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PROVA SPC
Sistema político: conceito, metodologia de análise e discussão sobre política
comparada
● PASQUINO, Gianfranco. Sistemas políticos comparados. Cascais
(Portugal): Principia, 2005. Capítulo 1: A análise dos sistemas políticos
(p. 11-48)
O capítulo 1 do livro "Sistemas Políticos Comparados" de Pasquino apresenta
uma introdução à teoria da comparação política e discute a importância da
análise comparativa para o estudo dos sistemas políticos.
Pasquino começa destacando que a comparação política é uma abordagem
essencial para entender a diversidade dos sistemas políticos em todo o mundo
e que essa diversidade é uma característica fundamental da disciplina de
Ciência Política. Ele explica que a comparação política envolve o exame de
semelhanças e diferenças entre os sistemas políticos e que é uma ferramenta
valiosa para identificar padrões e tendências em diferentes contextos políticos.
O autor também discute a importância da abordagem comparativa para o
estudo dos sistemas políticos contemporâneos, destacando que a globalização e
as mudanças tecnológicas tornaram os sistemas políticos cada vez mais
interconectados e interdependentes. Pasquino argumenta que, em um mundo
cada vez mais complexo e interconectado, a comparação política é crucial para
entender as causas e consequências das mudanças políticas e para identificar
as melhores práticas em diferentes contextos.
Por fim, Pasquino apresenta alguns dos principais desafios que os estudiosos
enfrentam ao realizar análises comparativas, incluindo a seleção de casos
adequados, a definição clara de conceitos e a necessidade de levar em conta as
diferenças culturais e históricas entre os países. No entanto, o autor destaca
que, apesar desses desafios, a comparação política continua sendo uma
abordagem fundamental para entender os sistemas políticos contemporâneos e
que sua importância só deve aumentar no futuro.
● URBANI, Giuliano. Sistema político In: BOBBIO, Norberto et al.
Dicionário de Política. Brasília, Ed. UnB, 1998 (p. 1163-1168)
No "Dicionário de Política" de Norberto Bobbio, a definição de "Sistema
Político" é apresentada como um conjunto de instituições políticas que se
relacionam e interagem entre si, com o objetivo de governar um território e sua
população. O sistema político inclui não apenas as instituições formais, como o
governo e o parlamento, mas também as instituições informais, como partidos
políticos, grupos de interesse e organizações da sociedade civil. O sistema
político é, portanto, um conjunto complexo de relações de poder que
determinam como as decisões são tomadas e implementadas em uma
sociedade. A definição de sistema político também inclui a ideia de que essas
instituições e relações políticas são influenciadas e moldadas por fatores
culturais, sociais e históricos, bem como por forças externas, como a
globalização e as relações internacionais.
● URBANI, Giuliano. Política comparada In: BOBBIO, Norberto et al.
Dicionário de Política. Brasília, Ed. UnB, 1998 (p. 962-966)
No "Dicionário de Política" de Norberto Bobbio, a definição de "Política
Comparada" é apresentada como uma disciplina que se dedica ao estudo das
diferenças e semelhanças entre os sistemas políticos de diferentes países ou
regiões. A política comparada utiliza a comparação sistemática de instituições,
processos políticos e culturais, e políticas públicas para identificar padrões e
tendências em diferentes contextos políticos.
Segundo Bobbio, a política comparada tem como objetivo entender como os
diferentes sistemas políticos funcionam, quais são seus pontos fortes e fracos, e
quais são os fatores que influenciam seu desenvolvimento e mudança. Essa
disciplina também busca entender como os sistemas políticos interagem com
outras esferas sociais e econômicas e como as relações internacionais e a
globalização afetam os sistemas políticos.
A política comparada é uma disciplina interdisciplinar que utiliza teorias e
métodos de outras áreas, como a sociologia, a economia e a história, para
entender os sistemas políticos. Além disso, a política comparada também é
importante para o desenvolvimento da teoria política, pois ajuda a testar
hipóteses e a validar teorias em diferentes contextos políticos.
Democracia: o que é? Quais são os critérios utilizados para distingui-la de uma
ditadura
● HUNTINGTON, Samuel. A terceira onda: a democratização no final do
século XX. São Paulo, Editora Ática, 1994. Capítulos: Prefácio e O quê?
