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HAM 7 - Acidentes Ofídicos - HAM 7 PDF

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1 
Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
Acidentes 
 Ofídicos 
Habilidades Médicas VII 
Acidentes por Animais Peçonhentos 
➔ (Ofidismos > Escorpionismo > Araneísmo) 
essa é ordem de maior incidência 
A grande maioria dos acidentes ofídicos o gênero 
que mais ataca é o Bothrops. 
 
A características de um animal peçonhento é a 
presença do orifício (fosseta loreal), mas não 
exclui o animal não ser peçonhento 
Ofidismo 
Gênero Bothrops (são mais agressivas 
 30 espécies 
 Todo território nacional, zonas rurais, 
periferias de grandes cidades, locais 
úmidos 
 Hábito noturno, crepuscular 
 Jararaca, ouricana, jararacuçu, urutu-
cruzeira, jararaca-do-rabo-branco, malha-
de-sapo, patrona, surucucurana, combóia, 
caiçaca. 
Gênero Crotalus 
 Várias subespécies, pertencentes à 
espécie Clotarus durissus; 
 Campos abertos, áreas secas, arenosas e 
pedregosas; 
 Habitualmente não atacam, ruído 
característico do guizo ou chocalho; 
 Cascavel, cascavel-quatro-velas, boicininga, 
maracambóia, maracá; 
Gênero Lachesis 
 Espécie Lachesi muta, com 2 subespécies 
 Maior das serpentes peçonhentas das 
Américas (3,5m) 
 Florestas e áreas úmidas 
 Surucucu, surucucu-pico-de-jaca, 
surucutinga, malha-de-fogo 
Gênero Micrurus 
 18 espécies 
2 
Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
 Todo território nacional (centro-oeste 
como principal região) 
 Pequeno e médio porte (1m) 
 Anéis vermelhos, pretos e brancos 
 Coral, coral verdadeira, boicorá 
 Falsas corais: ausência de dentes 
inoculadores e diferente configuração dos 
anéis 
Mecanismos de ação dos venenos 
 Na ação inflamatória se tem uma reação 
a princípio local, pode se estender 
sistematicamente, responsável pela reação 
infamatória aguda. 
 Na ação coagulante tem-se o consumo dos 
fatores pró-coagulantes, causando uma 
deficiência dos fatores, causando uma 
coagulabilidade sanguínea. 
 Na ação hemorrágica, tem a ação pró-
coagulante, um consumo muito rápido 
desses fatores que ficam expostos na 
corrente sanguínea, levando a uma ação 
hemorrágica. 
 Ação neurotóxica causa um bloqueio da 
junção neuromuscular 
 Ação miotóxica, que é responsável causa 
de morte, por insuficiência renal aguda, 
por conta da ação miotóxica, 
conseguintemente o efeito de 
rabdomiólise, necrose tubular aguda, causa 
a insuficiência renal aguda, sendo a 
principal causa de morte pela espécie 
crotálica. 
Acidente Botrópico 
 Maior importância epidemiológica (90%) 
Ações do veneno: 
 “Proteolítica” 
 Coagulante: ativação do fator X e 
protrombina (CIVD). Leva a ações 
hemorrágicas 
 Hemorrágica: hemorragias causam lesão 
na membrana basal dos capilares. 
Geralmente, é uma espécie que rasteja, então 
ataca mais os membros inferiores, quando pensar 
em botrópico, lembrar de bota 
Local: 
 Processo inflamatório (a inflamação é tão 
intensa que pode fazer uma: 
o Síndrome compartimental, 
o Edema tenso 
o Equimose, dor 
o Adenomegalia regional progride ao 
longo do membro acometido para 
bolhas 
o Eventualmente para necrose. 
Sistêmico: 
 Alteração da coagulação, sangramentos 
espontâneos. Náusea, vômito, sudorese, 
hipotensão, choque. 
Complicações: 
 Síndrome compartimental: rara 
 Abscesso: 10 a 20% 
 Necrose: maior risco nas picadas de 
extremidades 
 Choque: raro 
 Insuficiência Renal Aguda: multifatorial 
Exames: 
 Tempo de Coagulação: 
 Hemograma: leucocitose, neutrofilia, 
desvio à esquerda, plaquetopenia 
 VHS: aumentado 
 EAS: proteinúria, hematúria, leucocitúria 
 Outros: eletrólitos, uréia, creatinina 
Manejo: 
Estabelecido o diagnóstico de acidente botrópico, 
a principal ação que a gente deve ter é instituir 
o tratamento especifico desse indivíduo, com o 
soro antibotrópico, mas existe outros que são 
conjugados como soro antibotrópicos crotálicos e 
soro antibotrópico laquético. 
 
