Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Modelo de Excelência em Gestão (MEG) Em função desta necessidade e do próprio incentivo em busca da qualidade, desde os anos de 1950 existem premiações para as empresas que buscam a excelência. O primeiro prêmio foi realizado no Japão e foi intitulado de Prêmio Deming, sendo este prescritivo fazendo indicação de práticas, métodos e ferramentas que deveriam ser utilizados pela empresa (TOLEDO et al., 2013). Houve evolução e, hoje, temos diversos prêmios a nível mundial, assim como nacional, divididos por categorias, segmentos e regiões, porém, estes não prescritivos, ou seja, não indicam ou limitam a organização a utilizar este ou aquele recurso, simplesmente descrevem o que a organização deve fazer, sem indicar como. Exemplo desta evolução é o Prêmio Malcolm Baldrige, que foi estabelecido nos Estados Unidos da América em 1987, e que serviu de modelo para o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) no Brasil. O PNQ é um reconhecimento da excelência em gestão das organizações, sendo sua administração realizada pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), que recentemente (2016) teve seu nome adequado para FNQ – Gestão para excelência, em função de suas atividades, que são baseadas no Modelo de Excelência em Gestão® (MEG), uma metodologia de avaliação, autoavaliação e reconhecimento das boas práticas de gestão. As premiações (a nível mundial) estão sendo subsidiadas por modelos de excelências, que servem como referência para a avaliação de práticas de gestão relacionadas à liderança da organização, à formulação e à implementação das estratégias da organização, ao gerenciamento de pessoas, aos processos de negócios e aos relacionamentos da organização com os clientes, fornecedores e com a sociedade (TOLEDO et al., 2013). Os prêmios de qualidade nacionais e internacionais possuem quatro grandes objetivos, aqui apresentados em ordem de importância: • Estimular o desenvolvimento cultural, político, científico, tecnológico, econômico e social de um país. • Fornecer para as organizações um modelo referencial para um contínuo aperfeiçoamento. • Conceder reconhecimento público e notório à excelência da qualidade da gestão para organizações de Classe Mundial. • Divulgar as práticas de gestão bem-sucedidas, com vista ao benchmarking. O Modelo de Excelência em Gestão (MEG) é um modelo brasileiro de Excelência em Gestão que auxilia o gestor a obter uma visão sistêmica da gestão organizacional. O Modelo da Excelência em Gestão, em função de sua flexibilidade e simplicidade de linguagem e, principalmente, por não prescrever ferramentas e práticas de gestão específicas, pode ser útil para avaliação, diagnóstico e desenvolvimento do sistema de gestão de qualquer tipo de organização, no setor público ou privado, com ou sem finalidade de lucro, seja de porte pequeno, médio ou grande. Já consolidada como um marco referencial para excelência em gestão no país, a FNQ tem a missão de disseminar os Fundamentos da Excelência em Gestão para o aumento da competitividade das organizações e do Brasil. O modelo sofreu uma evolução no decorrer dos anos, conforme demonstrado na Figura. O MEG se apoia nas premissas de que um modelo de gestão deve ser sistêmico, não prescritivo e com facilidade de adaptação a qualquer tipo de organização (FNQ,2016). O MEG está alicerçado em 13 Fundamentos e oito Critérios, com o objetivo de buscar a estruturação e o alinhamento dos componentes da gestão das organizações sob a ótica de um sistema. Os 13 Fundamentos de Excelência expressam “conceitos reconhecidos internacionalmente e traduzem-se em processos gerenciais ou fatores de desempenho que são encontrados em organizações classe mundial, ou seja, naquelas que buscam, constantemente, aperfeiçoar-se e adaptar-se às mudanças globais” (FNQ, 2016). Os 13 Fundamentos da Excelência são: 1. Pensamento sistêmico. 2. Atuação em rede. 3. Aprendizado organizacional. 4. Inovação. 5. Agilidade. 6. Liderança transformadora. 7. Olhar para o futuro. 8. Conhecimento sobre clientes e mercados. 9. Responsabilidade social. 10. Valorização das pessoas e da cultura. 11. Decisões fundamentadas. 12. Orientação por processos. 13. Geração de valor. Os oito Critérios de Excelência “garantem à organização uma melhor compreensão de seu sistema gerencial, proporcionando uma visão sistêmica da gestão. São características tangíveis, mensuráveis, quantitativa ou qualitativamente, propostas na forma de questões que abordam processos gerenciais e solicitações de resultados” (FNQ, 2016). Para melhor compreensão das interações entre os principais requisitos, para o atendimento do MEG, o FNQ publica o que vem se chamar de Mandala do MEG. Os critérios se relacionam com os fundamentos e estes se estendem por toda a organização. Veja, também, que existe uma proximidade muito grande com o conceito do ciclo PDCA, ou seja, constantemente melhorado e atualizado. É de suma importância que sejam analisados os benefícios de se escolher o MEG. A Fundação Nacional da Qualidade, doravante chamada apenas por FNQ, lista alguns benefícios da escolha, apresentados na Tabela. O Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) é um reconhecimento, sob a forma de troféu, à excelência na gestão das organizações brasileiras que atendem o modelo. Referência: Gerenciamento e controle de qualidade - Leonardo Ferreira Eliana Belo Silva.
Compartilhar