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AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA - LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRIO

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LABORATÓRIO CLÍNICOLABORATÓRIO CLÍNICOavaliação bioquímica
Componentes importantes
Por: Loris Dias / @loriis_dias
 Quando pensamos em avaliação
bioquímica, mais especificamente, na avaliação a partir
do sistema renal, existem coisas que precisamos levar em
consideração, por exemplo - que a taxa de filtração
glomerular é a melhor escolha para análise da função
renal, pois nos fornece uma relação mais precisa do
quanto no rim está funcionando.
❖ A filtração glomerular é um ultra-filtrado do plasma
sanguíneo. 
❖ No processo de filtração, todas as moléculas
plasmáticas hidrossolúveis são filtradas, enquanto as
proteínas são retidas. A albumina consegue ser filtrada
(mas em uma pequena quantidade) porque possui peso
molecular próximo ao limiar de infiltração. 
❖ Na veterinária, o processo de avaliação mais feito
para TFG é pelo método indireto, onde nós avaliamos a
composição e quantidade de creatinina, fósforo, cálcio e
concentração de ureia/nitrogênio ureico. 
Função renal
Taxa de filtração glomerular
❖ Em síntese, é afetada por fatores que interferem na
pressão - oncótica e hidrostática e na permeabilidade e
pressão nos capilares glomerulares. 
Sistema Renina-angiotensina-aldosterona
❖ É importantíssima para o controle da TFG e fluxo
sanguíneo renal. 
❖ A renina é um hormônio produzido por células
especializadas da parede de arteríola eferente, atua sobre
a angiotensina e aldosterona para resultar no aumento da
pressão pela reabsorção de sódio, excreção de potássio e
retenção de água.
A concentração urinária final é bem maior que do
filtrado!! 
❖ Água: é reabsorvida parcialmente no túbulo
contorcido proximal e depois pelo ramo descendente da
alça de Henle, para que, no fim, sua reabsorção final seja
no túbulo coletor sob controle do ADH. 
 ❖ Glicose: passa livremente pelo glomérulo 
 e é 100% filtrada e reabsorvida no TCP. Os
gatos possuem um limiar maior por causa da ação do
cortisol nessa espécie. 
❖ Aminoácidos e outros: os aminoácidos são
reabsorvidos completamente no TCP. 
• Outras substâncias reabsorvidas são o sódio, potássio,
cálcio, corpos cetônicos e o potássio, e chega quase ser
uma reabsorção de 100% para o sódio, cloreto, cálcio e
fosfato.
❖ Ureia: formada pelo catabolismo proteico,
 passa livremente pela barreira glomerular e é 
reabsorvida de forma passiva pelo TCP. Ela é afetada
pela taxa de fluxo urinário e intensidade de absorção de
água. 
Urina
❖ Formada pela filtração glomerular, reabsorção de
substâncias do túbulo para o sangue e secreção de
substância do sangue para os túbulos. 
Nela, a ureia (produzida pelo fígado devido ao
catabolismo proteico) é eliminada pelos rins e a excreção
depende da velocidade da TFG e integridade renal. 
❖ A amônia é quem se converte em ureia no fígado,
ficando em baixo nível na circulação sanguínea. E como
a ureia pode ser afetada por vários fatores, só é
interessante em uma avaliação renal se for analisada
juntamente a creatinina e uma urinálise completa.
Por: Loris Dias / @loriis_dias
A creatinina plasmática é derivada do catabolismo
proteico do tecido muscular. 
❖ A ureia diminui em hepatopatias e aumenta pelo
aumento da síntese ou catabolismo tecidual, por
exemplo. 
❖ Na insuficiência renal crônica ocorre perda da
capacidade de reabsorção de cálcio, na excreção de
fósforo - causando hipocalcemia e hiperfosfatemia,
que quando prolongada, estimula a paratireoide para
mobilizar cálcio no sangue em prol da homeostase,
porém, pode acabar causando um hiperparatireoidismo