(p. 7-39)
O prefácio e o primeiro capítulo do livro "A Terceira Onda: A Democratização
no Final do Século XX" de Samuel Huntington apresentam uma introdução
aos conceitos de democracia e democratização e discutem as transformações
políticas que ocorreram em todo o mundo durante o século XX.
No prefácio, Huntington argumenta que o século XX foi marcado por três
ondas de democratização, que foram definidas por mudanças em larga escala
no número de países que adotaram regimes democráticos. Ele explica que a
primeira onda ocorreu no início do século XX, após a Primeira Guerra
Mundial, a segunda onda ocorreu após a Segunda Guerra Mundial e a terceira
onda ocorreu no final do século XX, após o colapso do comunismo na Europa
Oriental.
No primeiro capítulo, Huntington apresenta uma definição de democracia
como um regime político que é caracterizado pela existência de eleições livres e
justas, pelo respeito às liberdades civis e políticas e pela existência de uma
sociedade civil ativa e independente. Ele argumenta que, apesar de haver
muitas definições diferentes de democracia, esses três elementos são essenciais
para qualquer regime democrático.
Huntington também discute as transformações políticas que ocorreram
durante o século XX, incluindo a ascensão do fascismo na década de 1930, o
surgimento de regimes autoritários em todo o mundo e a luta contra o
comunismo durante a Guerra Fria. Ele argumenta que a terceira onda de
democratização foi impulsionada pelo colapso do comunismo na Europa
Oriental e pela disseminação de ideias democráticas em todo o mundo.
Por fim, Huntington destaca que a democratização não é um processo linear ou
fácil e que muitos países enfrentam desafios significativos na construção de
regimes democráticos. Ele argumenta que, apesar desses desafios, a
democratização é uma tendência global que continuará a se expandir no
futuro.
No primeiro capítulo do livro "A Terceira Onda: A Democratização no Final do
Século XX", Samuel Huntington apresenta uma definição de democracia e
discute as transformações políticas que ocorreram durante o século XX. Aqui
estão os principais pontos levantados por Huntington:
1. Definição de democracia: Huntington define democracia como um regime
político que é caracterizado pela existência de eleições livres e justas, pelo
respeito às liberdades civis e políticas e pela existência de uma sociedade civil
ativa e independente. Ele argumenta que esses três elementos são essenciais
para qualquer regime democrático e que a democracia não pode ser reduzida
apenas à existência de eleições.
2. Transformações políticas no século XX: Huntington discute as
transformações políticas que ocorreram durante o século XX, incluindo a
ascensão do fascismo na década de 1930, o surgimento de regimes autoritários
em todo o mundo e a luta contra o comunismo durante a Guerra Fria. Ele
argumenta que essas transformações políticas moldaram o mundo em que
vivemos hoje e influenciaram a forma como as democracias são construídas e
mantidas.
3. O colapso do comunismo na Europa Oriental: Huntington destaca que a
terceira onda de democratização foi impulsionada pelo colapso do comunismo
na Europa Oriental. Ele argumenta que a queda do Muro de Berlim em 1989
marcou o início de uma onda de democratização que se espalhou por todo o
mundo, e que esse processo foi motivado por uma combinação de fatores
internos e externos.
4. Os desafios da democratização: Huntington destaca que a democratização
não é um processolinear ou fácil e que muitos países enfrentam desafios
significativos na construção de regimes democráticos. Ele argumenta que esses
desafios incluem a construção de instituições políticas estáveis, a promoção de
uma sociedade civil forte e a garantia do respeito aos direitos humanos e às
liberdades civis.
No geral, o primeiro capítulo de "A Terceira Onda" apresenta uma visão geral
dos principais conceitos relacionados à democracia e discute as transformações
políticas que ocorreram durante o século XX. Huntington destaca que a
democratização é uma tendência global que continuará a se expandir no
futuro, mas também reconhece os desafios significativos que os países
enfrentam nesse processo.
