Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
apg 24 – aleitamento materno e marcos do crescimento objetivos 1. Compreender os benefícios e a importância do aleitamento materno; 2. Entender as fases do crescimento e os fatores que a influenciam (boas ou ruins); 3. Analisar como é feito a avaliação nutricional infantil; 4. Analisar os marcos do DNPM: linguagem, cognição, motora, adaptativa, sensorial e emocional. aleitamento materno - Aleitamento materno exclusivo (AME) até o 6o mês de vida e a sua complementação até os 2 anos de idade ou mais; - Monitorado o uso de medicamentos, nicotina, álcool e outras substâncias a serem eliminados pela secreção láctea, o que pode prejudicar o recém-nascido; - Rastreio para Doenças virais que podem ser transmitidas pelo leite materno, como síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e infecções causadas pelo vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1 (HTLV-1). importância - Lactente: importância sob o aspecto nutricional, imunológico, gastrintestinal, psicológico, do desenvolvimento e da interação entre mãe e filho. benefícios lactente - Formação de laços afetivos entre mãe e bebê, o que futuramente ser importante para a estimulação, fala, sensação de bem-estar, segurança e no seu modo de se relacionar com outras pessoas; - Nutrição adequada até o sexto mês e um valioso suplemento proteico posteriormente; - Estimulo do crescimento adequado de boca e mandíbula; - Previne diarreia, infecções respiratórias agudas e outros tipos de infecção; - Previne contra asma na infância; - Promove proteção contra síndrome da morte súbita do lactente, DM tipo 1 e 2, doença de Crohn, retocolite ulcerativa, linfoma, doenças alérgicas e outras doenças crônicas do aparelho digestório; - Previne o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e câncer antes dos 15 anos de idade; lactante - Menor risco de desenvolvimento de câncer de mama e neoplasias epiteliais de ovário; - Reduz o risco de hemorragia pós-parto - Rápida perda de peso materna (proteção contra a obesidade); - Amenorreia gestacional: método anticoncepcional natural; - Redução de gastos; - Menor número de atendimentos médicos, hospitalizações e internações. composição colostro - Fluido cremoso, amarelado e denso; - Composição altamente proteica, com grande quantidade de imunoglobulinas, células leucocitárias e epiteliais; - Sua excreção dura, em geral, 72 horas, mas pode variar de 1 a 7 dias; leite de transição e maduro - Aumento na quantidade de carboidratos e gorduras, com diminuição da quantidade de proteínas; - 87% de água; - 600-750kcal/dia; - Ao fim da primeira semana a produção passa a ser de 1 – 2 L/dia; - O leite com maior concentração de lipídeos fica armazenado nos alvéolos posteriores da mama, por isso é necessário seu esvaziamento por completo; - O principal carboidrato que compõe o leite materno é a lactose; - Em casos de gravidez múltipla, a produção de leite aumenta proporcionalmente à nova demanda estabelecida; - A composição do leite é diferente em casos de recém-nascido pré-termo. O leite da puérpera que deu à luz recém-nascido pré-termo é 20% mais rico em proteínas, 50% mais rico em gorduras, apresenta níveis de imunoglobulina A (IgA) aumentados e possui 15% menos lactose, padrão este mais compatível com a imaturidade do sistema digestório dessas crianças. Fases do crescimento fetal - O feto cresce em média 1,2 – 1,5 cm/semana; - No segundo trimestre é em média 2,5 cm/semana; - Antes do nascimento passa a ser 0,5 cm/semana. - Ao final da gestação há baixa velocidade de crescimento com alto ganho ponderal; rn idade gestacional método capuro - Avaliação: · Somático: somatório dos pontos em A, B, C, D, E + 204/7; · Somático-neurológico (saudáveis e com mais de 6 horas de vida): somatória dos pontos em B, C, D, E, F, G + 200/7. método ballard - Utilizado