a estabelecer um sistema de efetiva colonização do território” (SANTOS; PEREIRA, 2018, p. 118), que se iniciou com a formação das Capitanias Hereditárias “[...] a partir do ano de 1534, quando o então Rei D. João III percebeu que havia necessidade de colonizar essas terras, com o intuito de melhor explorá-las, como também, povoá-las” (SANTOS; PEREIRA, 2018, p. 118). O sistema de capitanias hereditárias, que tinha esse nome pelo fato de poderem ser passadas de pais para filhos, foi implantado, em 1534, pela coroa portuguesa no Brasil, visto que estava com seus recursos escassos e, assim, optou por delegar a tarefa de colonização e exploração dessas áreas para pessoas interessadas em investir no desenvolvimento dessa região (nobres portugueses), todavia, “[...] a essa classe pouco interessava tal fato, pois, não havia nada de concreto que comprovasse a existência de riqueza no solo brasileiro exceto o pau-brasil [...]” (SANTOS; PEREIRA, 2018, p. 119). Devido à falta de interesse, por parte da pequena nobreza, em colonizar as terras descobertas, a coroa portuguesa se viu compelida a: [...] implantar medidas para encorajar pessoas a deixarem o reino e virem para a colônia. Uma dessas medidas era a de impor a vinda para colônia, como forma de pena para aqueles que cometessem crimes de degredo, como, ataques contra a Igreja, lesa-majestade, delitos sexuais (vieram em maior quantidade) e furtos. Havia também os nobres empobrecidos que viam nessa oportunidade, a chance de reconstruírem suas vidas; pequenos burgueses e os cristãos novos que vieram fugidos das perseguições religiosas. (COSTA, 1998 apud SANTOS; PEREIRA, 2018, p. 119). Santos e Pereira (2018, p. 115) indicam que o sistema de capitanias hereditárias “[...] possibilitou a estruturação de uma ordem social que irá surgir durante o Brasil Colônia e se perpetuará durante toda a História do país [...]”. Destaca-se que a criação do sistema de capitanias hereditárias: [...] marca o começo de uma nova relação entre a colônia brasileira e sua metrópole. Foi um movimento essencialmente político que, além de constituir o primeiro esforço formal de colonizar as terras do Novo Mundo, definiu uma mudança de postura por parte de Portugal com relação ao seu mais novo território. O descaso com uma terra aparentemente pobre e pouco povoada transformava-se em assunto de primeira importância nas discussões governamentais em Lisboa (grifo meu). (MATTOS; INNOCENTINNI; BENELLI, 2012, p. 437). Deste modo, verifica-se que a criação das capitanias hereditárias surgiu como: [...] consequência de um grande esforço político do governo português em povoar e defender suas terras. Este sistema era baseado na concessão de grandes faixas de terra para um donatário, que passaria a ter total autonomia sobre aquele território e receberia privilégios econômicos, devendo este única e exclusivamente iniciar e desenvolver centros populacionais (grifo meu). (MATTOS; INNOCENTINNI; BENELLI, 2012, p. 438). Assim, depois de decidido o regime político administrativo a ser implantado, a fim de povoar as terras brasileiras, promover a expansão da fé católica, bem como obter benefícios, Dom João III, em 1534, dividiu a costa brasileira em quinze lotes (do litoral ao interior) e, assim formou as doze capitanias hereditárias, com a finalidade de promover a defesa do território, promover a fixação de colonos nas novas terras, bem como organizar uma produção lucrativa. As capitanias hereditárias eram classificadas em: insulares e continentais (localização); permanentes e temporárias (gênero de doação); hereditárias e reais (posse – capitães hereditários ou mandatários nomeados pela Coroa); principais e subalternas (nível de autonomia). De acordo com Innocentini (2009, p. 16), “As doze capitanias foram distribuídas a capitães-donatários que eram da pequena nobreza, sendo que quatro deles nunca vieram ao Brasil tomar posse de suas terras”. A divisão das capitanias hereditárias pode ser visualizada na figura 1. Conforme Innocentini (2009, p. 16-17), as primeiras capitanias hereditárias foram denominadas: a) Capitania de João de Barros e Aires da Cunha, Primeiro Quinhão – Maranhão; b) Capitania de Fernão Álvares de Andrade – Maranhão; c) Capitania de António Cardoso de Barros – Ceará; d) Capitania de João de Barros e Aires da Cunha, Segundo Quinhão - Rio Grande; e) Capitania de Pero Lopes de Souza, Terceiro Quinhão – Itamaracá; f) Capitania de Duarte Coelho – Pernambuco; g) Capitania de Francisco Pereira Coutinho – Bahia; h) Capitania de Jorge Figueiredo Correa – Ilhéus; i) Capitania de Pero do Campo Tourinho - Porto Seguro; j) Capitania de Vasco Fernandes Coutinho - Espírito Santo; k) Capitania de Pero de Goés - São Tomé; l) Capitania de Martim Afonso de Sousa, Segundo Quinhão - Rio de Janeiro; m) Capitania de Pero Lopes de Souza, Primeiro Quinhão - Santo Amaro; n) Capitania de Martim Afonso de Sousa, Primeiro Quinhão - São Vicente; e o) Capitania de Pero Lopes de Souza, Segundo Quinhão – Santana. Figura 1 – Capitanias hereditárias do Brasil Fonte: Encyclopaedia Britannica, Inc, 2021. As capitanias hereditáriasforam distribuídas aos donatários, integrantes da pequena nobreza responsáveis por “[...] povoar e desenvolver a terra à própria custa. O regime de capitania hereditárias, desse modo, transferia para a iniciativa particular a tarefa de colonizar o Brasil” (INNOCENTINI, 2009, p. 16). Segundo Santos e Pereira (2018, p. 115), o sistema de capitanias hereditárias fez com que os donatários se tornassem a elite predominante dessa sociedade em construção. Verifica-se que, “O sistema de capitanias era totalmente descentralizado, nele o donatário tinha total autonomia para tomar as decisões necessárias nas terras de sua posse. A ele cabiam todas as decisões, desde como explorar a terra à punição de infratores” (grifo meu) (MATTOS; INNOCENTINNI; BENELLI, 2012, p. 439). A doação das porções de terras da coroa portuguesa para o capitão donatário era realizada por meio da Carta de Doação. A Carta Foral era o documento que complementava a Carta de Doação e tinha como finalidade estabelecer os direitos e deveres dos donatários. Cabe destacar que “[...] as cartas de doação das capitanias representavam a transferência de poderes políticos, aos donatários, mas não a posse das terras” (grifo meu) (COSTA PORTO, s.d., apud PEREIRA, 2011, p. 6). Apesar de não poderem vendê-las, os direitos garantiam aos donatários poderes quase ilimitado dentro dos limites coloniais. Os relatos e registros que possam justificar a prática de poderes ilimitados por parte dos donatários ou de seus prepostos, pode ser entendida ou justificada, pelas providências urgentes e necessárias a serem tomadas por uns e por outros, dentro de um quadro a apresentar um novo tipo de vida em um território com características peculiares, onde estava se formando uma nova sociedade, separada e diferenciada dos moldes europeus, e de distância longínqua da Metrópole, com todas as dificuldades insuperáveis para rápidas decisões e na sua comunicação; aqueles que extrapolaram das suas atribuições, o fizeram exercendo esse poder de fato e não por direito concedido. (DUARTE JÚNIOR, 2003, p. 68). Santos e Pereira (2018, p. 118) citam como direitos dos donatários a possibilidade de “[...] formar milícias para a proteção da população da capitania e o de subdividir suas terras em sesmarias (porções de terras menores) para melhor explorar a terra no cultivo e para o povoamento”. Ainda, Pereira (2011, p. 5-6) destaca que: Os capitães donatários recebiam o título de Capitão-mor e Governador das ditas capitanias; - As suas terras eram isentas do pagamento de tributos, exceto o pagamento do dízimo à Ordem de Cristo; - A concessão de uma capitania era feita em caráter hereditário e vitalício; - Tinham o poder de exercer a justiça Cível e Criminal; Podiam criar vilas, seguindo os exemplos do Reino; - Somente aos capitães donatários era concedido o direito de construir engenhos, sendo que os demais colonos só poderiam erguer engenhos mediante sua aprovação e o pagamento de uma taxa; - Tinham o monopólio da escravização dos índios e da sua venda; - Recebiam uma parte sobre a exploração do pau-brasil; - Recebiam uma parte sobre o pescado em suas capitanias; - Tinham direito à redízima sobre as dízimas cobradas pelo erário público. - Podiam nomear tabeliães, juízes e ouvidores. Como obrigações dos donatários, Santos e Pereira (2018, p. 118) elencam “[...] a obrigatoriedade de investimento nas terras no intuito de exploração; a necessidade de pagamento de tributos relativos ao que era produzido na capitania”. Para Pereira (2011, p. 6), a principal obrigação dos donatários era “[...] distribuir parte das terras de sua capitania entre os colonos interessados em ocupá-las produtivamente. Essa distribuição era feita mediante a concessão de sesmarias”. Como consequência da implantação