● SAES, Décio. Democracia. São Paulo, Ática, 1987. Capítulo 1: O conceito
de democracia (p. 7-32)
No capítulo "O conceito de democracia" do livro "Democracia", Décio Saes
discute os diferentes conceitos de democracia e suas implicações na
compreensão desse sistema político. Saes começa destacando a importância da
democracia como um conceito-chave da política contemporânea e sua relação
com a liberdade e a igualdade.
Em seguida, ele discute as principais abordagens para definir a democracia,
incluindo a abordagem procedural, a abordagem substancial e a abordagem
dialógica. No capítulo "O conceito de democracia" do livro "Democracia",
Décio Saes discute três abordagens diferentes para definir a democracia:
abordagem procedimental, abordagem substancial e abordagem dialógica.
Aqui estão as explicações de cada uma dessas abordagens:
1. Abordagem procedimental: Essa abordagem enfatiza a importância dos
procedimentos democráticos, como eleições livres e justas, a liberdade de
expressão, a liberdade de associação e a liberdade de imprensa. Segundo essa
abordagem, a democracia é definida pela forma como as decisões são tomadas,
em vez de pelo conteúdo dessas decisões. Em outras palavras, a democracia é
vista como um sistema político que garante a igualdade de oportunidades de
participação e a justiça processual. Essa abordagem é geralmente associada à
teoria liberal da democracia.
2. Abordagem substancial: Essa abordagem enfatiza a importância dos
resultados democráticos, como a igualdade de oportunidades, a justiça social e
a proteção dos direitos humanos. Segundo essa abordagem, a democracia é
definida pela qualidade dos resultados políticos, em vez da qualidade dos
processos políticos. Em outras palavras, a democracia é vista como um sistema
político que garante a justiça distributiva e a igualdade de resultados. Essa
abordagem é geralmente associada à teoria republicana da democracia.
3. Abordagem dialógica: Essa abordagem enfatiza a importância da
comunicação e do diálogo na construção de um sistema democrático. Segundo
essa abordagem, a democracia é definida pela qualidade do diálogo e da
comunicação entre os cidadãos e as instituições políticas. Em outras palavras,
a democracia é vista como um sistema político que valoriza a participação ativa
e a discussão aberta e livre. Essa abordagem é geralmente associada à teoria
deliberativa da democracia.
É importante ressaltar que essas abordagens não são mutuamente exclusivas e
podem ser combinadas em diferentes graus em diferentes contextos políticos.
Além disso, outras abordagens podem ser desenvolvidas e utilizadas para
definir a democracia, dependendo do contexto e dos objetivos específicos. Saes
argumenta que a abordagem procedural enfatiza a importância dos
procedimentos democráticos, como eleições livres e justas, enquanto a
abordagem substancial destaca a importância dos resultados democráticos,
como a igualdade de oportunidades e a justiça social. Por fim, a abordagem
dialógica destaca a importância da comunicação e do diálogo na construção de
um sistema democrático.
Saes também discute as principais críticas e desafios à democracia, incluindo a
desigualdade social, a falta de participação popular e a corrupção. Ele
argumenta que a democracia é um sistema político em constante evolução e
que deve ser constantemente aprimorado para atender às necessidades e
expectativas das sociedades contemporâneas.
Décio Saes discute algumas das principais críticas e desafios enfrentados pela
democracia contemporânea. Aqui estão algumas das críticas e desafios
mencionados:
1. Crise de representatividade: Uma das principais críticas à democracia é que
ela se tornou um sistema de representação que não representa adequadamente
os interesses e as necessidades dos cidadãos comuns. Muitos argumentam que
os políticos eleitos são controlados por elites econômicas e empresariais, em
vez de atenderem aos interesses dos eleitores.
2. Polarização política: A polarização política tem se intensificado em muitos
países, com partidos e grupos políticos adotando posições cada vez mais
extremas e intolerantes. Essa polarização pode levar à paralisia política e à
incapacidade de encontrar soluções para os problemas comuns.
3. Desigualdade socioeconômica: A desigualdade socioeconômica é uma
ameaça à democracia, pois pode minar a confiança dos cidadãos nas
instituições democráticas. Quando as pessoas sentem que o sistema político
não está atendendo às suas necessidades e interesses, elas podem se
desencantar com a democracia e procurar outras formas de governo.
