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Ciências Humanas e Sociais Aplicadas Ciências Humanas CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 170 COMPONENTE CURRICULAR: FILOSOFIA Item 1. Ceti cismo e Dogmati smo Quando analisamos a historia da fi losofi a nos de- paramos com variados conceitos e posicionamento de pensadores acerca das possibilidades de se saber a verdade ou do desenvolvimento do conhecimento humano, então é comum nos depararmos com os possíveis questi onamentos: Qual é o limite do co- nhecimento humano? Podemos realmente saber a essência das coisas? É possível o sujeito apreender sobre o objeto? Existe uma verdade universal e ab- soluta acerca de tudo? Os debates em busca de respostas para perguntas como essas possibilitou o surgimento de duas corren- tes fi losófi cas o ceti cismo e o dogmati smo, essas duas correntes de pensamento fi losófi co são opostas entre si e uma nega e questi ona a outra . O ceti cismo defende a ideia da negação da pos- sibilidade do ser humano de conhecer a verdade O comportamento dos céti cos consiste em acreditar que todo o pensamento é duvidoso e que não existe uma certeza absoluta que venhamos a ter acesso e não temos garanti as ou certezas que nos garantem o que é a verdade ou uma certeza absoluta, essa corrente de pensamento se divide em duas vertentes conhe- cidas como absoluta e relati va. E temos na história da fi losofi a os principais representantes do ceti cismo absoluto: Górgias de Leonti ni (487 – 380 a.C.)e Pirro de Élis (364-275 ac.). Segundo as ideias de Górgias o ser humano é incapaz de conhecer a verdade porque o seu entendimento se encontra limitado, mas se por ventura venha a conhecer a verdade, não conseguira se expressar de forma coesa e repassar esse conhe- cimento para outras pessoas. Essas ideias estão pre- sentes nas citações de Górgias logo abaixo: “Mesmo que pudéssemos pensar e conhecer o ser, nós não poderíamos expressar como ele é porque as palavras não conseguem transmiti r com veracidade nada que não seja ela mesma. Quando comunicamos, comunicamos palavras e não o ser.” Mesmo que o ser existi sse, ele não poderia ser conhecido, pois se podemos pensar em coisas que não existem é porque existe uma separação entre o que pensamos e o ser, o que impossibilita o seu conhecimento. Fonte: h� ps://www.pensador.com/autor/gorgias/ Pirro de Élis defende a ideia da suspensão do juízo, para ele o ser humano só podia conhecer as aparên- cias das coisas e não a verdade plena sobre as coisas no mundo, já que a incerteza era o fator predominante na vida e no desenvolvimento do conhecimento do ser humano, logo qualquer afi rmação ou argumento pode ser invalidado por outro argumento tão bem construído como o primeiro, por isso segundo ele te- remos uma vida mais feliz se nos privarmos de fazer julgamentos, porque segundo ele, o homem sábio adota uma postura despreocupada em relação aos debates e evita a fadiga gerada nesses diálogos já que todos os seres humanos são induzidos ao erro seja pelos senti dos (induzem ao erro e são a primeira fonte que usamos para criar o conhecimento) ou seja pela razão (que cada indivíduo tem a sua própria opinião e isso comprova o limite do conhecimento humano) . O ceti cismo relati vo defende a ideia de que se deve negar somente de forma parcial a capacidade humana de se conhecer ou chegar a verdade, já que existe um subjeti vismo (o conhecimento é variado de um sujeito para outro conforme a realidade em que se encontra) e um relati vismo ( a verdade pode variar entre o tempo e o espaço e de uma cultura para outra ) e segundo essas correntes de pensamento, isso ocorre porque o ser humano não consegue elabora um conhecimento que abranja a objeti vidade e o que é considerado verdade para um podem ser invalidado para outro, o conhecimento ou o que se considera como verdade pode variar entre os períodos históricos e regiões geográfi cas. O dogmati smo defende a ideia da incapacidade de se duvidar daquilo que se acredita, por isso afi rma que existe a possibilidade de ati ngirmos a verdade, porque se acredita que o ser humano consegue desenvolver meios para adquirir a verdade ou que a percepção que temos de um objeto possibilita crer na existência dessa verdade, mas esse termo também é uti lizado pela religião (para validar as doutrinas mediante a uma fé inquesti onável, escrituras sagradas e a ideia de verdades reveladas etc). Dessa corrente de pen- samento temos duas importantes vertentes a serem analisadas que são: O dogmati smo ingênuo afi rma a possibilidade de se obter o conhecimento e que podemos acreditar no que já conhecemos e não necessita ter um questi ona- mento, ele acaba por se assemelhar ao senso comum devido que julga as nossas experiências coti dianas e as impressões formadas pela relação formada entre sujeito e objeto capaz de mostrar o mundo como ele realmente é. O dogmati smo críti co (também conhecido como racional ou fi losófi co) afi rma que podemos aceitar algo como verdade caso elas estejam baseadas no esforço racional e empírico, que aquele conhecimento verdadeiro é assegurado por um principio ou método racional cien� fi co, ou seja, as verdades devem ser questi onadas e comprovarem a sua validade e ve- racidade. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 171 Item 2. Biografi a de Immanuel Kant Immanuel Kant (1724- 1804) foi um fi lósofo ale- mão, fundador da “Filoso- fi a Críti ca” - sistema que procurou determinar os limites da razão humana. Sua obra é considerada a pedra angular da fi losofi a moderna. Infância e Formação Immanuel Kant nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, então Império Alemão no dia 22 de abril de 1724. Filho de um artesão de descendência esco- cesa era o quarto de nove fi lhos. Passou grande parte de sua vida nos arredores de sua cidade natal. Dos pais luteranos recebeu uma severa educação religio- sa. Na escola local estudou lati m e línguas clássicas. Em 1740, com 16 anos, Kant ingressou na Univer- sidade de Königsberg, como estudante de Teologia. Foi aluno do fi lósofo Marti n Knutzen e se aprofun- dou no estudo da fi losofi a racionalista de Leibniz e de Christi an Wolff . Mostrou interesse também por matemáti ca e � sica. Em 1744 publicou um trabalho sobre questões relati vas às forças cinéti cas. Em 1746, após a morte do pai, trabalhou como preceptor o que lhe permiti u entrar em contato com a sociedade de Königsberg e ganhar pres� gio inte- lectual. Mesmo fora da universidade não parou de estudar e dedicou-se à publicação de sua primeira obra fi losófi ca, “Pensamento Sobre o Verdadeiro Valor das Forças Vivas” (1749). Em 1754, Kant retornou à universidade e após concluir os estudos universitários foi nomeado do- cente-livre. Lecionou Filosofi a Moral, Lógica e Me- ta� sica. Publicou diversas obras na área das Ciências Naturais e da Física. Finalmente, em 1770, Immanuel Kant ocupa a cátedra de Lógica e Meta� sica na Uni- versidade, cargo que exerceu até o fi m de sua vida. Pensamento Filosófi co de Kant O pensamento fi losófi co de Kant se disti ngue por três períodos disti ntos: Em seu período inicial, Kant sofreu a infl uência da fi losofi a de Leibniz e de Christi an Wolff e na � sica de Newton, como fi ca evidente em seu trabalho: “História Geral da Natureza e Teoria do Céu”. No segundo período, gradati vamente, Kant se deixou infl uenciar pela éti ca e pela fi losofi a empírica dos ingleses, sobretudo de David Hume. Segundo o próprio Kant, ele “despertou do sono dogmáti co.” Passou a adotar uma postura críti ca ante a estreita correlação entre conhecimento e realidade. Nessa época publicou; “Sonhos de Um Visionário” (1766). No terceiro período, Kant desenvolveu a sua própria “Filosofi a Críti ca”, que começou, em 1770, com sua aula inaugural como professor de Filosofi a, inti tulada: “Sobre a Forma e Os Princípios do Mundo Sensível e Inteligente”, conhecida como “Disserta- ção”, quando ele estabeleceu as bases sobre as quais se desenvolveria sua obrafi losófi ca. Fonte: h� ps://www.ebiografi a.com/immanuel_ kant/ item 3. A Maioridade e a Menoridade para Kant Fonte: h� ps://www.pensador.com/frase/MTA5MDYyNA/ Kant acreditava que o ser humano ati ngiria a maioridade ao desenvolver e uti lizar a sua razão como um guia norteador das suas ações entraria num pro- cesso de amadurecimento intelectual e moral e bus- caria a sua autonomia e desenvolvendo uma conduta e comportamento focado no cumprimento do dever (o que é correto, justo e promove o bem para todos, escolhendo agir assim pelo livre-arbítrio e visando o bem comum). O desenvolvimento de seus próprios pensamentos (não sendo doutrinado ou infl uenciado por alguém) resultaria no processo do esclarecimento , assim o ser humano deixaria de ser ludibriado pelas opiniões, crenças e tradições. A menoridade se en- contra na conduta em que o ser humano se mantém em uma condição medíocre (permanecer acomodado, não busca desenvolver o intelecto), ser incapaz de tomar as suas próprias decisões e por covardia ou preguiça prefere ser orientado pelos outros acerca das suas ações e tomadas de decisões. Item 4. Tipos e valor de juízos Um dos principais temas da fi losofi a de Kant é o conhecimento, quais as possibilidades que temos de conhecer, onde começa e onde termina a nossa capacidade de conhecimento e como podemos uti - lizar esse conhecimento. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 172 Kant também se preocupou em analisar as ra- zões das ações humanas e a relação dessas ações com a moral. Ele se questi onou sobre as formas como devemos agir, porque devemos fazer e o que devemos fazer, como devemos comportar-nos em nossas relações com outras pessoas, qual a forma de se alcançar a felicidade, o que é e como podemos ati ngir o bem supremo. Em seu livro Críti ca da Razão Pura Kant diferencia os conhecimentos que adquirimos por experiência, os conhecimentos a posteriori, dos conhecimentos que ele classifi ca como puros, ou a priori. Nossos conhecimentos experimentais, a poste- riori, são os que nos fornecem as sensações, por exemplo: para que tenhamos o conhecimento de que o fogo queima, temos que experimentar o seu calor. Esse conhecimento não pode ser separado das nossas impressões sensoriais. O conhecimento a priori ou puro, não necessita da experiência sensorial para acontecer, além disso o conhecimento a priori é essencial e aplicado a tudo e a todos, por exemplo: a afi rmação de que o triângulo tem três lados é uma afi rmação que serve para qual- quer ti po de triângulo em qualquer situação e em qualquer tempo. Eles são gerais e deles se originam discernimentos fundamentais. Já os conhecimentos dados pela experiência, a posteriori, não produzem juízos essenciais e que possam ser aplicados em todas as situações. Além da diferenciação entre os conhecimentos a posteriori e a priori, Kant considera ainda que exis- tem juízos analíti cos e sintéti cos. Os juízos analíti - cos são aqueles em que os atributos fazem parte do termo sobre o qual se afi rma algo. As conclu- sões dos juízos analíti cos são o resultado do exame dos elementos conti dos nos termos. Por exemplo, na afi rmação “os corpos são extensos” a qualidade “extenso” já está conti da de forma subentendia no termo “corpo”, ou seja, não temos condição de ela- bora ideias ou raciocínios sobre o termo “corpo” se não aceitarmos que eles são “extensos”. Já os juízos sintéti cos são os que associam o con- ceito do predicado ao conceito do sujeito e geram novos conhecimentos, por exemplo “alguns corpos se movimentam em relação a outros”. Na formulação desse juízo, os termos se complementam e desen- volvem um novo saber. Através da diferenciação entre os juízos a prio- ri, a posteriori, analíti cos e sintéti cos, Kant classifi - ca os juízos em analíti cos, sintéti cos a posteriori e sintéti cos a priori. Desses três o único que tem a possibilidade de criar novos conhecimentos são os juízos sintéti cos a priori pois são ao mesmo tempo universais e necessários e fazem o conhecimento evoluir. Os juízos sintéti cos a priori são os juízos da matemáti ca e da � sica e Kant se pergunta se eles são possíveis também na meta� sica. Fonte: h� ps://i.pinimg.com/originals/67/e6/8e/67e68ec3f3742 901288233311af04ff 0.png Para responde essa questão o fi lósofo diz que a proporção do conhecimento dos objetos é defi nida pela capacidade de conhecer do sujeito, ou seja, o conhecimento vai depender da competência de ex- perimentar e da competência de entender de cada sujeito. Existem duas competências experimentais e de entendimento básicas que são o espaço e o tempo. O espaço é algo intrínseco à sensibilidade do sujeito que conhece e por isso ele pode perceber os objetos e relacioná-los. Nós podemos conceber um espaço sem nada, mas não podemos conceber a ausência do espaço, portanto ele é algo inerente a nós enquanto sujeitos do conhecimento. O entendimento de Kant sobre o tempo segue as mesmas argumentações. Assim, o espaço e o tempo são condições necessárias para o conhecimento. Como consequência dessas formulações sobre o conhecimento, Kant afi rma que não temos a ca- pacidade de conhecer as coisas em si mesmas, mas somente os fenômenos decorrentes delas. Da mes- ma forma, não temos a propriedade de conhecer o mundo da meta� sica, mas somente a capacidade de pensar um mundo no âmbito da meta� sica. Mas nossa razão não é somente teoria e conheci- mento, mas também práti ca. A razão vai analisar nos- sas ações através da moral. Para Kant uma vida moral é possível se a razão estabelecer de forma racional a forma como devemos nos conduzir. A razão tem que criar leis morais objeti vas, ou seja, que valham para ser aplicadas por qualquer ser racional. Seguindo esses argumentos Kant desenvolveu o Imperati vo CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 173 Categórico: “Age de tal maneira que o moti vo da tua ação possa ser universal”, ou seja, minha ação vai ser moral se todas as pessoas puderem agir da mesma forma. Fonte: h� ps://www.fi losofi a.com.br/historia_show. php?id=102 Item 5. A revolução copernicana desenvol- vida por Kant Fonte: h� ps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/ thumb/2/26/Idealismo.-Ilustraci%C3%B3n.png/640px-Idealis- mo.-Ilustraci%C3%B3n.png Kant se questi onou sobre o limite e a possibili- dade do ser humano desenvolver o conhecimento e não aceitava por completo as explicações fornecidas pelos empiristas e racionalistas. Então chegou a uma conclusão, o conhecimento é construído na relação sujeito e objeto, ou seja, não conhecemos as coisas (objetos) como elas realmente são (a sua essência, ideia pura), mas conhecemos aquilo que percebe- mos das coisas (o que parece, o que se apresenta, o que descobri sobre)pelos processos mentais (cog- niti vos). Assim sendo que para Kant conhecemos os fenômenos (como a coisa aparece para mim, ) e não o nôumenon ( a coisa como ela realmente é, a coisa em si). Ao chegar nesssa conclusão Kant inverteu a questão tradicional do conhecimento (que propunha o objeto como responsável por regular o conhecimen- to humano) agora o que regula o conhecimento é o ser humano com os seus juízos (pelas formas a priori) e fi cou sendo comparado a Copérnico ao elaborar a teoria do heliocentrismo (Copérnico inverteu a rela- ção que se ti nha da terra como centro do universo e colocou o Sol no centro). Item 6. A importância de Kant para o Idealismo Alemão Fonte:h� ps://pt.wikipedia.org/wiki/Idealismo_alem%C3%A3o#/ media/Ficheiro:Deutscher_Idealismus.jpg De tudo o que precedentemente se explicitou, podemos inferir que o idealismo alemão se desen- volveu a parti r da refutação kanti ana do empiris- mo céti co de Hume, bem como do determinismo. Como vimos, a pretensão de Kant era a de salvar a racionalidade e a liberdade, empregando o método transcendental no seu exame críti co do processo de conhecimento que culmina no idealismo transcen- dental, para o qual os objetos da experiência devem se conformaràs nossas condições cogniti vas, que se limitam às aparências (fenômeno), sendo a coisa em si (númeno) totalmente inacessível a nós. Mas, a razão pretende conhecer o incondicionado e, ao intentá-lo, se perde em paralogismos e anti nomias. A terceira anti nomia trata da oposição entre liber- dade e necessidade da natureza, cuja solução abre o espaço de possibilidade para a refl exão práti ca. O exame da liberdade será objeto da Críti ca da razão práti ca através da realidade da obrigação moral. Isto porque se a razão teórica nos faz perceber o caminho de uma causalidade por meio da liberdade, trata-se, com a razão práti ca, de penetrar o mundo moral. É a liberdade que abre este cosmos, onde a razão, ago- ra autodeterminante, é vontade produtora de seus próprios objetos e de suas próprias leis, posto que autônoma. Com a Críti ca da razão pura e a Críti ca da razão práti ca, Kant refuta tanto o empirismo céti co como o determinismo de Hume, opondo ao primeiro a sua revolução copernicana e o idealismo transcen- dental, e ao segundo o fato de que não obstante tenhamos eventos sujeitos à necessidade causal, isto não obstaculiza a possibilidade de que algum evento seja produto da liberdade. Esta refutação será, pois, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 174 a base do idealismo alemão, cujos desdobramentos ocorrerão nas fi losofi as de Fichte, Schelling e Hegel. Fonte: h� p://www.unicap.br/ojs/index.php/agora/arti cle/ view/843/667 A doutrina idealista segue a noção de que o sujeito tem uma função de maior destaque e determinante do que o objeto no processo de desenvolvimento do conhecimento. Aula 01 Questão 1. (UEMA) Estabeleça a associação entre as possibilidades do conhecimento (COLUNA I) e a (s) característi ca (s) (COLUNA II). COLUNA I (1) Dogmati smo 2) Ceti cismo (3) Criti cismo (4) Pragmati smo COLUNA II ( ) Caracteriza-se pela ati tude de conhecimento que consiste em acreditar estar em posse da certeza ou da verdade antes de fazer a críti ca da faculdade de conhecer. ( ) Posição epistemológica segundo a qual o espírito humano nada pode conhecer com certeza. Conclui pela suspensão do juízo e pela incerteza perma- nente. ( ) Caracteriza-se por afi rmar que não é possível co- nhecer as coisas tais como são em si, apenas pode- mos conhecer os fenômenos, aquilo que aparece. ( ) Posição epistemológica que afi rma que o intelecto é dado ao homem não para investi gar e conhecer a verdade, mas sim para orientar-se na realidade. Marque a opção que contempla a sequência CORRETA das associações de cima para baixo. A) 2, 3, 4, 1 B) 1, 2, 3, 4 C) 4, 1, 2, 3 D) 1, 3, 2, 4 E) 3, 4, 1, 2 Questão 2. A palavra “ceti cismo” ou “céti co” possui muitos signifi cados. Quando falamos do ceti cismo anti go, o qual das alternati vas abaixo defi ne mais corretamente seu pensamento? Não acreditar em nada que não possa ser observado. Negar a existência de deus e outros seres sobrena- turais. Suspender o juízo sobre todas as crenças Defender que somente os deuses podem descobrir a verdade. Questão 3. “Dogmati kós, em grego, signifi ca „o que se funda em princípios‟, ou aquilo que é „relati vo a uma doutrina‟. Dogmati smo é a doutrina segundo a qual é possível ati ngir a certeza.” ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à fi losofi a. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003, p. 54. Sobre as diferentes formas de manifestação do dog- mati smo, assinale o que for correto. a) A meta� sica tradicional, por acreditar que poderia progredir sem uma críti ca da razão, foi considera- da, por Immanuel Kant, dogmáti ca. b) Uma ciência opõe-se ao dogmati smo, quando ela se declara neutra e legiti ma suas descobertas, acreditando na infalibilidade de seu método. c) As proposições do cálculo e da geometria são, para Kant, dogmáti cas, pois são princípios refl exivos que unem a sensibilidade e o entendimento no juízo de gosto. d) A escola jônica, ao procurar a arché na physis, pro- duz uma nova forma de pensamento dogmáti co, pois todos os seus pensadores concordam que o universo tem a mesma origem. Aula 02 Questão 4 . (Enem 2016) Pirro afi rmava que nada é nobre nem vergonhoso, justo ou injusto; e que, da mesma maneira, nada existe do ponto de vista da verdade; que os homens agem apenas segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do que aquilo. Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina, nada procurando evitar e não se desviando do que quer que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo, preci- pícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos senti dos. LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos fi lósofos ilustres. Brasília: Editora UnB, 1988. O ceti cismo, conforme sugerido no texto, caracteri- za-se por: a) Desprezar quaisquer convenções e obrigações da sociedade. b) Ati ngir o verdadeiro prazer como o princípio e o fi m da vida feliz. c) Defender a indiferença e a impossibilidade de ob- ter alguma certeza. d) Aceitar o determinismo e ocupar-se com a espe- rança transcendente. e) Agir de forma virtuosa e sábia a fi m de enaltecer o homem bom e belo. Questão 5. (Ufsj 2011) Sobre o ceti cismo, é CORRETO afi rmar que a) os céti cos buscaram uma mediação entre “o ser” e o “poder-ser”. