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Módulo 4 - Teses Filhotes Exclusão ICMS BC PIS Cofins

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Prof. Gustavo Teixeira
Módulo IV
Teses Filhotes
Recuperação Judicial de Créditos 
Tributários
EXCLUSÃO DO ISS DA BC DO 
PIS/COFINS
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N.
8/2008. PRESTADOR DE SERVIÇO. PIS E COFINS. INCLUSÃO
DO ISSQN NO CONCEITO DE RECEITA OU FATURAMENTO.
POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DOS ARTS. 109
E 110 DO CTN.
1. Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do
CPC, e levando em consideração o entendimento
consolidado por esta Corte Superior de Justiça, firma-se
compreensão no sentido de que o valor suportado pelo
beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia referente
ao ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento
para fins de adequação à hipótese de incidência do PIS e da
COFINS.
(REsp 1330737/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 14/04/2016)
STJ
(Recurso Repetitivo - Contrário)
RE 592616 – Repercussão Geral
O ministro relator (Celso de Mello) proferiu seu voto, no
sentido de fixar a seguinte tese de repercussão geral:
"O valor correspondente ao ISS não integra a base de cálculo
das contribuições sociais referentes ao PIS e à COFINS, pelo
fato de o ISS qualificar-se como simples ingresso financeiro que
meramente transita, sem qualquer caráter de definitividade,
pelo patrimônio e pela contabilidade do contribuinte, sob pena
de transgressão ao art. 195, I, ‘b’, da Constituição da República
(na redação dada pela EC nº 20/98).“
Após o voto do relator, o Min. Dias Toffoli pediu vistas no dia
20/08/2020.
STF
(Julgamento em andamento)
RE 592616 – Repercussão Geral
Em 22/08/2021, o processo retornou à pauta virtual, tendo o Min.
Dias Toffoli proferido voto divergente com a seguinte tese:
“O valor correspondente ao ISS integra a base de cálculo das
contribuições sociais referentes ao PIS e à COFINS.”
A pedido do presidente do STF, Min. Luiz Fux, o processo foi retirado
de pauta do plenário virtual e o julgamento será finalizado de forma
presencial. O placar do plenário virtual estava em 4x4. Faltava ainda o
voto do Min. Gilmar Mendes e do próprio Min. Luiz Fux.
STF
(Julgamento em andamento)
RE 592616 – Repercussão Geral
Com o pedido de destaque, o julgamento será REINICIADO, isto é, os
votos até agora proferidos não serão computados e uma nova votação
iniciará.
Há quem diga que isso é um bom sinal, pois o Min. Gilmar Mendes, se
seguir a mesma linha do Tema 69, votaria contra a exclusão do ISS. Se
o Min. Luiz Fux retirou de pauta, tudo leva a crer que ele é a favor,
senão deixaria a votação seguir e o placar findaria em 6x4.
STF
(Julgamento em andamento)
CASO CONCRETO
TRF1
PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO MANDADO DE SEGURANÇA -
EXCLUSÃO DO ISS (DESTACADO NA NOTA FISCAL) DAS BASES DE CÁLCULO DAS
CONTRIBUIÇÕES AO PIS E À COFINS - STF (RG-RE Nº 574.706/PR C/ TEMA/STF-69 E
RE 592616/RS C/C TEMA 118: MODULAÇÃO HAVIDA EM ACLARATÓRIOS) - EXAÇÃO
INDEVIDA. DEVOLUÇÃODO INDÉBITO.
1 - Apelação e remessa oficial em face de sentença que concedeu a segurança para assegurar à
parte impetrante o direito líquido e certo de não incluir, no cômputo das bases de cálculo da
Cofins e da Contribuição para o PIS os valores correspondentes ao ISS, condenando-se o
impetrado, por conseguinte, ao ressarcimento de todos os valores pagos indevidamente,
respeitada a prescrição quinquenal.
