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APG 02- GASTRITE AGUDA E CRÔNICA. 1-revisar a morfofisiologia do estomago 2-entender a fisiopatologia, manifestações clinicas, etiologia, complicações e epidemiologia da gastrite aguda e crônica. 3-compreender o diagnostico das gastrite aguda e crônica 4-estudar as características microbiológicas da H.pylori, o tratamento e complicações da gastrite nesse caso. →ANATOMIA Dividido em: -Cardia: circunda a abertura do esôfago para o estomago -fundo:parte superior -corpo e antro: terminando no esfíncter pilórico Vascularização por artérias gástricas esqueda e direita →HISTOLOGIA -epitelio colunas simples -divido nas 4 camadas: -divisão glandular: Cardica:superior, possuindo células secretoras de muco Ocítica: media, possuindo células ECL, que armazenam e secretam histamina e células D, células principais que secretam acido clorídrico Antral:inferior, possuindo 3 tipos de células endócrinas. Células G que produzem gastrina. Células D produz somatostatina. Células EC, produzem seratonina. Fundo: produz frelina que vai estimunar a secreção de GH -divisão fisiológica: da túnica muscular Parte obliqua, circular e congitudinal Sendo responsável pelos movimentos peristálticos, que agitam e quebram fisicamente os alimentos, misturando-o com o suco gástrico formando o quimo, forcando ele através do ostio pilórico. →Mecanismos de agressão e proteção do estomago -revestimento é impermeável ao acido que ele secreta. -fatores de proteção: cobertura de células epiteliais justapostas + muco = barreira protetora. -agentes agressores: AAS, que conseguem atravessar a barreira criada, podendo causar erosoes agudas. O álcool, também consegue adentrar, aumentando a destruição das células Os AAS e os AINEs reduzem a secreção de muco e bicarbonato pela inibição da COX-1 gastrica, diminuindo a síntese de prostaglandinas mediadores de secreção de HCO3- GASTRITE AGUDA E CRÔNICA →ETIOLOGIA AGUDA: causa - agentes irritativos: AAS e AINEs, álcool CRÔNICA: infecção por H.pylori; medicamentos, tratamento câncer, substancias corrosivas, estresse, sepses, tabagismo, alcoolismo e dietas improprias, gastrite autoimune. →EPIDEMIOLOGIA -aumenta com a idade -50% da população mundial -menos prevalente em países industrializados. -ambos sexos →FISIOPATOLOGIA -Gastropatia= lesão celular e degeneração. -presença de células inflamatórias é rara ou ausente. -principais causas: uso de AINES, álcool, bile e lesão induzida por estresse. -Gastrite= inflamação da mucosa gástrica. →SE O INFILTRADO É PREDOMINANTE DE NEUTRÓFILOS = GASTRITE AGUDA →SE O INFILTRADO É DE MONONUCLEARES E A AGRESSÃO É PERSISTENTE = GASTRITE CRÔNICA. GASTRITE AGUDA -lesões aparentes -há um processo inflamatório agudo da mucosa – transitória – cursa com recuperação completa depois da eliminação do agente causador. -CLASSIFICAÇÃO EM 3 GRUPOS: GASTRITE POR: H.PYLORI, SUPURATIVA E A HEMORRÁGICA. -histopatologia: possui infiltrado de neutrófilos, que se caracteriza por edema difuso da lamina própria, congestão capilar, podendo ou não hemorragia. Erosões podem estar presentes. -MANIFESTAÇÕES CLINICAS -assintomático ou variada. -sintomas dependem do causador da gastrite. -exemplo: gastrite por AINEs, podem causar pirose e acidez gástrica. GASTRITE CRÔNICA -lesões inexistentes macroscopicamente -existência de alterações inflamatórias crônicas – levando a atrofia do epitélio glandular do estomago. -Lesão superficial e predomina no antro -gastrite autoimune: 2ª mais comum, do tipo atrófica, não ta associdada a H pylori. -destruição das células parietais por mecanismo imune levando a atrofia da mucosa, metaplasia intestinal e anemia perniciosa. ➔ Dividida em 3 tipos: GASTRITE ATRÓFICA AUTOIMUNE -atrofia seletiva ou completa das glândulas do estomago, ocorrendo a substituição por epitélio metaplasico intestinal GASTRITE QUIMICA Causada pelo refluxo biliar, induzida pelo estresse e certas drogas GASTRITE POR H. PYLORI Sendo a causa mais comum HISTOLOGIA: Infiltrado inflamatório de linfócitos, plasmócitos e neutrófilos na lamina própria. O número de neutrófilos indica o grau da inflamação. -na inflamação temos agregados linfoides com centro germinativo. E isso pe uma resposta imunitária -complicações da gastrite crônica levam a atrofia glandular, da mucosa; e metaplasia intestinal – sendo o epitélio substituído por epitélio intestinal →LINHA DE TEMPO DESDE A INFECÇÃO: H.PYLORI →GASTRITE CRÔNICA →ATROFIA GLANDULAR→METAPLASIA INTESTINAL -a associação da atrofia glandular + metaplasia intestinal + adenocarcinoma gástrico = CA possível →MANIFESTAÇÕES CLINICAS: Sintomatologia: queimação epigástrica, epigastralgia, náuseas, vômitos e desconforto abdominal →H.pylori e neoplasia