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Termodinâmica Aplicada II Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr. Douglas Fabichak Junior Revisão Textual: Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento Ciclos de Potência e de Refrigeração • Introdução; • Componentes Básicos; • Ciclo Carnot para Geração de Potência; • Rendimento para Geração de Potência; • Ciclo de Carnot para Refrigeração e Bomba de Calor; • Coeficiente de Performance. • Apresentar a importância das máquinas térmicas e seus componentes e aplicar o conceito de rendimento aos ciclos de potência e refrigeração. OBJETIVO DE APRENDIZADO Ciclos de Potência e de Refrigeração Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Ciclos de Potência e de Refrigeração Introdução Olá aluno, nesta unidade falaremos sobre máquinas térmicas e o desenvolvimen- to de seus ciclos termodinâmicos. A revolução industrial teve início em 1760, marcou a transformação de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas e promoveu a independên- cia de fontes primárias de energia como: vento, água e tração animal. Figura 1 – Vento Fonte: Getty Images Figura 2 – Água Fonte: Getty Images Figura 3 – Tração animal Fonte: Getty Images Imagine! O movimento que antes era gerado por fontes primárias de energia, agora era gerado pela pressão do vapor. Como seria o mundo de hoje em dia sem a presença das máquinas térmicas e funcionamento dos ciclos termodinâmicos?Ex pl or A máquina térmica é um dispositivo responsável por converter energia térmica em energia mecânica. Desde o início, as máquinas térmicas eram o símbolo da 8 9 engenhosidade humana. A evolução tecnológica desses dispositivos foi e ainda é causada pelo desejo por excelência. Sua evolução provocou profundo efeito no trabalho que desenvolvemos no dia a dia e na forma como viajamos. Aplicações Como você verá nas figuras a seguir, há diversas aplicações para as máquinas térmicas e os ciclo termodinâmicos que envolvem seu funcionamento. A divisão de todas as aplicações citadas através de seus ciclos termodinâmicos pode ser feita de duas maneiras: • em sistemas de potência e refrigeração: com mudança de fase (Rankine, compressão a vapor, ciclo por absorção); • em sistemas de potência e refrigeração: com fluidos de trabalho gasosos (Otto, Diesel, Brayton, stirling). Abordaremos nesta unidade os ciclos que envolvem a mudança de fase, como o caso do ciclo Carnot para geração de potência e o ciclo Carnot para refrigeração. Aplicações antigas Figura 4 – Locomotivas Fonte: pixabay Figura 5 – Navios a vapor Fonte: Wikimedia Commons Figura 6 – Tratores a vapor Fonte: Wikimedia Commons Figura 7 – Automóveis a vapor Fonte: Wikimedia Commons 9 UNIDADE Ciclos de Potência e de Refrigeração Aplicações modernas Figura 8 – Motores a combustão Fonte: Wikimedia Commons Figura 9 – Refrigeradores Fonte: Getty Images Figura 10 – Centrais de geração de energia Fonte: Getty Images Figura 11 – Motor a jato Fonte: Wikimedia Commons Componentes Básicos Antes da apresentação dos ciclos de Carnot aplicados para geração de potência e refrigeração, é importante apresentar os componentes básicos que serão exibidos nos respectivos ciclos termodinâmicos. Os componentes básicos em ciclo termodinâmico garantem que as transformações discuti- das na unidade anterior aconteçam e determinem o funcionamento correto dos processosEx pl or • Bomba hidráulica: O primeiro componente a ser apresentado é a bomba hidráulica. A bomba é uma máquina que precisa de fornecimento de energia para funcionar. É um dispositivo que geralmente transforma energia elétrica em energia mecânica e tem a função de movimentação do fluido através do aumento da pressão; • Caldeira: É um trocador de calor cuja função, entre muitas, é a produção de vapor através da transferência de calor para