2 - O STF assentou, na RG-RE nº 574.706/PR (TEMA/STF-69), e nos correspondentes
aclaratórios, que "o ICMS - destacado na nota fiscal - não compõe a base de cálculo para a
incidência do PIS e da COFINS”, compreensão que, por seu quilate, induz pronta
observância (art. 926 e art. 927, III,do CPC/2015), sendo irrelevante sopesar a amplitude do
termo "faturamento" (expressão econômica que o ICMS não integra), seja no regime da
cumulatividade ou não(Leis nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003), seja na sistemática da Lei
nº 12.973/2014.
3 - “3. O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) imposto retido pelo
contribuinte por obrigação legal, não é receita da empresa, sendo valor de titularidade do
fisco municipal. Ainda que se leve em conta o conceito amplo de `todas as receitas obtidas
pela pessoa jurídica, não pode ser considerado faturamento, e, portanto, não pode ser
incluído na base de cálculo de PIS ou COFINS” (AC 1007677-36.2019.4.01.4300,
DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ AMILCAR MACHADO, TRF1 - SÉTIMA TURMA, PJe
08/03/2021 PAG.)
4 - Embora haja reconhecimento da repercussão geral do tema, é desnecessário
aguardar o desfecho da mesma para se apreciar a matéria, conforme se extrai do
voto proferido no Agravo Regimental na Suspensão de Tutela Antecipada 825/DF, da
Relatoria do Ministro Presidente do STF (STA 825 AgR), Min. DIAS TOFFOLI, julgado em
22/02/2019: “Quanto à alegação de que há repercussão geral da matéria, a exigir o
sobrestamento do feito originário, registro que, nos autos do processo paradigma (RE-RG
808.202), indeferi pleito de suspensão dos processos a ele relacionados, ao fundamento de
que “o reconhecimento da repercussão geral não implica necessariamente (...) paralisação
instantânea e inevitável de todas as ações a versarem sobre a mesma temática do processo
piloto”. Não havendo, portanto, determinação no sentido pretendido, desnecessário é
aguardar o desfecho da repercussão geral para se apreciar a matéria submetida à presente
suspensão”.
5 - Observando tais precedentes, esta Corte, nas T7 e T8, uniformizou o entendimento
de que o Imposto sobre Serviços (ISS/ISSQN) retido pelo contribuinte por
obrigação legal, não é receita da empresa, sendo valor de titularidade do fisco
municipal. Ainda que se leve em conta o conceito amplo de todas as receitas
obtidas pela pessoa jurídica, não pode ser considerado faturamento, e,
portanto, não pode ser incluído na base de cálculo de PIS ou COFINS.
(TRF 1ª Região – Apl. nº. 1019852-93.2021.4.01.3200, Rel. Des. Gilda Sigmaringa Seixas,
Publicado em 29/06/2022)
EXCLUSÃO DO PIS/COFINS DE SUA 
PRÓPRIA BASE
• Lei 10.833/2003 (PIS/COFINS não cumulativo)
• Art. 1o A Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social - Cofins, com a incidência não cumulativa, incide sobre
o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação
contábil.
• § 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas
compreende a receita bruta de que trata o art. 12 do
Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e todas as
demais receitas auferidas pela pessoa jurídica com os seus
respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente de
que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976.
• § 2º A base de cálculo da Cofins é o total das receitas
auferidas pela pessoa jurídica, conforme definido no caput e
no § 1º .
• Lei 9.718/1998 (PIS/COFINS cumulativo)
• Art. 2° As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS,
devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão
calculadas com base no seu faturamento, observadas a
legislação vigente e as alterações introduzidas por esta
Lei.
• Art. 3o O faturamento a que se refere o art. 2o
compreende a receita bruta de que trata o art. 12 do
Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977.
Decreto Lei 1.598/77
Art. 12. A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas operações de conta
própria;
II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia;
e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa
jurídica não compreendidas nos incisos I a III.
(...)
§ 5o Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela
incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente,
de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404,
de 15 de dezembro de 1976, das operações previstas no
caput, observado o disposto no § 4o.
ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS
• EMENTA TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.