das capitanias hereditárias, Rangel (2015, p. 131) cita que esse sistema gerou “[...] uma aristocracia que, distante dos olhos da metrópole, desrespeitava as leis portuguesas e praticava enormes abusos”. Ainda, esse sistema provocou mudanças radicais no território colonial, visto que concedeu “[...] grandes porções de terras a membros seletos da nobreza, que puderam gozar de considerável autonomia política e econômica ao longo de algumas décadas, determinando o futuro da colônia” (grifo meu) (MATTOS; INNOCENTINNI; BENELLI, 2012, p. 440). O sistema de capitanias hereditárias enfrentou muitas dificuldades, como: a falta de recursos por parte dos donatários; a falta de interesse dos donatários em ocupar suas terras; os conflitos com os indígenas; a distância entre a colônia e a metrópole; a falta de gêneros de abastecimento; o clima diferente do europeu; entre outros. Ainda, “O sistema de Capitanias Hereditárias, não obteve sucesso em sua totalidade. A má administração, o descaso com a terra e até mesmo o abandono total das capitanias, levaram a frustração do projeto” (SANTOS; PEREIRA, 2018, p. 120). Dentre todas as capitanias, somente as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram. Por essas razões, a coroa portuguesa decidiu centralizar a administração política da colônia brasileira e, assim, criou o: [...] Governo Geral, sem, no entanto, abolir o sistema de Capitanias. Tomé de Souza, primeiro governador geral, foi enviado à Bahia com uma grande expedição repleta de funcionários públicos. Contudo, ao invés de melhorar o sistema fragmentado do Brasil, teve efeito contrário. Tendo em vista que o sistema de Capitanias Hereditárias não havia sido extinto, o Brasil passou a ter dois sistemas estatais coexistindo: o sistema estabelecido pelos donatários e o sistema centralizado estabelecido pela corte portuguesa. Como era previsível, o conflito tornou-se constante. Como por exemplo, o exercício da jurisdição. (RANGEL, 2015, p. 132). Todavia, “[...] o sistema de Governo Geral não acabou com as capitanias nem conseguiu impor centralização política em toda a colônia” (INNOCENTINI, 2009, p. 19). A extinção definitiva do sistema de capitanias hereditárias “[...] ocorreu formalmente em 28 de fevereiro de 1821, pouco mais de um ano antes da declaração de independência, e a maioria das capitanias tornaram-se províncias” (MATTOS; INNOCENTINNI; BENELLI, 2012, p. 441). REFERÊNCIAS BRITANNICA ESCOLA. Capitania. Disponível em: https://escola.britannica.com.br/artigo/capitania/483156. Acesso em: 17 set. 2021. DUARTE JÚNIOR, Leovigildo. Sesmeiros e posseiros na formação histórica e econômica na capitania de São Vicente, depois chamada São Paulo: das suas origens ao século XVIII. 2003. 250 f. Dissertação (Mestrado em História Econômica) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia, Campinas, 2003. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/286257. Acesso em: 17 set. 2021. INNOCENTINI, Thaís Cristina. Capitanias Hereditárias: Herança colonial sobre desigualdade e instituições. 2009. 57 f. Dissertação (Mestrado em Economia) – Escola de Economia de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp111696.pdf. Acesso em: 17 set. 2021. MATTOS, Enlinson; INNOCENTINNI, Thais; BENELLI, Yuri. Capitanias hereditárias e desenvolvimento econômico: herança colonial sobre desigualdade e instituições. Revista Pesquisa e Planejamento Econômico – PPE, Rio de Janeiro, v. 42, n. 3, p.143-172, dez. 2012. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5081/1/PPE_v42_n03_Capitanias.pdf. Acesso em: 17 set. 2021. PEREIRA, Luciene Maria Pires. Reflexões acerca da distribuição de terras no período colonial brasileiro: o caso das sesmarias. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA - ANPUH, 26., 2011, São Paulo. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300202997_ARQUIVO_TextoCom pleto.pdf. Acesso em: 17 set. 2021. RANGEL, Gabriel Dolabela Raemy.Interesse público e interesse privado: uma análise do Brasil colônia à proclamação da república. Revista Científica Hermes - FIPEN, Osasco, v. 13, p.124-143, jan./jun. 2015. Disponível em: http://www.fipen.edu.br/hermes1/index.php/hermes1/article/view/189/pdf. Acesso em: 17 set. 2021. SANTOS, Vinicius Silva dos; PEREIRA, Drielle da Silva. A Formação das Capitanias Hereditárias e o pensamento social brasileiro: novas concepções. Revista Transformar, Itaperuna, v. 12, n. 1, p.114-132, jan./jul. 2018. Disponível em: http://www.fsj.edu.br/transformar/index.php/transformar/article/view/140/121. Acesso em: 17 set. 2021. Questão 2: Crie um texto (mínimo 15 linhas) com os principais pontos da história política do Brasil império. A resposta deverá utilizar dois autores diferentes do material didático. Serão analisados o conteúdo e a clareza da resposta (5,0 pontos). Dentre os principais pontos da história política do Brasil império, o ponto escolhido para ser abordado nesta questão foi o Período Regencial e, principalmente, as revoltas que eclodiram durante esse período. O Período Regencial foi um momento da história brasileira compreendido entre o Primeiro Reinado e o Segundo Reinado, ou seja, iniciou após a abdicação de Dom Pedro I, em 1831, e findou-se com a o golpe da maioridade, em 1840, quando Dom Pedro II assumiu o trono do Brasil. De acordo com Melo (2015, p. 26), o Período Regencial “[...] foi um dos mais conturbados do século XIX, foram inúmeras as revoltas e agitações populares (Balaiada, Sabinada, Cabanada, Revolta dos Malês, Farroupilha e a própria Cabanagem) [...]”. Segundo Silva (2017, p. 1), esse período foi “[...] marcado pela efervescência de debates políticos, projetos nacionais e mobilizações sociais que perpassaram pelas disputas no processo de construção do Estado Nacional e desencadearam, em algumas províncias do Império, os conflitos armados”. Os conflitos ocorridos durante o Período Regencial foram “[...] julgados como anomalias, manifestações da barbárie contra a civilização, representada pela ordem monárquica”. (JANOTTI, 2005, p. 42). No contexto das revoltas ocorridas durante o Período Regencial “[...] evidencia-se a tendência historiográfica de articular as rebeliões regenciais ao complexo processo de Independência, atribuindo às rebeliões populares, o sentido de frustração com o processo de Independência” (IAMASHITA, 2009, p. 1). Ainda, Soares (1991, p. 119) aponta que os: Movimentos separatistas como a Balaiada no Maranhão, e a Cabanagem, no Pará, a Farroupilha, no Rio Grande do Sul, e a Sabinada na Bahia, colocaram em xeque a unidade política da ex-colônia portuguesa. Mesmo sem alcançar sucesso, eles fizeram emergir a insatisfação de grupos sociais pouco ou nada beneficiados com o processo de independência. É também notória a influência do ideário iluminista nesses movimentos, inscrevendo-se num espectro mais amplo, especialmente vinculado às influências liberais ditadas pelas revoluções francesa e americana. Cabe destacar que esses movimentos contrários à ordem monárquica: [...] envolveram na mesma luta escravos, índios, brancos pobres, jagunços e toda sorte de marginalizados ao lado de comerciantes, senhores de engenho e proprietários de grandes rebanhos – tiveram relevância inquestionável na definição dos limites dos espaços de dominantes e dominados. (JANOTTI, 2005, p. 52-53). O Período Regencial é dividido em: Regência Trina Provisória (abril a julho de 1831), Regência Trina Permanente (de 1831 a 1834), Regência Una do Padre Feijó (iniciada em 1835 e durou até 1837) e Regência Una de Araújo Lima (de 1837 a 1840). Melo (2015, p. 26-27) comenta que “[...] Apesar de estarem desacreditadas, as Regências [...] foram implacáveis quanto a reprimir e silenciar tais revoltas no Brasil naquele período, em alguns casos, passaram a contar com o auxílio de tropas e tecnologias estrangeiras, em especial a inglesa”. O Período Regencial também foi marcado pelo surgimento de três grupos políticos importantes: os liberais exaltados, os liberais moderados e os restauradores. Os liberais exaltados eram conhecidos como Jurujubas ou Farroupilha. Os liberais moderados eram conhecidos como Chimangos. Os restauradores eram conhecidos como Caramurus. Nesse complexo contexto político, Iamashita (2009, p. 1) indica que a criação desses grupos políticos: Referem-se ao momento correspondente à complexa reconfiguração das redes de significados políticos e mentais que se desenvolveram na primeira metade do século XIX, em meio à crise do Antigo Regime e ao “turbilhão político” correspondente à expansão do movimento revolucionário iniciado em 1789. A seguir serão abordadas as principais revoltas que eclodiram durante o Período Regencial (Cabanagem, Sabinada, Balaiada, Revolução Farroupilha), sendo que algumas dessas revoltas foram apaziguadas durante o Segundo Reinado. CABANAGEM – também conhecida como Guerra dos Cabanos (referência às habitações