TCC Ensino Religioso 2017 - Aluno Paulo Roberto Seabra Diniz

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UNIDADE PARCEIRA DO GRUPO ANDRADE MARTINS
ALUNO: PAULO ROBERTO SEABRA DINIZ
JOVENS EM UMA SOCIDADE SEM BASE FAMILIAR
 
ITAÚNA – MG
ANO: 2017
UNIDADE PARCEIRA DO GRUPO ANDRADE MARTINS
ALUNO: PAULO ROBERTO SEABRA DINIZ
JOVENS EM UMA SOCIDADE SEM BASE FAMILIAR
Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo
Científico, apresentado ao Núcleo de Trabalhos de Conclusão de Cursos do Curso de Pós Graduação Lato Sensu do Curso de Especialização em Ensino Religioso, como requisito obrigatório para a obtenção do grau de especialista. 
ITAÚNA – MG
ANO: 2017
JOVENS EM UMA SOCIDADE SEM BASE FAMILIAR
NOME: PAULO ROBERTO SEABRA DINIZ
RESUMO
Um dos temas mais discutidos nos últimos tempos e que não poderia deixar de ser exposto, mostrando suas causas e talvez umas das soluções fáceis e ao alcance de todos. O desejo é que ao terminarmos essa pesquisa possamos identificar e cumprir o que o livro mais lido, mais vendido e mais direto sobre esse e outros assuntos nos fala. Não queremos entrar em debates, o que vamos procurar aqui é mostrar o que está acontecendo, suas causas e possíveis soluções. Uma coisa é certa se essa mudança não vier, vamos dar fim à humanidade em pouco tempo e a grande causa é a falta de amor ao próximo, algo que não se tem sido ensinado nos lares e nem mesmo nas escolas e a própria sociedade mostra-nos que é melhor pensar em mim e não nos outros. A solução pra tudo isso é simples, ensinar o caminho e é sobre esse caminho que essa pesquisa vai ser direcionada, ao caminho da verdade. A humanidade está sendo destruída e a causa é a falta desse conhecimento, ainda podemos e vamos nos esforçar para mudar essa triste realidade. 
Palavras - chave: Família, Jovens, Sociedade
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SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO	4
2- FAMÍLIA ATUAL............................................................................................... 5
2.1-Degradação Familiar	5
2.2- Evasão Escolar e a Gravidez Precoce, Causas	6
2.3 – Violência Infantil, Principais Causas	8
3- CONCLUSÃO	9
4- REFERÊNCIAS	12
1- INTRODUÇÃO
De acordo com a Bíblia, devemos ensinar o caminho a nossos filhos e isso não tem acontecido talvez pela grande preocupação das famílias em comer, vestir, pagar, chegar, sair e outras situações inevitáveis de nosso dia a dia. Por isso a grande preocupação em trazer de volta esse ensino, que apesar de duro e difícil é o pilar da família, que após algumas décadas caiu no esquecimento levando as famílias a uma degradação e falta de amor. Em nossa juventude fomos ensinados a respeitar e a obedecer, hoje nossos jovens usam o desrespeito e a desobediência como forma de dizerem o que pensam e se auto-afirmarem em relação aos seus desejos e forma de pensar, tudo isso tem causado um grande transtorno na sociedade que ao invés de não permitir os acontecimentos, se junta a eles para ensinar o mau caminho e a falta de respeito com todos a nossa volta. Pensando em tudo isso e entendendo alguns dos ensinamentos da Bíblia Sagrada que diz: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Pv 22:6 AEC). A questão é: temos instruído nossos filhos ou apenas temos deixado que façam suas escolhas, escolhas estas que tem levado nossos jovens a morte, as drogas e a marginalidade. Temos nos colocado como pais que amam e punem ou somos pais omissos que estão vendo tudo isso acontecendo e preferem manter-se longe de tudo, deixando para os outros problemas que temos a obrigação de resolver, como educar e ensinar o caminho correto a eles. Alguns estudos que serão apresentados vão nos mostrar que a realidade das famílias brasileiras é a destruição dos jovens pela falta de ensino, podemos então nos considerar culpados por tudo que esta acontecendo no mundo moderno, porque somos o ponto de partida e agora queremos resolver com maior idade penal e outras leis que na maioria das vezes não trazem o resultado que esperamos. Devemos buscar soluções e nada melhor que praticarmos alguns ensinamentos de nossos avôs ou até de nossos pais. A única maneira de vermos isso é: a educação que deve começar nos lares, lares esses moldados em família, que deixou de ser o pilar da sociedade. Vamos olhar para o passado e rever se éramos ou não felizes ante a toda essa mudança pela qual passamos e que levou a geração de nossos filhos a ser a pior geração que existe.