 
3 
Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
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Acidente Crotálico 
 Maior coeficiente de letalidade (IRA) 
Mecanismo de ação do veneno: 
 Neurotóxica: fração crotoxina com ação 
pré-sináptica (inibe liberação de 
acetilcolina), bloqueio neuromuscular; 
 Miotóxica: rabdomiólise, liberação de 
enzimas e mioglobina. 
 Coagulante: consumo de fibrinogênio, não 
há redução de plaquetas, manifestações 
hemorrágicas discretas 
Locais: sem ou pouca dor, parestesia, edema, 
eritema 
Sistêmicas: 
 Paralisia neuromuscular: fácies miastênica 
(ptose, flacidez da musculatura da face), 
distúrbios de acomodação visual, de olfato, 
de paladar e sialorreia 
 Rabdomiólise: dores musculares 
generalizadas (mialgia), mioglobinúria 
 Incoagulabilidade sanguínea ou aumento 
do tempo de coagulação 
Complicações: 
 Parestesia local de longa duração: rara, 
porém reversível em semanas 
 IRA (insuficiência renal aguda): com 
necrose tubular e instalação em 48h. 
Exames: 
 CK (precoce), LDH (tardio), TGO, TGP 
 Tempo de coagulação aumentado 
 Hemograma: leucocitose, neutrofilia, 
desvio à esquerda (granulações tóxicas) 
 AS: normal, proteinúria discreta. 
Geralmente essas são as características de uma 
face miastênica: ptose palpebral, relaxamento 
importante dos músculos da face 
Tratamento geral 
 Hidratação venosa 
 Manitol a 20% 5ml –kg na criança e 
100ml –kg no adulto 
 Furosemida 1mg-kg dose na criança e 
40mg-dose no adulto 
 Manter pH urinário acima de 6,5 com 
bicarbonato de Na+ 
O tratamento especifico desse indivíduo, com o 
soro anticrotálico ou soro antibotrópico crotálico, 
fracionando os acidentes em leve, moderada e 
grave. 
Aranhas armadeiras 
 Acidentes acontecem mais em mãos e pés 
 Áreas urbanas 
 Intra e peridomicílio 
 Região sudeste 
Quadro clínico 
 Predominam as manifestações locais. A 
dor imediata é o sintoma mais frequente 
 Em 1% dos casos: assintomáticos após a 
picada. 
 Intensidade é variável, podendo se irradiar 
até a raiz do membro acometido 
 Outras manifestações são: edema, 
eritema, parestesia e sudorese no local da 
picada onde podem ser visualizadas as 
marcas de dois pontos de inoculação. 
Acidentes por Loxoceles 
Os sintomas locais se acentuam nas primeiras 24 
a 72 horas após o acidente, podendo variar sua 
apresentação desde: 
 Lesão incaracterística: bolha de conteúdo 
seroso, edema, calor e rubor, com ou sem 
dor em queimação; 
 Lesão sugestiva: enduração, bolha, 
equimoses e dor em queimação até 
 Lesão característica: dor em queimação, 
lesões hemorrágicas focais, mescladas 
com áreas pálidas de isquemia (placa 
marmórea) e necrose. Geralmente o 
diagnóstico é feito nesta oportunidade. 
4 
Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
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As picadas em tecido frouxo, como na face, 
podem apresentar edema e eritema 
Complicações: 
Locais - infecção secundária, perda tecidual, 
cicatrizes desfigurantes. 
Sistêmicas - a principal complicação é a 
insuficiência renal aguda 
Exames: 
Na forma cutânea - hemograma com leucocitose 
e neutrofilia 
Na forma cutâneo-visceral: 
 Anemia aguda 
 Plaquetopenia 
 Reticulocitose 
 Hiperbilirrubinemia indireta 
 Queda dos níveis séricos de haptoglobina 
 Elevação dos séricos de potássio 
 Creatinina e uréia 
 Coagulograma alterado 
Tratamento 
Para as manifestações locais: 
 Analgésicos, como dipirona (7 a 10 
mg/kg/dose); 
 Compressasfrias auxiliam no alívio da dor 
local; 
 Antisséptico local e limpeza periódica da 
ferida 
 1:40.000 ou água boricada 10% aplicados 
5 a 10 minutos 2 vezes ao dia; 
 Antibiótico sistêmico: havendo infecção 
secundária; 
 
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Referências 
Disque, Karl. PALS Pediatric life support. 
Provider Handbook. Satori Continuum 
Publishing, 2021.

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