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1 Nome dos acadêmicos 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI - Engenharia Ambiental e Sanitária (FLC0364ENS) - Seminário Interdiciplinar: Projeto de Contaminação Ambiental (45446) - 15/11/22. Eurípedes Fullin Barco¹ Felix Fuck¹ Gustavo Budal Arins¹ Raquiane Couto de Oliveira¹ Bianca Vicente Oscar² RESUMO A contaminação do solo nos cemitérios ainda é tratada com descaso em boa parte do território Brasileiro, porém em 2003 o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), fixou a resolução 335/03, regulamentando o Licenciamento Ambiental dos cemitérios e normatizando regras que visam reter o necrochorume dentro da sepultura, sendo assim foi realizado uma revisão bibliográfica sobre os contaminantes do necrochorume localizado na camada superficial do solo e uma análise microbiológica de uma amostra de solo retirada do Cemintério Municipal de Santo Amaro da Imperatriz, na cidade de Santo Amaro da Imperatriz no estado de Santa Catarina, nesta amostra que foi retirada do cemitério, foram analisados alguns parâmetros microbiológicos, porém, os resultados analisados não nos permite confirmar se há alguma contaminação decorrente do necrochorume, porém foi observada a contaminação microbiológica por coliformes termotolerantes e Escherichia coli, contudo como o resultado da análise foi inconclusiva em relação ao necrochorume, será necessário dar continuidade na pesquisa, analisando outros pontos e parâmetros no entorno do cemitério, contudo existem algumas soluções mitigadoras para sanar estes problemas, como o uso de mantas, pastilhas, drenagens nos túmulos, cemitérios verticais e até mesmo a cremação, dentre outras formas de resolver os problemas gerados pela decomposição dos corpos. Palavras-chave Cemitério; Contaminação; Coliformes totais; Coliformes fecais; Revisão bibliográfica. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL PROVENIENTE DOS CEMITÉRIOS E ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DO SOLO NO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE SANTO AMARO DA IMPERATRIZ/SC. 2 1. INTRODUÇÃO Nos dias atuais muito se fala sobre a preocupação da poluição das águas, contudo o solo precisa o mesmo cuidado. Os cemitérios vêm sendo alvo cada vez mais de estudos, devido ao fato da decomposição dos corpos nele sepultados serem causadores de poluição. “A crescente contaminação dos solos, principalmente em área urbana, é o resultado de processos sociais e econômicos, resultante do uso e ocupação do solo sem a preocupação de se observar os parâmetros de proteção ambiental”, (GÜNTHER, 2006). Segundo ALMEIDA (2006), “os cemitérios podem ser grande fonte de problemas sociais caso não estejam devidamente instalados e gerenciados”. Conforme relatos históricos, os cemitérios convencionais e os cemitérios parques, quando implantados sem nenhum cuidado, o necrochorume pode atingir o lençol freático, contaminando o solo e águas subterrâneas, segundo SILVA (2008); O necrochorume que é o líquido liberado durante o processo de putrefação é uma solução aquosa (60%), rica em sais minerais (30%) e substâncias orgânicas desagradáveis (10%), de cor castanho-acinzentado, viscosa, de cheiro forte e presença de compostos de nitrogênio e fósforo, resultando no aumento da atividade microbiana do solo. O maior problema é quando os cemintérios encontram-se em áreas de vulnerabilidade considerável e a população do entorno faz uso direto dos recursos hídricos sob a influência do mesmo, estando, assim, sujeita a doenças de veiculação hídrica, conforme KEMERICH et al. (2012), “o necrochorume provocado pela decomposição dos corpos humanos apresenta uma carga poluidora elevada e em virtude do local onde se encontra, poderá atingir e contaminar o solo e os recursos hídricos