para crianças com muito baixo peso; - Critérios analisados (critérios físicos, neurológicos e físicos-neurológicos) + DUM; método constantine - Características físicas; - 81% de correlação com a idade gestacional classificação do RN conforme idade gestacional classificação do rn conforme peso ao nascimento antropometria - Medidas fundamentais: Peso e estatura; - Acessórias: circunferências (braço, perna cintura e abdominal); comprimento superior do braço, da tíbia e do membro inferior a partir do joelho; diâmetro (bicrista, biacromio), envergadura; fontanelas; perímetro cefálico, torácico e abdominal; pregas cutâneas (tricipital, subescapular, suprailíaca, abdominal); segmento superior (SS) e inferior (SI). - O crescimento deve ser avaliado de forma transversal (comparativo de dados passados), longitudinal (velocidade do crescimento – dados de vários momentos) e somático, com avaliação de dentição, idade óssea e desenvolvimento sexual; - Peso, comprimento e perímetros cefálico, torácico e abdominal devem ser realizadas mensalmente até os 2 anos de idade; peso - Alta sensibilidade em casos de agravos nutricionais agudos ou crônicos; - Deve ser avaliado o conjunto de varias medidas, pela curva ponderal; - Roupas: com menos de 24 meses totalmente despido e depois desse período com roupas leves; - Em caso de falta de algum segmento corpóreo por condições congênitas ou adquiridas deve-se descontar a estimativa de peso desse segmento, sendo cada membro superior representa 5% do peso corpóreo total (braço: 2,7%; antebraço: 1,8%; e mão: 0,7%); por sua vez, cada membro inferior representa 16% do total (coxa: 10,1%; perna: 4,4%; e pé: 1,5%). peso de um rn a termo - Nos primeiros dias o recém-nascido perde em média 10% do seu peso e deve recupera-lo em 10 dias; - Peso de nascimento de um recém-nascido a termo – 3.300 g (3.000 a 3.500 g): · dobra o peso: 5 meses; · triplica o peso: 1 ano; · quadruplica o peso: 2 anos. 1 ano Aumento ponderal médio do peso em trimestre, no 1o ano: · 1º trimestre: 700 g/mês – 25 a 30 g/dia; · 2º trimestre: 600 g/mês – 20 g/dia; · 3º trimestre: 500 g/mês – 15 g/dia; · 4º trimestre: 300 g/mês – 10 g/dia. estatura - Reflete o estado nutricional e possui variação lenta; - Comprimento: utilizado para crianças de até 2-3 anos e feito com a régua antropométrica horizontal; - Altura: depois dos 3 anos e é feita com estadiometro vertical associada a esquadro móvel; impossibilidade de ficar em pé - Crianças de 2 – 12 anos com limitações físicas pode-se estimar a estatura por meio da equação de Stevenson, em que são medidos os comprimentos: superior do braço, tibial ou membro inferior a partir do joelho; - Medição da extensão dos braços (envergadura): Estatura estimada = [0,73 × (2 × envergadura do braço (m)] + 0,43 velocidade de crescimento - Deve ser calculada por um período mínimo de 3 meses e máximo de 12 meses entre uma medida e outra - A partir dos 2 anos fatores nutricionais e ambientais implicam diretamente no crescimento; - Fase pré-pubere: 5-7 cm/ano, sendo os fatores hormonais e genéticos de maior relevancia; - Fase pubere: estirão; - Fase pós-pubere: crescimento de 1-1,5 cm/ano por 3 anos; estatura alvo (th) perímetro cefálico (pc) - Ultima medida a ser comprometida pela desnutrição e deve ser avaliada até os 3 anos de idade para acompanhar o crescimento cerebral; · PC do recém-nascido: 34 a 35 cm; · 6 meses: 42 a 44 cm; · 1 ano: 45 a 47 cm. velocidade de crescimento no 1 ano - 1o trimestre: 2 cm/mês; - 2o trimestre: 1 cm/mês; - 3o trimestre: 0,5 cm/mês; - Ao final do 1o ano, o PC do lactente deverá ter aumentado cerca de 12 cm; - Do 1o ao 3o ano de vida, esperam-se aumentos da ordem de 0,25 cm/mês. Após esse período e até o 6o ano de vida, espera-se aumento de 1 cm/ano. perimetro torácico (pt) - Posição da fita: · RN: linha mamilar com o tórax em