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Medicação Intracanal • visa exercer algum efeito terapêutico • finalidade o modular a reação inflamatória que ocorre após o preparo do canal radicular o combater microrganismos que resistiram ao sistema de canais radiculares proporcionadas pelo PQM • a medicação não elimina 100% a carga microbiana o protocolo para linear de cura: instrumentação-irrigação completando com medicação intracanal-obturação objetivos • eliminar microrganismos que sobreviveram ao PQM • impedir a proliferação de microrganismos que sobrevivem ao PQM • atuar como barreira físico-química contra a infecção ou reinfecção microrganismos da saliva • reduzir a inflamação perirradiculares e consequente sintomatologia • neutralizar produtos tóxicos • controlar exsudação persistente requisitos para medicação • capacidade antimicrobiana • biocompatibilidade • largo espectro de ação • atividade prolongada • não manchar estruturas dentárias • não ser alergênico • ser de fácil remoção lesões • apenas 5% das lesões periapicais apresentam microrganismos no seu interior • apresentam toxinas o produtos liberados pelas bactérias o causam lise/reabsorção óssea o endotoxinas: liberadas quando a bactéria morre o exotoxinas: liberadas quando a bactéria está viva, • não bacterianas o lesões periapicais sem dor o precisa neutralizar as toxinas por medicação entre sessões o os leucócitos impedem as bactérias de extravasar/sair o pericementite ▪ pericementite aguda • periodontite apical aguda • inflamação dos tecidos em volta do ápice radicular e do osso de suporte adjacente • causam dor na mobilidade e a palpação • são mais sintomáticas do que radiograficamente visíveis ▪ pericementite crônica • evolução da pericementite aguda não tratada • indolor o cistos ▪ contém material fluído em seu interior ▪ forma osso ao redor do cisto ▪ lesões grandes com limites precisos ▪ radiografia: radiolúcida o granulomas ▪ constituído por um tecido de granulação com inflamação ▪ as células inflamatórias constituem 50% das lesões ▪ ápices de dentes desvitalizados com comunicação com a polpa ▪ lesões pequenas de forma oval ou esféricas com contorno bem delimitado ▪ radiografia: radiolúcida • bacterianas o as bactérias passam o tem dor, exsudato o abcessos ▪ abcesso agudo • exsudato purulento; inflamação • rompimento da lâmina dura • causam lise óssea • cáries extensas e dentes desvitalizados • radiografia: radiolúcida e contorno não bem delimitado ▪ abcesso crônico • fístula • zonas de necrose • exsudato purulento obs: • cistos podem agudecer ou agudizar (lesão crônica torna-se aguda) • quando a bactéria extravasa para o forame, torna-se agudo medicamentos • paramonoclorofenol (PMC) o não é mais utilizado o potente agente antimicrobiano o citotóxico aos tecidos pulpo-periapicais (inflamação/dor pós operatório) o atua por contato direto e pela liberação de vapores o NÃO usar em biopulpectomia, SÓ em necro, pois é uma solução bactericida • paramonoclorofenol canforado (PMCC) o canfora melhorou as propriedades dessa solução (aumenta o poder germicida) o a presença da canfora tornou-o menos citotóxico o cânfora: cristais incolores, friáveis, translúcidos e untuosos ao tato o boa atividade antimicrobiana por contato direto do líquido com os microrganismos ou a distância, pela ação dos vapores liberados o atua por capilaridade, agindo a distância no interior dos túbulos dentinários e nas ramificações do canal radicular, devido à sua baixa tensão superficial o elevada atividade bacteriana sobre as bactérias anaeróbicas (ficam mais próximas ao ápice) estritas o efeitos antibacterianos efêmeros, quando aplicados em mecha de algodão na câmara pulpar (máximo 48 horas) o indicações (prova) ▪ necropulpectomia como curativo entre sessões ▪ difícil uso do hidróxido de cálcio, especialmente em canais muito estreitos ▪ tempo de permanência do curativo for curto (inferior a 7 dias) ▪ usado em canais não instrumentados o desvantagens ▪ não neutraliza as endotoxinas ▪ odor forte e sabor desagradável o técnica de emprego 1. secagem da câmara pulpar e canal radicular com pontas de papel estéril (se não instrumentou o canal não vai conseguir fazer essa etapa – aspirar com a própria seringa irrigadora) 2. umedecer uma bolinha de algodão (tamanho menor que a coroa) com PMCC e remover excesso com gaze 3. coloca-se a bolinha de algodão preenchendo parte da câmara pulpar 4. restauração temporária obs: ação dura apenas 48 horas • tricresol formalina o caindo em desuso por ter um potencial carcinogênico o potente agente bacteriano (mais potente que o PMCC) agindo por contato a distância e por meio de vapores o possui capacidade de neutralizar os produtos tóxicos aos tecidos periapicais o seu uso em excesso pode causar irritação o indicação ▪ necropulpectomia em que o canal não foi instrumentado ou parcialmente o técnica de emprego 1. utilizado por meio de uma bolinha de algodão estéril colocada na entrada do canal radicular levemente umedecida o TF • associado (corticoide-antibiotico) o Ostoporin 10ml (hidrocortisona/sulfato de neomicina/sulfato de