superficiais e subterrâneos”. A poluição relativa ao necrochorume é algo antigo, mas a pouco tempo se tornou pública. Em 2003 o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), fixou a resolução 335/03, regulamentando o Licenciamento Ambiental dos cemitérios e normatizando regras que visam reter o necrochorume dentro da sepultura, para que o mesmo não atinja a parte externa colocando desta forma em risco o meio ambiente. Devido a este problema, existe a necessidade do estudo dos contaminantes encontrados no necrochorume e do solo, como é feito o transporte dos contaminantes e o impacto causado no solo e meio ambiente, sendo assim foi realizado a coleta de uma amostra de solo no Cemintério Municipal de Santo Amaro da Imperatriz no estado de Santa Catarina e enviado para análise em laboratório, para estudar a influência do necrochorume no solo. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Devido a falta de conhecimento da população relativo a contaminação do solo oriundos do necrochorume, este trabalho tem por objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica sobre os contaminantes do necrochorume localizado na camada superficial do solo e uma análise microbiológica de uma amostra de solo que foi retirada do Cemintério Municipal de Santo Amaro da Imperatriz/SC. A contaminação do solo, nos cemintérios, são decorrentes da decomposição dos corpos que são sepultados, no processo de decomposição, é liberado um líquido, chamado popularmente de necrochorume, que recebeu da resolução CONAMA 335 de 3 de abril de 2003 o nome de 3 “produto da coliquação”, sendo que depois de morto, o corpo humano se modifica, passando a existir um ecossistema formado por populações de bactérias, artrópodes, microrganismos patogênicos que auxiliam na decomposição da matéria orgânica do corpo, entre outros, devido a este cenário, conforme ALMEIDA e MACÊDO (2005), “os cemitérios realizam o papel de laboratórios de decomposição e depósitos de cadáveres, os quais apresentam grandes riscos para o meio ambiente e a saúde pública”. Os cemitérios são áreas que podem trazer implicações nesses processos que envolvem a saúde humana e ambiental e que representam risco referente a tais questões. O necrochorume já foi identificado como contaminante do solo e das águas subterrâneas, e pode causar doenças em pessoas expostas às rotas ou fluxo de contaminação específica em mais de uma via de exposição. “Os cemitérios se assemelham a um tipo especial de aterros sanitários” (SANTOS et al., 2007; DENT; KNIGHT, 1998), “cujos resíduos liberados por meio da secreção da dissolução pútrida dos corpos” (SILVA et al., 2006) originam um líquido mal cheiroso e acinzentado, o necrochorume. Este é tão poluente e nocivo ao meio ambiente quanto qualquer outra substância orgânica e inorgânica, no qual não se conhece muito a respeito de sua dispersão no solo e na água. Como principal causa de poluição nos cemitérios, durante a decomposição dos cadáveres, são gerados os chamados efluentes cadavéricos gasosos e líquidos, sendo que os primeiros que surgem são os gasosos, e em seguida os líquidos. A solução líquida é denominada necrochorume. “Esta é uma solução aquosa rica em sais minerais e substâncias orgânicas degradáveis, de tonalidade castanho-acinzentada, viscosa, de cheiro forte e com grau variado de patogenicidade” (MACEDO, 2005; RODRIGUES, 2003). No cemitério de Santo Amaro da Imperatriz, no momento em que foi realizado a coleta da amostra desolo, não foi observado visualmente o vazamento de necrochorume em nenhuma das sepulturas, porém em vários cemitérios instalados no Brasil a realidade é diferente, conforme podemos observar nas figuras 1 e 2. Figura 1:Vazamento de necrochorume de sepultura. Fonte: Alcântara, Santos, et al. (2010, p. 22). 