inspiração; · Adolescentes: apêndice xifoide; - Até os 2 anos de idade funciona como valor preditivo de estado nutritivo, como indicador de reserva adiposa e massa muscular; - Nascimento: mede de 32-34 cm e PT deve ser 2 cm menor que PC ou ter uma relação PT/PC=1; - 6 meses aos 5 anos: PT/PC > 1 e PT/PC < 1 pode ser um fator indicativo de desnutrição dobras ou pregas cutaneas (triicial, subescapular, suprailiacae abdominal) - Refletem a distribuição de gordura corporal e alterações de massa magra/gorda no organismo; - Paquímetro; - As medidas devem ser feitas com indivíduo em pé e relaxado; - Avaliada a densidade subcutânea que deve ser feita com 3 medidas e posteriormente realizar a média entre elas; circunferencia e área muscular do braço - Avaliar massa muscular, composição corpórea e desenvolvimento; circunferencia abdominal ou da cintura - Deve ser feita com a criança em pé, em período expiratório, com os pês separados de 25-30 cm; - A medida deve ser feita em média 2 dedos acima da cicatriz umbilical; - Circunferência abdominal/altura caso seja maior que 0,5 é considerado um resultado alterado; - Adultos: pode ser relacionada, em adultos, com risco relativo de diabetes, alterações no perfil de lipídios sanguíneos e maior risco de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares; - Infância e adolescência: a CAB é utilizada a partir dos 5 anos de vida; considera-se risco cardiovascular aumentado quando os valores estiverem superiores ao percentil 95; circunferencia de panturilha e pescoço - CP: marcador para desnutrição e de perda de massa muscular; - CP: utilizada no diagnóstico de síndrome metabólica (SM) a partir dos 10 anos de idade, para predizer a resistência insulínica e a avaliação de fatores de risco para doença cardiovascular em adolescentes; segmentos corporeos - A desproporção dos segmentos superiores e inferiores pode representar: · O menor crescimento do segmento inferior: desnutrição, síndrome de Down, hipotireoidismo; · O menor crescimento do segmento superior: malformações e/ou desvios do eixo da coluna vertebral; · O maior crescimento dos membros inferiores: eunucos, síndrome de Klinefelter. - Proporções normais: envergadura - A medida obtida corresponde à estimativa de estatura do indivíduo; Estatura estimada = [0,73 × (2 × envergadura do braço (m)] + 0,43 fontanela - O fechamento tardio das fontanelas (anterior 9-18 meses e posterior 2 meses) pode ser um sinal de desnutrição; avaliação nutricional infantil - A nutrição influencia em cerca de 80% do crescimento infantil por meio da modulação da resposta gênica; - A nutrição é um fator extrínseco que influencia diretamente no crescimento e desenvolvimento infantil; - Deve ser feita a cada consulta e em casos de internação nas primeiras 24 hrs. fatores extrinsecos - A nutrição infantil deve sempre buscar pelo estado de eutrofia, equilíbrio entre ingestão e gasto, para evitar consequências da privação ou do excesso; - Subnutrição: proteico-calórica, anemias ferropriva e megaloblástica, deficiência de vitamina A, raquitismo, entre outras; - Hipernutrição: obesidade, diabetes, hipervitaminoses. - Fatores extrínsecos no período pré-natal: - Fatores extrínsecos no período pós-natal: fatores intrinsecos - Modulam a informação genica; Pré-concepcionais ou genéticos - Fisiológicos ou patológicos, com ou sem alteração cromossômica; - Patologias que podem afetar as medias antropométricas: · Estatura: síndromes de Noonan, de Seckel, de Russell-Silver, de Klinefelter, entre outras; · Peso: síndrome de Prader-Willi, hipotireoidismo, doença de Cushing, entre outras; · Envergadura: síndrome de Marfan, gigantismo, entre outras; · Segmento inferior: desnutrição energético-proteica, hipogonadismo, hipocondroplasia, entre outras; · Perímetro cefálico: infecção congênita, síndrome alcoólica fetal, hidrocefalia, entre outras; · Perímetro