o fluido. Em ciclos geradores de potência, o vapor é utilizado na geração de trabalho. Com a transferência de calor em ciclos reais ocorre a pressão constante; 10 11 • Turbina (motor térmico): Construída com o objetivo de converter energia mecânica e térmica em trabalho. Ao passar por este equipamento, há mudan- ça de pressão, volume e temperatura. Portanto, neste dispositivo ocorre uma transformação adiabática; • Condensador: É um trocador de calor com objetivo de rejeitar a energia de um sistema ao meio externo. Nesses equipamentos a rejeição de calor ocor- re com a condensação do fluido do ciclo, geralmente a pressão constante. Como qualquer outro trocador de calor, essa transferência de energia entre um fluido e outro, ocorre sem que haja mistura entre eles; • Ev aporador: É também um trocador de calor com objetivo de absorver ca- lor do meio. Essa absorção ocorre com a mudança de estado do fluido e do estado líquido para o estado gasoso. Esse processo ocorre com temperatura e pressão constantes; • Compressor: É um equipamento que precisa do fornecimento de energia para funcionar. Comparado à bomba, é um dispositivo que precisa de mais energia. Dispositivo que geralmente transforma energia elétrica em energia mecânica. Tem a função de movimentação do fluido através do aumento da pressão, tem- peratura e consequente diminuição do volume. Ciclo Carnot para Geração de Potência Nest a subunidade serão apresentados os dispositivos básicos para geração de potência em ciclo de Carnot. O ciclo para geração de potência é composto por no mínimo 4 equipamentos básicos: bomba, caldeira, turbina e condensador, como mostra a Figura 12. Caldeira Condensador Bomba Turbina 2 1 4 3 1 2 3 4 Bomba Caldeira Turbina Condensador T S Figura 12 – Esquema do ciclo Carnot para geração de potência • 1-2 – Bombeamento isentrópico: Neste processo, o fluido sofrerá uma trans- formação adiabática com variação da pressão, volume e temperatura. Como se trata de um ciclo de Carnot, esse processo de bombeamento será reversível, ou 11 UNIDADE Ciclos de Potência e de Refrigeração seja, toda energia cedida para o fluido será utilizada no processo de elevação da pressão do fluido e nada se perderá através do atrito, por exemplo; • 2-3 – Na caldeira ocorre a transferência de calor ao fluido: Neste trocador de calor é realizado um aumento da energia do fluidoque percorre o ciclo. Para um ciclo de Carnot, nessa transferência é realizada a pressão e temperatura constante. O fluido absorve calor latente mudando seu estado de líquido saturado para vapor saturado; • 3-4 – Expansão isentrópica: Neste processo tem-se uma transformação adia- bática reversível. O fluido que passa pela turbina tem uma variação de pressão, volume e temperatura ao mesmo tempo; • 4-1 – Transferência de calor para o meio: Neste processo há uma rejeição de calor para o meio. Em um ciclo de Carnot a pressão e temperatura do fluido permanecem constantes durante a transferência de energia. A transferência de calor é realizada, mudando-se o estado do fluido. O objetivo de um ciclo gerador de potência é gerar trabalho. Este ciclo converte calor, com a transferência de calor para caldeira, em energia mecânica através do movimento da turbina. Rendimento para Geração de Potência A definição para o cálculo de qualquer rendimento é sempre o mesmo. Será a energia útil (trabalho líquido) sobre a energia total utilizada no ciclo. O ciclo de Carnot, como já foi apresentado, é um ciclo ideal e reversível. A sua reversibilidade está relacionada aos equipamentos como a bomba e a turbina que funcionam através de processos isentrópicos. O que torna a aplicação real desse ciclo impossível. Qual a importância do rendimento do ciclo Carnot para os ciclos reais? Ex pl or A grande importância de se estudar o rendimento de um ciclo