2- FAMÍLIA ATUAL
Qual o entendimento sobre família que temos nos dias de hoje, uma instituição falida e sem perspectiva de continuação, a uma grande necessidade de resgatarmos a família como o pilar da sociedade que vivemos, porque sem a família nossos jovens tendem a perder toda e qualquer expectativa de um mundo melhor. Existem muitas famílias destruídas por falta de amor e onde relacionamentos são terminados por motivos banais, os divórcios e relacionamentos independentes onde a falta de pai ou mãe é muito natural e isso faz com que nossas crianças cresçam sem uma referência paternal. Nossa percepção de família atualmente tem sido lares sem pai, sem mãe e com crianças com distúrbios psicológicos pela falta de uma referência paterna, que corroboram para que os jovens sejam ainda mais violentos e desobedientes. Uma das principais características da família atual é falta de comunicação, talvez por causa do aparecimento das mídias sociais, não há mais conversas e os relacionamentos estão deteriorados, colocando as famílias em situação de grande risco. Não se fazem mais planejamentos familiares, onde os passeios, as festas e as comemorações sejam feitos ao invés de serem meros contos. A degradação familiar começou com a liberalidade excessiva, não vamos falar sobre o assunto e apenas abordar a situação que temos acompanhado através de pessoas que passaram ou até continuam passando por essas dificuldades, onde não têm ou tiveram a oportunidade de participarem de uma família de verdade, essas famílias antigas e com uma estrutura que não se desfazia por causa de qualquer dificuldade, mas permanecia unida e a cada dia se fortalecia mesmo em dificuldades. Famílias que não abriam mão da unidade, mesmo que faltasse a comida na mesa. São essas situações passadas que traz a nossa memória a pergunta: Onde está o erro? Atualmente famílias têm permanecido na mesmice de continuarem a seguir o ensinamento que ao invés de ajudar tem atrapalhado e muito na organização familiar. Essa falsa organização familiar busca hoje o bem estar próprio e não o bem estar de todos os seus membros.
2.1-Degradação Familiar
Para falarmos sobre esse assunto temos que descobrir o que a Bíblia fala sobre isso: “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne.” (Gn 2:24 AEC). Verificamos então que família é a união que se torna uma só carne, portanto se isso que diz o texto fosse levado ao pé da letra não haveria tanto divórcio como temos visto hoje e segundo a pesquisa do IBGE (imagem 1) houve um crescimento absurdo nos últimos anos e porque? A família passou a ser um projeto falido pelo simples motivo de ser muito fácil deixar a esposa ou o marido. Sendo assim como nossas crianças estão crescendo, quem numa casa sem pai faz as funções paternas ou quem numa casa sem mãe faz as funções maternas, tudo isso leva nossos jovens a crescer sem ter uma noção de pai ou mãe de verdade. Sempre haverá alguém pra quebrar o galho nessa hora de necessidade e quem vai educar esses jovens¿ O mundo tem tomado essa responsabilidade e tem educado conforme a sua vontade levando nossos jovens a perder a noção de família. Como pode uma criança ou jovem viver em um ambiente que pelos estudos não dura mais de 10 anos, a idade onde as crianças estão firmando sua personalidade e entrando na fase da pré-adolescência. Ainda segundo o IBGE o número de divórcios entre 1984 e 2014, cresceu de 30,8 mil para 341,1 mil. Passando de 0,44 por mil habitantes para 2,41 por mil habitantes. 
