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1 Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Trabalho de Parto Prematuro Habilidades Médicas VII Definição de prematuridade: menor de 37 semanas Segundo a OMS: Prematuro extremo – menos de 28 Prematuro grave – entre 28 e 32 Prematuro moderado – entre 32 e 37 Segundo a sociedade brasileira de pediatria: < 28 semanas – pré termo extremo 28 a < 32 semanas – muito pré termo 32 a < 34 sememas – pré termo moderado 32 a < 37 semanas – pré termo tardio IMP – a expulsão do feto de 20 a 22 semanas = aborto Fatores de risco: Fatores obstétricos: o Infecção amniótica – tratamento de vaginose recomendado durante a gestação o Rotura prematura de membranas o Altercações hormonais – queda de progesterona o Incompetência istmocervical o Sangramentos vaginais do 1º ao 2º trimestre o Placenta previa e descolamento prematuro de membrana o Gemelaridade e polidrâmnio o Malformações fetais o Partos prematuros anteriores Fatores ginecológicos o Amputação de colo uterino o Malformações uterinas Fatores epidemiológicos o Baixo nível socioeconômico o Desnutrição o Estresse o Gravidez indesejada o Assistência a pré-natal inadequada o Fumo o Drogas Fatores clinico cirúrgicos o Diabetes – Macrossomia o HAS – pré-eclâmpsia o Nefropatas o Cardiopatias o Distúrbios a tireoide Fatores iatrogênicos Desconhecidos IMP – Os dois principais fatores de risco para TPP idiopáticos são TPP prévio e baixo nível socioeconômico Quadro clinico: Contrações de Braxton-Hicks x trabalho de parto prematuro Ameaça de TPP: 1 contração dura mais de 20 segundos a cada 5 minutos associadas a alteração do colo Dilatação – maior que 2 cm Ou Apagamento cervical maior ou igual a 80% Falso trabalho de parto: 2 Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Rastreio: Morfológico – 1º e 2º trimestre – medida do colo do útero Quando menor que 25 mm – risco aumentado para TPP Morfológico do 1º trimestre – colo menor 22 mm – indicação de cerclagem USG: medida do colo uterino em- Mulheres sintomáticas Mulheres com alto risco de TPP Entre 20 a 24 semanas Se menor que 2,5 – risco aumentado para prematuridade Entre 11 a 14 semanas: Se menor que 2,5 cm – cerclagem Dosagem de fibronectina fetal – liberado quando descola a membrana amniótica: Coleta entre 24 a 35 semanas Dilatação < 3 cm Concentração > 50 mg/ml o Parto em 7 dias em 30% dos casos o Parto em duas semanas em 41% dos casos Prognostico: TPP – responsável por 75% dos casos de mortalidade neonatal e 50% das lesões neurologias em crianças Complicações da prematuridade: Imediatas: Hiperbilirrubinemia Persistência do canal arterial Enterocolite necrosante Fibroplasia retrocristalina Hemorragia intracraniana Anemia Hipoglicemia Leucomalácia periventricular Síndrome de angustia respiratória Tardias: Retardo do crescimento Disfunções auditivas e visuais Maior chance de óbito Prevenção: Primária: Pré-natal rigoroso em mulheres com: o História de parto prematuro anterior o Fatores de riso o Gestação gemelar Orientar os sinais e sintomas do TPP Rastreamento e tratamento de infecções Controle da polidramnia pelo esvaziamento por amniocentese ou pelo uso de anti- inflamatórios Diminuição de atividades físicas Tratamento de vaginose bacteriana: Antecedente de parto pré-termo ou abortamento tardio, mesmo que assintomática Preferência antes de 16 semanas de gravidez Recomendação – Clindamicina 3 Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Cerclagem: Correção de incompetência istmocervical Útero não consegue manter o feto em seu interior até o termo o Estrutural o Anatômica o Funcional do colo uterino Alterações congênitas Adquiridas Diagnóstico de incompetência istmocervical: História clínica típica: Perda fetal no segundo trimestre de gravidez