secundário renal. Ocorre perda de sódio na IRC.
❖ Na IRA não ocorre alteração nos níveis séricos de
cálcio.
❖ Em nefropatias com oligúria ou anúria ocorre perda
da função renal excretora e retenção de potássio -
resultando em hipercalemia.
❖ Creatinina é formada pela degradação da creatina,
excretada totalmente pelos glomérulos, e determinada
pela massa muscular. Ela pode estar elevada no soro por
fatores pré, pós e renais - como desidratação,
insuficiência renal e obstrução na uretra. 
❖ Azotemia - aumento laboratorial sem sinal clínico, já
a uremia, compreende isso e apresenta sinais clínicos. 
Outras informações
Seu aspecto ideal é límpido, mas pode estar turva -
que não é o ideal pela presença de celularidade.
❖ A urina pode ser coletada (5-10ml) por cistocentese 
 (melhor opção), por cateterismo (mas pode introduzir
bactérias na bexiga) e através da micção natural, e deve
ser refrigerada para processamento em até 6 horas.
❖ A urinálise não conclui sozinha se há problema renal,
mesmo que nela ocorra o exame físico, químico e a
sedimentoscopia da amostra.
❖ EXAME FÍSICO: odor, aspecto, cor e densidade.
O odor pode ser Sui generis - que é o normal, ou pode
estar anormal - pútrido, amoníaco ou adocicado.
A hematúria e a hemoglobinúria podem ser
diferenciadas por centrifugação uma vez que, na
hematúria ocorre separação.
Se estiver anormal é isostenúria (1,008 - 1,045) ou
hipostenúria (inferior a 1,008) 
Deve-se fazer uma relação entre proteína e
creatinina urinária. Logo, pode-se pedir por exames
de UPC, SDMA e por GGT urinário (enzima). 
❖ Quanto a cor, o normal é que seja amarelo claro ou
ouro. 
↳ Se ela for esverdeada (por infecção por pseudomonas
sp), alaranjada (bilirrubina), avermelhada à âmbar
(hematúria, hemoglobinúria e mioglobinúria) ou branca
(por cristais), representam anomalias.
 Densidade: deve ser maior que no filtrado. Em
condições normais - hiperestenúria, com valores de
1,015 - 1,045 para cães e 1,040 - 1,060 para gatos. 
• Isostenúria sugere alteração renal, e hipo ou
hiperestenúria - alterações não renais. 
❖ EXAME QUÍMICO: 
↳ Analisa o pH ( herbívoros possuem o pH mais
alcalino e carnívoros - pH mais ácido);
↳ Presença de proteínas (por origem pré, renal e
pós-renal);
↳ Glicose;
↳ Corpos cetônicos (que não devem aparecer em
situações fisiológicas, mas pode ser vista em jejum
prolongado e mobilização de gordura, por exemplo);
↳ Sangue oculto (se há hemácia, hemoglobina ou
mioglobina);
↳ Nitritos (evidenciando infecção por bac.
nitrificantes); 
↳ Bilirrubina (pode aparecer devido a colestase ou
anemia hemolítica) e urobilinogênio. 
Tipos de cilindros
❖ Cilindro granuloso - indica degeneração tubular e
desprendimento de células de revestimento.
❖ Cilindro hialino - indica extravasamento proteico ou
lesão momentânea do túbulo).
Por: Loris Dias / @loriis_dias
❖ Cilindro leucocitário e eritrocitário - leucocitário
indica inflamação e o eritrocitário - hemorragia.
❖ Cilindro céreo - indica obstrução prolongada do
néfron e estágio final de doença renal crônica.
❖ Cilindro gorduroso.
 
Tipos de cristais
Fosfato amorfo;
Fosfato triplo ou estruvita;
Carbonato de cálcio;
Oxalato de cálcio mono-hidratado ou di-
hidratado.
Biurato de amônio; 
Ácido úrico;
Bilirrubina;
Cistina;
Colesterol; 
Amoxilina. 
Cristais de urato ou biurato - a raça dálmata tem
pré-disposição devido a um defeito genético que
aumenta a excreção de ácido urico.
❖ NORMAIS:
❖ ANORMAIS:
❖ Particularidades:
❖ Para se avaliar de forma mais completa as funções
renais, deve-se pedir uma urinálise, hemograma e
bioquímica sérica e sugerir urocultura, que é
importantíssimo para infecções bacterianas.

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