Fonte IBGE Fontes:  O Globo – Pnad/IBGE; Ruben Klein e Leandro Marino/Fundação Cesgranrio, a partir do Censo Escolar/Inep
2.2-Evasão Escolar e a Gravidez Precoce, Causas
Após vermos sobre os divórcios, vamos agora falar um pouco sobre a evasão escolar, quais tem sido as principais causas e que tipo de reflexos têm trazido as famílias. Está também é uma das grandes preocupações que a sociedade devia ter e fazer algo em relação a isto. Segundo também o IBOPE (imagem 2) em sua pesquisa a quantidade de jovens que deixaram de freqüentar as aulas é muito grande e um dos principais motivos é a gravidez na adolescência. Isto ocorre com meninas com idade entre 15 e 17 anos, que já tem filhos, é de aproximadamente 414 mil. Esse número é um grande absurdo, quando olhamos para a infância que foi interrompida e a responsabilidade que essas “crianças” já trazem sobre seus ombros. Tudo isso tem levado ao um grande número de abandonos, crianças são deixadas por outras crianças e até criadas por elas, sem nenhuma possibilidade de receberem uma educação que leve essas crianças a crescerem com uma idéia diferente da qual foram submetidas em sua vida. Estamos vivendo a dura realidade de casos caóticos que levam nossa sociedade e a família a uma situação de descrédito e até de falência moral. Algumas dessas jovens ainda tentam permanecer nas salas de aula, mas não conseguem por terem as responsabilidades de mães colocadas como prioridade e assim estamos compactuando com todo esse declínio e despreparo de nossos jovens que a cada dia tornam-se adultos, mas ainda tem pensamentos e atitudes de criança. Segundo a pesquisa de 2014, 1,7 milhão de jovens estava fora das escolas e sem nenhuma perspectiva de vida, de formarem uma família e ainda de terem um futuro, seguindo a ordem natural da formação familiar. Fica mais caótico quando buscamos respostas para essas situações, vemos que os governantes ao invés de investirem no alicerce familiar buscam somente, o que parece ser politicamente correto a uma sociedade que não tem nenhum objetivo familiar. A destruição familiar tem feito com que nossos jovens se distanciem ainda mais de seus pais que por não terem base familiar também acabam por não saberem o que fazer e de que maneira resolver a situação que se encontram. Os pais não têm o que ensinar e não sabem educar seus filhos, pelo único motivo de não possuírem bases familiar alicerçadas em algo que leve os jovens a distinguirem o certo do errado, o pode e não pode e o devo fazer e não devo fazer. 
Fonte IBOPE (www.latitude.org.br)
2.3 – Violência Infantil, Principais Causas
O outro ponto que vamos apreciar é a violência infantil, que tem feito com que milhares de jovens e adolescentes percam suas vidas sem se quer chegar a maioridade e em outros casos perdem sua liberdade por cometerem crimes hediondos. Esse é um dos pontos que mais tem causado apreensão a sociedade, porque ao invés de nossas crianças estarem vivendo como crianças a marginalidade faz com que elas cresçam desordenadas e sem um futuro, numa violência sem limites e que tem agregado uma falsa ilusão de poder sem limites. Em 2013 foi registrado um total de 8.153 mortes de adolescentes de 16 e 17 anos de idade; 73,2% por causas externas e 26,8% por causas naturais. Entre as mortes por causas externas, apresentam especial incidência os homicídios, que ceifaram a vida de 3.749 jovens. Isto representa 46% do total de mortes acontecidas nessa faixa, quase a metade do total de mortes. Temos cerca de 10 adolescentes mortos a cada dia de 2013, segundo o estudo “mapa da violência” de 2015. 
Fonte: Mapa da Violência: Adolescentes de 16 e 17 anos do Brasil
Quando observamos os dados apresentados por esse primoroso estudo, começamos a nos dar contas de que nossas crianças estão perecendo em meio ao caos instalado por meio da violência. A grande quantidade de jovens envolvidos com a criminalidade independente do setor criminal, que cresce de maneira desordenada e se prolifera sem parar. Vemos que a falta de uma família tem levado esses jovens ao apego com outros jovens que estão em situação igual ou pior, transformando-os em criminosos violentos e que por acreditarem não haver ordem e disciplina, começam a causar danos muito grandes e de proporções inimagináveis. Jovens que tem sido aliciados e levados ao submundo da criminalidade e pensam ser a única e verdadeira maneira de terem uma boa vida, esquecendo-se que a base não está somente em conseguir ter tudo e sim em poder caminhar de cabeça erguida. Mas numa sociedade que ensina que o principal para todos é ter e conquistar. Por isso jamais vamos conseguir ensinar o que não aprendemos e a cada dia estamos vendo o fim da família e da sociedade.
