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Assistência pré- natal

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PRÉ- NATAL
- Assistência pré-natal consiste no acompanhamento humanizado e de qualidade do ciclo gestacional, com objetivo de assegurar uma gestação isenta de complicações, identificando, prevenindo, diagnosticando e tratando eventuais intercorrências geradoras de risco na gravidez, com garantia do bem estar materno e neonatalHISTÓRICO
- Surgiu nos E.U.A. em 1901. 
- Programa de visitas de enfermagem à gestante: apoio e educação em saúde. 
- 1914 (Boston Lying in Hospital): redução de 40% na mortalidade fetal. 
- Lei número 7.498/1986: exercício profissional. 
- Decreto número 94.406/1987: regulamenta a Lei número 7.498. 
- Resolução COFEN número 271/2002: “O pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pela enfermeira (MS, Brasília 2000).
DIVISÃO DA GESTAÇÃO
- 1 Trimestre: 1 ao 3 mês ou 1 a 13 semana.
 - 2 Trimestre: 4 ao 6 mês ou 14 a 26 semana.
- 3 Trimestre: 7 ao 9 mês ou 27 semanas até o parto. 
- A gestação pode chegar à 42 semana (41 semanas).
- Se passar de 40 semanas: pós termo
Obs.: se passar de 42 semanas pós- data
ASSISTÊNCIA PRÉ- NATAL
- consultas 
- atenção biopsicossocial
- profissionais habilitados em oferecer a assistência pré- natal: enfermeiro e médico
- início no 1° trimestre 
· 1 mês é com o médico e no mês seguinte é com o enfermeiro (e assim vai seguindo)
- mínimo de 6 consultas
- até 28 semanas= mensal
- entre 28 e 36 semanas= quinzenal
- entre 36 a 41= semanal
- inicia após a confirmação da gravidez (anamnese, betaHCG, USG, batimentos do bebe), em consulta médica ou de enfermagem
- deve receber as orientações necessárias referentes ao acompanhamento, sequência de consultas, visitas domiciliares e grupos educativos
- deverá ser fornecido o cartão ou caderneta da gestante, o calendário vacinal e suas orientações e, eventuais, atividades educativas
- avaliação e classificação do risco gestacional
PRÉ- NATAL- ALTO E BAIXO RISCO
- Gravidez é evento fisiológico que pode ter complicações com risco para saúde materna e fetal em 5%- 20%
- gravidez de alto risco é aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto têm 
- segurança na prática obstétrica implica em assistência eficiente, com uso de recursos tecnológicos bem aplicados, mínimo de intervenção, com segurança, reduzindo morbidade e mortalidade 
- hipertensas, diabéticas, cirurgias cardíacas prévias alto risco 
CLASSIFICAÇÃO DO RISCO GESTACIONAL 
CONSULTA DE PRÉ- NATAL
- anamnese- queixas, intercorrências
- exame físico geral/ especial
· Aspecto, TAx, peso (IMC), FC, PA
· Exame físico obstétrico
· Inspeção
· Palpação obstétrica (inclui altura uterina)
· Ausculta (BCF)
· Exame genitália (quando fazer)
IDENTIFICAÇÃO
- Idade: notar os extremos de idade, menores de 16 e maiores de 35 anos. 
- Profissão: atentar para trabalhos em ambientes insalubres, que a exponha a irradiação, gases voláteis e agrotóxicos. 
- Nível de escolaridade, prole numerosa com falta de planejamento familiar, gestação indesejada, uniões instáveis e necessidade de manter atividades de trabalho até períodos próximos ao parto. 
- Naturalidade/Etnia: a naturalidade instiga investigação quanto a doenças da região, como malária, doença de Chagas e talassemias. 
- Estado conjugal: questionar sobre casamento ou união estável. 
- Infecções genitais, práticas abortivas, eclampsia/pré-eclampsia e morbidade puerperal aumentam com a maior variedade de parceiros.
ANTECEDENTES FAMILIARES
- Hipertensão arterial sistêmica. 
- Diabetes mellitus: tem maior prevalência quando presente na linhagem materna. 
- Gemelidade. 
- Câncer: principalmente do trato genital e mamas, presentes nos parentes maternos da grávida. 
- Malformações: essas alterações podem indicar distúrbios cromossomais, devendo-se orientar a gestante à realização de estudo genético quando presentes na família do casal. 