EXCLUSÃO DO PIS E DA COFINS DE SUAS PRÓPRIAS BASES
DE CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE.
• [...]• 4. Do conceito legal de receita bruta, integrante da base de
cálculo do PIS e da COFINS (art. 1º, § 1º, da Lei
10.833/2003 e art. 1º, § 1º, da Lei 10.637/2002), o art. 12,
§ 5º, do Decreto-lei 1.598/77, com redação dada pela Lei
12.973/14, extrai-se que "na receita bruta incluem-se os
tributos sobre ela incidentes", dentre os quais se
destacam, exatamente, o próprio PIS e a própria COFINS.
• [...]
• (TRF-5 - Ap: 08061044520204058100, Relator:
DESEMBARGADOR FEDERAL FREDERICO WILDSON DA SILVA
DANTAS (CONVOCADO), Data de Julgamento: 09/02/2021, 4ª
TURMA)
TRF-5
(Contrário)
• PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE PIS E COFINS
SOBRE AS PRÓPRIAS CONTRIBUIÇÕES. ACÓRDÃO RECORRIDO
EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE.
• [...]
• II - A conclusão a que chegou o Supremo Tribunal Federal no
Tema n. 69 (RE n. 574.706) não pode ser automaticamente
aplicada no sentido de que os valores pagos a título de PIS e
COFINS devam ser excluídos na presente hipótese. Isso
porque os fundamentos em que o Supremo Tribunal Federal
se baseou para declarar a impossibilidade de o ICMS integrar
a base de cálculo da COFINS e da contribuição ao PIS não são
uníssonos e tampouco se estendem automaticamente à
incidência dessas contribuições sobre si próprias. [...]
• (AgInt no REsp 1822533/PR, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,
SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2019, DJe 11/12/2019)
STJ
(Contrário)
RE 1233096 – Repercussão Geral – Sem definição
• A relatora é a Ministra Carmen Lucia, que ainda não
proferiu seu voto.
• Não há data para a retomada do julgamento.
STF
(Julgamento em andamento)
Exclusão do PIS e da Cofins da própria base
Exemplo Receita Bruta Base de Cálculo PIS/Cofins
Atual R$1.500.000,00 R$1.500.000,00 R$138.750,00
Tese R$1.500.000,00 R$1.361.250,00 R$125.915,63
Diferença - R$138.750,00 R$12.834,38
EXCLUSÃO DO ICMS E ISSQN DA BASE 
DE CÁLCULO DO IRPJ E DA CSLL DAS 
EMPRESAS OPTANTES PELO LUCRO 
PRESUMIDO 
EXCLUSÃO DO ICMS
TRIBUTÁRIO. EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DO IPRJ E DA
CSLL. EMPRESA OPTANTE DO LUCRO PRESUMIDO.
IMPOSSIBILIDADE. ACÓRDÃO
RECORRIDO EM SINTONIA COM O ATUAL ENTENDIMENTO DO STJ.
1. Nos termos da jurisprudência do STJ, o ICMS compõe a base de
cálculo do IRPJ e da CSLL para os optantes da tributação pelo lucro
presumido.
2. Com efeito, "a Segunda Turma desta Corte possui o entendimento
firmado de que o ICMS deve compor as bases de cálculo do IRPJ e da
CSLL apurados pelo lucro presumido. Para afastar tal incidência, a
opção do contribuinte deve ser pelo regime de tributação com base
no lucro real, situação permitida nos termos do art. 41 da Lei n.
8.981/95 e art. 344 do RIR/99"
[...]
(AgInt no REsp 1822533/PR, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,
SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2019, DJe 11/12/2019)
STJ
(Contrário)
• A 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (reunião da 1ª. com a 2ª.
Turma) julgará a possibilidade de inclusão de valores do ICMS nas
bases de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), quando
apurados pela sistemática do lucro presumido.