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 175 b) o ceti cismo relati vo tem no subjeti vismo e no re- lati vismo doutrinas manifestamente apoiadas em seu princípio maior: toda interati vidade possível. c) Protágoras (séc. V a.C.), relati vista, afi rmou que “o Homem só entende a natureza porque o co- nhecimento emana dela e nela se instala”. d) Górgias (485-380 a.C.) e Pirro (365-275 a.C.) são apontados como possíveis fundadores do ceti cis- mo absoluto. Questão 6. (Ueg 2011) Em meados do século IV a.C., Alexandre Magno assumiu o trono da Macedônia e ini- ciou uma série de conquistas e, a parti r daí, construiu um vasto império que incluía, entre outros territórios, a Grécia. Essa dominação só teve fi m com o desen- volvimento de outro império, o romano. Esse período fi cou conhecido como helenísti co e representou uma transformação radical na cultura grega. Nessa época, um pensador nascido em Élis, chamado Pirro, defen- dia os fundamentos do ceti cismo. Ele fundou uma escola fi losófi ca que pregava a ideia de que: a) seria impossível conhecer a verdade. b) seria inadmissível permanecer na mera opinião. c) os princípios morais devem ser inferidos da natu- reza. d) os princípios morais devem basear-se na busca pelo prazer. Questão 7. (UNESP) Dogmati smo vem da palavra gre- ga dogma, que signifi ca: uma opinião estabelecida por decreto e ensinada como uma doutrina, sem con- testação. O dogmati smo é uma ati tude autoritária e submissa. Autoritária porque não admite dúvida, con- testação e críti ca. Submissa porque se curva a opiniões estabelecidas. A ciência disti ngue-se do senso comum porque este é uma opinião baseada em hábitos, pre- conceitos, tradições cristalizadas, enquanto a ciência baseia-se em pesquisas, investi gações metódicas e sistemáti cas e na exigência de que as teorias sejam internamente coerentes e digam a verdade sobre a realidade. (Marilena Chauí. Convite à fi losofi a, 1994. Adaptado.) a) Cite duas implicações políti cas do dogmati smo. b) Do ponto de vista da objeti vidade, explique por que o conhecimento cien� fi co é superior ao senso comum. Aula 03 Questão 8. (Enem 2017) Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer fi r- memente pagar em prazo determinado. Sente a ten- tação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admiti ndo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá. KANT, I. Fundamentaçãoda meta� sica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980. De acordo com a moral kanti ana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto a) assegura que a ação seja aceita por todos a parti r da livre discussão parti cipati va. b) garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra. c) opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal. d) materializa-se no entendimento de que os fi ns da ação humana podem justi fi car os meios. e) permite que a ação individual produza a mais am- pla felicidade para as pessoas envolvidas. Questão 9. (Enem PPL 2016) Os ricos adquiriram uma obrigação relati vamente à coisa pública, uma vez que devem sua existência ao ato de submissão à sua prote- ção e zelo, o que necessitam para viver; o Estado então fundamenta o seu direito de contribuição do que é deles nessa obrigação, visando a manutenção de seus concidadãos. Isso pode ser realizado pela imposição de um imposto sobre a propriedade ou a ati vidade comercial dos cidadãos, ou pelo estabelecimento de fundos e de uso dos juros obti dos a parti r deles, não para suprir as necessidades do Estado (uma vez que este é rico), mas para suprir as necessidades do povo. KANT, I. A meta� sica dos costumes. Bauru: Edipro, 2003. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 176 Segundo esse texto de Kant, o Estado a) deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu poder, a fi m de que a distribuição seja pari- tária. b) está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos para suprir as necessidades dos cidadãos pobres. c) dispõe de poucos recursos e, por esse moti vo, é obrigado a cobrar impostos idênti cos dos seus membros. d) delega aos cidadãos o dever de suprir as necessi- dades do Estado, por causa do seu elevado custo de manutenção. e) tem a incumbência de proteger os ricos das impo- sições pecuniárias dos pobres, pois os ricos pagam mais tributos. Questão 10. (Uel 2015) Leia o texto a seguir. As leis morais juntamente com seus princípios não só se disti nguem essencialmente, em todo o conheci- mento práti co, de tudo o mais onde haja um elemento empírico qualquer, mas toda a Filosofi a moral repousa inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao conhecimento do mesmo (Antropologia). KANT, I. Fundamentação da Meta� sica dos Costumes. Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo: Discurso Editorial, 2009. p.73. Com base no texto e na questão da liberdade e au- tonomia em Immanuel Kant, assinale a alternati va correta. a) A fonte das ações morais pode ser encontrada através da análise psicológica da consciência mo- ral, na qual se pesquisa mais o que o homem é, do que o que ele deveria ser. b) O elemento determinante do caráter moral de uma ação está na inclinação da qual se origina, sendo as inclinações serenas moralmente mais perfeitas do que as passionais. c) O senti mento é o elemento determinante para a ação moral, e a razão, por sua vez, somente pode dar uma direção à presente inclinação, na medi- da em que fornece o meio para alcançar o que é desejado. d) O ponto de parti da dos juízos morais encontra-se nos “propulsores” humanos naturais, os quais se direcionam ao bem próprio e ao bem do outro. e) O princípio supremo da moralidade deve assentar- -se na razão práti ca pura, e as leis morais devem ser independentes de qualquer condição subjeti va da natureza humana. Aula 04 Questão 11. (Uema 2015) Fraqueza e covardia são as causas pelas quais a maioria das pessoas permanece infanti l mesmo tendo condição de libertar-se da tutela mental alheia. Por isso, fi ca fácil para alguns exercer o papel de tutores, pois muitas pessoas, por comodis- mo, não desejam se tornar adultas. Se tenho um livro que pensa por mim; um sacerdote que dirige minha consciência moral; um médico que me prescreve re- ceitas e, assim por diante, não necessito preocupar- -me com minha vida. Se posso adquirir orientações, não necessito pensar pela minha cabeça: transfi ro ao outro esta penosa tarefa de pensar. Fonte: I. Kant, O que é a ilustração. In: F. Weff ort (org). Os clássicos da políti ca, v. 2, 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. Esse fragmento compõe o livro de Kant que trata da importância da(o) a) juízo. b) razão. c) cultura. d) costume. e) experiência. Questão 12. (Ufsm 2015) A necessidade de conviver em grupo fez o homem desenvolver estratégias adap- tati vas diversas. Darwin, num estudo sobre a evolu- ção e as emoções, mostrou que o reconhecimento de emoções primárias, como raiva e medo, teve um papel central na sobrevivência. Estudos anti gos e recentes têm mostrado que a moralidade ou comportamento moral está associado a outros ti pos de emoções, como a vergonha, a culpa, a compaixão e a empati a. Há, no entanto, teorias éti cas que afi rmam que as ações boas devem ser moti vadas exclusivamente pelo dever e não por impulsos ou emoções. Essa teoria é a éti ca: a) deontológica ou kanti ana. b) das virtudes. c) uti litarista. d) contratualista. e) teológica. Questão 13. (Unesp 2015) A fonte do conceito de autonomia da arte é o pensamento estéti co de Kant. Prati camente tudo o que fazemos na vida é o oposto da apreciação estéti ca, pois prati camente tudo o que fazemos serve para alguma coisa, ainda que apenas para sati sfazer um desejo. Enquanto objeto de apre- ciação estéti ca, uma coisa não obedece a essa razão instrumental: enquanto tal, ela não serve para nada, ela vale por si. As hierarquias que entram em jogo nas coisas que obedecem à razão instrumental, isto é, nas coisas de que nos servimos, não entram em jogo nas obras de arte tomadas enquanto tais. Sendo assim, a luta contra a autonomia da arte tem por fi m submeter também a arte à razão instrumental, isto é, tem por fi m recusar também à arte a dimensão em virtude da qual, sem servir para nada, ela vale por si. Trata-se, em suma, da luta pelo empobrecimento do mundo. (Antônio Cícero. “A autonomia da arte”. Folha de São Paulo, 13.12.2008. Adaptado.) CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 177 De acordo com a análise do autor, a) a racionalidade instrumental, sob o ponto de vista da fi losofi a de Kant, fornece os fundamentos para a apreciação estéti ca. b) um mundo empobrecido seria aquele em que ocorre o esvaziamento do campo estéti co de suas qualidades intrínsecas. c) a transformação da arte em espetáculo da indús- tria cultural é um critério adequado para a avalia- ção de sua condição autônoma. d) o critério mais adequado para a apreciação esté- ti ca consiste em sua validação pelo gosto médio do público consumidor. e) a autonomia dos diversos ti pos de obra de arte está prioritariamente subordinada à sua valoriza- ção como produto no mercado. Questão 14. (Uel 2014) Leia o texto a seguir. Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg, acompanhou os desdobramentos das Revoluções Americana e Francesa e foi levado a refl eti r sobre as convulsões da história mundial. Às incertezas da Eu- ropa plebeia, individualista e provinciana, contrapôs algumas certezas da razão capazes de restabelecer, ao menos no pensamento, a sociabilidade e a paz entre as nações com vista à consti tuição de uma federação de povos – sociedade cosmopolita. (Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo e a república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da políti ca. v.2. São Paulo: Áti ca, 2003. p.49-50.) Com base nos conhecimentos sobre a Filosofi a Políti ca de Kant, assinale a alternati va correta. a) A incapacidade dos súditos de disti nguir o úti l do prejudicial torna imperati vo um governo paternal para indicar a felicidade. b) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo considerados cidadãos ati vos também as mulheres e os empregados. c) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os membros da comunidade e o chefe de Estado. d) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igual-dade de ação em conformidade com a lei universal da liberdade. e) Os súditos estão autorizados a transformar em violência o descontentamento e a oposição ao poder legislati vo supremo. Aula 05 Questão 15. (Ufsj 2012) Sobre a questão do conheci- mento na fi losofi a kanti ana, é CORRETO afi rmar que a) o ato de conhecer se disti ngue em duas formas básicas: conhecimento empírico e conhecimento puro. b) para conhecer, é preciso se lançar ao exercício do pensar conceitos concretos. c) as formas disti ntas de conhecimento, descritas na obra Criti ca da razão pura, são denominadas, respecti vamente, juízo universal e juízo necessário e sufi ciente. d) o registro mais contundente acerca do conheci- mento se faz a parti r da disti nção de dois juízos, a saber: juízo analíti co e juízo sintéti co ou juízo de elucidação. Questão 16. (Enem 2012) Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é cul- pado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condi- ção estranha, conti nuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida. KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado). Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto fi lo- sófi co da Modernidade. Esclarecimento, no senti do empregado por Kant, representa a) a reivindicação de autonomia da capacidade ra- cional como expressão da maioridade. b) o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas. c) a imposição de verdades matemáti cas, com cará- ter objeti vo, de forma heterônoma. d) a compreensão de verdades religiosas que liber- tam o homem da falta de entendimento. e) a emancipação da subjeti vidade humana de ide- ologias produzidas pela própria razão. Questão 17. (Enem 2012) Um Estado é uma multi dão de seres humanos subme- ti da a leis de direito. Todo Estado encerra três poderes dentro de si, isto é, a vontade unida em geral consis- te de três pessoas: o poder soberano (soberania) na pessoa do legislador; o poder executi vo na pessoa do governante (em consonância com a lei) e o poder judiciário (para outorgar a cada um o que é seu de acordo com a lei) na pessoa do juiz. KANT, I. A meta� sica dos costumes. Bauru: Edipro, 2003. De acordo com o texto, em um Estado de direito: a) a vontade do governante deve ser obedecida, pois é ele que tem o verdadeiro poder. b) a lei do legislador deve ser obedecida, pois ela é a representação da vontade geral. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 178 c) o Poder Judiciário, na pessoa do juiz, é soberano, pois é ele que outorga a cada um o que é seu. d) o Poder Executi vo deve submeter-se ao Judiciário, pois depende dele para validar suas determina- ções. e) o Poder Legislati vo deve submeter-se ao Execu- ti vo, na pessoa do governante, pois ele que é so- berano. Questão 18. (Uel 2012) O desenvolvimento não é um mecanismo cego que age por si. O padrão de pro- gresso dominante descreve a trajetória da sociedade contemporânea em busca dos fi ns ti dos como desejá- veis, fi ns que os modelos de produção e de consumo expressam. É preciso, portanto, rediscuti r os senti dos. Nos marcos do que se entende predominantemente por desenvolvimento, aceita-se rever as quanti dades (menos energia, menos água, mais efi ciência, mais tecnologia), mas pouco as qualidades: que desenvol- vimento, para que e para quem? (LEROY, Jean Pierre. Encruzilhadas do Desenvolvimento. O Impacto sobre o meio ambiente. Le Monde Diplomati que Brasil. jul. 2008, p.9.) Tendo como referência a relação entre desenvolvi- mento e progresso presente no texto, é correto afi r- mar que, em Kant, tal relação, conti da no conceito de Au� lärung (Esclarecimento), expressa: a) A temati zação do desenvolvimento sob a égide da lógica de produção capitalista. b) A segmentação do desenvolvimento tecnocien� - fi co nas diversas especialidades. c) A ampliação do uso público da razão para que se desenvolvam sujeitos autônomos. d) O desenvolvimento que se alcança no âmbito téc- nico e material das sociedades. e) O desenvolvimento dos pressupostos cien� fi cos na resolução dos problemas da fi losofi a práti ca. Aula 06 Questão 19. (Uncisal 2011) No século XVIII, o fi lósofo Emanuel Kant formulou as hipóteses de seu idealismo transcendental. Segundo Kant, todo conhecimento logicamente válido inicia-se pela experiência, mas é construído internamente por meio das formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e pelas categorias lógicas do entendimento. Dessa maneira, para Kant, não é o objeto que possui uma verdade a ser conhe- cida pelo sujeito cognoscente, mas sim o sujeito que, ao conhecer o objeto, nele inscreve suas próprias co- ordenadas sensíveis e intelectuais. De acordo com a fi losofi a kanti ana, pode-se afi rmar que : a) a mente humana é como uma “tabula rasa”, uma folha em branco que recebe todos os seus conte- údos da experiência. b) os conhecimentos são revelados por Deus para os homens. c) todos os conhecimentos são inatos, não depen- dendo da experiência. d) Kant foi um fi lósofo da anti guidade. e) para Kant, o centro do processo de conhecimento é o sujeito, não o objeto. Questão 20. (Uel 2011) Leia o texto a seguir. Na Primeira Secção da Fundamentação da Meta� sica dos Costumes, Kant analisa dois conceitos fundamen- tais de sua teoria moral: o conceito de vontade boa e o de imperati vo categórico. Esses dois conceitos traduzem as duas condições básicas do dever: o seu aspecto objeti vo, a lei moral, e o seu aspecto subjeti - vo, o acatamento da lei pela subjeti vidade livre, como condição necessária e sufi ciente da ação. (DUTRA, D. V. Kant e Habermas: a reformulação discursiva da moral kanti ana. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 29.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria moral kanti ana, é correto afi rmar: a) A vontade boa, enquanto condição do dever, con- siste em respeitar a lei moral, tendo como moti vo da ação a simples conformidade à lei. b) O imperati vo categórico incorre na conti ngência de um querer arbitrário cuja intencionalidade de- termina subjeti vamente o valor moral da ação. c) Para que possa ser qualifi cada do ponto de vista moral, uma ação deve ter como condição neces- sária e sufi ciente uma vontade condicionada por interesses e inclinações sensíveis. d) A razão é capaz de guiar a vontade como meio para a sati sfação de todas as necessidades e assim realizar seu verdadeiro desti no práti co: a felicidade. e) A razão, quando se torna livre das condições sub- jeti vas que a coagem, é, em si, necessariamente conforme a vontade e somente por ela sufi cien- temente determinada. Questão 21. (Uema 2011) Na perspecti va do conheci- mento, Immanuel Kant pretende superar a dicotomia racionalismo-empirismo. Entre as alternati vas abaixo, a única que contém informações corretas sobre o cri- ti cismo kanti ano é: a) A razão estabelece as condições de possibilidade do conhecimento; por isso independe da matéria do conhecimento. b) O conhecimento é consti tuído de matéria e forma. Para termos conhecimento das coisas, temos de organizá-las a parti r da forma a priori do espaço e do tempo. c) O conhecimento é consti tuído de matéria, forma e pensamento. Para termos conhecimento das coisas temos de pensá-las a parti r do tempo cro- nológico. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 179 d) A razão enquanto determinante nos conhecimen- tos fenomênicos e noumênicos(transcendentais) atesta a capacidade do ser humano. e) O homem conhece pela razão a realidade fenomê- nica porque Deus é quem afi nal determina este processo. Questão 22. (Uema 2011) No texto Que é “Esclare- cimento”? (1783), o que signifi ca, conforme Kant, a saída do homem da menoridade da qual ele mesmo é culpado? a) O uso da razão críti ca, exceto quando se tratar de doutrinas religiosas. b) A capacidade de aceitar passivamente a autori- dade cien� fi ca ou políti ca. c) A liberdade para executar desejos e impulsos con- forme a natureza insti nti va do homem. d) A coragem de ser autônomo, rejeitando, portanto, qualquer condição tutelar. e) O alcance da idade apropriada para uso da racio- nalidade subjeti va. Questão 23. (Unioeste 2011) “Já desde os tempos mais anti gos da fi losofi a, os es- tudiosos da razão pura conceberam, além dos seres sensíveis ou fenômenos, que consti tuem o mundo dos senti dos, seres inteligíveis parti culares, que consti tui- riam um mundo inteligível, e, visto que confundiam (o que era de desculpar a uma época ainda inculta) fe- nômeno e aparência, atribuíram realidade unicamen- te aos seres inteligíveis. De fato, se, como convém, considerarmos os objetos dos senti dos como simples fenômenos, admiti mos assim que lhes está subjacente uma coisa em si, embora não saibamos como ela é consti tuída em si mesma, mas apenas conheçamos o seu fenômeno, isto é, a maneira como os nossos senti dos são afetados por este algo desconhecido”. Immanuel Kant Sobre a teoria do conhecimento kanti ana, conforme o texto acima, seguem as seguintes afi rmati vas: I. Desde sempre, os fi lósofos atribuíram realidade tanto aos seres sensíveis quanto aos seres inteligíveis. II. Podemos conhecer, em relação às coisas em si mes- mas, apenas seu fenômeno, ou seja, a maneira como elas afetam nossos senti dos. III. Porque podemos conhecer apenas seus fenôme- nos, as coisas em si mesmas não têm realidade. IV. Os fi lósofos anteriores a Kant não diferenciavam fenômeno de aparência, e, assim, consideravam que o fenômeno não era real. V. As intuições puras da sensibilidade e os conceitos puros do entendimento incidem apenas em objetos de uma experiência possível; sem as primeiras, os se- gundos não têm signifi cação. Das afi rmati vas feitas acima a) apenas II e IV estão corretas. b) apenas II, IV e V estão corretas. c) apenas II, III, IV e V estão corretas. d) todas as afi rmati vas estão corretas. e) todas as afi rmati vas estão incorretas. Aula 07 Questão 24. (Ufu 2013) Autonomia da vontade é aquela sua propriedade graças à qual ela é para si mesma a sua lei (independentemente da natureza dos objetos do querer). O princípio da autonomia é, portanto: não escolher senão de modo a que as má- ximas da escolha estejam incluídas simultaneamente, no querer mesmo, como lei universal. KANT, Immanuel. Fundamentação da Meta� sica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1986, p. 85. De acordo com a doutrina éti ca de Kant: a) O Imperati vo Categórico não se relaciona com a matéria da ação e com o que deve resultar dela, mas com a forma e o princípio de que ela mesma deriva. b) O Imperati vo Categórico é um cânone que nos leva a agir por inclinação, vale dizer, tendo por objeti vo a sati sfação de paixões subjeti vas. c) Inclinação é a independência da faculdade de apeti ção das sensações, que representa aspectos objeti vos baseados em um julgamento universal. d) A boa vontade deve ser uti lizada para sati sfazer os desejos pessoais do homem. Trata-se de fun- damento determinante do agir, para a sati sfação das inclinações. Questão 25. O que foi o Idealismo alemão e qual a importância de Kant para o início desse movimento? Explique. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 180 COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA HABILIDADES ESPECÍFICA (EM13CHS206) analisar a ocupação humana e a pro- dução do espaço em diferentes tempos, aplicando os princípios de localização, distribuição, ordem, exten- são, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem para o raciocínio geográfi co. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCHS206A) estudar elementos, fatores e fe- nômenos (naturais, sociais e históricos) no espaço em diferentes escalas, uti lizando os conhecimentos cartográfi cos e geográfi cos para que ampliar o conhe- cimento de mundo e fazer extrapolações, analogias e comparações com o seu espaço de vivência. OBJETO DE CONHECIMENTO Expansão maríti mo Europeia do século XV e XVI. Car- tografi a: escala cartográfi ca e escala geográfi ca. CAPÍTULO 1 ESCALA GEOGRAFICA TEXTO I “O conceito de escala na Geografi a” • “O problema da escala: uma palavra, múlti plos con- ceitos” • “Teoria da produção social do espaço” 1. O simbólico 2. O ideológico 3. E as representações O espaço geográfi co é uma realidade concreta – o que não quer dizer apenas material, pois abarca também o simbólico, as ideologias e as representações – que caracteriza a atual sociedade (LEFEBVRE, 2006; 2008). • Condição, meio e produto da reprodução da socie- dade. A essa noção de espaço como palco da ati vidade do homem, organizado em função das necessidades dos grupos humanos, entendendo a terra como morada, contrapõe-se a ideia de espaço produzido pela so- ciedade onde o trabalho, como ati vidade produtora, tem o caráter de mediador da relação. Portanto, à ideia de exterioridade do espaço geográfi co em re- lação ao homem contrapõe-se a ideia de produção humana, histórica e social. O espaço geográfi co não é humano porque o homem o habita, mas antes de tudo porque é produto, condição e meio de toda a ati vidade humana (CARLOS, 1994, p.33). • Produção e reprodução. Ao passo que o primeiro se refere ao processo específi co, o segundo considera a acumulação do capital mediante sua reprodução, permiti ndo apreender a divisão do trabalho em seu movimento. Agentes Atores Sujeitos mais adequada à geografi a remete a papéis de representação quem realiza a ação no espaço Os agentes produtores do espaço atuam em di- ferentes escalas espaciais e temporais, sendo funda- mental sua compreensão para a análise de qualquer análise dita geográfi ca. Quadro 1 - Escalas: múlti plos conceitos CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 181 “Escala Geográfi ca” “O primeiro a se fazer é disti nguir escala cartográ- fi ca de escala geográfi ca. • Escala Cartográfi ca consiste na relação mate- máti ca que existe entre as dimensões de um objeto qualquer no mundo real e as dimensões do desenho que representa esse mesmo objeto. • A escala Geográfi ca vai além da relação mate- máti ca. Por sua vez, deve ser subdividida em escala do fenômeno, escala de análise e escala de ação. – A escala do fenômeno se refere a uma das característi cas de um suposto objeto real: a sua abrangência � sica no mundo. – A escala de análise é intelectualmente cons- truída como um nível analíti co a parti r de um problema que tenhamos formulado. – A escala de Ação é um ti po que se refere ao alcance espacial das práti cas dos agentes. Re- fere-se a determinados fenômenos sociais, concernentes a ações (em geral coleti vas) e ao papel de agentes. Uma dimensão políti ca (desenvolvimento desigual).” Teórico-conceitual: relação entre partes e tota- lidades, macro e micro (local - regional - nacional - internacional). ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 1. Leitura coleti va do texto e compreensão das ima- gens. 2. Socialização dos principais pontos discuti dos. A intencionalidade pedagógica destas ati vidades é inferir informação geográfi ca em texto que arti - cula linguagem verbal e não verbal. “ESCALAS / ESCALA CARTOGRÁFICA” “O mapa é uma imagem reduzida de uma deter- minada super� cie. Essa redução – feita com o uso da escala – torna possível a manutenção da proporção do espaço representado. É fácil reconhecer um mapa do Brasil, por exemplo, independentemente do tama- nho em que ele é apresentado, pois a sua confecção obedeceu a uma determinadaescala, que mantém a sua forma. A escala cartográfi ca estabelece, portanto, uma relação de proporcionalidade entre as distâncias lineares num desenho (mapa) e as distâncias corres- pondentes na realidade. As escalas podem ser indicadas de duas manei- ras, por uma representação gráfi ca ou representação numérica.” “Escala gráfi ca: a escala gráfi ca é representada por um pequeno segmento de reta graduado, sobre o qual está estabelecida diretamente a relação entre as distâncias no mapa, indicadas a cada trecho des- te segmento, e a distância real de um território.” Observe. Escala Gráfi ca “Escala numérica: a escala numérica é estabele- cida por uma relação matemáti ca, normalmente representada por uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 por 300 000). A primeira informação que ela fornece é a quanti dade de vezes em que o es- paço representado foi reduzido. Nesse exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor que o tamanho real da super� cie que ele representa.” “Aplicação da escala: a escala (E) de um mapa é a relação entre a distância no mapa (d) e a distância real (D). Isto é: D dE = “Escala pequena: para a elaboração de mapas de super� cies muito extensas, é necessário que sejam uti lizadas escalas que reduzem muito os elementos representados. Esses mapas não apresentam detalhes e são elaborados em pequena escala. Portanto, quan- CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 182 to maior o denominador da escala, maior é a redução aplicada para a sua elaboração e menor será a escala.” “Escala grande: são aqueles que reduzem menos o espaço representado pelo mapa e, por essa razão, é possível um maior detalhamento dos elementos existentes. Por isso, são aquelas cujo denominador é menor. As escalas maiores, normalmente, são de- nominadas de plantas que podem ser uti lizadas num projeto arquitetônico ou para representar uma cida- de. De acordo com os exemplos já citados a escala 1: 300 é maior do que a escala 1: 300 000.” “Veja um exemplo: de acordo com dados do Insti tu- to Mauro Borges, o estado de Goiás tem uma área total de 340.106, 492 km², mas para representá-lo em um mapa é necessário fazer uma redução que torne pos- sível fazer uma reprodução em um tamanho menor e em uma super� cie plana, como nos exemplos a seguir.” Figura 01-Mapa Mundi Fonte: h� ps://www.imb.go.gov.br/images/goias-visao-geral/ goias_mapa_mundi.png. Acesso em: 17 maio 2022. Figura 2- Mapa do Brasil Fonte: h� ps://www.mapasparacolorir.com.br/mapa/brasil/brasil- -estados-capitais-nomes.png. Acesso em: 25 maio 2022. Figura 3 - Mapa de Goiás Fonte: h� ps://d-maps.com/m/america/brazil/goias/goias25.gif. Acesso em: 17 maio 2022. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 1. Analise os mapas-múndi do Brasil e de Goiás (fi gu- ras 1, 2 e 3), e responda às questões que seguem. a) Qual a escala de cada um dos mapas? b) Por que o tamanho do estado de Goiás aparece diferente em cada mapa? c) Qual dos mapas tem a maior escala? 2. Pensando na sua realidade, faça um cálculo mé- dio da distância que você percorre de sua casa até a usa escola e faça o que se pede. a) A distância percorrida da sua casa até a escola pode ser registrada em qual das unidades de medida (metros ou km)? b) Faça um croqui cartográfi co em uma folha de papel em branco representando esse percurso CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 183 e com base na distância a escala (convertendo metros ou quilômetros em cen� metros). 3. Em um mapa do estado de Goiás (de qualquer escala), encontre a sua cidade e a cidade de Goi- ânia, meça a distância das duas cidades no mapa, observe a escala e responda: a) qual a escala do mapa? b) Qual a distância (no mapa) entre sua cidade e a capital do estado? c) Qual a distância real (na super� cie) entre a sua cidade e a capital do estado? Observação: caso você more em Goiânia, escolha outra cidade no mapa. 4. (PUC-RS/2010) Se tomássemos como base o desenho de um prédio em que x mede 12 metros e y mede 24 metros, e fi zéssemos um mapa da sua fachada reduzindo-a em 60 vezes, qual seria a escala nu- mérica desta representação? a) 1:60 b) 1:120 c) 1:10 d) 1:60.000 e) 1:100 5. (UERJ/2018) Naquele Império, a arte da carto- grafi a alcançou tal perfeição que o mapa de uma única província ocupava uma cidade inteira, e o mapa do Império uma província inteira. Com o tempo, estes mapas desmedidos não bastaram e os colégios de cartógrafos levantaram um mapa do Império que ti nha o tamanho do Império e coincidia com ele ponto por ponto. Menos de- dicadas ao estudo da cartografi a, as gerações seguintes decidiram que esse dilatado mapa era inúti l e não sem impiedade entregaram-no as in- clemências do sol e dos invernos. Nos desertos do oeste perduram despedaçadas ruínas do mapa habitadas por animais e por mendigos. BORGES, J. L. Sobre o rigor na ciência. In: Histó ria universal da infâmia. Lisboa: Assírio e Alvim, 1982. No conto de Jorge Luís Borges, apresenta-se uma refl exão sobre as funções da linguagem cartográ- fi ca para o conhecimento geográfi co. A compreensão do conto leva à conclusão de que um mapa do tamanho exato do Império se tor- nava desnecessário pelo seguinte moti vo: a) extensão da grandeza do território políti co. b) imprecisão da localização das regiões adminis- trati vas. c) precariedade de instrumentos de orientação tridimensional. d) equivalência da proporcionalidade da repre- sentação espacial. e) precisão da representação do território SAIBA MAIS • Cienti stas criam um mapa 2D da Terra mais fi el à realidade. Disponível em: h� ps://www.tecmundo.com.br/cien- cia/211310-cientistas-criam-mapa- -2d-terra-fi el-realidade.htm. Acesso em: 18 maio 2022. • O criati vo mapa que mostra o mundo como ele realmente é. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ curiosidades-37864328. Acesso em: 18 maio 2022. • Há 500 anos, começava viagem que provou que a Terra é redonda. Dispo- nível em: h� ps://www.naval.com.br/ blog/2019/09/17/ha-500-anos-come- cava-viagem-que-provou-que-a-terra- -e-redonda/. Acesso em: 25 maio 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 184 MÍDIAS INTEGRADAS Acesse os links indicados a seguir. • Filme: O descobrimento do Brasil. Disponível em: h� ps://www.youtube.com/watch?v=UuMS_JvkKjI. Acesso em: 18 maio 2022. • Grandes navegações. Disponível em: h� ps://www. youtube.com/watch?v=M9-SVgyH0us. Acesso em: 18 maio 2022. • Grandes navegações. Disponível em: h� ps://www. youtube.com/watch?v=lS_UYBPSTds. Acesso em: 18 maio 2022. • A grande história dos mapas. Disponível em: h� ps:// www.youtube.com/watch?v=MTrKLLygNk0. Acesso em: 18 maio 2022. • A Terra é redonda. Disponível em: h� ps://cienciaho- je.org.br/arti go/a-terra-e-redonda/. Acesso em: 25 maio 2022. TEXTO I “Introdução à cartografi a” “De acordo com o Insti tuto Brasileiro de Geografi a e Esta� sti ca, a palavra cartografia tem origem na lín- gua portuguesa, tendo sido registrada pela primeira vez em 1839 numa correspondência, indicando a ideia de um traçado de mapas e cartas. Na atualidade, a cartografi a com o avanço das tecnologias para levanta- mento de dados e registros cartográfi cos, cartografi a é entendida como a representação geométrica pla- na, simplificada e convencional de toda a super� cie terrestre ou de parte desta, apresentada através de mapas, cartas ou plantas. A cartografi a possibilita, a representação de le- vantamentos e informações (naturais, sociais, econô- micas, culturais, etc), que tenham lugar na super� cie terrestre em uma super� cie plana, como uma folha ou uma tela de computador, o que permite a visuali- zação da localização e distribuição dessas informações e levantamentos, facilitando e tornando a sua com- preensão mais eficaz a sua compreensão.” A elaboração de mapas implica em uma inten- cionalidade por parte de quem produz, sendo assim, essa representação traduz interesses e objeti vos de quem os propõe, podendo se aproximar ou se afas- tar da realidade representada, ressaltar ou esconderinformações. Como fruto da representação de uma super� cie cujo formato é um geoide em uma super� cie plana, invariavelmente, os mapas apresentam limitações e distorções oriundas deste processo de transposição da realidade para o plano.” “Todo produto cartográfico é sempre úti l e válido para uma determinada aplicação, em um determinado instante do tempo.” (Adaptado de: BRASIL, IBGE. Disponível em: h� ps:// atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos-gerais/o-que-e- cartografi a, acesso em 27 de junho de 2022). “O que é Cartografi a?” No ano de 1949, a Organização das Nações Unidas (ONU), elaborou a seguinte defi nição de cartografi a: “A ciência que se ocupa da elaboração de mapas de toda espécie’’. Abrange todas as fases dos trabalhos, desde os primeiros levantamentos até a impressão fi nal dos mapas”. No ano de 1964, a Associação Cartográfi ca Inter- nacional de Geografi a, reunida na cidade de Londres na Inglaterra, estabeleceu pela primeira vez de forma precisa e sinteti zada, quais são os campos das ati vida- des inti mamente ligadas à cartografi a, como: “ “O conjunto de estudos e operações cien� fi cas, ar� sti cas e técnicas, baseado nos resultados de obser- vações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, projetos e outras formas de expressão, assim como a sua uti - lização”. Disponível em: h� ps://docplayer.com.br/6 7859666-Mapas-car- tas-e-plantas-documentos-cartografi cos.html. Acesso em 13 de agosto de 2020. Disponível em: h� p://www.cprm.gov.br/publique/Geolo- gia/Geologia-Basica/Carta-Geologica-do-Brasil-ao-Milio- nesimo-298.html. Acesso em 13 de agosto de 2020. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 185 “Origem da Cartografi a” “De acordo com Raisz (1948), a arte de desenhar mapas é mais anti ga que a arte de escrever. O mais anti go mapa que o mundo conhece foi encontrado na Babilônia. Trata-se de um tablete de argila cozido com a representação de duas cadeias de montanhas, e no centro delas, um rio, provavelmente o Eufrates.” (Disponível em: h� ps://edisciplinas.usp.br/pluginfi le. php/4522627/mod_resource/content/2/1_defi nicoes_e_ divisoes_da_cartografi a.pdf, acesso em 27 de junho de 2022.) Mapa de Ga-Sur (Mesopotâmia) +2500 a.C. Disponível em: h� ps://capacitacao.ana.gov.br/conhecerh/bits- tream/ana/100/2/Unidade_2.pdf. Acesso em 13 de agosto de 2020. “O que é uma Mapa?” Mapa - é uma representação reduzida de uma dada área do espaço geográfi co. E, de acordo com a informação que representam podem ser classifi cados como temáti cos, topográfi cos ou esti lizados. • Mapa temáti co - é uma representação de um espaço realizada a parti r de uma determinada pers- pecti va ou tema, que pode variar entre indicadores sociais, naturais e outros. Sua elaboração abrange algumas etapas como coleta de dados, análise, in- terpretação e representação. • Mapas topográfi cos – são mapas que represen- tam a topografi a, ou seja, o relevo natural ou arti fi cial de uma região. • Mapas esti lizados – são mapas que privilegiam a informação não sendo fi éis quanto ao tamanho e for- ma das áreas, ou seja, esses mapas alteram as formas das áreas conforme as informações representadas. Plantas – são representações cartográfi cas em uma escala muito grande (em que a área representada é pequena, o que permite um nível de detalhamento maior. As plantas são muito uti lizadas para represen- tar prédios comerciais e residenciais, bairros, parques, praças e empreendimentos.” “Croqui – são representações espaciais produzi- das sem escala e sem padronização que objeti vam apenas a representação de informações simples, cons- ti tuindo um esboço cartográfi co da representação de uma determinada área. “Tipos de mapa: É possível categorizar os mapas em três ti pos: � si- cos, econômicos e históricos. O mapa � sico representa os fatores naturais, como a hidrografi a, o relevo, o clima e a vegetação de uma determinada região, por exemplo; o mapa políti co, por sua vez, representa as fronteiras entre os países, ou ainda as divisões in- ternas que há entre os estados, demonstrando áreas de diferentes soberanias; por fi m, o mapa histórico representa acontecimentos do passado, como por exemplo o Tratado de Tordesilhas.” “Principais elementos de um mapa/carta” • “Título: designação do mapa. Contribui para direcionar a interpretação do seu conteúdo (informações e símbolos); • Legenda: parte do mapa que ilustra as suas convenções. Contém os símbolos e as cores uti lizadas na representação e as suas respec- ti vas explicações (chave de interpretação). • Escala: relação entre as dimensões dos elemen- tos representados em um mapa e as correspon- dentes dimensões na natureza; • Orientação: Como os elementos naturais po- dem ser uti lizados para se orientar no espaço. Para facilitar essa orientação foi desenvolvido um sistema de orientação com o uso da Rosa dos Ventos. A bússola, instrumento produzido para facilitar a orientação no espaço, faz uso do norte magnéti co. Já as coordenadas geográfi cas indicam o norte geográfi co. • Coordenadas geográfi cas: sistema de coorde- nadas esféricas (cruzamento entre paralelos e meridianos. Ex. lati tude e longitude); • Projeção cartográfi ca: “É a correspondência matemáti ca entre as coordenadas plano-re- tangulares da carta e as coordenadas esféricas da Terra” (Libault, 1975,p.105). “Processo de transformação de pontos homólogos de uma esfera para uma super� cie plana” (Robinson, 1966, p.51). Divisões da Cartografi a A cartografi a pode ser sistemáti ca (topográfi ca) ou temáti ca.” Disponível em: h� ps://mundoeducacao.uol. com.br/geografi a/conceitos-basicos-cartografi a. htm#:~:text=Mapa%20%E2%80%93%20um%20mapa%20 %C3%A9%20uma,indicadores%20sociais%2C%20 naturais%20e%20outros., acesso em 27 de junho de 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 186 Cartografi a sistemáti ca Cartografi a temáti ca Mapas topográfi cos com a representação do terreno Mapas temáti cos que representam qualquer tema Atendem a uma ampla diversidade de propósitos Atendem usuários específi cos Podem ser uti lizados por muito tempo Geralmente os dados são superados com rapidez Não requerem conhecimento específi co para sua compreensão. Leitura simples Requerem conhecimento específi co para sua com- preensão. Interpretação complexa. Uti lizam cores de acordo com a convenção estabele- cida para mapas topográfi cos Uti liza cores de acordo com as relações entre os dados que apresenta Uso generalizado de palavras e números para mostrar os fatos Uso de símbolos gráfi cos, especialmente planejados para facilitar a compreensão de diferenças quanti ta- ti vas e qualitati vas Sempre servem de base para outras representações. Raramente servem de base para outras representações. “Forma da Terra” Como você já viu antes a Terra apresenta é leve- mente achatada nos polos e arredondada na região equatorial, não sendo uma esfera perfeita, sua forma geométrica é um geóide. De acordo com o Insti tuto Brasileiro de Geografi a e Esta� sti ca: “O geoide é uma super� cie de característi cas � si- cas complexas, os cartógrafos buscaram a figura geométrica matemati camente defi nida que mais se aproximasse do geóide, possibilitando assim a realização de cálculos relacionados a medições so- bre a super� cie terrestre (por exemplo, medições de coordenadas de pontos, distâncias, ângulos, áreas, etc.). Essa figura é o Elipsóide de Revolução, definido pela rotação de uma elipse sobre o seu eixo menor.” Disponível em: h� ps://atlasescolar.ibge.gov.br/ conceitos-gerais/o-que-e-cartografi a/forma-da- terra. html#:~:text=Como%20o%20geoide%20%C3%A9%20 uma,medi%C3%A7%C3%B5es%20de%20coordenadas%20 de%20pontos%2C, acesso em 27 de junho de 2022. Elipsóide de Revolução Uma visão do geóide Fonte: Knippers, Richard. Perspecti ve view of the globe. In: ge- ometric aspects of mapping. Enschede: Internati onal Insti tute for Aerospace Survey and Earth Sciences, 2000. Disponívelem: <h� p://kartoweb.itc. nl>. Acesso em: out. 2002. Nota: A super- � cie irregular conti da na figura foi exagerada para fins de clareza didáti ca. Disponível em: h� ps://encrypted-tbn0.gstati c.com/images?- q=tbn:ANd9GcS297mrxd9ZlUrIRI19Gv0bHIHfWGiPTJK5hf8B- foXoaOXj8ogNQRjvbIMbrKzs__MPgCI&usqp=CAU, acesso em 27 de junho de2022. Fonte: Dana, P. H. Map projecti on overview. Earth surface. Dis- ponível em: <h� p://www.colorado.edu/geography/gcra� /notes/ datum/gif/surface.gif>. Acesso em: out. 2009. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 187 ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Responda às questões a seguir. A intencionalidade pedagógica é compreender as noções básicas de cartografi a. 1. (FUVEST SP/2020) A RENCA (Reserva Nacional do Cobre e Associados) é uma área de 46.450 km2 criada em 1984 que comporta diversos ti pos de jazidas minerais, onde a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) detém exclu- sividade na condução de trabalhos de pesquisa geológica, determinando a viabilidade quanto às ati vidades de extração. Há séculos, essa área é ocupada por povos originários que ti veram em suas terras a prospecção mineral. A demarcação das terras indígenas nessa área teve início so- mente a parti r da década de 1990. Disponível em h� ps://www.socioambiental.org/. Adaptado. a) Cite uma aplicação econômica de um dos mi- nérios que podem ser encontrados na região. c) Uti lizando a legenda do mapa, destaque dois con- fl itos sociais passíveis de ocorrência na região. c) Cite e explique dois ti pos de impactos ambien- tais decorrentes da exploração minerária. 2. (UEPG PR/2019) Sobre cartografi a, suas técnicas e aplicações, assinale o que for correto. 01. O sensoriamento remoto permite o acesso a informações de sensores em satélites ar- ti fi ciais que auxiliam no levantamento de dados sobre agricultura, recursos hídricos, ambientais entre outros. 02. A escala tem a função de representar em um mapa alguma medida real. Quanto maior a escala, menor a área representada. 04. As curvas de nível têm a função de mostrar di- ferentes alti tudes em um mapa. Os intervalos entre estas linhas devem ser equidistantes. 08. Existem diferentes ti pos de representações de projeções cartográfi cas. Entre elas estão as cilíndricas, Mercator, Peters, cônicas e azimutais. 16. O GPS (Sistema de Posicionamento Global, em português) depende exclusivamente de comunicação remota por torres terra à terra para marcar as coordenadas geográfi cas e formular mapas. Marque a alternati va que corresponde a soma das alternati vas corretas. (A) 07 (B) 10 (C) 12 (D) 15 (E) 16 3. (UNESP SP/2019) A generalização cartográfi ca é o processo que permite reconstruir em um mapa a realidade, mantendo seus traços essenciais. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 188 Processos de generalização cartográfi ca Paulo M. L. Menezes e Manoel C. Fernandes. Roteiro de cartografi a, 2013. Adaptado. Um fator importante nesse processo de genera- lização cartográfi ca é (A) a orientação, pois os elementos do mapa de- vem se manter proporcionalmente distantes entre si. (B) a topografi a, pois a precisão na análise das informações depende de relevos pouco aci- dentados. (C) a escala, pois sua diminuição promove restri- ções que geram a perda de informações. (D) a simbolização, pois elementos naturais e an- trópicos devem ser representados em mapas diferentes. (E) a alti metria, pois a determinação das curvas de nível é infl uenciada pelo ponto de obser- vação do cartógrafo. 4. (UniRV GO/2019) A cartografi a é a área do conhe- cimento responsável pela elaboração e estudo dos mapas e representações cartográfi cas em geral, incluindo plantas, croquis e cartas gráfi - cas. Tendo como base o seu conhecimento sobre as representações cartográfi cas classifi cadas de acordo com a variação de escala, assinale V (ver- dadeiro) ou F (falso) para as alternati vas. ( ) Carta topográfi ca compreende as escalas mé- dias, situadas entre 1:25.000 e 1:250.000, e contém detalhes planimétricos e alti métricos. ( ) Plantas são empregadas para escalas peque- nas, menores que 1:500.000. Apresenta sim- bologia diferenciada para as representações planimétricas (exagera os objetos) e alti mé- tricas, por meio de curvas de nível ou de cores hipsométricas. ( ) Carta geográfi ca é a representação carto- gráfi ca uti lizada para escalas muito grandes, maiores que 1:1.000. É uti lizada quando há a exigência de um detalhamento bastante minucioso do terreno, como, por exemplo, redes de água, esgoto etc. d) Uma carta cadastral é bastante detalhada e precisa, para grandes escalas, maiores do que 1:5000 e auxilia a administração muni- cipal na arrecadação Marque a alternati va da sequência correta de preenchimentos dos parênteses. (A) V-F-F-V (B) F-F-F-F (C) V-V-V-V (D) V-F-V-F (E) F-V-F-V TEXTO I “Coordenadas geográfi cas” “Para que cada ponto da super� cie da Terra pu- desse ser localizado no mapa, foi criado um sistema de linhas imaginárias chamado Sistema de Coordenadas Geográficas.” “A coordenada geográfica de um determinado ponto da super� cie da Terra é obti da pela interseção de um meridiano e um paralelo.” “Os meridianos são linhas imaginárias que cortam a Terra no senti do norte-sul, ligando um polo da Terra ao outro.” “Os paralelos são linhas imaginárias que circulam a Terra no senti do leste–oeste. Paralelos e meridianos são definidos por suas dimensões de lati tude e longi- tude, respecti vamente.” Polo Norte 90° norte e Polo Sul 90° Sul Fonte: h� ps://escolakids.uol.com.br/geografi a/polo-norte-e-po- lo-sul.htm Longitude e Lati tude Fonte: h� ps://www.infoescola.com/geografi a/lati tude-e-longi- tude/ “Os paralelos indicam a lati tude, que é a distância, em graus, da linha do Equador até o paralelo de um CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 189 determinado lugar. Os valores da lati tude variam de 0° (linha do Equador) a 90° (pólos), devendo ser indicada também a posição em relação à Linha do Equador: no hemisfério sul (S) ou no hemisfério norte (N).” Aplicação da Lati tude h� ps://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2019/08/lati - tude-326090990.jpg Aplicação da Longitude h� ps://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2019/08/lon- gitude-326090990.jpg “A longitude é a distância, em graus, entre o meri- diano de origem e o meridiano local. Por convenção, adotou-se como origem o Meridiano de Greenwich (que passa pelo observatório de Greenwich na Ingla- terra). Os valores da longitude variam de 0º (Greenwi- ch) a 180° a leste e 180° a oeste de Greenwich. Os valores das longitudes são considerados negati vos a oeste de Greenwich (hemisfério ocidental) e positi vos a leste de Greenwich (hemisfério oriental). Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Cartografia.” Disponível em: h� ps://atlasescolar.ibge.gov. br/conceitos-gerais/o-que-e-cartografi a/coordenadas- geogra-fi cas.html#:~:text=Para%20que%20cada%20 ponto%20da,um%20meridiano%20e%20um%20paralelo., acesso em 27 de maio de 2022. “Alti tude” “Alti tude – é a distância, em metros, do topo (ou cume) de um ponto da super� cie em relação ao nível do mar (que é alti tude de referência). Todas as alti tudes são contadas a parti r do nível médio dos mares, determinado por medições feitas pelos marégrafos em diferentes pontos do litoral. Nos mapas, a alti tude é representada por uma escala de cores que varia do verde (baixas alti tudes) ao marrom (alti tudes mais elevadas). São também uti lizadas as curvas de nível, defini- das por planos paralelos ao nível do mar que inter- ceptam o relevo em intervalos regulares definidos a cada 20 m, 50 m, etc., conforme os objeti vos da re- presentação cartográfica. Cada curva de nível traz o valor, em metros, da distância do plano de interseção ao nível do mar.” Disponível em: h� ps://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos- gerais/o-que-e-cartografi a/alti tude.html#:~:text=Todas%20as%20 alti tudes%20s%C3%A3o%20contadas,marrom%20(altitudes%20 mais%20elevadas)., acesso em 27 de junho de2022. Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 190 Fonte: h� ps://brasilescola.uol.com.br/geografi a/curvas-nivel.htm MÍDIAS INTEGRADAS Pesquise o Mapa interati vo da cidade de Goiânia. Disponível em: h� p://portalmapa.goiania.go.gov.br/ mapafacil/. Acesso em: 03 junho 2022. SAIBA MAIS • Como se calcula a alti tude de um lugar. Disponível em: h� ps://super.abril.com. br/coluna/oraculo/como-se-calcula-a- -alti tude-de-um-lugar/. Acesso em: 20 maio 2022. • Qual a maior montanha do planeta. Disponível em: h� ps://brasilescola.uol. com.br/geografia/qual-maior-monta- nha-planeta.htm. Acesso em: 20 maio 2022. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Responda às questões que seguem. A intencionalidade pedagógica destas questões é compreender as noções básicas de cartografi a. 1. Pesquise em diferentes fontes e preencha o qua- dro, a seguir, com as coordenadas geográfi cas do Brasil. Lati tude Longitude Norte Sul Leste Oeste 2. (ETEC SP/2019) Civilização Fluvial Logo além de Belém Ao longo do curso dos rios Floresce um novo universo Às margens do ano 2000 Ilhas, istmos, igarapés Império Verde Dominando o horizonte Da costa do Amapá Ao pé da cordilheira distante Nova realidade se confi gura Dentro da mesma nação Nasce uma nova cultura Nova civilização... Fluvial Tropical fl utuante Fluvial Ocidental verdejante Fluvial Setentrional navegante Fluvial Regional universalizante Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/y8br779m. Acesso em: 08 out. 2018. Adaptado. As palavras escritas em negrito, na quarta estrofe, podem ser substi tuídas correta e, respecti vamen- te, pelos termos (A) leste e sul. (B) leste e norte (C) leste e oeste. (D) oeste e norte. (E) oeste e sul. 3. (UNIVAG MT/2019) Em uma operação aérea, ao planejar o deslocamento da frota, um comandan- te concluiu que deveria deslocar uma aeronave do ponto A para o ponto B. Esses pontos apre- sentam as seguintes coordenadas geográfi cas: Ponto A: 23º27’ S / 45º47’ O Ponto B: 13º07’ S / 54º33’ O O deslocamento da aeronave do ponto A para o ponto B deverá seguir a direção: (A) Sudeste. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 191 (B) Nordeste. (C) Sudoeste. (D) Noroeste. (E) Norte. 4. (UniRV GO/2018) Localizar ou posicionar um objeto nada mais é do que lhe atribuir coorde- nadas. Uma forma bastante simples de posicio- namento é o endereço postal: o nome da rua e o número que permitem encontrar o local em uma determinada cidade. Em regiões onde não é possível uti lizar esta técnica, ou quando se exige uma localização ou posicionamento mais preci- so, uti lizam-se outros sistemas de coordenadas, como a quadrícula (X,Y), as coordenadas UTM e, especialmente, as coordenadas geográfi cas: lati tude e longitude. Sobre a localização e o po- sicionamento na super� cie terrestre, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternati vas. (A) ( ) A grande vantagem das coordenadas geo- gráfi cas é que, uma vez estabelecida uma cor- respondência entre a terra e a esfera celeste (o céu), é possível determinar as coordenadas geográfi cas na Terra a parti r da observação de objetos na esfera celeste. (B) ( ) A precisão do instrumento uti lizado é um fator importante no posicionamento corre- to. Deve-se pensar que na região equatorial da Terra, um erro de 1º (1 grau) na lati tude implica em um deslocamento de aproxima- damente 111 Km na super� cie da Terra e um erro de 1” (1 segundo) em um deslocamento de 30 metros. (C) ( ) As coordenadas geográfi cas são os siste- mas de localização indicados pelas lati tudes e longitudes. Assim, ao indicar as coordenadas, o GPS apresenta os números resultantes da combinação dessas duas variáveis. (D) ( ) A concepção do sistema GPS permite que um usuário, em qualquer local da super� cie terrestre ou próximo a ela, tenha à sua dispo- sição no mínimo dois satélites a serem rastre- ados e este rastreamento pode ser efetuado sob quaisquer condições climáti cas, durante o dia ou à noite. 5. (IFMT/2019) A Cartografi a é a ciência de produ- ção de mapas e tem inúmeras formas de fazê-lo. O uso do mapa com determinada técnica ou es- ti lo em detrimento do outro é que determina a ideologia conti da nele. Na fi gura abaixo, apresentamos dois mapas mun- di confeccionados com técnicas disti ntas. A técnica apresentada no Mapa II destaca um determinado tema, a parti r das distorções nas áreas dos países ou conti nentes. Disponível em: h� ps://edjorluz.word-press. com/2011/04/21/retorno-da-semana-perodo-18-a- 20042011helli/ Marque a alternati va que apresenta a técnica uti lizada no Mapa II. (A) Equidistante. (B) Anamorfose. (C) Equivalente. (D) Afi láti ca. (E) Cônica. 6. (UFPR/2019) Considere a imagem abaixo, com a divisão regional do Brasil. Levando em consideração essa imagem, assinale a alternati va correta. (A) As indicações de norte “para cima” e sul “para baixo” são convenções e podem ser alteradas. (B) O planeta Terra obedece a um referencial es- pecífi co magnéti co, moti vo pelo qual o norte da rosa dos ventos deve sempre apontar para a linha do Equador. (C) O mapa pode ser manti do do modo como está apresentado, porém, onde consta região Sul, deve ser alterado para região Norte, e sucessivamente para as demais, obedecendo à orientação. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 192 (D) Se representado desse modo, Trópico de Ca- pricórnio deve ser substi tuído por Trópico de Câncer. (E) A rosa dos ventos não pode ser alterada, mes- mo que o mapa esteja inverti do. “TEXTO I Fuso horário” “O que é fuso horário?” “Um fuso horário é uma faixa dentro da qual os relógios marcam o mesmo horário em todas as lo- calidades. Essa faixa, ou intervalo, é delimitada por dois meridianos (linha imaginária verti cal). Os fusos horários são chamados também de zonas horárias. O mundo está dividido em 24 fusos horários, e cada um deles corresponde a um intervalo longitudinal de 15°.” “A metodologia empregada para o cálculo e deter- minação dos fusos horários é bem simples e leva em consideração o movimento de rotação do nosso pla- neta. O tempo que a Terra demora para dar uma volta completa em torno do seu próprio eixo, realizando portanto um movimento de 360°, é de aproximada- mente 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4 segundos), totalizando um dia.” “Tendo isso em vista, dividindo a circunferência terrestre (360°) pelo número de horas do dia (24), che- gamos ao valor de 15°. Isso signifi ca que a Terra leva uma hora para percorrer 15°. Sendo assim, conven- cionou-se seccionar o planeta em 24 fusos horários, cada um com 15°.” “Para que serve o fuso horário?” “Os fusos horários foram estabelecidos com o ob- jeti vo de padronizar a contagem das horas no mundo. Antes do seu surgimento, cada país ou território ado- tava o seu método próprio de determinar as horas e a passagem do tempo. A maior parte deles uti lizava um mesmo referencial, que era o Sol.” “No entanto, alguns fatores demonstraram a ne- cessidade de se adotar um sistema padrão que pu- desse facilitar estes e outros aspectos do coti diano:” • o avanço das comunicações; • o crescimento das viagens de longa distância; • a intensifi cação do comércio internacional. “Ao fi nal do século XIX, no ano de 1884, represen- tantes de 25 países se reuniram na cidade de Washin- gton, capital dos Estados Unidos, e estabeleceram o Meridiano de Greenwich como o marco zero para a contagem das longitudes. O meridiano 0° passou a indicar também o centro do fuso horário referencial para a contagem das horas, que fi cou conhecido como horário de Greenwich, representado pela sigla GMT (Greenwich Mean Time, em inglês).” “A leste e a oeste do Meridiano de Greenwich foram defi nidos 12 fusos horários, totalizando 24 intervalos longitudinais de 15° cada. A adoção des- se novo sistema de contagem das horas ocorreu de forma gradual pelos países e hoje é empregado em todo o mundo.” “É importantepontuar ainda que as linhas imagi- nárias, no caso os meridianos, não levam em conside- ração os limites territoriais das áreas que atravessam. Em função disso, separa-se os horários em: • Hora legal: demarcação dos fusos horários le- vando em conta os limites teóricos estabele- cidos pelos meridianos, representando-os em linha reta. • Hora ofi cial: demarcação dos fusos horários levando em conta as fronteiras estabelecidas pelos países e territórios, uti lizada na práti ca.” CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 193 “Os fusos horários foram criados para padronizar a contagem das horas no mundo, tendo Greenwich como referência. O planeta foi dividido em 24 zonas de 15° de longitude cada.” Disponível em: h� ps://brasilescola.uol.com.br/geografi a/ fuso-horario.htm, acesso em 02 jun. 2022. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Responda às questões a seguir. 1. (UFMG/2009) Um projeto, já aprovado pelo Sena- do, reduz o número de fusos horários, adotados no Brasil, de quatro para três. Cogitou-se, inclusive, a adoção de um fuso único. Considerando-se as ra- zões que justi fi cam a existência desses fusos, bem como as implicações de possíveis modifi cações a serem feitas neles, é INCORRETO afi rmar que: (A) a adoção de fusos horários foi decidida por convenção internacional, com o objeti vo de disciplinar o cumprimento de contratos fi nan- ceiros e de trocas na economia-mundo. (B) a extensão do território brasileiro, no senti - do lati tudinal, e as fortes variações sazonais da radiação solar forçam a adoção de fusos horários diferentes no País. (C) a proposta de adoção de um fuso único es- barra em questões ligadas à práti ca de ati vi- dades econômicas, ao consumo de energia e ao relógio biológico de parte da população. (D) o emprego de maior número de fusos, no mesmo território nacional, implica inconve- nientes ao funcionamento dos sistemas fi - nanceiro, administrati vo e de comunicações do país. 2. (Unespar/2016) Os fusos horários são faixas ima- ginárias na direção dos meridianos que dividem a Terra em 24 setores de horário único. Essas faixas foram estabelecidas com base no movimento de rotação da Terra, que demora aproximadamente 24 horas para dar uma volta completa em torno de seu eixo. Cada fuso mede 15° da circunferência terrestre. Essa medida corresponde à divisão dos 360° da circunferência da Terra por 24. [...] em outras pa- lavras, a cada hora a Terra gira 15°. (ADAS, Melhem; ADAS, Sérgio. Expedições geográfi cas. São Paulo: Moderna, 2011. p.18) Sobre os fusos horários e fatores relacionados aos mesmos, é correto afi rmar: (A) Se dois pontos esti verem a 60° um do outro, poderemos dizer que são separados por 4 fusos horários; (B) Por ter grande extensão territorial no senti do Norte Sul o Brasil apresenta 3 fusos horários; (C) As faixas imaginárias, caracterizadas como fu- sos horários, não levam em consideração as fronteiras entre os países, demonstrando que teoria e práti ca coincidem dentro do sistema; (D) 24 horas separam o Brasil do fuso horário do Japão, assim, quando aqui é dia, lá é noite; (E) O fato do movimento de Rotação da Terra acontecer de leste para oeste, faz com que as horas sejam adiantadas no senti do ocidental. 3. (UFRGS/2017) Uma das parti das de Voleibol Sen- tado, disputada durante as Paraolimpíadas em setembro de 2016, às 22h, no Rio de Janeiro, foi transmiti da, simultaneamente, a que horas em Fernando de Noronha e no Amazonas? (A) 23h e 21h. (B) 23h e 20h. (C) 22h e 21h. (D) 21h e 23h. (E) 21h e 20h. 4. (VUNESP/2018.1) No encerramento da tempora- da regular 2015-2016 da liga americana de bas- quete, o ídolo do Los Angeles Lakers, Kobe Bryant, despediu-se das quadras numa parti da diante do Utah Jazz. O jogo foi realizado na Califórnia, que fi ca no fuso horário 120º oeste, no dia 13.04.2016 às 19h30 (horário local). (h� p://sportv.globo.com. Adaptado.) Ciente de que os EUA uti lizavam o horário de ve- rão, a últi ma atuação do atleta foi transmiti da ao vivo às: (A) 22h30 do dia 13.04.2016 para o estado do Acre. (B) 21h30 do dia 13.04.2016 para a capital do Amazonas. (C) 00h30 do dia 14.04.2016 para o Distrito Fe- deral. (D) 23h30 do dia 13.04.2016 para a cidade de São Paulo. (E) 01h30 do dia 14.04.2016 para o arquipélago Fernando de Noronha. 5. (URCA/2015.1) As cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Iguatu estão situadas no fuso horário 45° Oeste. Quando em Crato forem 13 horas, que horas serão numa cidade localizada no fuso 75° a Leste de Iguatu? (A) 5 horas (B) 21 horas (C) 11 horas (D) 15 horas (E) 19 horas CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 194 TEXTO I “Sistema de Posicionamento Global” “Este sistema foi projetado para fornecer o posi- cionamento instantâneo e a velocidade de um ponto na super� cie terrestre ou próximo dela, através das coordenadas geográficas.” “O GPS é o nome de um sistema de aquisição e distribuição de dados espaciais que fornece medidas precisas de localização geográfi ca, cujo nome origi- nal em inglês é Navigati on System with and Tanging (NAVSTAR) baseado numa constelação de 24 satéli- tes, distribuídos por seis órbitas em torno da Terra. A alti tude da órbita, 20 200 km, foi calculada de modo que cada satélite passe sobre o mesmo ponto da Terra num intervalo de 24 horas. O GPS pode ser aplicado em vários ramos de ati vidade, nos quais a localização geográfica seja uma informação necessária. Foi origi- nalmente concebido para ser uti lizado nas navegações aérea, maríti ma e terrestre, também para a localiza- ção de expedições exploradoras.” “Tornou-se importante instrumento para a reali- zação de levantamentos topográficos e geodésicos, demarcação de fronteiras, unidades de conservação e terras indígenas, implantação de eixos rodoviários, bem como para o monitoramento de caminhões de cargas, carros ou qualquer outro ti po de transporte.” Rede Brasileira de Monitoramento Con� nuo - RBMC h� ps://mundogeo.com/2019/10/16/ibge-anuncia-mudancas-na- -publicacao-dos-dados-da-rbmc/ “O surgimento do GPS só foi possível devido ao desenvolvimento de tecnologias espaciais que permi- ti ram o desenvolvimento e uso desses satélites e tem sua origem ligada às pesquisas espaciais foi criado para uso militar e inicialmente seu uso era restrito aos militares, sendo usados para orientação dos mís- seis estadunidenses durante os ataques ao Iraque na Guerra do Golfo ( 1990-1991) sendo posteriormente disponibilizado para usos civis, sendo hoje usada para os mais diversos fi ns e seu uso cada vez mais acessível e disseminado tanto no coti diano, como nos celula- res e automóveis, quanto em profi ssões e situações em que é preciso obter uma localização precisa ou mapear uma área.” “O GPS é dividido em três segmentos: • Segmento espacial - formado pelos satélites que orbitam a Terra • Segmento de controle: formado pelos centros de controle na super� cie • Segmento usuário: formado pelas antenas e decodifi cadores que recebem os sinais.” “Além do GPS existem outros sistemas de navega- ção como GLONASS (sistema Russo) ou em desenvolvi- mento, como o sistema Europeu GALILEO e o sistema Chinês COMPASS.” “GLONASS- Sistema de Navegação Global por Satélite – sistema de navegação por satélite desen- volvido pela anti ga União das Repúblicas Socialistas Soviéti cas, URSS, atualmente gerenciado pela Rússia, entrou em ati vidade na década de 1980 e assim como o GPS, tem por objeti vo fornecer dados precisos para navegação para todo o globo.” “GALILEO - GALILEO – sistema de navegação de- senvolvido pela União Europeia, de reponsabilidade da Agência Espacial Europeia e da Comissão Europeia, tendo alguns países parceiros (China, Israel, Ucrânia, Índia, Marrocos, Arábia Saudita e Coreia do Sul). Esse sistema é uma alternati va ao GPS (estadunidense), GLONNAS (Russo) e Compass (Chinês) e ao contrário destes desenvolvido por civis e não por militares. Os satélites estão dispostos de forma a procurar cobrir toda a super�cie.” “Entre as vantagens oferecidas pelo sistema estão: maior precisão; maior segurança e menor possibili- dade de problemas.” “ O sistema é composto por 26 satélites e foi ini- ciado em 2016” “COMPASS - Compass ou Beidou – sistema de navegação desenvolvido pelo governo chinês como alternati va aos sistemas estadunidense, russo (tam- bém militares) e europeu (o único civil e no desenvol- vimento do qual a China foi parceira). É considerado como estratégico para o país. Objeti va oferecer ampla cobertura e uso em diversas aplicações para a China e parceiros.” “Assim como o GPS, todos esses sistemas de na- vegação contam com um conjunto de satélites, deno- minada constelação.” Adaptado de: h� ps://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatala- go/11385716022012Cartografi a_B%C3%A1sica_aula_19.pdf, acesso em 27 de junho de2022. h� ps://www.embrapa.br/satelites-de-monitoramento, acesso em 27 de junho de2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 195 ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 1. (UNIVAG MT/2020) O emblema das Nações Uni- das foi aprovado pela resolução nº 92 da Assem- bleia Geral, em 7 de dezembro de 1946. h� p://research.un.org O seu design envolve um mapa estruturado por uma projeção (A) azimutal equidistante. (B) cônica equidistante. (C) azimutal conforme. (D) cônica equivalente. (E) cilíndrica conforme. TEXTO I “Projeções Cartográfi cas” “Diferentes projeções cartográficas foram desen- volvidas para permiti r a representação da esfericida- de terrestre num plano (mapas e cartas), cada uma priorizando determinado aspecto da representação (dimensão, forma, etc.). É importante ressaltar que não existe uma projeção cartográfica livre de defor- mações, devido à impossibilidade de se representar uma super� cie esférica em uma super� cie plana sem que ocorram extensões e/ou contrações.” Disponível em: h� ps://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos- gerais/o-que-e-cartografi a/as-projec-o-es-cartogra-fi cas. html, acesso em 27 de junho de 2022. Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Departamento de Cartografia. Fonte 1: Dana, Peter H. Map projecti on overview. Planar projecti on surface. Disponível em: <h� p://www.colorado.edu/geography/ gcra� /notes/mapproj_f.html/plane.gif>. Acesso em: set. 2002. Fonte 2: Dana, Peter H. Map projecti on overview. Conical projecti on surface. Disponível em: <h� p://www.colorado.edu/geography/ gcra� /notes/mapproj_f.html/cone.gif>. Acesso em: set. 2002. Fonte 3: Dana, Peter H. Map projecti on overview. Cylindrical projecti on surface. Disponível em: <h� p://www.colorado.edu/geography/ gcra� /notes/mapproj_f.html/cylinder.gif>. Acesso em: set. 2002. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 196 Os comprimentos são representados em escala uniforme. Não há deformação dos ângulos em torno de quaisquer pontos. Não altera as áreas, conservando, assim, uma relação constante com a sua correspondência na super� cie terrestre. “A seguir, são apresentadas as principais proje- ções cartográficas uti lizadas na representação do espaço geográfico. As projeções de Mercator, Miller, Berhmann e Robinson são aplicadas à representação do mundo. Para representar o Brasil, uti lizamos as projeções cilíndrica equatorial de Mercator e policô- nica. O mapeamento oficial do País, em escala geo- gráfica, é elaborado na projeção policônica, que tem como característi ca a diminuição da deformação da convergência dos meridianos, mantendo uma melhor representação da Região Sul do País. O mapeamen- to na escala de 1:1.000 000 é realizado na projeção cônica conforme de Lambert, seguindo o padrão do mapeamento mundial, definido pela ONU.” Disponível em: h� ps://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos- gerais/o-que-e-cartografi a/as-projec-o-es-cartogra-fi cas. html, acesso em 27 de junho de 2022. Projeção de Berhmann É uma projeção equivalen- te cilíndrica (não possui nenhuma super� cie de pro- jeção, porém apresenta característi cas semelhantes às da projeção cilíndrica). Projeção de Mercator É uma projeção conforme cilíndrica. Projeção de Miller. É uma projeção equivalente cilíndrica. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 197 Projeção de Robinson é uma projeção afiláti ca (não é conforme ou equivalente ou equidistante) e pseudocilíndrica (não possui nenhuma super� cie de projeção, porém apresenta característi cas semelhan- tes às da projeção cilíndrica). Projeção cilíndrica equatorial de Mercator É uma projeção conforme cilíndrica. É uma projeção afiláti ca (não é conforme ou equi- valente ou equidistante) e policônica (uti liza vários cones como super� cie de projeção). Projeção de Eckert III Projeção pseudocilíndrica adequada para mapeamento temáti co do mundo. Disponível em: h� ps://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos- gerais/o-que-e-cartografi a/as-projec-o-es-cartogra-fi cas. html, acesso em 27 de junho de 2022. SAIBA MAIS • Agência Espacial Europeia. Disponível: h� ps://www.esa.int/Appli- cati ons/Navigati on/Galileo. Acesso em: 02 jun. 2022. • José Paulo Molin. Sistemas de navega- ção - Aulas USP. Disponível em: h� ps://eaulas.usp.br/ portal/video?idItem=24097. Acesso em: 02 jun. 2022. • Qual a diferença entre GPS, A-GPS e GLONASS? Disponível em: h� ps:// www.creagojovem.org.br/noticia/ view/33. Acesso em: 02 jun. 2022. • O Brasil no sistema GALILEO. Disponível em: h� ps://revistapesqui- sa.fapesp.br/o-brasil-no-sistema-gali- leo/. Acesso em: 02 jun. 