gastrica -ocorre porque a atrofia flandular evolui a metaplasia intestinal = adenocarcinoma gástrico EXAMES PARA DIAGNÓSTICO -metodos invasivos: teste rápido da urease, biopsia, cultura microbiológica -não invasivo: teste respiratório com ureia 13C, teste antígeno fecal e sorologia. →TRATAMENTO H.PYLORI -ESQUEMA TRIPLO: 1ª ESCOLHA IBP + AMOXICILINA + CLARITROMICINA (AB) 2ª ESCOLHA: IBP, LEVOFLOXACINO E AMOXIXILINA -ESQUEMA QUADRUPLO: 1ª ESCOLHA: IBP, BISMUTO, TETRACICLINA E METRONIDAZOL 2ª ESCOLHA: IBP, BISMUTO, AMOXICILINA E CLARITROMICINA DURAÇÃO DE 7-10 DIAS: TRIPLO 10-14 DIAS: QUADRUPLO – FAZ SE O TRIPLO NÃO DEU CONTA ➔ Aspectos microbiológicos da bactéria Helicobacter Pylori -bastonete gram-negativo, curvo, que se coloniza nas células epiteliais secretoras de muco do estomago (antro) -se adaptam ao muco gástrico, pois tem flagelos que fazem-os se movimentar pela mucosa e secretar urease, a qual degrada ureia em amônia, fazendo a neutralização do meio acido. = sobrevivência - a bactéria interage com as células epiteliais da mucosa gástrica e atua pelos fatores de virulência Caga e vacA. →cagA- gene cepa-especifico = citotoxin antigen associated. Associado ao risco de desenvolver câncer gástrico. Essa cepa é mais virulenta – induz a níveis mais altos de expressão de citocinas: IL-1b e IL-8. Dá uma predisposição de 3x mais chances de desenvolver o CA gástrico →vacA: é uma citotoxina que induz a formação de canais seletivos de anios nas células epiteliais, levandi a exsudação de ureia para a mucosa gastrica. Sendo fator de virulência fundamental, pois produz alcaloides pela urease, que induzem a danos no DNA. -o gene vacA está presente em todas as cepas do H.pylori → TRATAMENTO DA SÍNDROME DISPÉPTICA: -o que é? São os sintomas de dor ou desconforto localizados no epigástrio, plenitude pós-prandial (sensação desagradável de persistência prolongada de alimentos no estômago.) e saciedade precoce. -Pode ocorrer por infecção por H pylori, hipersensibilidade gástrica ou duodenal e alterações de motilidade gastrointestinal -O que fazer? Uso de inibidores de bombas de prótons, bloqueadores de receptores de H2, agentes procinéticos, antiácidos e sucrafalto. → INIBIDORES DE BOMBA DE PRÓTONS: -vão se ligar as enzimas: H+/K+-ATPase (bomba de prótons) e suprimem a secreção de íons hidrogênio para o lúmen gástrico. →Fármacos: -Omeprazol, -Pantoprazol, -Lansoprazol, -Esomeprazol. →Efeitos adversos: náuseas, diarreia, cefaleia, fraturas ósseas se uso prolongado. → ANTAGONISTAS DE RECEPTOR DE H2: -Atuam seletivamente bloqueando os receptores de H2 no estomago. -primeiro que a secreção gástrica é estimulada por acetilcolina, histamina e gastrina. Quando estes ligam com seus receptores = ativação de preoteinocinases que estimulam as bombas de prótons H+/K+-ATPase. -assim se bloqueamos a ligação da histamina com os receptores vamos impedir a ativação das proteinocinases, o que reduz a secreção de acido gástrico. → Fármacos: Cimetidina, Ranitidina, Famotidina e Nizatidina. →AGENTES PROCINÉTICOS 1. Antagonistas dos receptores de dopamina/dopaminérgicos: -Metoclopramida (plasil) -ele tem ação central, consegue atravessar a barreira hematocefalica, bloqueando os receptores D2 no centro do vomito. -A ACh é inibida pela dopamina. Daí se inibimos a dopamina temos maior liberação de ACh, que irá atuar no TGI aumentando o esvaziamento gástrico e a motilidade intestinal. - DOMPERIDONA (MOTILUM) -ação antidopaminérgica -impede a ligação da dopamina com seus receptores D2. -mas diferente da metoclopramida, faz antagonismo só com o receptor dopaminérgico D2 na mucosa gástrica, sem afetar outros. -não atravessa a barreira hematoencefálica. -seu efeito no centro do vomito vai ser por vias extrapiramidais. → ANTIÁCIDOS -é uma base fraca que vai reagir com o acido gástrico diminuindo a acidez gástrica, usado pra alivio rápido -fármacos: hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio, bicarbonato de cálcio. → PROTETORES DE MUCOSA: →Sucralfato: composto de hidróxido de alumínio e sacarose que se liga na mucosa normal e necrótica, criando uma barreira física que protege ulceras já abertas e epitélios danificados. →subsalicilato de bismuto: forma uma barreira que reveste a mucosa, diminuindo a ação do ácido gástrico sobre o epitélio. →misoprostol: é um agonista dos receptores de prostaglandinas – E2 – produzida pela mucosa gástrica, que quando é ativada vai inibir a secreção de ácido gástrico e estimular a secreção de muco com bicarbonato. →o tratamento de lactentes e crianças são conservadores, com medidas de mudança na alimentação, consegue-se reduzir ou cessar os episódios de RGE. Ademias, mudar a postura de alim
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