o De forma indolor, com pouca ou nenhuma contração uterina A rotura das membranas acontece na maioria dos casos Tende a se repetir em gestações subsequentes Avaliação ultrassonográfica: Comprimento cervical menor que 20mm; o Se o colo tiver < 20mm pode indicar cerclagem com a suspeita que evolua para uma incompetência istmocervical. Dilatação do orifício interno Imagem em funil no orifício interno do colo medindo pelo menos 16 mm após 16 semanas. Diagnóstico de IIC (incompetência istmocervical) fora do período gestacional: Histerossalpingografia (espessura do canal cervical maior que 8 mm); Uso de velas de Hegar (permite a Passagem de vela número 8-8mm); Histeroscopia. Cerclagem Eletiva: Entre 12 e 16 semanas, quando indicada pela história clínica da paciente. Cerclagem de emergência: Entre 16 e 24 semanas quando detectadas alterações cervicais ou ultrassonográficas Evitar: períodos precoces da gestação em períodos posteriores A técnica mais utilizada é a cirurgia de McDonald: (utiliza-se o especulo vaginal ou um afastador, que irá tracionar o colo do útero (sutura em bolsa); o fio utilizado é um fio inabsorvível, polipropileno número 1 ou 2) Administração de uterolíticos antes e depois do procedimento, por no mínimo 12 horas Remoção dos pontos: o Com 37 semanas o Em casos de RPMO o Na presença de sinais de infecção ovular o Com contrações que não respondam a uterolíticos. Repouso por 2 a 5 dias após o procedimento Abstinência sexual por uma semana As contraindicações ao procedimento são: Dilatação do colo maior que 4 cm; Malformações fetais; Infecção cervical ou vaginal purulenta; RPMO; Atividade uterina; Membranas protusas (contraindicação relativa); Idade gestacional maior que 24 semanas; Sofrimento fetal; 4 Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Morte fetal. Prevenção: Suplementação com progestágenos (progesterona microlizada): Supositórios vaginais diários; (via ora ou via vaginal, de preferência vaginal) Até 34 semanas de gestação; Preconiza-se o uso de supositórios vaginais: o Dose de 100 a 200 mg por noite entre 20 e 34 semanas. o Colo curto < 15 ou 20 mm) na USG entre 20 e 24 semanas: o Mesmo que estejam assintomáticas; o Independente de fatores de risco presentes. Sem evidência na diminuição das taxas de parto prematuro: Gestação múltipla; Em trabalho de parto; Com outros fatores de risco. Tocólise A Tocólise é o recurso disponível para tentar adiar o parto. Condições para o uso de Tocolíticos: Período de latência do trabalho de parto; Dilatação cervical <6 cm; Esvaecimento não pronunciado; Idade gestacional entre 22-34 semanas; Contrações uterinas rítmicas; Bloqueadores do Canal de Cálcio Principal representante: NIFEDIPINA Primeira linha habitual, mas não que seja o melhor, mais prático e barato; Mecanismo: bloqueio influxo de íons de cálcio pela membrana, com inibição da fosforilação mediada da miosina, resultando em relaxamento muscular. Deve-se administrar 10 mg VO, a cada 20 minutos, até 4 doses, ou 20 mg VO, em DU, e, se a atividade uterina persistir,20 mg após 90-120 minutos Contraindicações ao uso de bloqueadores de canal de cálcio: Hipotensão (PA < 90 x 50 mmHg) ICC e disfunção ventricular esquerda ATENÇÃO: o uso concomitante com sulfato de magnésio é potencialmente perigoso, devido ao risco de bloqueio neuromuscular e hipotensão grave, e por isso deve ser avaliado com cautela. Efeitos colaterais do uso de bloqueadores de canal de cálcio: Hipotensão Síncope Taquicardia Cefaleia Rubor Náuseas Edema periférico Agentes Betamiméticos Mecanismo: Substância semelhantes às catecolaminas que atuam na musculatura involuntária lisa. Atuam como receptores uterinos, causando relaxamento muscular; Principais representantes: Salbutamol, Ritodrina Terbutalina Fenoterol, Isoxsuprina. Dose: 