dos ribeirinhos que era uma espécie de cabana) foi um movimento que ocorreu na província do Grão-Pará (atualmente Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia), no período de 1835 a 1840, durante o Período Regencial. Nesta época, a maioria da população do Pará era formada por indígenas, escravizados e dependentes. De acordo com Santos (2004, p. 3), o movimento “[...] foi um movimento no qual lavradores, camponeses, negros escravos, pequenos comerciantes e servos indígenas, aproveitando-se de um momento de crise interna entre os governantes da província, assumiram o governo da região”. O movimento teve como causas principais: a situação de extrema pobreza da população; o abandono político que a província estava passando, após a Independência do Brasil; desejo da elite em participar da política e administração da província; e o desejo de independência em relação ao governo central. A Guerra dos Cabanos teve participação de vários setores da sociedade, e apesar de ter sido um movimento de classes, o aspecto étnico, especialmente por parte dos índios e brancos, também esteve presente no movimento. Por essa razão, Pinheiro (2009, p. 1) indica que: A Cabanagem não deve ser entendida como um movimento episódico, sendo antes um processo de múltiplas tensões que encerram percursos, demandas, ideários e objetivos distintos. Percorrendo trajetórias diferenciadas, arrastando-se por temporalidades múltiplas, tais tensões imbricam-se num dado momento, produzindo ações e reações de grande impacto no conjunto da sociedade do Grão-Pará. Sobre o movimento, Santos (2004, p. 43), discorre que a Guerra dos Cabanos foi um movimento político que devido às disputas internas das classes dominantes da província e “[...] Aproveitando-se de um momento de crise da direção da província, uma camada da população que até então estava fora da vida política, passou a se organizar em torno de idéias revolucionárias e preparou um ataque àqueles que os oprimiam”. Ainda, sobre o movimento, Pinheiro (2009, p. 3) relata que a Cabanagem expressava: [...] antes um momento conjuntural da história paraense onde aquelas diferentes trajetórias, haviam ganhado expressão e densidade ao se entrecruzarem, produzindo um processo aberto de confrontações armadas que colocou por terra todo e qualquer vestígio de autoridade institucional, no momento mesmo em que a pluralidade de demandas do movimento, bem como seus aspectos conflitantes inviabilizavam a emergência de um “projeto” único e de hegemonia entre os insurgentes. Influenciado pelas ideias revolucionárias, os revoltosos se organizaram, atacaram, conquistaram a capital, estendendo-se até o interior, e em seguida, declararam a Independência do Pará. Santos (2004, p. 43) assinala que “A Cabanagem alcançou extensos lugarejos no interior. Cabanos foram enviados para Acará, Capim, Guamá e seus afluentes, Moju na margemmeridional da baía do Marajó, Beja, Barcarena, Muaná e regiões próximas de Belém”. Apesar do caráter popular do movimento, verifica-se que houve “[...] dissensões entre lideranças do movimento, acontecimentos que levam muitos historiadores a afirmarem [...] que os cabanos do Pará não tinham um projeto político definido, vindo a https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/independencia-do-brasil https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/independencia-do-brasil definhar mediante as repressões das tropas da Coroa” (MELO 2015, p. 27). Apesar dos desentendimentos dos lideres do movimento, “[...] os cabanos conseguiram resistir às forças legais até o ano de 1840, ano em que os últimos focos de resistência foram derrotados” (SANTOS, 2004, p. 3). Durante os conflitos armados entre o movimento e as tropas do império, há uma estimativa de que morreram mais de trinta mil pessoas, algo próximo de trinta por cento da população da época. A respeito do fim da Cabanagem, Melo (2015, p. 35) indica que o fim do movimento está ligado à derrocada de Cuipiranga, provocada pela chegada das “[...] tropas do Almirante Soares D‟Andréa (um especialista em guerra nas matas) transladadas de Pernambuco – onde reprimiram os revoltosos de Vicente de Paula na Revolta das Panelas ou Cabanada [...]”