- Outras: como colagenoses, doenças hematológicas e antecedentes obstétricos ruins de parentes maternos da gestante.
ANTECEDENTES PESSOAIS 
- Hipertensão arterial 
- Cardiopatia 
- Diabetes melitus 
- Infecção urinária 
- Cirurgia em geral/cirurgia pélvica 
- Alergias: a fatores ambientais e medicamentos ou outros recursos que poderão ser utilizados durante a gestação, parto ou puerpério (exemplos: iodo, sulfas, dipirona, penicilina, ácido acetilsalicílico, etc) 
- Medicações em uso: atentar-se para droga, posologia e duração do uso
ANTECEDENTES OBSTETRICOS
- Questionar sobre o número de vezes que a pacientes engravidou – Gesta(s).
- Questionar sobre o número de partos – Para(s). 
- Abortamentos (gestações interrompidas até a 22ª semana de gravidez). 
- Partos gemelares? • Ectopias? 
- Questionar a respeito de óbito(s) na primeira semana de vida (óbito neonatal precoce) ou após a primeira semana até 28 dias de nascido (óbito neonatal tardio). 
- Verificar o intervalo de tempo entre a última gestação e a gestação atual. 
- Questionar peso do recém nascido, se amamentou e por quanto tempo. 
- Como se passou o puerpério: Houveram infecções, hemorragias, abscessos, deiscências de suturas, período de internação hospitalar foi prolongado,administração de imunoglobulina anti-Rh para mães Rh - com filho Rh, se teve baby blues (alteração de humor transitória que surge logo após o nascimento do bebê – no 3º ao 5º dia – desaparecendo em poucos dias ou de forma espontânea) ou depressão pós-parto.
GESTAÇÃO ATUAL
- Cálculo da DUM (data da última menstruação) 
- DPP (data provável do parto) 
- Cálculo da idade gestacional 
- Tipagem sanguínea e fator Rh. 
- Hábitos da gestante, se é tabagista ou faz ingestão de bebidas alcóolicas 
- Intercorrências até o momento da primeira consulta e se a gestante tem apresentado êmese ou hiperêmese. 
- Êmese ou Hiperêmese: sintomas podem ser muito intensos e levar à perda de peso, desidratação, alcalose por perda de ácido clorídrico, hipocalemia e cetose, em alguns casos ocorre disfunção hepática transitória
PROGRAMAÇÃO
- Exames complementares 
- Imunizações
- Intercorrências: espaço dedicado a descrição de possíveis intercorrências ao curso da gestação, que devem ser registradas juntamente com a conduta adotada para cada situação
EXAME FÍSICO GERAL
- Peso, altura, IMC, sinais vitais, inspeção da pele e mucosas. 
- Palpação da tireóide, região cervical, supraclavicular e axilar. 
- Inspeção e palpação das mamas. 
- Ausculta pulmonar. 
- Avaliação abdominal. 
- Avaliação da genitália 
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
- Palpação obstétrica (Manobra de Leopold a partir de 12 semanas). 
- Medida e avaliação da altura uterina (a partir de 12 semanas). 
- Ausculta de batimentos cardíacos fetais (a partir de 12 semanas com o sonar doppler e 20 semanas com o estetoscópio de Pinard). 
- Registro dos movimentos fetais (a partir de 18 semanas). 
- Identificar a situação e apresentação fetal (procurar os pólos cefálico, pélvico e o dorso fetal, facilmente identificáveis a partir do 3 trimestre.
ROTINA DAS CONSULTAS
- Conversa inicial. 
- Queixas. 
- PA. 
- Peso 
- Exame físico e obstétrico
- Solicitação/leitura de exames.
- Orientações:
· Gestação 
· Parto e pós-parto 
· Plano de parto 
· Amamentação
· Prescrições
· Evolução e anotações
- paciente de 20 semanas, 60kg, 1,60m
- encontramos a altura dela na primeira reta (160), o peso dela na segunda reta(60 kg), conectamos os dois e traçamos mais uma reta.. chegamos no número 95 
- no gráfico maior, encontramos a semana que ela se encontra (20) e o número que encontramos (95) se encaixa dentro do “A” (peso baixo)
- Esses números são fixos:
· 35 no A
· 30 no B
· 25 no C
- 35 x 60(peso da paciente): 2100 cal/dia (mandar essa informação para a nutricionista
- palpação obstétrica e altura uterina 
BCF: 120 a 140 bpm

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