4 Figura 2: Necrochorume oriundo de sepultura Fonte: Alcântara, Santos, et al. (2010, p. 22) Segundo NETO, JÚNIOR e SILVA (2019), ”o necrochorume é um líquido percolado, que possui como característica uma coloração entre laranja avermelhado até acinzentado, apresenta um forte odor fétido e grande carga patogênica”. O necrochorume é uma solução rica em sais minerais e substâncias degradáveis, aquosa, que é resultante do processo de decomposição de corpos enterrados em cemitérios, “com duração de seis a oito meses, ou mais, dependendo das condições ambientais, e cuja formação se inicia após a morte, no período coliquativo (após a fase gasosa)”,(CAMPOS, 2007). Segundo COSTANDI (2015), a decomposição do cadáver começa logo após a morte, por um processo chamado autólise ou autodigestão das células. Na Figura 3, são mostrados as fases e o processo da decomposição de um cadáver. Visualmente, se trata de um corpo depositado em superfície com interferências causadas pelo meio; em que o estado final do cadáver é ossos desordenados. Conforme SILVA (2017) ”Em corpos depositados em superfície a decomposição de um cadáver ocorre de forma acelerada, devido à presença de animais carniceiros que também se beneficiam dos restos mortais do corpo exposto a céu aberto”. 5 Figura 3: Processo esquemático da decomposição de um cadáver. Fonte: SILVA, 2017. O necrochorume é composto por aproximadamente 60% de água, 30% de sais minerais 6 e 10 % de substâncias orgânicas degradáveis como mostrado no Gráfico 1 (KEMERICH et al, 2014). Gráfico 1: Composição média do necrochorume. Fonte: Carneiro (2008, p. 11). Nos 10 % de substâncias orgânicas, encontram-se a cadaverina e a putrescina, que são nocivas à saúde e solúveis em água, sendo consideradas estas as principais responsáveis pela contaminação do lençol freático. As águas superficiais e subterrâneas, quando em contato com o cadáver, carregam o necrochorume para os aquíferos, contaminando o meio (FRANCISCO et al, 2017). Segundo FINEZA (2008), ”o nível elevado desses compostos no lençol freático pode ser relacionado com a toxidade química do necrochorume”, a cadaverina e a pustrescina são as substâncias orgânicas responsáveis pela transmissão de doenças infecto contagiosas como a febre tifóide e a hepatite. “Tanto a putrescina quanto a cadaverina podem ser degradadas e se transformarem em amônio (NH4 + )”, (XAVIER, FILHO, et al., 2018). Segundo ALMEIDA E MACÊDO (2005), o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) divulgou a resolução nº 335, de 3 de abril de 2003, “que trata sobre o licenciamento ambiental de cemitérios, com isso os órgãos ambientais passaram a ter responsabilidade e obrigação de fiscalizar a implantação de novos cemitérios”. De acordo com Brasil (2003), a resolução CONAMA nº 335/2003 e nº 368/2006, foram estabelecidos os seguintes critérios: “I - o nível inferior das sepulturas deverá estar a uma distância de pelo menos um metro e meio acima do mais alto nível do lençol freático, medido no fim da estação das cheias; II - nos terrenos onde a condição prevista no inciso anterior não puder ser atendida, os sepultamentos devem ser feitos acima do nível natural do terreno; III - adotar-se-ão técnicas e práticas que permitam a troca gasosa, proporcionando, assim, as condições adequadas à decomposição dos corpos, exceto nos casos específicos previstos na legislação; IV - a área de sepultamento deverá manter um recuo mínimo de cinco metros em relação ao perímetro do cemitério, recuo que deverá ser ampliado, caso necessário, em função da caracterização hidrogeológica da área; 7 V - documento comprobatório de averbação da Reserva Legal, prevista em Lei; VI - estudos de fauna e flora para empreendimentos acima de 100 (cem) hectares. § 1º Para os cemitérios horizontais, em áreas de manancial para abastecimento