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 198 MÍDIAS INTEGRADAS Use os recursos digitais disponíveis que acessem os aplicati vos de mapas que têm no celular, como Google Maps, Waze, Google Earth. Ati vidade: • localizar a sua residência, a unidade escolar, ou pon- tos de referência do bairro ou da cidade; • traçar as coordenadas geográfi cas (lati tude e longi- tude) da cidade e do estado; • visitar pontos turísti cos de seu interesse; • traçar rotas/percursos de passeios, viagens; • fazer projetos no Google Earth; • outros. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 1. (UFMS/2019) As geotecnologias são um conjun- to de tecnologias desti nadas à coleta e ao trata- mento de informações espaciais (ROSA, 2005). Almeida (2009) complementa que as geotecno- logias envolvem a uti lização de um conjunto de recursos computacionais e metodológicos para o cumprimento de suas funções, entre esses, os Sistemas de Informações Geográfi cas (SIGs) e o Sensoriamento Remoto. Com base nos conceitos apresentados, indique a alternati va que representa corretamente as mo- dernas tecnologias aplicadas à cartografi a. (A) Os sistemas GPS, GLONAS e GNSS são uti - lizados em soft wares que elaboram mapas digitais de forma automati zada. (B) O Sensoriamento Remoto é uma aquisição de dados geoespaciais, informações de refl e- tância, dentro de faixas do espectro eletro- magnéti co, sem o contato � sico com o alvo, assim, considera-se uma foto do smartphone uma das roti nas de Sensoriamento Remoto. (C) O soft ware Google Earth Pro é uma ferramen- ta que possibilita a consulta geoespacial de imagens de satélite de alta resolução espa- cial, o cálculo de distâncias e áreas uti lizando ferramentas de dimensões e a manipulação e exportação de dados de SIGs. (D) O Sistema de Informações Geográfi cas é ape- nas um programa de computador uti lizado para a confecção de mapas digitais, uti lizando ferramentas automati zadas. (E) As Geotecnologias atualmente não necessi- tam dos chamados peopleware (pessoas que operam computadores) e usa a Inteligência Arti fi cial para a confecção de mapas. 2. (PUC SP/2019) Imagem 1h� ps://brasilescola.uol.com.br Imagem 2 h� ps://www.bbc.com/portuguese/ internacional-39349115 . Acessada e, 14 de junho de 2022. Imagem 3 h� p://biocicleta.com.br. Acessada e, 14 de junho de 2022. O saber cartográfi co sempre foi e ainda conti nua sendo uma forma de expressar conhecimento e dominação. Atualmente, sensoriamento remoto e imagens de satélites oferecem aos detentores desta tecnologia a representação do espaço em tempo real, consti tuindovantagens incontestáveis nos âmbitos econômico, ambiental e militar. His- toricamente, a cartografi a sempre refl eti u cren- ças, tecnologia, poder e ideias de épocas disti ntas. Após a análise do texto e das imagens acima, assi- nale a alternati va que expressa a direção correta para a interpretação das mesmas. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 199 (A) A imagem 1 representa a projeção cilíndrica conforme Mercator, muito uti lizada desde o século XVI, considerada uma projeção euro- centrista por valorizar, sobretudo, os países da zona temperada do hemisfério norte. A imagem 3 apresenta de forma simplista, o esquema de funcionamento de um Global Positi oning System (GPS). Através de ondas de rádio, o aparelho receptor, instalado na bicicleta, pode informar localização, alti tude e velocidade de deslocamento. (B) A imagem 1 representa a projeção cilíndrica equivalente de Mercator, elaborada pelo car- tógrafo Gerard Kremer, conhecido como Mer- cator. A imagem 2 nos oferece um mapa base- ado em uma projeção cilíndrica conforme, isto é, respeita a forma original dos conti nentes. Essa projeção é chamada Gall-Peters e tem um viés conhecido por ser “terceiro-mundista”, que objeti va valorizar, em sua época, os países classifi cados como do 3º mundo. (C) As projeções 1 e 2 são projeções planas, pois suas representações estão em uma super� - cie plana (folha de papel). A projeção 1 é de- nominada Plana de Gall-Peters, enquanto a projeção 2 é denominada Plana de Mercator. Cada uma delas carrega certo simbolismo. Mercator destaca os países desenvolvidos, enquanto Peters destaca os Países subde- senvolvidos. (D) As imagens representadas apresentam uma sequência temporal, da elaboração mais an- ti ga, para a mais atual. O mapa 1 apresenta a projeção Gall–Peters, elaborada no século XVI, foi muito uti lizada pelos navegadores na fase do Capitalismo Comercial. O mapa 2 apresenta a projeção de Mercator, elaborado por Gerard Kremer, após a 2ª Guerra Mundial. Essa projeção se popularizou rapidamente por criti car as ideias eurocentristas da pro- jeção de Gall-Peters. A imagem 3, criti ca o avanço tecnológico, provando que não existe mais a possibilidade de privacidade, eviden- ciando que até um ciclista é monitorado por satélites. 3. (UFPR/2018) Alguns aplicati vos instalados em dis- positi vos móveis permitem que mapas digitais e imagens de satélite sejam uti lizados para encon- trar caminhos, locais de interesse, desvios e aler- tas de acidentes, de fi scalização ou até mesmo de trânsito intenso. A informação georreferenciada é cada vez mais comum também em apps que oferecem produtos, serviços e relacionamentos sociais. [...] Atualmente encontram-se em fun- cionamento os sistemas de navegação por saté- lite norte-americano (GPS) e russo (GLONASS), e estão parcialmente implantados os projetos de navegação por satélite europeu (GALILEO), chinês (COMPASS ou BeiDou-2) e, mais recentemente, o japonês (MICHIBIKI). A respeito da tecnologia de navegação por saté- lite, considere as seguintes afi rmati vas: 1. É a mais importante fonte de dados de nave- gação terrestre, pois fornece tanto a posição ge- ográfi ca quanto a atualização da base de dados geográfi cos dos aparelhos celulares (arruamento, pontos de interesse, direções de vias, entre ou- tros). 2. A informação enviada pelos satélites até o apa- relho receptor (smartphone ou tablet, por exem- plo) se propaga por ondas eletromagnéti cas e independe da existência de rede de internet. 3. A existência de várias constelações arti fi ciais de sistemas de posicionamento por satélites tende a tornar o sistema impreciso, devido às interfe- rências entre os sinais emiti dos pelos diferentes satélites. Assinale a alternati va correta. (A) Somente a afi rmati va 1 é verdadeira. (B) Somente a afi rmati va 2 é verdadeira. (C) Somente a afi rmati va 3 é verdadeira. (D) Somente as afi rmati vas 1 e 2 são verdadeiras. (E) Somente as afi rmati vas 2 e 3 são verdadeiras. 4. (UEFS BA/2018) Uma empresa anunciou que a parti r de 2018 celulares deverão ter um GPS (Sistema de Posicionamento Global) com preci- são de até 30 cen� metros. Essa situação vai ser benéfi ca principalmente para quando estamos sendo guiados em ruas que fi cam lado a lado, caso de grandes avenidas em que existe uma pista local, uma expressa e uma central. Os GPS atuais raramente acertam em qual das três você está. h� ps://tecnologia.uol. com.br. Acesso em: 08 out. 2017. Adaptado. O funcionamento do GPS é possível devido ao emprego de (A) sensores de aerofotogrametria. (B) satélites naturais de precisão. (C) radares de sensoriamento remoto. (D) satélites globais de localização. (E) sensores de energia eletromagnéti ca. 5. (UFPR/2020) A respeito das projeções cartográ- fi cas, considere as seguintes afi rmati vas: 1. O emblema da Organização das Nações Unidas (ONU) consiste numa projeção azimutal equidis- tante centrada no Polo Norte. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 200 2. É impossível transferir a super� cie curva da Terra para um plano sem desfi gurá-la ou alterá-la, moti vo pelo qual a representação que mais se aproxima da realidade permanece sendo o globo. 3. Na projeção de Mercator, as distâncias entre os paralelos aumentam à medida que se afastam da linha equatorial, inviabilizando seu uso para a navegação. 4. As projeções polares são apropriadas para representar regiões de altas lati tudes, além de terem grande uti lidade na navegação aérea e na análise geopolíti ca. Assinale a alternati va correta. (A) Somente a afi rmati va 3 é verdadeira. (B) Somente as afi rmati vas 1 e 2 são verdadeiras. (C) Somente as afi rmati vas 3 e 4 são verdadeiras. (D) Somente as afi rmati vas 1, 2 e 4 são verdadeiras. (E) As afi rmati vas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 6. (UERJ/2019) vox.com É impossível representar, sem distorções, uma super� cie esférica em um plano. A área e a forma são atributos espaciais frequentemente alterados nos mapeamentos, conforme a projeção carto- gráfi ca uti lizada. Na imagem, verifi ca-se a representação de uma mesma área circular ao longo dos paralelos e meridianos, como a que ocorre na projeção car- tográfi ca denominada: (A) Peters. (B) Mercator. (C) Robinson. (D) Mollweide. CAPÍTULO 2 FATORES CLIMÁTICOS, ELEMENTOS DO CLIMA E CLIMA DO BRASIL HABILIDADES ESPECÍFICA Analisar a formação de territórios e fronteiras em di- ferentes tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territoriali- dades e o papel geopolíti co dos Estados-nações. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCHS206B) identi fi car os diferentes ti pos de ocupação e produção do espaço geográfi co, compa- rando entre os países desenvolvidos, os países emer- gentes e os países subdesenvolvidos para analisar a dinâmica da paisagem geográfi ca (urbana e rural) de acordo com o nível de produção econômica e social nos diferentes países e conti nentes no mundo. OBJETO DE CONHECIMENTO Modo de Produção Escravista e a Escravidão no Brasil colonial. Clima: Fatores climáti cos. TEXTO I “Fatores Climáti cos, Elementos do Clima e Climas do Brasil” “TEMPO E CLIMA” • “Tempo ou Tempo atmosférico: é um estado momentâneo da atmosfera numa determinada área da super� cie da Terra.” • “Clima: corresponde ao comportamento do tempo em uma determinada área durante um período longo, de pelo menos 30 anos. O clima é analisado e classifi cado de acordo com os fatores climáti cos e os elementos do clima.” “Elementos do clima” • “Temperatura: é a intensidade de calor exis- tente na atmosfera.” • “Umidade: é a quanti dade de vapor de água presente na atmosfera num dado momento.” • “Pressão atmosférica: é a medida da força exer- cida pelo peso da coluna de ar contra uma área da super� cie terrestre.” “Fatores climáti cos” • “Lati tude: quanto mais alta a lati tude (distância de um ponto no globo, medida em graus, até a linha do Equador)mais baixas são as temperaturas e quanto mais baixas as lati tudes, mais altas as temperaturas.” CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 201 • “Alti tude: se assemelha à lati tude. Quanto mais elevada a alti tude mais baixas são as temperaturas e quanto mais baixas as alti tudes mais altas as temperaturas. • Pressão atmosférica: é o peso do ar em determinado lugar. Varia conforme a alti tude, movimentação das massas de ar e temperatura. Em lugares mais altos, a coluna de ar sobre o espaço é menor, tendo menor peso. Em lugares mais baixos a quanti dade de ar sobre ele é maior, tendo maior pressão.” “O ar e as massas de ar se movimentam conforme a temperatura, o ar quente é mais leve e menos denso, por isso se movimenta para cima e o ar frio é mais denso e mais pesado, se movimentado para baixo. Lugares quentes têm uma tendência a terem pressão atmosférica mais leve e lugares frios terem pressão atmosférica maior.” CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 202 • “Albedo: é o índice de refl exão de uma super� cie, varia de acordo com o ti po de super� cie ati ngida pelos raios solares.” • “Massas de ar: são grandes porções da atmosfera que possuem característi cas comuns de temperatura, umidade e pressão.” Podem ser: – Oceânicas ou conti nentais. – Secas ou úmidas “As massas de ar podem ser classifi cadas de acordo com seu lugar de origem: Tropicais, equatoriais, tem- peradas e polares, oceânicas ou conti nentais.” “Exemplo: Massa de ar equatorial atlânti ca – uma massa de ar quente por se formar na região equatorial e úmida por se formar no oceano.” • Conti nentalidade e mariti midade • “Conti nentalidade: é a maior distância de um espaço a grandes corpos d’água (oceanos). Caracterizando como locais mais secos e com grande amplitude térmica diária.” “Na imagem acima, observamos um parque em Goiânia. O planejamento de vários parques é usado para amenizar o calor e o longo período de seca, além de diminuir os impactos da alta amplitude térmica diária. O efeito de conti nentalidade na capital goiana se deve à grande distância do litoral.” • “Mariti midade é a proximidade a grandes corpos d’água (oceanos). São lugares com maior umidade e baixa amplitude térmica diária.” CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 203 ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 1. (UFJF MG/2015) Leia o gráfi co abaixo. Distribuição lati tudinal da precipitação média anual Fonte: h� p://migre.me/lpbbi. Acesso em: 25 ago. 2014. a) Por que a zona intertropical possui os maiores totais de precipitação média anual? b) Cite 2 ti pos de precipitação. 2. (PUC RJ/2013) Leia o poema e responda ao que se pede. Poema apanhado pelo tempo Era para eu fazer um poema ao clima, com boa métrica, com boa rima, mas, infelizmente, não fui a tempo! Este tempo faz calor quando não deve, chove e faz frio quando não devia, não tem rima certa, para poemas não serve nem para fazer poesia, porque o clima foi apanhado pelo tempo, que também apanhou o poeta, que fez esta poesia incerta! Adaptado de Silvino Figueiredo. Gondomar (Portugal), fevereiro de 2011. Entendendo-se que a Climatologia é um ramo da Geografi a que estuda os climas da Terra: a) diferencie TEMPO ATMOSFÉRICO e CLIMA; b) indique UM FATOR e UM ELEMENTO do clima. 4. (FUVEST SP/2020) O Ciclone Tropical Idai ati ngiu o litoral de Moçambique na noite de quinta-feira (21/03/2019), provocando grandes danos na ci- dade de Beira. Cerca de 500 mil pessoas fi caram sem energia, afetando também o setor de comu- nicações. Disponível em h� ps://www.climatempo.com.br/ . Adaptado. Essa no� cia refere-se ao Ciclone Tropical que ati ngiu principalmente Moçambique, Zimbábue e Malaui. Eventos dessa magnitude e superiores – o Ciclone Idai ati ngiu apenas a categoria 2 em uma escala de 1 a 5 – ocorrem em outros locais do planeta e não repercutem da mesma forma, com a perda de centenas de vidas. Isso ocorre em função (A) da grande presença de populações não na- ti vas, que não têm tradição em lidar com eventos dessa natureza. (B) do relevo de planalto que caracteriza Moçam- bique, Zimbábue e Malaui, em especial na zona costeira. (C) da presença de rede hidrográfi ca e fl orestas que contribuem para a formação de ciclones dessa natureza e magnitude. (D) da presença de águas superfi ciais do oceano Índico, com temperaturas mais reduzidas que CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 204 o habitual, em especial no Canal de Moçam- bique. (E) das característi cas socioeconômicas da região com populações vulneráveis e reduzida capa- cidade do poder público em prestar atendi- mento à população. 5. (IFMT/2019) Seleção em Quito: Estreia de Tite terá alti tude e rival em crise Quase toda a delegação da seleção brasileira de- sembarcou na noite deste domingo em Quito, onde a equipe enfrentará o Equador na quinta- -feira, às 18h de Brasília, pelas Eliminatórias da Copa de 2018. O jogo contra os vice-líderes da competi ção marcará a estreia de Tite no comando da seleção brasileira. O treinador abriu mão dos treinos no Brasil para se adaptar à alti tude equa- toriana e pretende se aproveitar de um momento delicado da equipe adversária. Disponível em: h� ps://www.itaberaba.net/selecao-em- quito-estreia-de-ti te-tera-alti -tude-e-rival-em-crise/. Acesso em: 03 jan. 2018 . Sempre que a Seleção Brasileira joga em cida- des como Quito e La Paz, dizemos que ela joga contra dois adversários, um deles é a alti tude. Isso ocorre, principalmente, porque a atmosfera dessas cidades, quando comparada à das cidades brasileiras, apresenta: (A) menor pressão e menor concentração de oxi- gênio. (B) maior pressão e maior quanti dade de oxigênio. (C) maior pressão e maior concentração de po- luentes. (D) menor pressão e maior temperatura. (E) maior pressão e menor temperatura. 6. (FM Petrópolis RJ/2019) Considere a posição geográfi ca do conti nente destacado na imagem abaixo. Disponível em: h� ps://en.wikipedia.org/wiki/Australia. Acesso em: 20 jul. 2018. Adaptado. As zonas costeiras do conti nente em destaque na cor escura são afetadas diretamente pela condi- ção natural denominada (A) biodiversidade. (B) conti nentalidade. (C) mariti midade. (D) efeito de alti tude. (E) efeito estufa TEXTO I “Clima e a produção do espaço mundial” “Nos módulos anteriores você estudou os prin- cipais fatores que infl uenciam o clima nas diferentes partes do globo terrestre. Entre os fatores vistos anteriormente está a lati tu- de, ou seja, a distância de qualquer ponto da Terra, em relação à Linha do Equador, você deve se lembrar que a zona equatorial é a porção do globo terrestre que recebe a maior incidência de raios solares e que nessa região quanti dade de radiação recebida varia pouco ao longo do ano, ao contrário das regiões polares, onde devido ao eixo de inclinação da Terra e ao movimento de translação a quanti dade de raios solares varia ao longo do ano. Como mostra a fi gura a seguir.” Variação da distribuição dos raios solares em razão do eixo de inclinação da Terra Fonte: h� ps://img.comunidades.net/ped/pedromarti ns/Variac_a_o_da_inclinac_a_o_dos_raios_solares_nas_diferentes_zonas_cli- ma_ti cas.png. Acesso em: 31 maio 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 205 “Alguns paralelos, além da Linha do Equador, re- cebem nomes específi cos, pois delimitam as zonas térmicas (e climáti cas) do globo. Esses paralelos são: • Círculo Polar Árti co; • Trópico de Câncer; • Linha do Equador; • Trópico de Capricórnio; • Círculo Polar Antárti co. As zonas térmicas são: • Zona Fria ou Polar do Norte - acima do Círculo Polar Árti co; • Zona Temperada do Norte - entre o Círculo Po- lar Árti co e o Trópico de Câncer; • Zona Intertropical - entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio; • Zona Temperada do Sul - entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antárti co; • Zona Fria (ou Polar) do Sul - abaixo do Círculo Polar Antárti co. • Zonas frias (polares ou glaciais) do sul e do norte São as regiões situadas entreos Círculos Polares e os paralelos 90º (norte e sul), essas regiões são marca- das pela baixa incidência de raios solares ao longo do ano, devido à inclinação do eixo de rotação da Terra, o que faz com que os raios solares incidam nelas de forma muito inclinada e com pouca intensidade, e ainda com diferença na quanti dade de luz solar re- cebida nos períodos de inverno e de verão (devido ao movimento de translação da Terra), por isso essas são as regiões que apresentam as temperaturas mais baixas da Terra e sua super� cie, em condições natu- rais, é coberta de gelo durante boa parte do ano, o que implica menor biodiversidade e difi culdades para a ocupação humana, por isso essas regiões possuem baixa densidade demográfi ca, sendo que a Antárti ca não é ocupada de forma permanente por nenhum grupo humano.” “Nessas regiões estão situados os polos (magné- ti co e geográfi co) norte e sul da Terra. A formação vegetal � pica dessas regiões é a Tun- dra, um ti po de vegetação adaptada às condições cli- máti cas dessa essa região bastante seco e frio e em que a maior parte do solo fi ca coberta de neve durante boa parte do ano e a precipitação ocorre em forma de neve. A formação vegetal é composta principal- mente de liquens, musgos e vegetação rasteira, cujas sementes “adormecem” durante o rigoroso inverno. Essa vegetação alimenta algumas espécies ani- mais que vão ser base alimentar de outras, permiti ndo o desenvolvimento da vida local. Quanto à ocupação humana até meados do século passado a região era ocupada principalmente por po- vos tradicionais que viviam da caça e da pesca, como os inuítes (até recentemente denominados esquimós) na América do Norte, os lapões na Escandinávia e Finlândia, os samoiedos na Sibéria. Em meados da segunda metade do século pas- sado, a descoberta de recursos minerais como gás natural, petróleo, e minérios como ouro e cobre le- vou a uma maior ocupação de algumas partes das regiões polares, bem como desenvolvimento e maior estabilidade econômica, mas também a uma série de problemas ambientais. Uma das maiores preocupações com essas regiões é o degelo devido ao aquecimento global.” Fonte:h� ps://www.google.com/url?sa=i&url=h� ps%3A%2F%- 2Fwww.ufrgs.br%2Fjornal%2Fregioes-polares-e-relacoes-inter- nacionais%2F&psig=AOvVaw0hkOiCWY7z4n11DY4zc=-6n&ust- 1654120008310000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwjG_ a2t24r4AhUdjZUCHeKRBHMQjRx6BAgAEAs. Acesso em: 31 maio 2022. SAIBA MAIS • Regiões Polares e relações internacio- nais. Disponível em: h� ps://www.ufrgs.br/ jornal/regioes-polares-e-relacoes-in- ternacionais/. Acesso em: 31 maio 2022. TEXTO II “Regiões temperadas do Norte e do sul” “As regiões temperadas são aquelas situadas entre os Círculos Polares (Árti co e Antárti co) e os Trópicos (de Câncer ao norte de Capricórnio ao sul), e são mar- cadas pelas temperaturas mais amenas que as das regiões polares ou das tropicais, além da sazonalidade das estações ao longo do ano, com a ocorrência de inverno, verão, primavera e outono, bem delimita- das com verões e primaveras quentes e invernos e outonos frios.” “Nessas regiões predomina o clima temperado, que como já dito anteriormente tem como uma das suas principais característi cas a ocorrência de quatro estações do ano bem defi nidas e devido a grande ex- tensão da área coberta por essa zona, o clima tempera- do esse clima apresenta variações, devido a infl uência de fatores climáti cos como lati tude, relevo, mariti mi- dade, conti nentalidade, correntes maríti mas, entre outras, os principais ti pos de clima temperado são”: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 206 • “Clima temperado mediterrâneo - varia entre 30º e 50º, nesse clima as precipitações ocorrem no inverno que apresenta temperaturas mais amenas devido às correntes maríti mas quentes e o inverno, já o verão apresenta clima quente e seco, sendo amenizado nas regiões costeiras pela infl uência de correntes maríti mas vindas dos oceanos.” • “Clima subtropical úmido - situa-se entre 25º e 35º, ocorre em porções do interior do con- ti nente. Esse clima é caracterizado por verões quentes e úmidos devido a infl uência de ventos sazonais e os invernos são secos e frios, as chu- vas são distribuídas ao longo do ano.” – Esse clima ocorre principalmente em algumas regiões do conti nente asiáti co. • “Clima temperado maríti mo - como o próprio nome já diz, esse clima sofre a infl uência das correntes maríti mas e situa-se nas lati tudes entre 45º e 60º e apresenta verões nublados e úmidos, com temperaturas mais frescas e in- vernos embora apresentem temperaturas mais amenas essas são mais amenas que regiões si- tuadas em regiões de mesma lati tude. ameni- zadas pelas correntes maríti mas menores, isso se deve à infl uência da mariti midade.” • “Clima temperado conti nental - ocorre nas mesmas lati tudes do clima temperado maríti - mo, mas como o nome indica ocorre mais no interior dos conti nentes. As chuvas são escas- sas, principalmente no inverno, as temperatu- ras são bem marcadas com verões quentes e secos e invernos frios. – No Brasil o clima temperado ocorre na região sul, onde são registradas as temperaturas mais baixas do país. • Clima Tropical - clima situado entre os Trópicos de Câncer e o Trópico de Capricórnio e pela Linha do Equador. Esse é o clima que apresenta as temperaturas mais altas do globo. Esse clima apresenta duas estações bem defi nidas, uma quente e úmida e outra fria e seca. As tempe- raturas são elevadas, com médias superiores a 18º na maior parte do ano.” “Assim, como o clima temperado, apresenta uma diversidade de ti pos, entre os principais estão: • Clima equatorial - ocorre na regiões próximas à Linha do Equador. caracteriza-se por apresen- tar elevadas temperaturas e quando próximo a grandes corpos de água elevada pluviosidade e bem distribuído ao longo do ano, não apre- senta grande variação ou amplitude térmica ao longo do ano, assim não apresenta diferenças signifi cati vas ao longo do ano (não tem esta- ções). • Clima tropical conti nental � pico - ocorre em lati tudes maiores que as do clima equatorial e no interior dos conti nentes, caracteriza-se por apresentar apenas duas estações, uma seca e fria e outra úmida e quente.” Fonte: BRASIL. Insti tuto Brasileiro de Geografi a e Esta� sti ca. Disponível em: h� ps://educa.ibge.gov.br/ jovens/conheca-o-brasil/territorio/20644-clima.html. Acesso em: 01 jun. 2022. “BRASIL: CLIMAS” “O Brasil é um país com grande diversidade cli- máti ca. Em alguns lugares faz frio e em outros muito calor, mas, em geral, nosso clima é quente em quase todo o território. Há três ti pos de clima no país: equatorial, tropical e temperado. O clima equatorial abrange boa parte do país, englobando principalmente a região da Floresta Amazônica, onde chove quase diariamente e faz muito calor. Já o clima tropical varia de acordo com a região, mas também é quente e com chuvas menos regulares. O Sul do Brasil é a região mais fria do país. Nela predo- mina o clima temperado que, no inverno, pode ati ngir temperaturas inferiores a zero grau e ocorrer neve. Atualmente vários fatores têm colaborado para as mudanças climáti cas em nosso país e no mundo. A emissão de gases de efeito estufa por queima de combus� veis fósseis (dos automóveis, das indústrias, usinas termoelétricas), queimadas, desmatamento, e decomposição de lixo, vem alterando o clima em nosso planeta e causando o aquecimento global.” Fonte: BRASIL. Insti tuto Brasileiro de Geografi a e Esta� sti ca. Disponível em: h� ps://educa.ibge.gov.br/ jovens/conheca-o-brasil/territorio/20644-clima.html. Acesso em: 01 jun. 