5 Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Salbutamol: 05 ampolas diluídas em 500 ml SG 5%. Iniciar 10 gotas por minuto, aumentando 10 gotas a cada 20 minutos até a cessação completa das metrossístoles ou até o surgimento de taquicardia materna ou fetal. Pode ser feita em bomba de infusão. Contraindicações ao uso de betamiméticos: Cardiopatia Glaucoma de ângulo agudo Anemia falciforme História de edema agudo de pulmão Uso cuidadoso em: Hipertireoidismo Asma compensada Diabetes Polidramnia Gestação gemelar Sangramento ativo Antagonistas da Ocitocina Mecanismo: peptídeo sintético que age competindo com a ocitocina no seu receptor e reduzindo efeitos fisiológicos desse hormônio com potente ação tocolítica; Principal representante: Atosiban; Menos efeitos colaterais, tanto materno quanto fetal; Alto custo; Efeitos colaterais do uso de antagonistas da ocitocina: Náuseas e vômitos Cefaleia Artralgias Hipotensão Rubores Taquicardia Tontura Hiperglicemia Febre Insônia Prurido Reação no local de injeção (mais comum) Sulfato de Magnésio Contraindicado para inibir trabalho de parto, apesar de ter efeito da inibição da contração muscular, usado apenas para neuroproteção. Mecanismo: age através da competição com íons cálcio pela entrada nas células musculares; Alternativa quando o beta agonista não pode ser utilizado; 4g diluídos em SG 10%, infundindo por VI, em 20 minutos, (ataque), seguidos de 2-3 g/h até cessarem as contrações. Medir magnesemia a cada 6 horas, monitorar diurese, bem como FR e reflexos. Contraindicações ao uso de sulfato de magnésio: Miastenia gravis Doença renal (preconiza-se atenção cuidadosa) Defeitos de condução cardíaca Doença miocárdica Uso concomitante de bloqueadores de canal de cálcio Efeitos colaterais do uso de sulfato de magnésio: Sudorese intensa Rubor Náuseas e vômitos Cefaleia Palpitações Distúrbios visuais Edema agudo de pulmão Hipocalcemia Diminuição da variabilidade da FCF Parada respiratória 6 Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Parada cardíaca Hipotonicidade neonatal Osteoporose neonatal Corticoterapia Redução significativa da mortalidade neonatal; incidência da doença da membrana hialina, hemorragia intraventricular e enterocolite necrosante; Mecanismo: o glicocorticoide acelera o desenvolvimento dos pneumócitos, regulariza enzimas do pneumócitos tipo II que estimulam liberação de surfactante; Administrar em: Entre 24-34 semanas em toda gestante com risco de parto prematuro; Duração em média 7 dias; Maiores benefícios entre 28-34 semanas; Contraindicações: Infecções (Corioamnionite) Infecção ovular Úlcera péptica sangrante. Medicamentos recomendados: BETAMETASONA E DEXAMETASONA Doses: Betametasona 12 mg IM 1x ao dia por 2 dias; Dexametasona 06 mg IM 2x ao dia (12/12H) por 2 dias; Efeitos adversos: Risco de descontrole glicêmico Alterações transitórias no feto (FC, variabilidade, movimentos) que se normalizam 4 dias após a administração da dose. Assistência ao trabalho de parto: Deve ser assistido s/inibição: o < 24 semanas e > 34 semanas Avaliação da vitalidade fetal com frequência Amniotomia tardia Via de parto Episiotomia Fórcipe Clampeamento: 45 a 60 s Rastreamento e profilaxia para Streptococcus do grupo B Administra quando: Recém-nato afetado em oura gravidez e/ou Bacteriúria na atual gravidez Trabalho departo com menos de 37 semanas RPMO por um tempo maior que 18h e/ou Febre intraparto maior ou igual a 38º C Primeira escolha: Penicilina G o Ataque: 5.000.000 U o Manutenção: 2.000.000 U 4/4h até o parto Ampicilina o Ataque: 2g o Manutenção: 1g de 4/4h até o parto Referências Disque, Karl. PALS Pediatric life support. Provider Handbook. Satori Continuum Publishing, 2021.
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