abdominal: obesidade, dislipidemias, cardiopatias, entre outras, podendo ser utilizadas como indicadoras dessa condição. Pós-concepcionais (hormônios) - Hormônios que influenciam nas fases de crescimento: 1. Crescimento intrauterino: insulina, lactogênio placentário (ação semelhante à do hormônio de crescimento hipofisário [GH]), somatotrofina coriônica e somatomedinas); 2. Fase de lactente: os hormônios tireoidianos são os mais importantes, associados à insulina e ao GH; 3. Fase pré-puberal: a ação fisiológica mais importante é a do GH; 4. Fase puberal: dependente do aumento dos esteroides sexuais, GH e somatomedinas. DNPM linguagem - RN: comunica-se pelo choro e mimicas faciais; - 2 – 3 mês: emissão de barulhos; - 6 mês: balbucia ou emite sons bilabiais; - 9-10 mês: emite balbucios que emitam sons do cotidiano, com certa padronização; - A linguagem gestual tem inicio no segundo semestre de vida e envolve apontar, dar tchau e mandar beijos; - 12 meses: palavras-frase; - 18 meses: inicio de frases simples e do diálogo com troca de turnos (espera por uma resposta); motora - RN: presença do reflexo tônico cervical assimétrico, que lhe confere uma postura assimétrica, com predomínio do tônus flexor nos membros e intensa hipotonia na musculatura paravertebral; - Reflexos primitivos; - Passar dos meses a redução de forma craniocaudal do tônus flexor e aumento do extensor; - A partir dos 6 meses a criança já tem domínio do tônus muscular. - Controle craniocaudal: primeiro musculo a ser controlado é o ocular, seguido do cervical e toráxico para sustentação da cabeça, por último adquirem a posição ortostática durante o 3 trimestre; motor fino - Nasce e fica com as mãos fechadas, no terceiro mês ficam abertas e possuem habilidade de agarrar objetos, mas não conseguem solta-los; - Quinto-sexto mês: pegam objetos voluntariamente já iniciam um movimento de pinça até a evolução para um contato polpa com polpa; sensorial - Deve ser avaliado desde o início, principalmente a audição e visão; Olhos - RN: é capaz de focalizar objetos a pouca distância e tem nítida preferência por rostos humanos; - Deve-se pesquisar: tamanho das pupilas, pesquisar o reflexo fotomotor bilateralmente, assim como o reflexo vermelho que avalia a transparência dos meios; audição - Inicia no quinto mês de gestação; - Deve-se questionar se o bebê reage a sons, ruídos intensos e se acalma com a voz materna; - No brasil é obrigatória a realização do teste da orelhinha que consiste em emissões otoacústicas evocadas; emocional - 4 – 6 mes: sorriso social, resposta ao rosco humano; - Após o segundo semestre: o bb responde com reações de medo e recusa a estranhos fora do convívio familiar; referências ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli V. Zugaib obstetrícia 4a ed.. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, [Inserir ano de publicação]. E-book. ISBN 9788520458105. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520458105/. Acesso em: 27 abr. 2023. WEFFORT, Virgínia Resende S.; LAMOUNIER, Joel A. Nutrição em pediatria: da neonatologia à adolescência 2a ed.. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2017. E-book. ISBN 9786555762266. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555762266/. Acesso em: 27 abr. 2023. MONTENEGRO, Carlos Antonio B.; FILHO, Jorge de R. Rezende Obstetrícia Fundamental, 14ª edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788527732802. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732802/. Acesso em: 27 abr. 2023. PEDIATRIA, Sociedade Brasileira de. Tratado de Pediatria, Volume 1. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455869. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520455869/. Acesso em: 27 abr. 2023. Brasil. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento . Brasília: Ministério da Saúde, 2012
Compartilhar