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HAM 8 - Traumatismo Cranioencefálico TCE PDF

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Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
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Traumatismo 
Cranioencefálico 
Trauma crânio encefálico (TCE) 
"Alteração na função encefálica manifestada 
como confusão, alteração do nível de 
consciência, convulsão, com e/ou déficit 
neurológico focal motor ou sensitivo, 
resultantes de uma força contundente ou 
penetrante na cabeça" 
Etiologia: as etiologias variam com a faixa etária 
 Acidentes automobilísticos 
 Esportes 
 Quedas 
Fisiologia: 
 A pressão intracraniana elevada pode 
reduzir a perfusão cerebral e causar ou 
piorar a isquemia 
 PIC normal = 10 mmHg se > 20 mmHg 
esta associado a piores resultados 
 Lesão cerebral primaria: ocorre no 
momento do trauma e se refere a 
qualquer lesão que ocorre devido ao 
trauma inicial 
 Lesão secundaria: lesão adicional de 
estruturas que originalmente não 
haviam sido prejudicadas no trauma 
inicial 
o Efeito de massa e herniação 
o Isquemia 
o Edema cerebral 
o Hipertensão intracraniana 
o Convulsões 
Fraturas de crânio: 
Lineares: trauma fechado – afundamento de 
crânio 
 Fraturas de crânio com afundamento 
podem necessitar de neurocirurgia, 
devido ao aumento de PIC 
Fraturas de base de crânio: 
 Vazamento de liquor: otorreia e rinorreia 
 Sinal de Battle 
 Olhos de guaxinim 
 
Lesoes faciais: 
 Laceração palpebral 
 Abrasão de córnea 
 Hemorragia subconjuntival 
 Hfema 
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 Globo ocular aberto ou perfurado 
 
 
Fraturas nasais: 
 Fratura de Le Fort 1 - A 
 Fratura de Le Fort 2 - B 
 Fratura Le Fort 3 - C 
 
Lesoes cerebrais: 
Difusas: 
 Concussões: distúrbio neurológico não 
focal transitório que frequentemente 
inclui perda de consciência. 
 TC pode ser inicialmente normal ou o 
cérebro aparece com edema difuso com 
perda da distinção habitual entre cinza 
e branco. 
 Lesão axonal difusa (LAD): hemorragias 
pontilhadas - “lesões por cisalhamento” 
Focais: 
Hematomas epidurais: 
 Geralmente estão na região temporal ou 
temporoparietal 
 Ruptura da artéria meníngea media 
causado por fratura 
Subdurais: 
 Acometimento dos vasos superficiais 
pequenos ou vasos em ponte e córtex 
 Comprometimento cerebral é mais 
grave 
 
A – Hematoma epidural 
B – Hematoma subdural 
C – Contusões bilaterais com hemorragia 
D – Hemorragia intraparenquimatosa 
Tratamento: 
TCE leve: 
 Glasgow 13 a 15 
 A maioria melhora sem intercorrências 
 Método de imagem padrão ouro – TC 
 Se o paciente apresentar anormalidades 
na TC, ou se permanecer sintomático – 
paciente deve ser hospitalizado e 
encaminhado ao neurocirurgião 
 Realizar RX de coluna cervical e outras 
se indicado 
 Níveis sanguíneos de álcool e perfil 
toxicológico da urina devem ser 
realizados 
 
 
 
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Critérios para internação: 
 
TCE moderado: 
 Glasgow 9 a 12 
 Avaliação neurológica seriada nas 1ª 12 a 
24h 
 Maioria apresentam melhora sem 
intercorrências 
 Deve-se assegurar a estabilidade 
cardiopulmonar 
 TC de crânio é realizada e um 
neurocirurgião é contatado, ou um 
centro de trauma se for necessária a 
transferência. 
 TC de controle em 24 horas se a TC 
inicial for anormal ou houver piora do 27 
estado neurológico 
Nesse caso, a TC de crânio deve ser realizada 
em todos os casos, assim internar ou transferir 
o doente para uma instituição com capacidade 
cirúrgica para o tratamento definitivo 
Após a internação: 
 Avaliações neurológicas frequentes 
 TC de contraste se deterioração do 
quadro ou preferivelmente antes da alta 
Se o paciente melhorar: 
 Alta quando apropriado 
 Seguimento laboratorial 
Se o paciente piorar: 
 Repetir a TC e tratar de acordo com o 
protocolo de TCE grave 
TCE grave: 
 Glasgow 3 a 8 
 Maior risco de mortalidade 
 Realizar TC rápida após a estabilização 
hemodinâmica 
 IOT precoce 
 Ventilar com O2 a 100% ate colher a 
gasometria e ajustar a FIO2 
 Medir a Sat O2 e manter > 98% 
 PCO2 deve estar próxima a 35 mmHg 
Naqueles com deterioração neurológica ou 
sinais de herniação – realizar a hiperventilação 
 PA > ou igual a 100 mmHg 
 Estabilizar função cardíaca e pulmonar 
Manejo: 
 ABCDE 
 Reavaliação primaria e reanimação 
 Colher historia – SAMPLE 
 Internar e encaminhar ao 
neurocirurgião 
 Administrar: 
o Manitol 
o Evitar hiperventilação nas 
primeiras 24h a menos que haja 
sinais de herniação 
o Administrar solução salina 
hipertônica – NaCl = Salgadão 
 Reavaliação neurológica – Glasgow 
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 Avaliação neurológica focal 
 Encaminhar para TC de crânio 
 Cuidado com os sedativos, eles podem 
rebaixar o paciente – pode-se usar o 
midazolam com cautela e reverter com 
flumazenil 
 Repor volemia se necessário 
Achados na TC: 
 Hematoma intracraniano 
 Contusões 
 Desvio da linha media 
OBJETIVO DE TRATAMENTO: prevenir 
lesoes secundarias 
Hiperventilação 
 Tratar o déficit neurológico agudo, 
enquanto outras medidas terapêuticas 
são iniciadas. 
 Reduz a PIC em doentes que estão 
deteriorando com hematoma 
intracraniano em expansão até que a 
craniotomia de emergência seja feita 
Manitol 
 Reduzir a PIC elevada 
 20g de manitol por 100 mL de solução 
 Não deve ser administrado em 
hipotensos 
 Usar 0,25-1 g/kg para controlar a PIC 
elevada; 
 Hipotensão arterial (pressão arterial 
sistólica < 90 mmHg) deve ser evitada 
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Referências 
PHTLS Atendimento Pré-hospitalizado ao 
Traumatizado. 9° ed. Jones & Bartlett 
Learning, 2020.

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