3- CONCLUSÃO
 	O que fazer então para mudar a atual situação dos nossos jovens? E porque essas atitudes de mudar ainda não foram tomadas?
A resposta é simples porque não há interesse, mas mesmo sem interesse alguns ainda tem tentado trazer de volta o alicerce familiar com base e esse é o maior problema todo alicerce necessita de uma profundidade para se tornar firme, mas se não temos alicerce como teremos base, é a ordem natural, para toda base necessita-se de um alicerce perfeito. E como colocamos no inicio esse alicerce deve ser embasado em algo e para que nossos filhos cresçam com um futuro promissor precisamos que a família esteja firme e não desmoronada como a família atual. Temos que ensinar que a família é a principal instituição da sociedade, se ela acaba a sociedade por sua vez tem seus dias contatos e em conseqüência disso a humanidade também será extinta. A única chance da não extinção da família é a unidade familiar conseguida somente com um casal unido. Temos que agir com urgência de acusa e não deixar de fazer a nossa parte. Ainda devemos ter fé no ser humano, mas aquele que vai ser mudado e moldado por um fundamento sólido e resistente que conhecemos e não damos ouvidos, mas que hoje é a única e verdadeira maneira de transformarmos nossos jovens e fazê-los seres humanos melhores e capazes de estender a mão para o outro e não atirar uma pedra, sendo assim não há outra fonte onde buscar a solução para esses que tem sido dias difíceis e muitas vezes intermináveis, que quando olhamos pra frente não conseguimos ver uma mudança. A mudança só será possível na, medida que voltarmos aos ensinamentos de nossos antepassados que tinham na família estruturada a maneira correta de educar e formar nossas crianças. Assim conseguiremos ensinar a criança o caminho da verdade, parece que esta sendo uma tentativa de mudar a cabeça de todos, mas se não tentarmos uma saída estaremos assinando a sentença de extermínio da raça humana e de toda a terra. O Ensino Religioso é uma excelente fonte de conhecimentos para serem levados aos nossos jovens que estão a mercê de uma sociedade corrompida e a cada dia, mais envolvida com falcatruas e maneiras fáceis de ganhar mais e mais, sem a preocupação com a lisura. Devemos colocar esse desejo de mudança em nossos corações e começar a agir para que consigamos salvar nossos jovens, filhos, netos, bisnetos e tataranetos. O mundo está roubando de nós o tempo que deveríamos ter com nossos filhos e esses momentos são de uma importância tão grande porque é neles que ensinamos sobre relacionamentos, amor, carinho, compreensão, respeito e muito mais que há de necessário aos nossos jovens. Porque não fazer enquanto há tempo, a mudança pode ser feita, mas é necessário que estejamos prontos e desejosos em acreditar que tudo é possível e que a melhoria familiar independe de políticos ou governo, mas de nós que somos o alicerce familiar.
PRINCIPAIS PRIORIDADES
Estamos vendo na ilustração acima que, a família é o principal alicerce da sociedade e se não fizermos por onde, tudo isso vai acabar com o extermínio de toda a humanidade e devemos fazer o melhor para que a família continue sendo o pilar principal da sociedade. Como a sociedade se manteria sem a família? Não existiria, terminaria a existência humana e todo o mundo que foi criado para o homem, ficaria com essa grande lacuna. 
4- REFERÊNCIAS
A BÍBLIA Sagrada: Edição Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BLOG INFORMARTNews, www.informartnews.blogspot.com.br em 01 de março de 2017.
BLOG MULHER Virtuosa, www.blogmulhervirtuosa.com.br|2015|12|5 – Em 16 de março 2017.
JACOBO, J.; WAISELFISZ. Mapa da Violência 2015: Mortes Matadas por Armas de Fogo. Brasília, 2015.
LATITUDE, www.latitude.org.br|noticias_clipping_25defevereirode2016-fora-da-escola-sequer-conclui-ensino-fundamental| em 01 de março de 2017.
MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento. 1ª Edição. São Paulo: Mundo Cristão, Agosto de 2010. 13-14p, 571p.