humano, devido às características especiais dessas áreas, deverão ser atendidas, além das exigências dos incisos de I a VI, as seguintes: I - a área prevista para a implantação do cemitério deverá estar a uma distância segura de corpos de água, superficiais e subterrâneos, de forma a garantir sua qualidade, de acordo com estudos apresentados e a critério do órgão licenciador; II - o perímetro e o interior do cemitério deverão ser providos de um sistema de drenagem adequado e eficiente, destinado a captar, encaminhar e dispor de maneira segura o escoamento das águas pluviais e evitar erosões, alagamentos e movimentos de terra; III - o subsolo da área pretendida para o cemitério deverá ser constituído por materiais com coeficientes de permeabilidade entre 10 -5 e 10 -7 cm/s, na faixa compreendida entre o fundo das sepulturas e o nível do lençol freático, medido no fim da estação das cheias. Para permeabilidades maiores, é necessário que o nível inferior dos jazigos esteja dez metros acima do nível do lençol freático. § 2º A critério do órgão ambiental competente, poderão ser solicitadas informações e documentos complementares em consonância com exigências legais específicas de caráter local”. Contudo, nos dias atuais, o maior desafio encontrado é adaptar os cemitérios já existentes as exigências do CONAMA. 3. METODOLOGIA Foi realizado uma revisão bibliográfica sobre os contaminantes do necrochorume, em várias revistas, livros, sites e trabalhos acadêmicos, sendo também, realizado visita in loco para a realização da coleta de uma amostra de solo para análise microbilógica, retirada do Cemintério Municipal de Santo Amaro da Imperatriz, localizado no estado de Santa Catarina, na cidade que leva o mesmo nome do cemitério, Santo Amaro da Imperatriz, situado a Rua Frei Jacó Hoefflers, 127-251 - Bairro Santana - SC, CEP 88140-000. Conforme as imagens 1,2,3,4 e 5. Imagem 1: Vista aérea do Estado de Santa Catarina. Fonte: Retirada do Google Earth Pro, pelos autores. 8 Imagem 2: Vista aérea da cidade de Santo Amaro da Imperatriz. Fonte: Retirada do Google Earth Pro, pelos autores. 9 Imagem 3: Vista aérea do Cemintério Municipal Santo Amaro da Imperatriz. Fonte: Retirada do Google Earth Pro, pelos autores. Imagem 4: Vista aérea do local da coleta de solo. Fonte: Os autores. 10 Imagem 5: Vista parcial de acesso ao cemitério. Fonte: Os autores. Na imagem 3, podemos verificar que há uma grande faixa de vegetação ao redor do cemitério, tanto do lado esquerdo quanto do lado direito e na parte superior do mesmo, com poucas residências ao seu redor, sendo que o mesmo está localizado em uma área íngreme, sendo sua parte superior localizado na Rua Alto da Colina, e na parte inferior na Rua Frei Jacó Hoefflers. As condições ambientais no momento da coleta estavam favoráveis, pois não estava chovendo, e nas últimas 48 horas antes da coleta também não havia indícios de precipitação pluviométrica. Para a realização da coleta da amostra do solo foi utilizado um par de luvas de borracha, uma colher de pedreiro, e uma embalagem plástica fornecida pela Epagri (Empresa de PesquisaAgropecuária e Extenção Rural de Santa Catarina), conforme imagens 6 e 7, sendo posteriormente encaminhada a amostra do solo para o laboratório Aquavita Análise Química e Microbiológica LTDA, localizada na Rua Célio Veiga 1220, no Bairro Jardim Cidade de Florianópolis, na Cidade de São José, no Estado de Santa Catarina, para análise do material coletado. 11 Imagem 6: embalagem plástica e luva de borracha. Fonte: Os autores. Imagem 7: Colher de pedreiro. Fonte: Os autores. A análise microbiológica realizada pelo laboratório, constatou que existe contaminação por Coliformes termotolerantes e Escherichia coli, sendo que foram utilizados como referência normativa a metodologia EMBRAPA – Análise microbiológica para solo. Os resultados deste relatório de análise se restrigem à amostra analisada, contudo, os outros parâmetros que deveriam ser analisados, não foram feitos, devido ao custo elevado da análise. 