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 207 ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM • Leitura e compreensão dos textos anteriores. • Socialização das principais ideias do texto acerca da noção de Clima. A intencionalidade pedagógica da leitura do tex- to é analisar as relações climáti cas no mundo e no Brasil,identi fi cando suas principais característi cas. TEXTO I “Fenômenos atmosféricos” “Além dos fatores climáti cos relacionados ante- riormente que tem relação direta e permanente com o clima, este também pode sofrer a infl uência ou a interferência de outros fenômenos que o afetam local ou até globalmente e podem provocar signifi cati vas interferências tanto para as sociedades humanas quanto para o meio ambiente, como é o caso dos fenômenos El Niño e La Niña, os ciclones, furacões e tornados, entre outro.” “Além dos fatores climáti cos relacionados ante- riormente que tem relação direta e permanente com o clima, este também pode sofrer a infl uência ou a interferência de outros fenômenos que o afetam local ou até globalmente e podem provocar signifi cati vas interferências tanto para as sociedades humanas quanto para o meio ambiente, como é o caso dos fenômenos El Niño e La Niña, os ciclones, furacões e tornados, entre outro.” “El Niño e La Niña - O Menino e A Menina -, ex- pressões de origem espanhola usadas para denominar fenômenos atmosféricos-oceânicos ligados à altera- ções nas águas do Oceano Pacifi co. Também deno- minados de Oscilação Sul (ENOS) e que tem efeitos tanto locais quanto globais.” “El Nino - fenômeno verifi cado por pescadores da costa do Peru, percep� vel na época do Natal, primave- ra-verão no hemisfério sul, por isso o nome O Menino, se referindo ao Natal, que provoca o aquecimento dessas águas. Esse fenômeno ocorre em intervalos variados.” “Por um moti vo ainda não identi fi cado pelos es- tudiosos dos fenômenos climáti cos, os ventos alísios (que sopram do no senti do oeste na região equatorial) se enfraquecem provocando o aquecimento das águas superfi ciais deste oceano na região.” “A água superfi cial aquecida sofre evaporação e vai ganhando alti tude sendo carregadas pelos ven- tos para o oeste onde provocando chuvas na costa oeste da América do Sul, incluindo nas regiões sul e sudeste do Brasil, onde se associa com as massas de ar mais frias vindas da Antárti da, já na região norte (amazônica) e sudeste ocorre o inverso, provocando a diminuição das chuvas (pluviosidade) na Amazônia e a o agravamento das secas na região nordeste.” “La Niña - nome dado ao fenômeno inverso ao El Niño, ou seja, o resfriamento das águas superfi ciais do Oceano Pacífi co. Em La Niña (também denominada El Viejo, O Velho, ou Anti - El Nino, provocado pela intensifi cação dos ventos alísios.” Fonte: h� ps://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml#23. Acesso em: 30 maio 2022. Fonte: h� ps://revistagloborural.globo.com/Noti cias/Tempo/noti cia/2018/10/o-que-sao-os-fenomenos-el-nino-e-la-nina.html. Acesso em: 30 maio 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 208 “Ciclones, furacões, tufões e tornados” “Ciclone, furacão, tufão e tornado, são fenômenos meteorológicos marcados por ventos e/ou tempesta- des fortes, que muitas pessoas confundem, na verdade esses termos se referem ao mesmo, cujo nome muda de acordo com o lugar onde se originam e ocorrem.” “Ciclone - são ventos carregados de vapor de água que giram em torno de áreas de baixa pressão forma- dos nas regiões oceânicas de águas quentes e, regiões de baixa alti tude (quando se formam em lati tudes mais altas são denominados de ciclones extratropi- cais. De acordo com o Centro de Previsão e Estudos Climáti cos (CPTEC): “Ciclones são centros de baixa pressão atmosférica em torno dos quais ocorrem ventos giratórios, formando estruturas de grandes dimensões (ati ngem mais de 200 km de diâmetro).” Fonte: h� ps://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml#23. Acesso em: 30 maio 2022. “Furacão - quando os ventos no ciclone alcançam mais de 119 km/h, eles passam a ser classifi cados como furacões. Um furacão é um ciclone tropical que se tornou muito intenso com ventos girando no senti do horário no Hemisfério Sul e em senti do anti -horário no Hemis- fério Norte ao redor de um centro de baixa pressão. Normalmente, bem no centro do furacão há uma re- gião sem nuvens e com ventos calmos, chamada de olho do furacão. Nesta região, há movimentos de ar descendentes, ao lado de uma grande área circular de centenas de quilômetros com vigorosos movimentos ascendentes do ar, o que provoca formação de nuvens e muita chuva.” “Quanto mais baixa a pressão em seu centro, mais fortes serão os ventos ao seu redor” “Águas acima de 26ºC e ventos que não podem variar muito com a altura e outras condições na at- mosfera precisam estar presentes para a formação dos furacões. Se os ventos forem muito fortes entre 5 e 10 km de altura, um ciclone tropical não se tornará um furacão.” “Furacões acontecem sobre a maioria dos Ocea- nos Tropicais em áreas onde a temperatura do mar encontra-se acima de 26ºC.” “A intensidade dos furacões é medida de acordo com a pressão no centro (o olho) e a velocidade de vento.” “Tufão é o nome dado aos furacões que ocorrem na Ásia. Já os tornados são ventos giratórios em forma de funil. Formados geralmente em terra, com diâmetro (junto ao solo) entre alguns e dezenas de metros. O tornado é considerado o fenômeno meteorológico mais destruti vo, já que a velocidade do vento pode superar 400 km/h, mas, em comparação com os fu- racões, ati nge áreas muito menores e dura menos tempo (alguns minutos a cerca de uma hora).” Fonte: h� ps://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml#23. Acesso em: 30 maio 2022. “Tornado: Um tornado é um pequeno, porém, in- tenso redemoinho de vento, girando em alta velocidade formado num ambiente especial de tempestade muito forte. Se o redemoinho que descende de uma nuvem de tempestade (cumulunimbus) chega a alcançar o chão, há repenti na queda na pressão atmosférica e os ventos de alta velocidade (que podem alcançar mais de 250 km/h), faz com que o tornado destrua tudo o que encontra no meio do seu caminho para o alto. Quando se forma sobre super� cies líquidas, são menos intensos e com menores dimensões e conhecidos como tromba d’água por levantar uma coluna de água.” “A dimensão espacial do tornado é de centenas de metros e ele, normalmente, tem uma vida média de poucos minutos, percorrendo uma extensão de 500 a 1500 metros, ainda que na sua trajetória os ventos passem comumente de 200 km/h. A maioria deles giram em senti do ciclônico quando observados de cima, mas alguns foram vistos girando em senti do anti -ciclônico, ou seja, em senti do horário, quando observados de cima.” “Este fenômeno é visível por causa da poeira e sujeira levantadas do solo e pelo vapor d’água con- densada. A pressão baixa dentro de um funil causa a expansão e resfriamento do ar, resultando na conden- sação do vapor d’água. Às vezes, o ar é tão seco que os ventos giratórios permanecem invisíveis até ati ngir o solo e começam a carregar sujeiras. Ocasionalmente, o funil não pode ser visto por causa da chuva, nuvens de poreira, ou escuridão. A maioria dos tornados tem o diâmetro de 100 a 600 metros. Alguns são de poucos metros de largura e outros excedem 1600 metros.” “Os tornados ocorrem em muitas partes do mun- do, mas os mais frequentes e violentos acontecem nos Estados Unidos, numa média de mais de 800, anu- almente. As Planícies Centrais dos EUA estão mais sujeitas aos tornados porque a atmosfera favorece o desenvolvimento de trovoadas severas que produzem tornados. Especialmente, na primavera, o ar úmido e quente na super� cie é abaixo do ar mais frio e seco produzindo uma atmosfera instável. Também ocorre na Inglaterra, Canadá, China, França, Alemanha, Ho- landa, Hungria, Índia, Itália, Japão, Rússia, e até em Bermuda e nas Ilhas Fiji. Porém não estão restritos somente nestes países.” “Tornados destroem os instrumentos necessários para medir velocidades de ventos e pressão dentro de tornados, por essa razão, característi cas são des- conhecidas. Sabemos que a pressão de um tornado é muito baixa, mas podemos apenas esti mar que esta pressão seja 60% abaixo do normal.” Fonte: h� ps://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml#23.Acesso em: 30 maio 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 209 MÍDIAS INTEGRADAS Pesquisar sobre: • Câmeras da estação se concentram no furacão Ka- ti a. Administração Nacional da Aeronáuti ca e Espaço (NASA) Disponível em: h� ps://www.youtube.com/watch?- v=sbr9nH8ix4k. Acesso em: 02 jun. 2022. • Assisti r: Twister - fi lme Filmes Ambientais, Twister (1996) NASA parti lha imagens do Florence. Visto do espaço, o furacão é impressionante Disponível em: h� ps://www.cptec.inpe.br/glossario. shtml#19. Acesso em: 30 maio 2022. ATIVIDADES INTEGRADAS 1. Estudantes visitem a página do Centro de Previ- são de Tempo e Estudos Climáti cos (CPTEC/INPE), h� p://www2.cptec.inpe.br/, e consultem a pre- visão do tempo na cidade onde está situada a unidade escolar por um período de 07 (sete) dias, preenchendo a tabela, a seguir, com as informa- ções encontradas na página. Temperatura máxima Temperatura mínima Umidade relati va do ar IUV máximo Dia 01 Dia 02 Dia 03 Dia 04 Dia 05 Dia 06 Dia 07 2. Com base na leitura do texto e nos conhecimen- tos sobre o clima da sua cidade, responda às questões a seguir. a) Qual o ti po de clima predominante na cidade? b) Caracterize o ti po de clima predominante na sua cidade quanto aos seguintes aspectos: I - quente ou frio; II - seco ou úmido; III - período de chuvas; IV - período de esti agem. c) Quais os fatores gerais que infl uenciam no cli- ma da cidade? d) Existem fatores locais que infl uenciam no clima da cidade? 3. Observe o mapa do Brasil e escreva quais os ti pos de clima que ocorrem no Brasil. 4. (UFRGS/2016) Observe a fi gura abaixo. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 210 Considere as afi rmações sobre a posição geográ- fi ca de Natal (Brasil) e Murmansk (Rússia) e suas médias anuais de temperatura. I – Murmansk localiza-se em altas lati tudes (zona glacial), onde os raios solares ati ngem a super� - cie de forma muito inclinada, registrando baixas temperaturas ao longo do ano. II – Natal localiza-se na zona temperada, onde os raios solares ati ngem a super� cie verti calmente, elevando as temperaturas. III – A curvatura da super� cie da Terra e a incli- nação do eixo de rotação em relação aos raios solares são fatores que, combinados, explicam a diferença nas médias anuais de temperatura entre Natal e Murmansk. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III. 5. (FAPEC/2018) Tanto o El Niño quanto o La Niña são fenômenos atmosféricos que representam uma série de alterações no sistema formado pelos oceanos e pelo clima, envolvendo princi- palmente o Oceano Pacífi co nas proximidades do oeste da América do Sul. Ambos produzem alterações no clima de todo o planeta. A principal diferença entre o El Niño e o La Niña é: (A) O El Niño promove secas em todos os con- ti nentes, e o La Niña é responsável pelo au- mento das chuvas. (B) O El Niño surge do aquecimento das águas oceânicas, enquanto o La Niña surge de seu resfriamento anômalo. (C) O El Niño atua no hemisfério sul, ao passo em que o La Niña atua no hemisfério norte. (D) O El Niño provoca uma onde de umidade ex- cessiva em todos os lugares, enquanto o La Niña é responsável pela seca extrema. (E) O El Niño é um fenômeno natural cíclico, e o La Niña é de responsabilidade das ati vidades humanas. 5. “Ninguém sabe muito bem o que desencadeia um El Niño, mas, graças aos satélites, conseguimos saber com certa antecipação quando ele come- ça a se formar. Sua marca registrada é o aqueci- mento das águas superfi ciais do Pacífi co Central. Como o oceano está conectado à atmosfera, o grande oceano aéreo, todo o regime de ventos enlouquece. Nuvens de chuva do oeste do Pací- fi co – Indonésia e vizinhança – se mudam para leste, chegam à costa da América do Sul e causam aguaceiros no deserto peruano. Enquanto isso, na Ásia, Índia, Paquistão e Indonésia esturricam com calor e seca”. (AZEVEDO, A. L. Novos tempos. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. p.61. Adaptado) Sobre o fenômeno atmosférico citado no texto, um de seus efeitos mais senti dos no território brasileiro é: (A) seca extrema na região Centro-Oeste. (B) intensifi cação dos regimes de chuva no norte do país. (C) aumento das secas no Nordeste. (D) intensifi cação do frio durante o inverno na região Sudeste. (E) esti agens eventuais na região sul do país. GLOSSÁRIO Ventos alísios, ventos que ocorrem nas regiões subtropicais próximas à Linha do Equador (regiões de baixas alti tudes), formados pelo de deslocamento das massas de ar frio das zonas de alta pressão para as zonas equatoriais, de baixa pressão que sopram de leste para oeste e que devido as suas característi cas provoca incidência de chuvas. Fonte: GAMBIN, Gambin. et al. Disponível em: h� ps:// drive.google.com/drive/my-drive. Acesso em: 30 maio 2022. SAIBA MAIS • Pesquise sobre Fenômenos e processos climáti cos. Disponível em: h� ps://cesad.ufs.br/ORBI/public/ uploadCatalago/11423616022012Climatologia_Sis- temati ca_aula_12.pdf. Acesso em: 30 maio 2022. • Tufão, furacão, ciclone: qual é a diferença? Essas tempestades são eventos naturais poderosos com a capacidade de causar danos graves. Disponível em: h� ps://www.nati onalgeographicbra- sil.com/meio-ambiente/tufao-furacao-ciclone-qual- -e-diferenca. Acesso em: 30 maio 2022. • O que são ciclones, furacões e tufões Disponível: h� ps://oeco.org.br/dicionario-ambien- tal/27765-o-que-sao-ciclones-furacoes-e-tufoes/. Acesso em: 30 maio 2022. • Como se formam os furacões? Disponível em: h� ps://brasilescola.uol.com.br/ curiosidades/como-se-formam-os-furacoes.htm. Acesso em: 30 maio 2022. • Mudanças climáti cas. Disponível: h� p://redeclima.ccst.inpe.br/carti lhas- -e-atlas/. Acesso em: 01 jun. 2022. • Mapa Climas Brasil. Disponível em: h� ps://atlasescolar.ibge.gov.br/ images/atlas/mapas_brasil/brasil_clima.pdf. Acesso em: 01 jun. 2022. • Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáti cos – CPTEC/INPE. Disponível em: h� p://www2.cptec. inpe.br/. Acesso em: 02 jun. 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 211 TEXTO I “E o Mundo Cresceu” “Até meados do século XV, o mundo conhecido pelos europeus limitava-se às seguintes partes do globo: a própria Europa, Norte da África e porções da Ásia, sendo que ofi cialmente, os europeus não sabiam da existência das demais regiões do mundo, e por outro lado, os povos dessas regiões também desconheciam a existência dos povos europeus. Veja um mapa do período.” Mapa Velho Mundo Fonte: h� ps://inspirarte.art.br/cdn/posts/4f11a1b7750d489ca651a54ba040a5fc� 4f2ab245b048e7a1d4f0d1c92fd559.jpg. Acesso em: 17 maio 2022. “Em meados do século XV a cartografi a começa a ganhar espaço, a parti r por exemplo do surgimento da Escola de Sagres, favorecida (e fornecendo subsídios e registros cartográfi cos para as mesmas) pela expansão maríti ma europeia do período (expansão maríti mo-comercial, período das Grandes Navegações), e aos pou- cos os europeus começam a chegar a lugares cada vez mais distantes, traçando rotas e vencendo obstáculos, como a travessia do Cabo das Tormentas no sul da África, o que abriu uma nova rota maríti ma para o extremo Oriente, até chegar a lugares até então desconhecidos dos europeus, como o conti nente americano.” “Com isso, podemos dizer que começa a surgir um novo mapa-mundi que vai incrementando as novas regiões e a escala do mapa vai diminuindo ( à medida que a área representada vai aumentando com a incor- poração das terras alcançadas pelos europeus).” Grandes Navegações Fonte: h� ps://escolaeducacao.com.br/wp-content/uploads/2018/11/Grandes-Navega%C3%A7%C3%B5es.jpg. Acesso em: 25 maio 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 212 “Além da mudança no mapa-múndi, os europeus iniciaram um processo de dominação territorial e cultural das populações das regiões as quais chegaram, iniciando um processo de dominação colonial, marcado pela intensa exploração de recursosnaturais e jugo dos povos desses territórios levando a profundas transformações espaciais (como a derrubada da vegetação nati va para a implantação de monoculturas de exportação, expro- priação das terras dos povos nati vos, imposição de uma arquitetura europeia nas novas construções, implan- tação de uma infraestrutura para o deslocamento da produção, estradas, portos etc.), bem como econômicas (incorporação dessas áreas ao comércio europeu, como fornecedoras de matérias-primas e importadoras de produtos manufaturados, imposição de uma Divisão Internacional do Trabalho que favorecia aos europeus e permiti u a acumulação de recursos que possibilitaram posteriormente a eclosão da Revolução Industrial; im- posição da moeda do colonizador; escravização de diversos povos, fosse no seu próprio território ou por meio de captura e tráfi co de africanos para serem vendidos como escravizados na América, entre outros), e ainda culturais (imposição de língua, religião e hábitos alimentares e de vestuário do colonizador), entre outros.” Veja, a seguir, o mapa-múndi atual, que apresenta todos os conti nentes. Mapa mundi atual Fonte: h� ps://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-37864328. Acesso em: 18 maio 2022. Mapa-múndi atual Fonte: h� ps://img.ibxk.com.br/2021/02/18/18172533958280.jpg. Acesso em: 18 maio 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 213 Mapa-múndi Fonte: h� ps://narceliodesa.com/wp-content/uploads/2019/10/11.jpg. Acesso em: 18 maio 2022. TEXTO II “As populações autóctones do conti nente americano e do Brasil” “Como vimos no módulo anterior, com as Grandes Navegações e a expansão maríti mo-comercial teve início um processo de ocupação das terras recém- -conhecidas pelos europeus, até muito pouco tempo atrás se usava o termo descobrimento para se referir a esse período como se esses territórios fossem deso- cupados, e de integração desses territórios ao espaço de infl uência das potências do período, um pequeno número de nações europeias.” “No entanto, as terras as quais os europeus che- garam a parti r das Grandes Navegações já eram ocu- padas por povos autóctones (ou populações nati vas), milhares de anos antes da chegada dos europeus, América, África, Ásia e Oceania eram habitadas por diversos povos que apresentavam diferentes ti pos de organização social, manifestações religiosas, estágios de domínio de tecnologia, entre outros.” “Ainda não há consenso entre os estudiosos sobre quando, como e de onde os primeiros grupos huma- nos chegaram ao conti nente e ao Brasil.” “O estudo da origem, data e de como os primeiros ancestrais humanos chegaram ao conti nente ameri- cano são possíveis graças aos fósseis encontrados em todo o conti nente, esses fósseis humanos e de animais e de instrumentos encontrados. Os fósseis são sub- meti dos a uma série de testes, que permitem, entre outras coisas, fazer a sua datação e a exames de DNA.” “Alguns estudos indicam que os primeiros ances- trais humanos tenham chegado ao conti nente ame- ricano em diferentes ondas e rotas migratórias de diferentes períodos.” “Vamos ver algumas das teorias mais aceitas como se deu o processo de ocupação do conti nente.” “Teoria Clóvis-fi rst (Clóvis- primeiro) – uma das teorias mais anti gas e mais aceitas sobre a ocupação do conti nente americano, oriunda de um síti o arqueo- lógico encontrado no Novo México (Estados Unidos da América) em 1939, onde foram encontrados artefatos de pedra cuja datação corresponde a 14. 