. SABINADA – foi um movimento que ocorreu durante o Período Regencial, desencadeada na província da Bahia, no período de 1837 e 1838, e tinha como principal objetivo construir uma república na província da Bahia, até que ocorresse a maioridade de Dom Pedro II, contudo, não havia interesse em separar-se do Brasil. Os principais líderes deste movimento foram Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira Barroso e João Carneiro da Silva Rego. A respeito da Sabinada, Soares (1991, p. 120) destaca que: Os revoltosos - oficiais militares, profissionais liberais, empregados públicos, pequenos comerciantes e artesãos, além de indivíduos oriundos das camadas mais pobres da população e, portanto, mais vulneráveis aos efeitos da miséria econômica que assolou a Província da Bahia nas décadas de 1820 e 30 - tomaram a cidade de Salvador e declararam a Bahia independente. Essa ocupação durou cerca de quatro meses (novembro de 1837 a março de 1838), tempo em que a reação se organizou no Recôncavo com o apoio dos senhores de engenho. A cidade foi sitiada, e isso provocou uma emigração em massa, devido à escassez de alimentos. Por fim, as forças da reação (exército e milícias) avançaram e reconquistaram a cidade, provocando destruição e morte. Como principais causas da Sabinada, Bezerra (2017) aponta a “Insatisfação diante da falta de autonomia política e administrativa da província, pois aos olhos dos revoltosos, o governo regencial era ilegítimo. O recrutamento obrigatório imposto aos baianos em função da Guerra dos Farrapos”. O movimento não tinha a intenção de romper com a escravidão, tendo em vista que se desejava o apoio das elites escravocratas, algo que não ocorreu. Cabe apontar que caso a revolta tivesse obtido sucesso e tomado o poder, havia a promessa que os escravizados nacionais que tivessem pegado em armas seriam libertados. Todavia, Bezerra (2017) indica que “[...] isso afastou a população escrava, a qual não foi convencida pela promessa de concessão de liberdade aos que lutassem e apoiassem o governo republicano”. O movimento foi derrotado no ano de 1838 pelas tropas imperiais. Durante o combate, inúmeras casas foram incendiadas e inúmeros rebeldes foram mortos. Os líderes foram presos e condenados à prisão perpétua. Bezerra (2017) baliza que: Com a ajuda do exército e de milícias locais, as forças governamentais reconquistaram a cidade. A revolta foi duramente reprimida e deixou um saldo de aproximadamente duas mil mortes e três mil prisões. Os principais líderes do movimento foram condenados à pena de morte ou prisão perpétua e alguns foram de fato executados e degredados. A Sabinada foi um movimento que serviu para reforçar a visão de repressor por parte do governo central, tendo em vista que os regentes usaram a força para conter as revoltas, pois desejavam a manutenção da ordem interna bem como a unidade territorial do império brasileiro. BALAIADA – foi um movimento que ocorreu na província do Maranhão, no período de 1838 a 1840, durante o Período Regencial, e foi iniciada por conta de disputas entre as elites locais. Nesse período, a sociedade maranhense estava dividida entre uma classe baixa (escravos e sertanejos) e uma classe alta (proprietários rurais e comerciantes). A Balaiada foi uma das revoltas mais populares ocorridas durante o Período Regencial e ficou conhecida por esse nome “[...] por fazer referência ao ofício de um de seus principais líderes, Francisco Ferreira, que sobrevivia nas proximidades da comarca do Brejo com a produção e venda de balaios” (SILVA, 2017, p. 1). Ainda, de acordo com Silva (2017, p. 1), a Balaiada foi um movimento que ocorreu “principalmente na província do Maranhão, que se expandiu para as províncias vizinhas do Piauí e Ceará, entre os anos de 1838-1841, e contou com participação expressiva de homens livres e escravos”. Cabe destacar que o ponto inicial do conflito foi o confronto de duas facções: os Cabanos (de linha conservadora) e os chamados “bem-te-vis” (de linha liberal). A revolta representou uma reação e um movimento de luta das camadas menos favorecidas contra as injustiças praticadas por elites políticas, bem como as desigualdades sociais que assolavam o Maranhão do século XIX. Todavia, verifica-se https://www.infoescola.com/sociologia/desigualdade-social/ na historiografia que “[...] os rebeldes populares foram caracterizados durante muito tempo como homens sem nenhuma civilização, que viviam de rapina, matavam com naturalidade, e principalmente não teriam nenhuma motivação política para se rebelar contra o governo” (SILVA, 2017, p. 6-7). Janotti (2005, p. 54) assinala que: A emergência de um discurso das camadas sociais