12 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES A propagação de doenças no cemitério está ligada com seu manejo interno, muitas vezes por falta de cuidados sanitários e higiênicos mas fica eminente que o necrochorume é o principal responsável pela poluição ambiental causada pelos cemitérios, podendo conter elevados tipos diferentes de bactérias e vírus causadores de doenças que podem ser veiculadas hidricamente, sendo alguma delas; Cólera, Disenteria, Febre Tifoide, Hepatite Infecciosa, Poliominite entre outras. Existem geralmente duas categorias de bactérias coliformes, os coliformes totais e os termotolerantes. Os coliformes totais são encontrados no meio ambiente naturalmente como na água, nos dejetos humanos ou de animais e no solo. Porém por si só, a presença de coliformes totais, não implica que algo esteja contaminado, mas contudo pode indicar a presença de bactérias potencialmente patogênicas. Uma das indicações mais precisas de contaminação fecal, está presente especificamente no intestino e nas fezes de animais de sangue quente e humanos, sendo que a bactéria Escherichia coli é a principal espécie do grupo dos coliformes termotolerantes e é considerada o melhor indicador de contaminação fecal. Contudo, os resultados da análise do solo retirada do cemintério, conforme o gráfico 2, e anexo 1 não foram conclusivas, com relação a contaminação de necrochorume, porém existe contaminação por coliformes termotolerantes e Escherichia coli, geralmente essas bactérias se encontram no intestino de animais de sangue quente e são consideradas os principais indicadores de contaminação fecal, porém não deveria ser comum este tipo de contaminação no solo, indicando que existe uma fonte poluidora no local, porém não se sabe ao certo qual sua origem, pois como o local está localizado em um declive, a contaminação pode se originar em outro ponto e ser levado pelas chuvas, devido ao lixiviamento, até o local da retirada da amostra, ou a presença de animais que porventura andaram na localidade e evacuaram no local, ou até mesmo resíduos oriundos de esgoto sanitário irregular, sendo necessário dar continuidade na pesquisa, analisando outros pontos e parâmetros no entorno do cemitério. Gráfico 2: Parâmetros e resultados analíticos. Parâmetros Resultados Analíticos Coliformes termotolerantes 2,9 x 10² Escherichia coli 2,8 x 10² Fonte: Os autores. 5. CONCLUSÃO Nos dias atuais, a maior dificuldade está em adaptar os cemitérios já existentes as novas regulamentações e, além de adotar medidas que evitem a contaminação do solo e água no entorno dos cemitérios, como recuperar os solos que já foram contaminados. Diante deste problema, veio à necessidade de realizar uma revisão bibliográfica a partir dos estudos e pesquisas já existentes com relação aos solutos presentes no necrochorume que se infiltram no solo, e uma coleta de material para análise de solo do cemitério. Nesta amostra que foi retirada do cemitério, foram analisados alguns parâmetros, porém, não nos permite confirmar se há alguma contaminação decorrente do necrochorume, sendo necessário dar continuidade na pesquisa, analisando outros pontos e parâmetros no entorno do cemitério. Porém a população em geral ainda sabe muito pouco à respeito dos malefícios causados pela atividade dos cemitérios, entretanto a preocupação neste sentido vem aumentando, juntamente com as pesquisas e as legislações 13 Existem algumas soluções mitigadoras no mercado atual para sanar este problema, como o uso de mantas que auxiliam na decomposição dos corpos, evitando que o necrochorume entre em