000 (qua- torze mil) anos atrás. Por muito tempo essa foi aceita como o síti o arqueológico mais anti go do conti nente.” “Na década de 1970, foi descoberto o fóssil de uma mulher na cidade de Lagoa Santa no Brasil, que recebeu o nome de Luzia, cuja datação indicou que viveu entre 12. 500 (doze mil e quinhentos) a 13.00 (treze mil) anos atrás indicam que essa porção ou re- gião do conti nente foi ocupada quase que simultane- amente a porção norte.” Luzia - uma das primeiras habitantes do conti nente americano Fonte: h� ps://encrypted-tbn0.gstati c.com/images?q=tbn:AN- d9GcT7ZF-4hvvYaY21IMcpWQbjDl_UjC4SOH7jIw&usqp=CAU. Acesso em: 19 maio 2022. “Outra teoria que tem ganhado destaque, embora apresente aspectos bastante polêmicos, é a da arqueó- loga brasileira Niéde Guion, que propõe que os primei- ros grupos humanos chegaram ao conti nente america- no muito antes, a aproximadamente 100.000 (cem mil) anos atrás, vindos do conti nente africano pelo oceano CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 214 Atlânti co, baseado em descobertas feitas em síti os ar- queológicos na região de Raimundo Nonato no Piauí.” “A travessia do oceano Atlânti co teria sido pos- sível porque o nível deste oceano estaria reduzido devido a uma glaciação permiti ndo a navegação de pequenos barcos. As análises de DNA dos fósseis encontrados em di- ferentes regiões mostram que eles também possuem origens diferentes, África, Ásia e Oceania, e que houve miscigenação entre diferentes grupos.” “Essas descobertas não permitem a fi xação de uma data, origem ou de uma rota de chegada, mas mostran- do que podem ter ocorrido diferentes rotas, em dife- rentes momentos e com grupos de diferentes lugares.” “As moti vações que levaram esses primeiros seres humanos a emigrar variam, como escassez de alimen- tos, crises ambientais que promoveram alterações no seu habitat, rota de caça de animais de grande porte.” “No entanto, um dos aspectos comuns a todas essas teorias é o de que os movimentos dos grupos foram possíveis, talvez moti vados, por mudanças cli- máti cas relacionadas à diminuição das temperaturas médias do planeta que permiti ram o avanço desses grupos por mar, diminuindo o nível dos oceanos e/ou fazendo surgir pontes ligando terras hoje sem ligação terrestre, ou abrindo rotas terrestres.” Estreito de Bering Fonte: h� ps://www.bbc.com/portuguese/resources/idt-3c7c- d43a-42e9-4379-a5f1-a02af109fabf. Acesso em: 19 maio 2022. “No entanto, independente de vieram os primei- ros habitantes do conti nente americano e de como eles chegaram aqui, há consenso na maior parte da co- munidade cien� fi ca de que o Homo sapiens surgiu no conti nente africano há mais de 100.00 mil anos atrás e de que de lá, muito tempo depois, foi ocupando este conti nente e posteriormente chegou aos conti nentes europeu e asiáti co, Polinésia e a Oceania. Ao longo desse processo esses grupos foram se diferenciando tanto culturalmente quanto às característi cas � sicas, garanti ndo a enorme e rica diversidade humana.” Dispersão do Homo sapiens Fonte: h� ps://news.fi les.bbci.co.uk/include/vjamericas/879-ho- mosapiens/assets/app-project-assets/img/portuguese/infogra- phic_1.png?6. Acesso em: 19 maio 2022. ATIVIDADES INTEGRADAS 1. Faça o que se pede: a) Desenhe dois planisférios: I - no primeiro represente o mundo conhecido dos europeu no início do século XV (o velho Mundo); II - no segundo represente o mundo conhecido na atualidade (com todos os 06 conti nentes). CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 215 b) Que diferenças existem entre os dois planis- férios? 2. Sobre as Grandes Navegações responda: a) Por que as Grandes Navegações comprovaram a esfericidade da Terra, comprovando que ela não é plana? b) Além das alterações no mapa-múndi, com a inclusão das áreas alcançadas pelos europeus que outras mudanças as Grandes Navegações promoveram. 3. Acessem ao Google Hearth – Exploradores e a Era dos Descobrimentos, usando o link Explorers: Age of Encounter. Escolha um navegador /”descobridor” navegan- do na página e fazerem um diário de bordo da viagem. MÍDIAS INTEGRADAS • Word wall - ati vidade disponível no link: h� ps://wordwall.net/pt/resource/4563415/primei- ros-habitantes-da-america, ou montar outra ati vi- dade em outro recurso. • Visita a museus – Museu de Londres - Coleção Américas. Disponível em h� ps://www.briti shmuseum.org/ collecti on/americas. Acesso em: 20 maio 2022. – Insti tuto Smithsonian - Museu de História Natural deNova Iorque - Programa Origens Humanas. Disponível em: h� ps://humanorigins.si.edu/. Acesso em: 20 maio 2022. – Museu Nacional de Antropologia do México. Disponível em: h� ps://mna.inah.gob.mx/. Acesso em: 20 maio 2022. – Jogo de pistas. O mapa das especiarias. Disponível em: h� ps://www.canalcurtahistoria. com/conteudo-criati vidade/jogos-de-pistas%3A-o- -mapa-das-especiarias. Acesso em: 18 maio 2022. SAIBA MAIS • Pesquise sobre a Linha do Tratado de Tordesilhas. Mapa de Luís Texeira Disponível em: h� p://memoriasanti sta.com.br/wp- -content/uploads/2017/10/spiritosancto-1586-ca- -luis-teixeira-toteiro-todos-sinais-1.jpg. Acesso em: 18 maio 2022. • O que foi a Escola de Sagres? Qual a sua importância para as grandes navegações? Disponível em: h� ps://www.youtube.com/watch?- v=w7eT1X6pVHo. Acesso em: 18 maio 2022. • PATERKA, Lilian Aparecida. et al. Mudanças climáti - cas na atualidade - Discuti ndo o aquecimento global. Disponível em: h� ps://revista2.grupointegrado.br/ revista/index.php/sabios/arti cle/view/1576/546. Acesso em: 30 maio 2022. GLOSSÁRIO Eras glaciais são períodos signifi cati vos na história da Terra que ocorrem quando uma grande quanti dade de atmosfera e oceanos frios tomam conta da Terra. Fonte: h� ps://www.iag.usp.br/siae98/glaciais/gla- ciais.htm. Acesso em: 18 maio 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 216 COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA HABILIDADES ESPECÍFICA (EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a pro- dução do espaço em diferentes tempos, aplicando os princípios de localização, distribuição, ordem, exten- são, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem para o raciocínio geográfi co. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCHS206A) Estudar elementos, fatores e fe- nômenos (naturais, sociais e históricos) no espaço em diferentes escalas, uti lizando os conhecimentos cartográfi cos e geográfi cos para que ampliar o conhe- cimento de mundo e fazer extrapolações, analogias e comparações com o seu espaço de vivência. OBJETOS DE CONHECIMENTO Expansão maríti mo Europeia do século XV e XVI. Car- tografi a: escala cartográfi ca e escala geográfi ca. MÓDULO 1 BRASIL, FRONTEIRA E EXPANSÃO AULA COM RECURSOS AUDIOVISUAIS EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS EM SALA DE AULA: • EXIBIÇÃO DO FILME “1492: A CONQUISTA DO PARA- ÍSO” através do link h� ps://youtu.be/KSv7zlSIBVc, para que alcance uma noção fotográfi ca do processo de Expansão Maríti ma. LEVANTAMENTO DE CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ESTUDANTES ACERCA DA TEMATICA. Sugere-se a projeção e construção interati va de Pai- nel no Google Jamboard: “GRANDES NAVEGAÇÕES”. Fonte: Link disponível para a construção do Painel interati vo: h� ps://cu� .ly/UHInYI8. Acesso em 19 mai 2022. TEXTO: PIONEIRISMO LUSO Procuremos na escola de Sagres o parentesco espi- ritual da expressão “escola” fi losófi ca ou literária; escola de ambição, de entusiasmo, de extralimitação, de sacrifí cio cientí fi co a um ideal. Supôs-se durante muito tempo que na Vila do Infante, quer situada no Cabo de S. Vicente, quer no de Sagres, houvesse uma escola náuti ca, no senti do estrito da palavra, com mestres e discípulos, onde estes fossem instru- ídos nas regras duma nova ciência de navegação. O melhor conhecimento dos fatos desfez essa crença. Fonte: Disponível em h� ps://cu� .ly/THfImFV Acesso em 13 mai 2022. IMAGEM I: O contexto da imagem I é o pioneirismo português nas grandes navegações do século XV e XVI. A imagem relata grandes navegadores realizando uma leitura de mapa e de rotas comerciais. Fonte: Disponível em h� ps://cu� .ly/IHfIoOq Acesso em 13 mai 2022. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 217 IMAGEM II: A imagem II trata-se de um mapa das grandes rotas de navegações dos portugueses. Neste mapa é possível observar as principais cidades e mercadorias envolvidas nas grandes navegações. Fonte: Disponível em h� ps://cu� .ly/aHfPFa8 Acesso em 13 mai 2022. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Questão 01: Leia o trecho abaixo e responda: A construção das grandes embarcações e a organização de expedições maríti mas que passaram a explorar os oceanos nos séculos 14 e 15 dependeram do progresso da náuti ca, com o desenvolvimento de instrumentos e de técnicas de navegação. Isso tudo só pôde se concre- ti zar à medida que eram desti nadas expressivas somas de riquezas, as quais somente o tesouro de um Estado organizado e forte poderia suportar. Fonte: Veja mais em: h� ps://educacao.uol.com.br/disciplinas/ historiabrasil/expansao-maritima-portuguesa-o-pioneirismo- -portugues-no-seculo-15.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em 29 mai. 2023. O trecho acima ressalta (A) O pioneirismo português. (B) O pioneirismo francês. (C) O pioneirismo americano. (D) Os navios espanhóis. (E) Os navios ingleses. Questão 02: Leia o trecho abaixo e responda: Portugal também gozava de uma localização geográfi - ca privilegiada na península ibérica. Grande parte do seu território está voltada para o oceano Atlânti co. Essa posição geográfi ca, juntamente com as condições sociais e políti cas favoráveis, permiti ram ao país se projetar como potência maríti ma. Coube ao infante D. Henrique - fi lho de D. João 1o - as iniciati vas para fazer Portugal inaugurar as grandes navegações oceânicas. Fonte: Veja mais em: h� ps://educacao.uol.com.br/disciplinas/ historia-brasil/expansao-mariti ma-portuguesa-o-pioneirismo- -portugues-no-seculo-15.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em 29 mai.2023. Podemos destacar que (A) Portugal não ti nha uma localização privilegiada. (B) Portugal ti nha poucas saídas oceânicas. (C) Portugal é uma península e gozava de uma loca- lização privilegiada. (D) Portugal não é uma península e gozava de uma localização privilegiada. (E) Portugal ti nha poucas experiências com navios. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 218 SAIBA MAIS LINK DA VÍDEO AULA DE HISTÓRIA RELATIVA AO TEMA DO MÓDULO 1: CANAL NO YOU TUBE: h� ps://youtu.be/5l_QAJeKAJ0 MOMENTO ENEM Ati vidades complementares com foco nesta avaliação de larga escala. Aqui, vamos inserir somente ati vida- des que já foram uti lizadas no Enem. 01. (ENEM – 2020- adaptada) Leia o texto a seguir. “Porque todos confessamos não se pode viver sem alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e façam cada dia o pão que se come, e outros serviços que não são possíveis poderem-se fazer pelos Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria necessário deixar as confi ssões e tudo mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, justamente, por meios que as Consti tuições permitem, quando puder para nossos colégios e casas de meninos.” (LEITE. S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1938. Adaptado.) O texto explicita premissas da expansão ultrama- rina portuguesa ao buscar justi fi car a (A) propagação do ideário cristão. (B) valorização do trabalho braçal. (C) adoção do cati veiro na Colônia. (D) adesão ao asceti smo contemplati vo, (E) alfabeti zação dos indígenas nas Missões. 02- (ENEM – 2018- adaptada) Analise o fragmento a seguir. O encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, é de um ti po muito parti cular: é uma guerra – ou a Con- quista -, como se dizia então. E um mistério con- ti nua: o resultado do combate. Por que a vitória fulgurante, se os habitantes da América eram tão superiores em número aos adversários e lutaram no próprio solo? Se nos limitarmos à conquista do México – a mais espetacular, já que a civilização mexicana é a mais brilhante do mundo pré-co- lombiano – como explicar que Cortez, liderando centenas de homens, tenha conseguido tomar o reino de Montezuma, que dispunha de centenas de milhares de guerreiros? TODOROV, T. A conquista da América. São Paulo: Marti ns Fontes, 1991 (adaptado) No contexto da conquista, conforme análise apre- sentada no texto, uma estratégia para superar as disparidades levantadas foi (A) implantaras missões cristãs entre as comuni- dades submeti das. (B) uti lizar a superioridade � sica dos mercenários africanos. (C) explorar as rivalidades existentes entre os po- vos nati vos. (D) introduzir vetores para a disseminação de do- enças epidêmicas. (E) comprar terras para o enfraquecimento das teocracias autóctones. 03- (ENEM – 2016- adaptada) Atenção ao fragmento a seguir. Porque todos confessamos não se poder viver sem alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e façam cada dia o pão que se come, e outros serviços que não são possíveis poderem-se fazer pelos Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria necessário deixar as confi ssões e tudo mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, justamente, por meios que as Consti tuições permitem, quando puder para nossos colégios e casas de meninos. LEITE. S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro Civilização Brasileira. 1938 (adaptado) O texto explicita premissas da expansão ultrama- rina portuguesa ao buscar justi fi car a (A) propagação do ideário cristão. (B) valorização do trabalho braçal. (C) adoção do cati veiro na Colônia. (D) adesão ao asceti smo contemplati vo. (E) alfabeti zação dos indígenas nas Missões. 04- (ENEM 2018)- Um mapa é a representação reduzi- da e simplifi cada de uma localidade. Essa redução, que é feita com o uso de uma escala, mantém a proporção do espaço representado em relação ao espaço real. Certo mapa tem escala 1 : 58 000 000. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 219 Considere que, nesse mapa, o segmento de reta que liga o navio à marca do tesouro meça 7,6 cm. A medida real, em quilômetro, desse segmento de reta é a) 4 408. b) 7 632. c) 44 080. d) 76 316. e) 440 800. MÓDULO 2 BRASIL COLONIAL HABILIDADES ESPECÍFICA (EM13CHS601) Identi fi car e analisar as demandas e os protagonismos políti cos, sociais e culturais dos po- vos indígenas e das populações afrodescendentes (in- cluindo os/as quilombolas) no Brasil Contemporâneo considerando a história das Américas e o contexto de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico raciais no país. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCHS601A) Identi fi car as origens históricas dos povos indígenas e das populações afrodescendentes no Brasil, considerando textos e fontes históricas que trabalham o tema da escravidão para conhecer as ra- ízes da desigualdade étnico-racial no país, marcantes desde o período colonial até os dias atuais. OBJETOS DE CONHECIMENTO História Colonial Brasileira. TEXTO: COLONIZAÇÃO DO BRASIL (1531- 1822) CAPITANIAS HEREDITÁRIAS Disponível em: h� ps://cu� .ly/lHDhrjb. Acesso em: 20 maio 2022. As capitanias hereditárias foram a primeira tentati va da Coroa portuguesa de organizar a ocupação e colo- nização do Brasil. O sistema foi implantado na década de 1530 e consisti u em desti nar aos nobres portugueses o direito de explorar uma região chamada de capitania. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 220 Disponível em: h� ps://cu� .ly/EJp2WZ8. Acesso em: 30 maio 2022. Ciclos Econômicos do Brasil Neste arti go, vamos detalhar os principais ciclos econômicos do Brasil, parti ndo da colonização até o início do século XX. São eles os ciclos do pau-brasil, do ouro, da cana-de-açúcar, do café, do algodão e da borracha. É importante mencionar que, ainda que estudados separadamente, a delimitação dos perío- dos de início e término de cada ciclo tem fi nalidade pedagógica. Isso signifi ca dizer que algumas ati vidades econô- micas conti nuaram a ser desenvolvidas mesmo quan- do não eram determinantes para a economia do país. Logo, afi rmar que um dos ciclos econômicos do Brasil terminou em determinado ano não signifi ca que tenha desaparecido completamente do território nacional. Ciclo do Pau-Brasil O ciclo do pau-brasil tem seu período de duração esti mado entre os anos de 1500 e 1530. O início está associado com o chamado descobrimento do Brasil. Essa foi a primeira ati vidade de exploração do territó- rio brasileiro realizada pelos portugueses, que chega- ram no novo território em busca de metais preciosos. O pau-brasil era uma árvore abundante no ter- ritório brasileiro. Trata-se de uma planta nati va da Mata Atlânti ca que libera uma resina vermelha. Os portugueses identi fi caram o potencial desse corante para ti ngir tecidos e o da madeira para construção de inúmeros objetos. Para viabilizar a implementação da exploração do pau-brasil, os portugueses negociaram com as popu- lações indígenas o corte e transporte da madeira. O serviço era realizado mediante escambo com objetos e armas desconhecidos pela população nati va. Contu- do, tempos depois, eles resolveram potencializar os lucros e tentaram escravizar as populações indígenas. O declínio do ciclo do Pau-Brasil, que é o primeiro dos ciclos econômicos do Brasil, está associado com os confl itos gerados com a tentati va de escravização dos indígenas, escassez da madeira e valorização comer- cial de uma ati vidade agrícola que já era desenvolvida no país: culti vo da cana-de-açúcar. Ciclo da Cana-de-açúcar O segundo dos ciclos econômicos do Brasil tem a cana-de-açúcar como principal produto de aque- cimento da economia da colônia portuguesa. A emergência desse ciclo no território brasileiro está diretamente ligada com a valorização do açúcar no mercado europeu. As técnicas de planti o da cana já eram dominadas pelos portugueses, que culti vavam o produto em outras colônias. O ciclo da cana-de-açúcar tem duração esti mada entre o período que compreende a segunda metade do século XVI e o fi nal do século XVII. A ati vidade agrícola fi cou concentrada na região Nordeste do país, onde foram instalados os engenhos de cana-de-açú- car. Bahia e Pernambuco foram os principais centros de produção e onde acontecia a vida social, políti ca e econômica da colônia. Nesse período, a força de trabalho uti lizada é a dos povos negros escravizados, vigorava o sistema plantati on com adoção da monocultura. A produção de açúcar realizada no Brasil ti nha como fi nalidade o mercado externo. Ciclo do Ouro De acordo com historiadores, o ciclo do ouro re- presentou o ápice da economia brasileira no período colonial. A ati vidade de mineração no Brasil tem início no fi nal do século XVII com a descoberta das primeiras minas. Nesse período, o Nordeste perde a centralida- de que ti nha durante o ciclo da cana-de-açúcar. Agora as atenções se voltam para a região Sudeste. A exploração dos minérios de ouro acontece, principalmente, em Minas Gerais. Contudo, serão encontradas jazidas em Goiás e Mato Grosso. Mais CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 221 uma vez, todas as riquezas encontradas no país são direcionadas para a Europa. O trabalho escravo ainda se consti tui como a mão de obra que viabiliza o de- senvolvimento da ati vidade econômica. O terceiro dos ciclos econômicos do Brasil gera riquezas não somente para os donos das minas, mas também para a Coroa Portuguesa, que cobrava impos- to sobre as riquezas encontradas. Durante o ciclo do ouro acontece a Inconfi dência Mineira. O declínio da mineração se deu devido ao esgotamento das jazidas. Fonte: O algodão produzido no Brasil abastecia a indústria têxti l europeia (Imagem: Pixabey) Ciclo do Algodão A Revolução Industrial, em especial na Inglaterra, cria uma enorme demanda por matéria prima para suprir a indústria têxti l. Nesse contexto, o algodão passa a ser considerado o ouro branco e se torna o produto principal de mais um dos ciclos econômicos do Brasil. A produção brasileira se concentra nos es- tados de Pernambuco, Bahia, São Paulo e Ceará. Para alguns historiadores, o período que compre- ende o ciclo do algodão - XVIII até o começo do XIX - é o chamado Renascimento Agrícola. Isso porque muitos produtos tropicais passam a ter destaque na produção nacional. Isso acontecedevido ao aumento da demanda da Europa. Ciclo do Café Se o algodão fi cou conhecido como ouro branco, o café será o ouro negro. As primeiras mudas da planta chegam ao Brasil ainda no fi nal do século XVIII, mas o ápice do quinto dos ciclos econômicos do Brasil se dá no século seguinte. Fonte: Disponível em h� ps://cu� .ly/gJadF7s Acesso em 30 mai 2022. Texto II Casa-grande & senzala aborda especialmente aspectos relacionados a miscigenação, ocorrida com tanta intensidade potencialmente porque havia pou- cas mulheres brancas disponíveis na colônia. A igreja Católica, diante desse cenário de escassez, incenti vou o casamento de portugueses com indígenas (jamais com negras).Mito da democracia racial: apesar da polêmica do termo, o qual se deve salientar que Freyre não o usa, o esquema casa-grande x senzala retrata uma relação que, no agregado, parece ser harmôni- ca e permite a mobilidade social sem considerar os preconceitos de raça. Freyre registra sim a violência escravagista, mas ao valorizar a visão da casa-grande em detrimento da visão a parti r da senzala apresenta um quase idílico retrato do Brasil. Desse modo, obs- curece o papel do racismo em forjar as desigualdades inerentes (e ainda presentes) na sociedade brasileira. Fonte: Disponível em h� ps://cu� .ly/uJagKmv Acesso em 30 mai 2022. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Questão 01: O período colonial no Brasil teve início em: a) 1530 b) 1500 c) 1600 d) 1589 e) 1630 Questão 02: No período pré-colonial a ati vidade eco- nômica que teve maior destaque foi: a) pau-brasil b) mineração c) cana-de-açúcar d) café e) algodão Questão 03: A primeira capital do Brasil foi: a) São Paulo b) Rio de Janeiro c) Salvador d) São Luís e) Brasília Questão 03: (Fuvest) No Brasil colonial, a escravidão caracterizou-se essencialmente: a) por sua vinculação exclusiva ao sistema agrário exportador; b) pelo incenti vo da Igreja e da Coroa à escravidão de índios e negros; c) por estar amplamente distribuída entre a popula- ção livre, consti tuindo a base econômica da socie- dade; d) por desti nar os trabalhos mais penosos aos negros e mais leves aos índios; e) por impedir a emigração em massa de trabalha- dores livres para o Brasil. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 222 SAIBA MAIS LINK DA VÍDEO AULA DE HISTÓRIA RELATIVA AO TEMA DO MÓDULO 2: CANAL NO YOU TUBE (SEDUC EM AÇÃO): h� ps:// www.youtube.com/watch?v=v0FGtAgasMw ATIVIDADE EXTRA 01. PROPOSTA CONSTRUÇÃO DE TEXTO ANALÍTICO. A INTENCIONALIDADE PEDAGOGICA DESTA ATIVI- DADE É ANALISAR AS PRINCIPAIS CARACTERISIT- CAS DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL. 02. A proposta do texto parti ra da música da banda Legião urbana. Ouça a música abaixo e relaciona com a ideia do descobrimento do Brasil. Nome da música: “nos deram espelhos, e vimos um mundo doente” (Índios_ Legião Urbana)- O link da música está disponível em: h� ps://youtu.be/ z5r9PuLa2f4. 