Carnot para gera- ção de potência é que este rendimento serve como um parâmetro máximo para ou- tras modificações no ciclo. O ciclo de Carnot é o maior rendimento possível entre as temperaturas de trabalho de operação do ciclo. As modificações, que poderão surgir, só farão com que o rendimento do ciclo diminua. Portanto, para o cálculo do rendimento do ciclo de Carnot para geração de po- tência é utilizado: Energia útil Energia Total h= 12 13 A energia útil do ciclo é o trabalho gerado através da turbina com dedução da energia que foi utilizada no próprio ciclo, neste caso a bomba. Sabe-se que a turbi- na é um equipamento que gera energia em ciclo gerador de potência e que a bomba é um equipamento que necessita de energia para funcionar. Logo, o cálculo da energia útil será: Energia útil = Wturbina – Wbomba Sendo: Wturbina = trabalho realizado pela turbina Wbomba = trabalho realizado pela bomba A energia total do sistema é o calor transferido à caldeira. Energia total = Qcaldeira Portanto, o rendimento para um ciclo Carnot gerador de potência é igual a: turbina bomba caldeira W W Q h - = Ciclo de Carnot para Refrigeração e Bomba de Calor O ciclo para refrigeração ou bomba de calor é composto por no mínimo 4 equi- pamentos básicos: compressor, condensador, motor térmico e evaporador, confor- me representado no esquema da Figura 13. 1 2 3 4 Bomba Caldeira Turbina Condensador T S 3 4 1 2 Condensador Evaporador Compressor Motor Térmico (Turbinal) Figura 13 – Esquema do ciclo Carnot para refrigeração/bomba de calor • 1-2 – Compressão isentrópica: Neste processo, o fluido sofrerá uma trans- formação adiabática com variação da pressão, volume e temperatura. Como se trata de um ciclo de Carnot, esse processo de compressão será reversível, ou 13 UNIDADE Ciclos de Potência e de Refrigeração seja, toda energia cedida para o fluido será utilizada no processo de elevação da pressão, temperatura e diminuição do volume do fluido e nada se perderá através do atrito, por exemplo; • 2-3 – Transferência de calor para o meio: Neste processo há uma rejeição de calor para o meio, sendo um ciclo Carnot a pressão e temperatura do fluido que permanecem constante. A transferência de calor é realizada mudando-se o estado do fluido de vapor para líquido saturado; • 3-4 – Expansão isentrópica: Neste processo tem-se uma transformação adia- bática reversível. O fluido que passa pela turbina tem uma variação de pressão, volume e temperatura. A energia gerada no motor térmico é utilizada como auxílio na energia que será necessária para funcionamento do compressor; • 4-1 – No evaporador ocorre a absorção de calor do meio: Neste trocador de calor é realizado um aumento da energia do fluido que percorre o ciclo. Para um ciclo de Carnot, nessa transferência é realizada a pressão e tempe- ratura constante. O fluido absorve calor latente mudando seu estado de uma mistura com mais líquido para uma mistura com mais vapor. O objetivo de um ciclo de refrigeração e/ou bomba de calor é transformar o movimento de um compressor em energia térmica, no caso, a energia que ele re- tira de um ambiente ou alimento para deixá-los a uma temperatura menor que a temperatura do ambiente. No conceito de bomba de calor, essa energia retirada de um ambiente pode ser reaproveitada para outras aplicações. Coeficiente de Performance A definição para o cálculo de rendimento continua a mesma. Porém, quando estudados os ciclos de refrigeração, notamos algumas diferenças com relação ao ciclo gerador de potência. Por que a refrigeração demorou tanto para se desenvolver comparada às máquinas a vapor? Ex pl or Se estudarmos a história da refrigeração, vamos constatar que a refrigeração se desenvolveu a pouco mais de 100 anos. Se comparada a tecnologia de máquinas que utilizavam vapor, a refrigeração demorou muito tempo para se difundir nas residências de forma popular. O grande problema relacionado ao ciclo de refrigeração está associado ao enun- ciado de Clausius da 2° Lei da termodinâmica. O calor não flui de forma espon- tânea de um corpo frio para um corpo quente. De fato, é exatamente isso que ocorre na refrigeração. Portanto, para isso, tem-se que fornecer trabalho. Há a necessidade do trabalho de um compressor para realizar a transferência de calor de um corpo frio que é o evaporador para um corpo quente que é o condensador. 