marginalizadas, de forte conteúdo social, permeava, de muito, as fórmulas de protesto do discurso liberal empregadas nos manifestos e proclamações revolucionárias. Nesse clima de avanço e recuos da construção do poder, surgiu a Balaiada em 1838. A respeito da facção liberal conhecida como bem-te-vis, o autor baliza que: Durante todo o período inicial da Balaiada, os bem-te-vis não cansaram de responsabilizar os cabanos pelo crescimento da revolta, pela ineficiência da administração, pela corrupção da guarda nacional, aproveitando-se da insegurança geral, vaticinar um grande derramamento de sangue na província. A cúpula do partido dos bem-te-vis pretendeu manipular os revoltosos, transformando-os em instrumentos de suas ambições através de hábil campanha jornalística, na qual divulgou vários manifestos dos chefes do movimento, veiculando as razões que os moviam, sem contudo hipotecar- lhes solidariedade. (JANOTTI, 2005, p. 54). Todavia, apesar de o movimento ter representado a reação das classes menos favorecidas contras as injustiças sociais, Janotti (2005, p. 41) revela que a Balaiada representou “[...] a ascensão de brasileiros ao poder provincial e nacional, a consolidação do poder do coronelismo e o pacto de dominação entre os partidos da elite maranhense, acentuando mais ainda a marginalização social dos destituídos, principalmente dos negros”. De acordo com Santos (2010), os fatores decisivos para o fim da Balaiada, movimento que foi marcado pela traição, assassinatos, deserções, prisões, torturas, abusos e injustiças, foi: A repressão pelo poder das armas foi fator decisivo para a derrota da Balaiada, porém outros fatores também contribuíram para essa derrota: a desunião, que fragilizou e dividiu os rebeldes; a traição dos companheiros, que foram cooptados pela legalidade; o abandono da revolta em virtude da maioridadedo imperador, quando então se entregaram vários rebeldes graças a lei da anistia, e finalmente, a fome e as doenças. Para dar um fim ao conflito, o governo central enviou oito mil soldados, no dia 7 de fevereiro de 1840, para a vila de Caxias, sob o comando do coronel Luís Alves de Lima e Silva que, posteriormente, recebeu o título de Barão de Caxias, graças ao êxito nessa campanha. Em 1841, a Balaiada chegou ao fim com um saldo negativo de oito mil vaqueiros e escravos mortos. Janotti (2005, p. 55) mostra que: A repressão violenta de Luís Alves de Lima, enviado pelo governo central, foi apoiada por todas as facções liberais e cabanas. Temiam os balaios entregarem-se às forças oficiais, pois, quando os primeiros grupos se renderam, ou aceitaram a proposta da anistia, foram obrigados a combater seus próprios correligionários. O final da Balaiada foi marcado pela traição, assassinatos, deserções, prisões e torturas, atestados nos relatórios firmados pelo presidente. Todavia, a aplicação das penalidades aos rebeldes teve dois pesos e duas medidas, pois Dom Pedro II concedeu o perdão da anistia para alguns, mas outros foram executados. REVOLUÇÃO FARROUPILHA – também conhecida como Guerra dos Farrapos (devido aos trajes maltrapilhos que o exército rebelde usava) foi um movimento que ocorreu de 1835 a 1845. O movimento foi idealizado pelos grandes proprietários de terra do Rio Grande do Sul que estavam insatisfeitos com os altos impostos que eram cobrados pelo governo imperial sobre seus produtos, sendo que o charque, o principal produto possuía: [...] determinada dependência dos valores pelos quais os comerciantes do centro pagariam para receber este produto. Assim, viram suas aspirações malogradas pela política econômica imperial, que protegia e dava aval para entrada do produto vindo das antigas colônias espanholas do Rio da Prata, que já possuía proteção dentro de seus países por ser o principal produto nacional, e não secundário, como no caso brasileiro. (SCHMITT, 2018, p. 364). A Guerra dos Farrapos teve como principais líderes: Bento Gonçalves que foi eleito presidente da República do Piratini, em 1837, e Giuseppe Garibaldi que proclamou em Santa Catarina a República Juliana. Dornelles (2010, p. 169) indica que o movimento foi “[...] encabeçado por homens de destaque no cenário rio-grandense, como grandes estancieiros, charqueadores, comerciantes e representantes da cúpula militar”. Ainda, o autor cita que “[...] inicialmente o movimento não possuíra caráter separatista. Seus líderes desejavam o poder de eleger o presidente