4. Desafios tecnológicos: A tecnologia pode ser uma ameaça à democracia, pois
permite que informações falsas e manipuladas sejam disseminadas com
facilidade, o que pode influenciar as eleições e as opiniões públicas. Além
disso, a tecnologia também pode permitir a vigilância e o controle excessivo do
governo sobre os cidadãos.
5. Desafios globais: Muitos problemas enfrentados pelos países hoje, como as
mudanças climáticas, a migração em massa e a pandemia, exigem soluções
globais que vão além das fronteiras nacionais. A democracia pode ter
dificuldade em lidar com esses problemas globais, pois requer a cooperação e a
negociação entre diferentes países e culturas.
Além disso, Saes aponta dois desafios importantes para a democracia: a falta
de participação e a corrupção.
A falta de participação pode ser vista como uma ameaça à democracia, pois se
os cidadãos não se envolvem ativamente no processo político, podem se sentir
desencantados com a democracia e procurar outras formas de governo. A
democracia requer a participação ativa dos cidadãos, seja por meio do voto, da
participação em partidos políticos, da mobilização em movimentos sociais ou
da participação em grupos de pressão. No entanto, muitos cidadãos se sentem
excluídos ou desinteressados em participar do processo político, o que pode
levar a uma baixa participação eleitoral e a um enfraquecimento da
democracia.
A corrupção é outro desafio importante para a democracia, pois mina a
confiança dos cidadãos nas instituições democráticas. A corrupção pode
envolver subornos, desvio de recursos públicos, tráfico de influência e outros
tipos de conduta ilegal ou antiética por parte de políticos e funcionários
públicos. Quando os cidadãos percebem que o sistema político é corrupto e
favorece os interesses de poucos em detrimento dos interesses da maioria, eles
podem perder a confiança na democracia e buscar outras formas de governo.
Além disso, a corrupção pode minar a capacidade do governo de tomar
decisões eficazes e justas em nome dos cidadãos, o que pode levar a uma
erosão da qualidade da democracia.
Para enfrentar esses desafios, Saes sugere que é preciso fortalecer a
participação dos cidadãos na democracia, por meio da educação cívica, do
apoio a organizações da sociedade civil e do fortalecimento das instituições
democráticas. Além disso, ele defende que é preciso adotar medidas eficazes
para combater a corrupção, como a transparência nas contas públicas, a
proteção dos denunciantes e a punição rigorosa dos corruptos. A superação
desses desafios é essencial para garantir a saúde e a eficácia da democracia.
É importante considerá-los ao avaliar a saúde e a eficáciada democracia em
diferentes contextos políticos. Em conclusão, Saes enfatiza a importância de
uma compreensão crítica e reflexiva da democracia e destaca que a democracia
não é apenas um sistema político, mas também um processo social e histórico
em constante evolução.
● SAES, Décio. Democracia. São Paulo, Ática, 1987. Capítulo 3: A
democracia no capitalismo (p. 49-73)
No capítulo "A democracia no capitalismo" do livro "Democracia", o autor
Décio Saes explora a relação entre a democracia e o capitalismo.
Ele começa explicando que a democracia e o capitalismo são duas formas de
organização social distintas, com objetivos e lógicas diferentes. Enquanto a
democracia busca garantir a igualdade política e a participação popular, o
capitalismo tem como objetivo a acumulação de riquezas e a maximização dos
lucros.
No entanto, o autor argumenta que a democracia e o capitalismo podem
coexistir, desde que haja um equilíbrio entre os interesses econômicos e
políticos. Ele ressalta a importância do Estado em regulamentar e controlar as
atividades do mercado, para evitar excessos e abusos do poder econômico.
Saes também discute a crítica de que a democracia no capitalismo pode ser
uma forma de dominação das elites econômicas, em que a maioria dos
cidadãos é deixada de lado em favor dos interesses das elites. Ele argumenta
que essa crítica é válida em muitos casos, mas que a solução não é abandonar a
democracia, mas sim fortalecê-la, criando instituições mais democráticas e
promovendo a participação popular.