polimixina B) o o corticoide é um efetivo anti inflamatório, porém reduz as defesas teciduais o o corticoide associado ao antibiótico auxilia no combate de eventual contaminação bacteriana durante o preparo ou por infiltração através da restauração provisória o atenua a intensidade reação inflamatória, provocada pelo ato cirúrgico e pelo uso de substâncias químicas o favorece a prevenção da dor pós operatória e o reparo dos tecidos periapicais o NÃO usar em necro o indicação ▪ curativo de demora em casos de sobre a instrumentação e de periodontite apical aguda de etiologia traumática ou química, mas não infecciosa ▪ nos casos de biopulpectomia nos quais o canal não tenha sido completamente instrumentado ▪ recomenda-se sua permanência no canal por no máximo 7 dias, devido aos seus efeitos colaterais como a redução da atividade metabólica celular e o retardo da reparação tecidual o vantagens ▪ grande poder de penetração ▪ vida útil relativamente longa ▪ hidrossolubilidade ▪ facilidade de aplicação e remoção o técnica de emprego 1. pode ser gotejado no interior da câmara pulpar e levado ao canal por meio de um instrumento endodôntico (pinça) 2. seca-se então a câmara pulpar e coloca-se nesta uma mecha de algodão estéril e o selamento provisório é realizado • hidróxido de cálcio (CaOH2) o pó branco, pouco solúvel em água o base forte (pH 12,8) o dissociado em íons de cálcio e hidroxila o o pó deve ser associado a um veículo, pois somente o pó dentro do canal não tem eficácia ▪ veículos: aquosos, viscosos e oleosos ▪ aquosos • dissociação extremamente rápida • forma uma pasta pouco fluida; difícil de introduzir no canal • água destilada, soro fisiológico, soluções anestésicas ▪ viscoso • dissociação mais lenta • forma uma pasta com boa fluidez e fácil inserção e remoção do canal radicular • glicerina, polietilenoglicol, propilenoglicol ▪ oleosos • essa pasta possui pouca solubilidade e difusão • dissociação muito lenta (pode ficar anos ou até mesmo ser usado como coadjuvante á obturação do canal radicular) • óleo de oliva, óleo de papoula-lipiodol, silicone, cânfora ▪ pode ser associado ao PMCC e a clorexidina (pouco usada) • deve ser utilizado em necro • a associação aumenta o raio de ação da pasta, atingindo microrganismos alojados em regiões mais distantes • o hidróxido funciona como um veículo, permitindo liberação lenta e controlada do PMCC • essa associação é considerada a mais ideal para a destruição de microrganismos localizados no canal radicular e tem efeito antimicrobiano mais rápido ▪ atividades biológicas • redução de edema (açãoanti inflamatória) o possui ação higroscópico em contato com tecido inflamado, absorvendo o exsudato inflamatório, diminuindo a pressão hidrostática tecidual • ação antimicrobiana o devido ao alto pH elimina-se praticamente todas as espécies bacterianas em curto período de tempo quando em contato direto com esta substância o sua ação antimicrobiana está associada à liberação de íons hidroxila, que causa a perda da integridade da membrana citoplasmática bacteriana o reage com o CO2 tecidual, tornando-a indisponível para as bactérias anaeróbicas estritas o funciona como barreira física, impedindo a percolação apical de fluidos teciduais, negando suprimento de substrato para os microrganismos residuais o não promove ação satisfatória sobre os microrganismos, podendo levar até 10 dias para desinfetá-los ▪ técnica de emprego 1. após o PQP, faz se o uso de EDTA, hipoclorito e secagem do canal com pontas de papel 2. mistura-se o pó de hidróxido em 1 ou 2 gotas do veículo com espátula flexível em placa de vidro estéril 3. manipula até chegar a uma consistência cremosa, similar ao creme dental 4. com o auxílio de uma lima de numeração inferior a utilizada na realização do batente apical (IM), leva-se a pasta ao interior do canal, preenchendo toda a extensão obs: as espirais de Lentulo quando utilizadas, devem ter diâmetro final menor que o final do diâmetro do preparo e colocado de 2 a 3 mm aquém do CT com velocidade constante e giro a direita por 10 segundos 5. a remoção do canal deve ser lenta e com motor girando 6. coloca-se bolinha de algodão estéril na câmara pulpar e finalmente a restauração provisória 7. remoção no interior do canal/remoção do curativo se dá pela simples irrigação do canal radicular, removendo assim o algodão e a restauração provisória obs: antes da obturação do canal usar novamente EDTA 17% para remoção do hidróxido remanescente que oblitera a entrada dos canalículos dentinários • iodofórmio o pó fino amarelo-limão o odor penetrante e persistente o radiopaco o utilizado em associação com CaOH2 ou com cimento endodôntico o boa tolerância pelos tecidos perirradiculares o causam escurecimento da coroa RESUMO biopulpectomia medicamento necropulpectomia medicamento canal não totalmente instrumentado ou não instrumentado associação corticoide- antibiótico canal não totalmente instrumentado ou não Instrumentado mecha de algodão com PMCC ou com NaOCl a 2,5% canal instrumentado CaOH2 canal instrumentado CaOH2 + PMCC
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