• Para definir a questão, o colegiado afetou três recursos especiais
(em março/2019), de relatoria da ministra Regina Helena Costa, que
serão julgados sob o rito dos recursos repetitivos, são eles:
- REsp 1.767.631
- REsp 1.772.634
- REsp 1.772.470
STJ
(Julgará em sede de Recurso Repetitivo)
• A relatora proferiu seu voto em 26/10/2022 propondo a fixação da
seguinte tese: “o valor do ICMS destacado na nota fiscal não integra
as bases de cálculo do IRPJ e da CSLL quando apuradas pelo regime
de lucro presumido”.
• A relatora propôs ainda que a decisão seja modulada, de modo que
passe a produzir efeitos a partir da publicação do acórdão do
julgamento.
• O julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro
Gurgel de Faria e não tem data para retornar à pauta.
STJ
(Julgará em sede de Recurso Repetitivo)
EXCLUSÃO DO ISSQN
TRIBUTÁRIO. EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DO IPRJ E DA
CSLL. EMPRESA OPTANTE DO LUCRO PRESUMIDO.
IMPOSSIBILIDADE. ACÓRDÃO
RECORRIDO EM SINTONIA COM O ATUAL ENTENDIMENTO DO STJ.
Inicialmente, é de ser rejeitada a alegação de que a conclusão do
Supremo Tribunal Federal com relação ao ICMS na base de cálculo
da contribuição ao PIS e COFINS também se aplicaria ao caso do
ISSQN na base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
[...] o acolhimento do pedido de exclusão do ISSQN da base de cálculo
do IRPJ e CSLL apurados pelo lucro presumido levaria a uma dupla
dedução, já que no arbitramento do lucro presumido como um
percentual da receita bruta já são consideradas todas as possíveis
deduções. Dessarte, não tem o contribuinte o direito de excluir o
ISSQN da base de cálculo do IRPJ e da CSLL apurados pelo lucro
presumido.
(TRF-4 - APL: 50080075520174047208 SC 5008007-
55.2017.4.04.7208, Relator: RÔMULO PIZZOLATTI, Data de
Julgamento: 02/04/2019, SEGUNDA TURMA)
TRF-4
(Contrário)
TRIBUTÁRIO.EXCLUSÃO DO ISSQN DA BASE DE CÁLCULO DO IPRJ E DA
CSLL. EMPRESA OPTANTE PELO REGIME DO LUCRO PRESUMIDO.
DESCABIMENTO.
1. É descabida a pretensão de excluir o ISSQN da base de cálculo do
IRPJ e da CSLL na sistemática do lucro presumido, seja por não se
aplicar extensivamente ao caso a tese firmada no RE n. 574706 (Tema
69), pelo Supremo Tribunal, referente à contribuição ao PIS e à
COFINS, seja em razão dessa forma de apuração, pela sua natureza, já
levar em consideração todas as possíveis deduções.
2. Acolher o pleito dedução de despesas não previstas legalmente no
regime do lucro presumido equivale a criar um direito de tertium
genus (terceiro tipo) a meio caminho entre o lucro real e o lucro
presumido [...]
(TRF-2 - AC: 00094438220184025001 ES 0009443-82.2018.4.02.5001,
Relator: THEOPHILO ANTONIO MIGUEL FILHO, Data de Julgamento:
19/09/2019)
TRF-2
(Contrário)
EXCLUSÃO DO ICMS E DO ISSQN DA 
BASE DE CÁLCULO DA CPRB
RE 1187264
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	Slide 8: PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO MANDADO DE SEGURANÇA - EXCLUSÃO DO ISS (DESTACADO NA NOTA FISCAL) DAS BASES DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES AO PIS E À COFINS - STF (RG-RE Nº 574.706/PR C/ TEMA/STF-69 E RE 592616/RS C/C TEMA 118: MODULA
	Slide 9: 4 - Embora haja reconhecimento da repercussão geral do tema, é desnecessário aguardar o desfecho da mesma para se apreciar a matéria, conforme se extrai do voto proferido no Agravo Regimental na Suspensão de Tutela Antecipada 825/DF, da Relatoria
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