Em resumo, o capítulo aborda a relação entre a democracia e o capitalismo,
argumentando que essas duas formas de organização social podem coexistir
desde que haja um equilíbrio entre os interesses econômicos e políticos. O
autor também destaca a importância do Estado em regular as atividades do
mercado e promover a participação popular para evitar a dominação das elites
econômicas.
Neste capítulo, Décio Saes sugere algumas formas de criar instituições mais
democráticas.
Em primeiro lugar, ele argumenta que é importante fortalecer a participação
popular, permitindo que as pessoas tenham mais voz e influência nas decisões
políticas. Para isso, é necessário criar espaços de participação e de debate
público, além de incentivar a formação de organizações da sociedade civil,
como sindicatos, associações de bairro e movimentos sociais.
Em segundo lugar, o autor destaca a importância de criar instituições mais
transparentes e responsáveis. Ele defende que é preciso ampliar o acesso à
informação e fortalecer os mecanismos de prestação de contas, para que os
cidadãos possam fiscalizar o uso do dinheiro público e monitorar a ação dos
governantes.
Por fim, Saes argumenta que é necessário criar instituições políticas mais
inclusivas e representativas. Ele defende que a democracia não deve se limitar
apenas à eleição de representantes, mas deve também garantir a participação
das minorias e dos grupos marginalizados. Para isso, é preciso promover
políticas públicas que reduzam as desigualdades e assegurem o acesso
igualitário aos recursos e serviços públicos.
Em resumo, Saes sugere que para criar instituições mais democráticas é
preciso fortalecer a participação popular, promover a transparência e a
prestação de contas, e garantir a inclusão e representatividade dos diversos
grupos sociais.
Saes argumenta, ainda, que a dominação das elites econômicas nas
democracias contemporâneas se dá por meio da concentração do poder
econômico e da influência política que isso gera.
Segundo Saes, as elites econômicas detêm um grande poder de influência
sobre as decisões políticas, uma vez que controlam recursos financeiros e
empresariais que são essenciais para o funcionamento da economia e da
sociedade em geral. Esse poder é exercido de diversas formas, como através do
financiamento de campanhas políticas, da influência sobre a mídia e do lobby
junto aos governantes e parlamentares.
Além disso, o autor destaca que as elites econômicas muitas vezes têm acesso a
informações privilegiadas e a redes de relacionamento que lhes permitem
exercer uma influência ainda maior sobre as decisões políticas. Isso pode levar
a situações em que as políticas públicas são desenhadas para beneficiar os
interesses dessas elites em detrimento das demandas e necessidades da
maioria da população.
Para Saes, a dominação das elites econômicas é um dos principais desafios
para a democracia, uma vez que limita a participação popular e a
representatividade dos interesses da maioria da população. Para superar esse
desafio, ele defende a importância de fortalecer a participação popular e criar
instituições políticas mais inclusivas e responsáveis.
No livro "Democracia", Décio Saes relaciona a essência do Estado à burocracia,
argumentando que a administração pública é uma das principais funções do
Estado, e que a burocracia é o meio pelo qual essa função é realizada. Para
Saes, a burocracia é a estrutura organizacional que permite a administração
racional e eficiente dos recursos do Estado.
Segundo o autor, a burocracia é uma forma de organização baseada em regras
e procedimentos formais, que visam garantir a objetividade e a imparcialidade
das decisões tomadas pelos agentes públicos. Essa organização é necessária
para o bom funcionamento do Estado, uma vez que permite a prestação de
serviços públicos de forma eficiente e a tomada de decisões políticas baseadas
em critérios técnicos e objetivos.
No entanto, Saes destaca que a burocracia também pode apresentar alguns
problemas, como a rigidez excessiva e a falta de flexibilidade para lidar com
situações imprevistas. Além disso, a burocracia pode se tornar um fim em si
mesma, perdendo de vista a finalidade última do Estado, que é atender às
demandas e necessidades da sociedade. Assim, para Saes, a burocracia é uma
ferramenta essencial para o funcionamento do Estado, mas é importante que
ela seja utilizada de forma racional e eficiente, sem se tornar um obstáculo à
realização dos objetivos democráticos do Estado.
Décio Saes argumenta que o Parlamento é o órgão por meio do qual a classe
dominante consegue manter suas relações de exploração. Segundo o autor, o
sistema parlamentar é um mecanismo que permite à classe dominante exercer
sua hegemonia sobre a sociedade.