provincial, de ter câmaras de vereadores, de legislar e de recolher os impostos que deveriam servir para o desenvolvimento local” (DORNELLES, 2010, p. 177). https://www.infoescola.com/historia/republica-juliana/ A Revolução Farroupilha contou com a participação dos negros escravizados que tinham a promessa de liberdade, no caso de vitória por parte dos revoltosos. Ainda, cabe destacar que a Revolução Farroupilha também sofreu forte influência das ideias liberais da época, conforme se verifica abaixo: No Rio Grande do Sul, o liberalismo esteve no foco dos problemas provinciais, negligenciados pela centralização governamental. Para parte das lideranças políticas rio-grandenses, o ideário liberal se constituiu como uma justificativa para sua rebelião contra a concentração de poder nas mãos do Império, que deixara de corresponder às expectativas de salvaguardar a propriedade e a soberania provinciais, abertas com o processo de independentização do país. (PESAVENTO, 1985, p. 23 apud DORNELLES, 2010, p. 174). Durante os dez anos da Revolução Farroupilha, percebe-se que o período de 1835 a 1840 foi marcado pela ascensão do movimento, devido às inúmeras vitórias no campo militar. Todavia, a partir do ano de 1840, o movimento começou a passar por um período de claro declínio das forças revoltosas. Dornelles (2010, p. 169) discorre que: Primeiramente, buscou-se uma negociação com o governo brasileiro. Com a perpetuação da política centralista da regência imperial, a revolta culminou com a proclamação da República Rio-Grandense. De início, muitos dos líderes farroupilhas não eram nem republicanos nem separatistas, mas a impossibilidade de negociação com a governança regencial acabou por conduzir ao desfecho de uma República. No ano de 1842, Luís Alves de Lima e Silva, que mais tarde receberia o título de Duque de Caxias, foi nomeado por Dom Pedro II como presidente do Rio Grande do Sul e comandante das armas, com a principal finalidade de acabar com a revolta que já se arrastava por anos, bem como pacificar a província. A Revolução Farroupilha foi encerrada no dia 1º de março de 1845, com a assinatura do Tratado de Poncho Verde. Dornelles (2010, p. 171) comenta que “[...] as forças farroupilhas encontravam-se enfraquecidas, dificultando a manutenção da República. Apesar de ter o aval do Imperador para agir com violência, Luís Alves de Lima e Silva optou pela diplomacia, fazendo apelo ao patriotismo dos insurretos [...]”. Outro fator que colaborou para o desfecho favorável dos revoltosos foi “[...] a necessidade que o Imperador tinha acerca dos braços rio-grandenses para a manutenção das fronteiras sulistas do Brasil” (DORNELLES, 2010, p. 171). Ainda, o autor indica que os revoltosos “Conseguiram um acordo de paz bastante razoável, mas não alcançaram a meta de maior autonomia da Província, sua principal bandeira inicial” (DORNELLES, 2010, p. 177). https://www.todamateria.com.br/duque-de-caxias/ REFERÊNCIAS BEZERRA, Juliana. Sabinada. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/sabinada/. Acesso em: 17 set. 2021. DORNELLES, Laura de Leão. Guerra Farroupilha: considerações acerca das tensões internas, reivindicações e ganhos reais do decênio revoltoso. Revista Brasileira de História e Ciências Sociais, Rio Grande, v. 2, n. 4, p. 168-178, jul./dez. 2010. Disponível em: https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10409/6755. Acesso em: 17 set. 2021. IAMASHITA, Léa Maria Carrer. A historiografia das rebeliões regenciais e as representações políticas rebeldes. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA - ANPUH, 25., 2009, Fortaleza. Anais do XXV Simpósio Nacional de História – ANPUH. Disponível em: https://anpuh.org.br/uploads/anais-simposios/pdf/2019- 01/1548772006_c98edbdd581abed447a54cd748e6e028.pdf. Acesso em: 17 set. 2021. JANOTTI, Maria de Lourdes Monaco. Balaiada: construção da memória histórica. Balaiada: construção da memória histórica. Revista História, São Paulo, v. 24, n. 1, p. 41-76, 2005. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=221014791003. Acesso em: 17 set. 2021. MELO, Wilverson Rodrigo Silva de. Tempos de revoltas no Brasil oitocentista: ressignificação da Cabanagem no Baixo Tapajós (1831-1840). 2015. 271 f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Recife, 2015. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15710. Acesso em: 17 set. 2021. 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