contato com o solo e lençol freático, o uso de pastilhas, que são compostas de bactérias selecionadas, que são capazes de decompor a matéria orgânica proveniente da decomposição dos corpos, o próprio sistema de drenagem dentro dos túmulos, para que seja realizado a coleta e o tratamento do necrochorume oriundo da decomposição dos corpos, cemitérios verticais, que são compostos por gavetas, sendo que estas não permitem que o necrochorume liberado na decomposição dos corpos entre em contato com o solo, devido ao líquido ficar retido em tubulações, para purificação, antes que alcance o solo, e até mesmo a cremação dos corpos, onde os mesmos passam por um processo de incineração a uma temperatura média de 1000 graus Celsius, resultando após o procedimento somente as cinzas dos corpos, que são depositados em urnas funerárias e entregues a família do falecido, dentre outras formas de resolver os problemas gerados pela decomposição dos corpos. 6. REFERÊNCIAS ALMEIDA, A. M.; MACÊDO, J. A. B. Parâmetros físicoquímicos de caracterização da contaminação do lençol freático por necrochorume. In. SEMINÁRIO DE GESTÃO AMBIENTAL – UM CONVITE A INTERDISCIPLINARIEDADE, 1, 2005, Juiz de Fora. Anais... Juiz de Fora: Instituto Vianna Júnior, 2005. p.1-12. COSTANDI, M. Tudo o que acontece com o corpo após a morte. Jornal UOL [São Paulo], SP, 25 maio 2015. Disponível em: < https://gizmodo.uol.com.br/corpo-depois-morte/ >. Acessado em: 06 nov. 2022. FINEZA, A. G. Avaliação da contaminação de águas subterrâneas por cemitérios: estudo de caso de Tabuleiro - MG. Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, p. 63. 2008. FRANCISCO, A. M. et al. Tratamento do necrochorume em cemitérios. Atas de Saúde Ambiental, São Paulo, p. 172-188, 2017. GÜNTHER, W. M. R. Áreas contaminadas no contexto da gestão urbana. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 20, p. 105-117, abr./jun. 2006. KEMERICH, P.D.C.; UCKER, F. E.; BORBA, W. F. Cemitérios Como Fonte de Contaminação Ambiental. Revista Scientific American Brasil, Vol.1, p. 78-81, 2012. MACÊDO, J. A. B. de. Parâmetros fisico-químicos de caracterização da contaminação do lençol freático por necrochorume. Seminário de Gestão Ambiental. Instituto Vianna Júnior. Juiz de Fora – MG. 2005. RODRIGUES, J. A.; TRAJANO, A. S. A.; NAVAL, L. P.; SILVA, G. G.; QUEIROZ; S. C. B. Avaliação preliminar do comportamento do aquífero freático no cemitério São Miguel do Município de Palmas. In: XXII Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Santa Catarina, 2003. SILVA, Robson Willians da Costa; MALAGUTTI FILHO, Walter. Fontes potenciais de contaminação. Revista Ciência Hoje, v. 44, n. 263, p. 24-29. Disponível em: < https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/IMPACTOS%20DO%20NECROCHORUME%2 0EM%20CEMITERIOS%20ESTUDO%20DE%20CASO%20EM%20QUIRINOPOLIS%20GOIA S.pdf >. Acessado em 06 de novembro de 2022. XAVIER, F. V. et al. Emprego da sondagem elétrica vertical integrada às análises químicas e microbiológicas no diagnóstico preliminarda contaminação do solo e da água subterrânea no cemitério municipal da cidade de Rio Claro (SP). Engenharia Sanitaria e Ambiental, p. 1-13, março https://gizmodo.uol.com.br/corpo-depois-morte/ https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/IMPACTOS%20DO%20NECROCHORUME%20EM%20CEMITERIOS%20ESTUDO%20DE%20CASO%20EM%20QUIRINOPOLIS%20GOIAS.pdf https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/IMPACTOS%20DO%20NECROCHORUME%20EM%20CEMITERIOS%20ESTUDO%20DE%20CASO%20EM%20QUIRINOPOLIS%20GOIAS.pdf https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/IMPACTOS%20DO%20NECROCHORUME%20EM%20CEMITERIOS%20ESTUDO%20DE%20CASO%20EM%20QUIRINOPOLIS%20GOIAS.pdf 14 2018. 15 Anexo 1 – Relatório de ensaio Fonte: Os autores
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