Saes destaca que, na democracia representativa, os parlamentares são eleitos
pela população, mas o processo eleitoral é influenciado por diversos fatores,
como o poder econômico e a propaganda política. Dessa forma, a classe
dominante consegue controlar o processo político e garantir que seus
interesses sejam protegidos.
Além disso, o autor argumenta que, no Parlamento, a classe dominante pode
influenciar a elaboração das leis e políticas públicas de forma a garantir seus
próprios interesses. Os parlamentares, muitas vezes, representam os interesses
das elites econômicas e financeiras, em vez de representar os interesses da
maioria da população.
Assim, Saes sugere que a luta por uma democracia mais participativa e
igualitária deve incluir a transformação do sistema parlamentar e a busca por
outras formas de representação política, que permitam uma participação mais
ativa da sociedade na tomada de decisões políticas.
Além de ser entendida como regime político, Décio Saes entende a democracia
como um processo social. Para o autor, a democracia não se limita a uma
forma de governo, mas é um processo contínuo de construção de uma
sociedade mais justa e igualitária.
Segundo Saes, a democracia como processo social envolve a participação ativa
da sociedade na tomada de decisões políticas e na construção de políticas
públicas que atendam às necessidades e demandas das diferentes classes
sociais. Nesse sentido, a democracia não se resume a eleições periódicas ou à
existência de partidos políticos, mas implica na construção de espaços e
mecanismos de participação cidadã.
Dessa forma, Saes defende que a democracia como processo social deve serentendida como um movimento constante de transformação da sociedade, em
direção a uma sociedade mais justa e igualitária. Para o autor, a democracia
não pode ser vista como um fim em si mesmo, mas como um meio para a
construção de uma sociedade mais justa e solidária.
Décio Saes utiliza alguns critérios para diferenciar a democracia da ditadura:
1. Eleições livres e periódicas: Na democracia, as eleições devem ser livres e
ocorrerem periodicamente, permitindo a escolha do povo em relação aos seus
governantes. Na ditadura, as eleições não são livres e, muitas vezes, são
manipuladas pelo governo para manter o poder.
2. Liberdade de expressão e organização: Na democracia, é permitida a livre
expressão de ideias e a organização de grupos e movimentos sociais. Na
ditadura, a liberdade de expressão e organização é limitada e muitas vezes
reprimida pelo governo.
3. Respeito aos direitos humanos: Na democracia, os direitos humanos são
respeitados e protegidos pelo Estado. Na ditadura, os direitos humanos são
frequentemente violados pelo governo, que utiliza a repressão para manter o
poder.
4. Separação de poderes: Na democracia, há uma separação clara entre os
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Na ditadura, o governo pode
controlar todos os poderes, sem respeitar a independência entre eles.
5. Participação popular: Na democracia, a participação popular é incentivada e
valorizada, por meio de espaços e mecanismos de participação cidadã. Na
ditadura, a participação popular é limitada e muitas vezes reprimida pelo
governo.
Saes destaca que esses critérios não são excludentes e nem absolutos, e que a
democracia pode ser mais ou menos desenvolvida em diferentes sociedades e
momentos históricos. Porém, eles são importantes para diferenciar regimes
democráticos de regimes ditatoriais.
Segundo Décio Saes, a classe dominadora tem mais poder em uma democracia
do que em uma ditadura. Isso porque, na democracia, as elites econômicas
conseguem influenciar o processo político por meio de sua capacidade de
financiar campanhas eleitorais, exercer lobby junto aos parlamentares e
ocupar cargos de poder nos governos. Além disso, a classe dominante também
pode utilizar a mídia para influenciar a opinião pública e garantir que seus
interesses sejam protegidos pelo Estado.
Na ditadura, embora a classe dominante possa exercer um controle mais direto
sobre o Estado e a sociedade, ela não tem as mesmas oportunidades de
influenciar o processo político como na democracia. Isso porque as liberdades
civis e políticas são suprimidas e o governo é controlado de forma autoritária
por uma elite militar ou civil, que muitas vezes não representa os interesses da
maioria da população.

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