14 15 Com isso, nota-se que a refrigeração, para se desenvolver, precisou do desenvol- vimento da energia elétrica e da tecnologia para difundi-la até as moradias. Com essa contextualização, não podemos chamar o “rendimento” de um ciclo gerador de potência da mesma forma, já que este ciclo não gera trabalho, mas, sim, precisa de trabalho para funcionar. Dessa forma, a literatura adequou um termo adaptado do inglês “coefficient of permance“ – COP - (coeficiente de perfor- mance), que define de forma similar o que chamamos de rendimento para o ciclo gerador de potência. Cálculo do COP Atenção! Não utilizaremos mais o termo rendimento para ciclos de refrigeração, utilizaremos o termo COP a partir de agora. A definição para o COP continua sendo a mesma. Para o cálculo do COP, defi- niremos qual é a sua energia útil sobre energia total. Energia útilCOP Energia Total = Para um ciclo de refrigeração, a energia útil será a energia absorvida de um meio que se deseja refrigerar. Se pensarmos na geladeira, o que realmente importa é a capacidade de refrigerar alimentos que estão dentro dela. Dessa forma, a energia útil de um ciclo de refrigeração é a energia absorvida pelo evaporador; a energia total é a quantidade de energia fornecida ao ciclo para que o sistema consiga refri- gerar, ou seja, é o quanto de energia foi requerido pelo compressor. Não esqueçamos que o ciclo de Carnot para refrigeração conta com a ajuda de um motor térmico que gera energia no sistema em um processo de expansão. Assim, teremos que descontar a energia gerada pelo motor térmico da energia consumida pelo compressor. evaporador compressor motor térmico Q COP W W = - Sendo: Qevaporador = energia absorvida pelo sistema Wcompressor =energia necessária no compressor Wmotor térmico = energia gerada pela turbina térmica É notório que, pelo cálculo do COP apresentado, as relações entre quantidade de energia e trabalho se inverteram, comparada ao ciclo gerador de potência. 15 UNIDADE Ciclos de Potência e de Refrigeração Logo, os valores que antes eram abaixo de 1 para rendimento, agora serão va- lores acima de 1para o COP. Quanto maior o valor do COP, mais eficiente será o sistema de refrigeração. Lembrando que o COP de Carnot é o maior valor que se pode ter entre a diferença de temperatura em um ciclo. Cálculo da bomba de calor O ciclo de resfriamento pode ser utilizado com o conceito de reaproveitar o calor gerado no condensador. Em algum momento, você já aproveitou o refrigerador para secar roupas na parte do condensador? Ex pl or Por exemplo, uma construção que tenha um sistema de condicionamento insta- lado pode aproveitar o calor do condensador para aquecer água de abastecimento da rede de água aquecida. Então, o conceito para uso do sistema de refrigeração como bomba de calor está em aproveitar o calor que é rejeitado pelo ciclo. É evidente que para calcular a eficiência de uma bomba de calor não podemos utilizar o COP, utilizaremos o conceito de HPPF (heat pump performance factor) que significa fator de performance de uma bomba de calor. Esse conceito é definido pela energia útil sobre a energia total, só que agora a energia útil de uma bomba de calor é a energia rejeitada, como definido a seguir. evaporador compressor motor térmico Q HPPF W W = - Sendo: Qcondensador = energia rejeitada pelo sistema Wcompressor =energia necessária no compressor Wmotor térmico = energia gerada pela turbina térmica Exemplo 1: Uma câmara de refrigeração opera a uma temperatura de evaporação de –10 °C e rejeita calor do sistema a uma temperatura de 35°C. A fim de melhorar o sistema de refrigeração dessa câmara, propõe-se o uso combinado de um segundo sistema de refrigeração, que operará a uma temperatura de evaporação a –10 °C a 10°C e o segundo sistema de 10°C a 35°C. Qual deve ser o trabalho realizado para ambos os sistemas para cada kJ (quilojoule) de refrigeração? Os ciclos operam como um ciclo de Carnot. 16 17 Resposta: Esse exercício busca avaliar se a constituição de 02 ciclos de refrigeração é mais eficiente do que um ciclo trabalhando entre as mesmas faixas de temperatura 1° Caso T S 35ºC −10ºC Figura 14 – Diagrama T × S (Ciclo Simples) O exercício quer calcular o trabalho para cada kJ de refrigeração. Logo, o calor absorvido pode ser considerado 1 kJ. Qevaporador = 1 kJ Como o ciclo opera como um ciclo de Carnot, o COP pode ser calculado em função das temperaturas. Não se esqueça de transformar as unidades de tempera- tura de °C para K. 263 5,8 308 263 KCOP K K = = - Logo, o trabalho pode ser calculado: 1 1 0,17 5,84 evaporador evaporador total total Q COP W Q W COP kJW kJ = = = = 17 UNIDADE Ciclos de Potência e de Refrigeração 2° Caso T S 35ºC −10ºC 10ºC Figura 15 – Diagrama T × S (Ciclo Combinado) Para que o sistema combinado seja mais eficiente, o trabalho líquido necessário para acionamento do ciclo, deve ser menor se comparado ao 1° caso. Verificaremos! A princípio, começaremos com o 1 ° ciclo operando entre –10°C e 10 °C 1 263 13,15 283 263 K K K COP = - = Logo, o trabalho pode ser calculado: 1 1 1 0,076 13,15 evaporadorQW kJ kJ COP W = = = Agora calcularemos o 2° passo. Evidente que o calor absorvido no 2° ciclo é o que foi rejeitado no 1° ciclo. 18 19 2º Ciclo W2 35º C 10º C 1º Ciclo W1 −10º C 1 kJ Qrej Figura 16 – Esquema do ciclo combinado 2 283 11,32 308 283 KCOP K K = = - Logo, o calor rejeitado pode ser calculado: 1 1 1 1 1 1 13,15 1,076 evaporador rejeitado evaporador evaporador rejeitado evaporador evaporador rejeitado evaporador evaporador rejeitado evaporador rejeitado rejeitado Q COP Q Q Q Q Q COP Q Q Q COP Q Q Q COP kJQ kJ Q kJ = - - = = + = + = + = 19 UNIDADE Ciclos de Potência e de Refrigeração Portanto, o calor rejeitado pelo 1° ciclo é o calor que é absorvido pelo 2° ciclo. Qrejeitado = 1,076 kJ = Qent 2 Assim, o trabalho 2 pode ser calculado: 2 2 2 2 1,076 0,095 11,32 entQW COP kJW kJ = = = O trabalho total do 2° caso será: Wtotal = W1 + W2 Wtotal 2 = 0,076 + 0,095 = 0,17 kJ A conclusão é que os 02 trabalhos calculados com um ou dois sistemas de refri- geração têm o mesmo gasto de trabalho. Isso se explica porque funcionam segundo um ciclo de Carnot, em que se tem a máxima eficiência. Bons Estudos! 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Termodinâmica CENGEL, Y. A.; BOLES, M. A. Termodinâmica. Porto Alegre: Grupo A, 2013. (e-Book) Vídeos Máquinas Térmicas – Termologia – Aula 18 Prof. Boaro https://youtu.be/WlxqaxFB_NQ O Que é o Ciclo de Carnot? https://youtu.be/RIyC8ZLExD0 Me Salva! CDF02 – Sistemas Termodinâmicos – Termodinâmica https://youtu.be/BEWer66NS3Q 21 UNIDADE Ciclos de Potência e de Refrigeração Referências MORAN, M. J. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. MORAN, M. J.; SHAPIRO, H. N. Princípios de Termodinâmica para Engenha- ria. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. SONNTAG, R. E. Fundamentos da Termodinâmica Clássica. 7. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2009. STOECKER, W. F. Refrigeração industrial. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2002. 22
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