03. Assista ao trecho a Minissérie “A Muralha”. A in- tencionalidade pedagógica é identi fi car elementos para análise de contexto acerca do período do descobrimento do Brasil. O link da minissérie está disponível em h� ps://cu� .ly/fHD� Kp. Acesso em 20 mai 2022. 04. Por fi m, proponha a construção a construção in- dividual de um texto acerca do descobrimento. Fonte: Imagem: Minissérie A Muralha. Disponível em h� ps:// cu� .ly/fHD� Kp Acesso em 20 mai 2022. MOMENTO ENEM Ati vidades complementares com foco nesta avaliação de larga escala. Aqui, vamos inserir somente ati vida- des que já foram uti lizadas no Enem. 01. (ENEM - 2021-ADAPTADA) Leia o texto a seguir. Eu, Dom João, pela graça de Deus, faço saber a V. Mercê que me aprouve banir para essa cidade vários ciganos — homens, mulheres e crianças — devido ao seu escandaloso procedimento neste reino. Tiveram ordem de seguir em diversos na- vios desti nados a esse porto, e, tendo eu proibido, por lei recente, o uso da sua língua habitual, or- deno a V. Mercê que cumpra essa lei sob ameaça de penalidades, não permiti ndo que ensinem dita língua a seus fi lhos, de maneira que daqui por diante o seu uso desapareça. TEIXEIRA, R. C. História dos ciganos no Brasil. Recife: Núcleo de Estudos Ciganos, 2008. A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia americana, em 1718, apresentava um tra- tamento da identi dade cultural pautado em (A) converter grupos infi éis à religião ofi cial. (B) suprimir formas divergentes de interação so- cial. (C) evitar envolvimento estrangeiro na economia local. (D) reprimir indivíduos engajados em revoltas nati vistas. (E) controlar manifestações ar� sti cas de comuni- dades autóctones. 02. (ENEM - 2021-ADAPTADA) Leia o texto a seguir. De um lado, ancorados pela práti ca médica euro- peia, por outro, pela terapêuti ca indígena, com seu amplo uso da fl ora nati va, os jesuítas foram os reais iniciadores do exercício de uma medicina híbrida que se tornou marca do Brasil colonial. Al- guns religiosos vinham de Portugal já versados nas artes de curar, mas a maioria aprendeu na práti ca diária as funções que deveriam ser atribuídas a um � sico, cirurgião, barbeiro ou boti cário. GURGEL, C. Doenças e curas: o Brasil nos primeiros séculos. São Paulo: Contexto, 2010 (adaptado). Conforme o texto, o que caracteriza a construção da práti ca medicinal descrita é a (A) adoção de rituais místi cos. (B) rejeição dos dogmas cristãos. (C ) superação da tradição popular. (D) imposição da farmacologia nati va. (E) conjugação de saberes empíricos. 03. (ENEM 2019) A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 10 de de- zembro de 1948, foi um acontecimento histórico de grande relevância. Ao afi rmar, pela primeira vez em escala planetária, o papel dos direitos huma- CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 223 nos na convivência coleti va, pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção de vida internacional. LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008. A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção nas relações internacionais ao possi- bilitar a: a) superação da soberania estatal. b) defesa dos grupos vulneráveis. c) redução da truculência belicista. d) impunidade dos atos criminosos. e) inibição dos choques civilizacionais MÓDULO 3 COLONIZAÇÃO HABILIDADES ESPECÍFICA (EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a pro- dução do espaço em diferentes tempos, aplicando os princípios de localização, distribuição, ordem, exten- são, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem para o raciocínio geográfi co. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCHS206B) Identi fi car os diferentes ti pos de ocupação e produção do espaço geográfi co, compa- rando entre os países desenvolvidos, os países emer- gentes e os países subdesenvolvidos para analisar a dinâmica da paisagem geográfi ca (urbana e rural) de acordo com o nível de produção econômica e social nos diferentes países e conti nentes no mundo. OBJETOS DE CONHECIMENTO Colonização portuguesa no Brasil. Mineração no Brasil Colonial “Durante os dois primeiros séculos da Colonização do Brasil, a ati vidade econômica estava relacionada principalmente com o modelo agropastoril, sobretudo ao sistema da plantati on, desenvolvido no Nordeste, isto é, ao culti vo de grandes lati fúndios monocultores, como o da cana-de-açúcar. A razão para isso vinha do fato de que, ao contrário dos espanhóis, que encon- traram com maior facilidade outras fontes de riqueza, como metais preciosos, em suas colônias americanas; no Brasil, a obtenção de lucros com pedras e metais preciosos só ocorreu no século XVIII, via prospecção, no interior do território. As condições para o desenvolvimento da mine- ração no Brasil foram dadas pelo processo de des- bravamento do interior da colônia operado pelas de- nominadas Entradas e bandeiras, que consisti am em expedições armadas quesaíam da Capitania de São Paulo rumo ao sertão, com o objeti vo de apresar ín- dios, destruir quilombos e encontrar metais preciosos. No ano de 1696, uma dessas expedições conseguiu encontrar jazidas de ouro nas regiões montanhosas de Minas Gerais, onde teve início a ocupação do Vale do Ouro Preto. Nessa e em outras regiões de Minas (e depois em Goiás e no Mato Grosso), o ouro, inicialmente, era encontrado na forma de aluvião – um ti po sedimenta- do do metal solvido em depósitos de cascalho, argila e areia. Logo em seguida, começou-se a exploração de rochas localizadas nas encostas das montanhas, empregando-se a técnica conhecida como grupiara. Grandes sistemas de prospecção foram construídos, desde escavações das encostas até canais de drena- gem e venti lação. A exploração do ouro em Minas desencadeou uma grande onda migratória de portugueses e de pessoas de outras regiões da colônia no século XVII. Cerca de 30 a 50 mil aventureiros vieram em direção às minas à procura de enriquecimento. A densidade populacional aumentou sobremaneira nessa região e aumentaria ainda mais com a presença dos escravos que, encarre- gados do trabalho braçal, passaram a compor a base da sociedade mineradora, como aponta o historiador Boris Fausto: “Na base da sociedade estavam os escravos. O trabalho mais duro era da mineração, especialmente quando o ouro do leito dos rios escasseou e teve de ser buscado nas galerias subterrâneas. Doenças como a disenteria, a malária, as infecções pulmonares e as mortes por acidentes foram comuns. Há esti mati vas de que a vida úti l de um escravo minerador não pas- sava de sete a doze anos. Seguidas importações aten- deram às necessidades da economia mineira, inclusive no senti do de substi tuir a mão de obra inuti lizada.” [1] Além da formação de uma nova composição so- cial, houve também um novo sistema de fi scalização, desenvolvido pela Coroa Portuguesa especialmente para a ati vidade mineradora. Esse sistema começava com a políti ca de distribuição das terras, que eram reparti das em datas ou lotes para exploração. Cada arrendatário de um lote ti nha o direito de explorar as jazidas de seu domínio, desde que respeitasse o Regimento dos Superintendentes, Guardas-Mores e Ofi ciais Deputados para as minas de Ouro, que foi elaborado em 1702. Esse regimento criou a Intendên- cia das Minas, um ti po de governo especial vinculado diretamente a Lisboa. A primeira resolução da Intendência das Minas foi esti pular a porcentagem do tributo da riqueza obti da em cada jazida. A primeira forma de tributo foi o quin- to, isto é, 20% do que era produzido na prospecção deveria ser remeti do à Coroa Portuguesa. Entretanto, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 224 esse sistema mostrou-se muito vulnerável e passível de fraudes, fato que obrigou a coroa a esti pular outro sistema, o da fi nta, que consisti a na remessa de 30 arrobas anuais de ouro para a Coroa. Houve ainda a criação das Casas de Fundição, cujo objeti vo era transformar todo o ouro extraído em barras, na pró- pria colônia, após ter sido reti rada a quinta parte, que era remeti da à Coroa. Só depois desse processo, os mineradores ti nham o direito de negociar a parte que lhe restava. Mais adiante, a coroa portuguesa ainda associou aos tributos um sistema de capitação, que esti pulava também porcentagens sobre as posses do minerador, como os seus escravos. Além disso, o governo por- tuguês criou o sistema da derrama, uma espécie de cobrança retroati va dos quintos atrasados e de um imposto a mais sobre aqueles que eram cobrados. Essas medidas acabaram por resultar em alguns con- fl itos coloniais, como a Revolta de Vila Rica, em 1720, e a Guerra dos emboabas. Na década de 1730, houve, ainda em Minas, a criação do Distrito diamanti no, que passou a ser di- rigido pela Intendência dos Diamantes. O objeti vo era estabelecer o controle sobre a administração da extração de diamantes, tal como já havia sido feito com o ouro.” Disponível em h� ps://cu� .ly/gJj5eep Acesso em 01 jun 2022. Período Pombalino O chamado Período Pombalino compreende os anos 1750-1777, quando o ministro de Estado por- tuguês Marquês de Pombal implementou inúmeras melhorias no Império. A parti r do século XVII, o Iluminismo, movimento fi losófi co surgido nesse período, infl uenciou mudan- ças não somente em seu berço, a Europa, mas em outras regiões do mundo que estavam sob o domínio europeu naquele momento. Em linhas gerais, os iluministas defendiam a valo- rização da razão humana, capaz de gerar o conheci- mento que levaria ao progresso. Suas ideias contes- tavam valores e práti cas do Anti go Regime, como o absoluti smo, que concentrava o poder nas mãos de um governante, o monarca. No entanto, no século XVIII, como estratégia para ganhar ainda mais poder, alguns monarcas europeus – na Áustria, em Portugal, na Prússia e na Rússia, por exemplo – incorporaram aspectos iluministas em seus governos, gerando o fenômeno conhecido como des- poti smo esclarecido. No caso de Portugal, o principal representante do despoti smo esclarecido foi o ministro Marquês de Pombal, que atuou durante o reinado de D. José I (1750-1777). Assim que assumiu o cargo, Pombal deu início a uma série de reformas no Império Português, o que incluía sua aplicação no Brasil, colônia portu- guesa, Um dos principais objeti vos dessas reformas era solucionar os problemas econômicos de Portugal à época, decorrentes de fatores como o Tratado de Methuen, assinado em 1703, que aumentou a depen- dência econômica portuguesa em relação à Inglaterra. Sebasti ão José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Assim, buscando ampliar os lucros de Portugal por meio das ati vidades coloniais, num período em que a mineração se destacava como ati vidade econômica na colônia portuguesa na América, dando destaque à região das Minas Gerais, a administração pombalina pôs em práti ca suas medidas. Uma delas foi a criação de companhias de comércio, especifi camente a Com- panhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão e Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba, para promover o desenvolvimento econômico do Norte e a retomada do desenvolvimento das ati vidades de- senvolvidas no Nordeste da Colônia. Ainda, a criação dessas companhias monopolistas buscava proteger os mercadores portugueses e dar a eles melhores condições de competi ção no mercado internacional. Outra das medidas tomadas durante a adminis- tração pombalina foi a exti nção do sistema de capita- nias hereditárias e transferência da capital da Colônia, antes em Salvador, para o Rio de Janeiro, região mais próxima a Minas Gerais. Também em relação à ati vi- dade mineradora, Pombal determinou o aumento dos impostos cobrados – o que infl uenciou o surgimento de revoltas coloniais como a Conjuração Mineira. Uma das reformas de Pombal que mais marcaram sua administração foi a expulsão dos jesuítas do Brasil. Com isso, seguindo a tendência iluminista da época, pretendia diminuir a infl uência da Igreja Católica em diversos âmbitos do coti diano de Portugal e de sua colônia na América, incluindo o ensino, que deixou de CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 225 ser conduzido pela insti tuição religiosa e passou a ser conduzido pelo Estado. Ademais, Pombal pôs fi m à perseguição às pessoas converti das ao cristi anismo, os cristãos novos, e proibiu a escravização de indígenas. Pombal manteve-se no poder até a morte de D. José I, em 1777. O ministro foi demiti do por Maria I, fi lha e sucessora do rei. Algumas das medidas pomba- linas, como as companhias de comércio, foram exti n- tas no governo de Maria I, enquanto outras, como o desenvolvimento manufatureiro de Portugal, ti veram conti nuidade. O processo de reformas pombalinas au- mentou a dominação da metrópole sobre a colônia americana, o que, ainda no século XVIII, desencadeou movimentos contra essa dominação, como a Conju- ração Mineira. Fonte: Disponível em h� ps://cu� .ly/OJkwxzBAcesso em 01 jun 2022. Período Joanino O Período Joanino refere-se ao momento da histó- ria da colonização brasileira marcado pela presença da família real portuguesa no Brasil. Essa época específi ca foi iniciada em 1808, quando a Corte portuguesa e D. João VI chegaram ao Brasil, e estendeu-se até 1821, quando esse rei, pressionado pelas cortes portugue- sas, optou por retornar para Portugal. Durante esse período, a família real portuguesa habitou a cidade do Rio de Janeiro. Por que a família real portuguesa se mudou para o Brasil? A mudança da família real portuguesa para o Brasil estava relacionada com os acontecimentos na Euro- pa durante o Período Napoleônico. Como forma de enfraquecer economicamente a Inglaterra, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Conti nental, que con- sisti a na proibição às nações europeias de comercia- lizar com a Inglaterra. Segundo essa políti ca estabelecida por Napoleão, as nações que não aderissem ao bloqueio seriam mi- litarmente invadidas pelas tropas francesas. Portugal não aceitou aderir a esse bloqueio, justamente porque a Inglaterra era sua maior aliada políti ca e econômica. Para fechar essa brecha existente, Napoleão ordenou a invasão da Península Ibérica em 1807. Com a invasão francesa, Napoleão desti tuiu o rei espanhol e colocou seu irmão, José Bonaparte, no trono espanhol. Durante a invasão napoleônica em Portugal, D. João VI optou por fugir da presença das tropas francesas e, assim, realizou o embarque às pressas com tudo o que pudesse carregar para o Brasil. A respeito disso, segue o relato de Boris Fausto: Entre 25 e 27 de novembro de 1807, cerca de 10 a 15 mil pessoas embarcaram em navios portugue- ses rumo ao Brasil, sob a proteção da frota inglesa. Todo um aparelho burocráti co vinha para a Colônia: ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha, membros do alto clero. Seguiam também o tesouro real, os arquivos do governo, uma máquina impressora e várias bibliotecas que seriam a base da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro|1|. A expedição portuguesa era composta de 46 em- barcações, que foram escoltadas até a costa brasileira pela Marinha inglesa. A viagem foi cheia de percalços, como uma tempestade que separou parte dos navios, a falta de comida por causa da quanti dade de pessoas e, de acordo com os historiadores, um surto de piolhos que forçou as mulheres a rasparem os cabelos. D. João VI e todas a Corte portuguesa chegaram ao Brasil, na região de Salvador, em janeiro de 1808. No mês seguinte, o rei português embarcou para a cidade do Rio de Janeiro, chegando a essa cidade em março. Do Rio de Janeiro, D. João VI governaria Portugal e o Brasil até 1821, quando, então, retornou à Europa. Quais grandes mudanças ocorreram com a che- gada de D. João VI ao Brasil? Assim que chegou ao Brasil, D. João VI tomou a primeira medida de relevância: a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Isso aconteceu no dia 28 de janeiro de 1808 e iniciou todas as mudanças que estavam por vir. A abertura dos portos brasileiros às nações amigas signifi cava, na práti ca, que a única nação a se benefi ciar disso seria a Inglaterra, dona de um gigantesco comércio maríti mo. Essa medida signifi cou o fi m do monopólio comer- cial exercido por Portugal sobre as ati vidades econô- micas do Brasil e permiti a aos comerciantes e grandes proprietários brasileiros negociar diretamente com seus compradores estrangeiros. Para Portugal, essa medida era resultado de uma necessidade óbvia, uma vez que, com a ocupação francesa, seria impossível comercializar com os portos portugueses. Outras decisões importantes tomadas por D. João VI foram a permissão para instalar manufaturas no Brasil e a criação de incenti vos para que essas ma- nufaturas surgissem. Apesar dessa medida ser extre- mamente importante, as mercadorias manufaturadas produzidas no Brasil sofriam com a concorrência das mercadorias inglesas, que possuíam mais qualidade e um preço atrati vo (Portugal taxou as mercadorias inglesas em apenas 15% de imposto alfandegário). Por ordem de D. João VI, foram desenvolvidas fa- culdades de medicina em Salvador e no Rio de Janeiro. Além disso, construíram-se museus, teatros e bibliote- cas, e foi permiti da a instalação de uma ti pografi a na cidade do Rio de Janeiro. Tudo isso contribuiu para o crescimento do intelectualismo no Brasil e possibilitou a circulação de ideias, sobretudo na capital. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 226 Esse crescimento do intelectualismo no Brasil acabou incenti vando a vinda de intelectuais e arti s- tas estrangeiros notáveis daquele período, como a viagem do botânico e naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire e a Missão Ar� sti ca Francesa, que trou- xe importantes arti stas franceses, com destaque para Debret e suas pinturas sobre o Rio de Janeiro. No entanto, a medida mais importante tomada por D. João ocorreu em 1815, quando o Brasil foi ele- vado à condição de Reino e, assim, surgiu o Reino de Portugal, Brasil e Algarves. Isso aconteceu porque as nações integrantes do Congresso de Viena considera- vam inaceitável que um rei europeu esti vesse em uma colônia e não em seu reino de fato. Como resposta, D. João VI tomou essa medida e transformou o Brasil em parte integrante do reino português. Além de permiti rem o desenvolvimento econômi- co e intelectual do Rio de Janeiro, todas essas mudan- ças resultaram no aumento populacional da cidade do Rio de Janeiro, que passou de 50 mil habitantes, em 1808, para 100 mil habitantes em 1822. Como foi a políti ca externa de D. João durante o Período Joanino? Enquanto esteve presente no Brasil, D. João VI envolveu-se diretamente em questões territoriais com nações vizinhas e territórios vizinhos dominados por nações estrangeiras. Primeiramente, houve a invasão da Guiana Francesa, realizada em 1809. D. João VI ordenou essa ocupação, junto com tropas inglesas, como represália à ocupação de Portugal pelos france- ses. A presença lusitana na Guiana Francesa estendeu- -se até 1817, quando essa região foi devolvida para a França após a derrota de Napoleão. Outra questão muito importante, e que gerou impactos no Brasil após a independência, foi o con- fl ito pela Cisplati na. Por ordem de D. João VI, a Banda Oriental do Rio da Prata (atual Uruguai) foi invadida e anexada ao território brasileiro em 1811. Pouco tempo depois, em 1816, foram travadas guerras contra José Arti gas, que lutava pela independência do Uruguai. Como foi o retorno de D. João VI para Portugal? O retorno da Corte portuguesa a Portugal decor- reu das pressões que D. João VI passou a sofrer da bur- guesia portuguesa a parti r de 1820. Nesse momento, era iniciada a Revolução Liberal do Porto, na qual a burguesia formou as cortes portuguesas (espécie de assembleia) e passou a exigir mudanças em Portugal de acordo com os princípios liberais e ilustrados em voga. Os liberais portugueses queriam que algumas mu- danças fossem implantadas com a fi nalidade de recu- perar a economia portuguesa. As principais exigências das cortes portuguesas eram o rebaixamento do Brasil novamente à condição de colônia e o retorno imediato de D. João VI para Portugal. Essas pressões exercidas pelas cortes portuguesas forçaram o rei a retornar por causa do temor de perder o trono português. D. João VI retornou para Portugal com aproxima- damente quatro mil pessoas em 1821, no entanto, deixou seu fi lho D. Pedro, futuro D. Pedro I, como regente do Brasil. As tensões provocadas pelas cortes portuguesas com o Brasil e D. Pedro criaram a ruptura que deu início ao processo de independência do Brasil. Fonte: Disponível em h� ps://cu� .ly/6JktlxY Acesso em 01 jun 2022. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 01. (UNIP) Após a restauração Portuguesa, ocorrida em 1640: a) as relações entre Portugal e o Brasil tornaram- -se mais liberais; b) a autonomia administrati va do Brasil foi am-pliada; c) o Pacto Colonial luso enrijeceu-se; d) os capitães-donatários forma substi tuídos pelos vice-reis; e) a justi ça colonial passou a ser exercida pelos “homens novos”. 02. (Enem-2016) O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das outras situações de contestação políti ca na América Portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente não tocou somente na con- dição, ou no instrumento, da integração subordi- nada das colônias no império luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais (1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência. JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000. A diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-se na pretensão de a) eliminar a hierarquia militar. b) abolir a escravidão africana. c) anular o domínio metropolitano. d) suprimir a propriedade fundiária. e) exti nguir o absoluti smo monárquico. 03. (UEL) No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na: a) ocupação das áreas litorâneas b) expulsão do assalariado do campo c) formação e exploração dos minifúndios d) fi xação do escravo na agricultura e) expansão para o interior CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 227 SAIBA MAIS LINK DA VÍDEO AULA DE HISTÓRIA RELATIVA AO TEMA DO MÓDULO 3: CANAL NO YOU TUBE: h� ps://youtu.be/yGo- DA5WhMbk HABILIDADES ESPECÍFICA (EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a pro- dução do espaço em diferentes tempos, aplicando os princípios de localização, distribuição, ordem, exten- são, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem para o raciocínio geográfi co. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCHS206B) Identi fi car os diferentes ti pos de ocupação e produção do espaço geográfi co, compa- rando entre os países desenvolvidos, os países emer- gentes e os países subdesenvolvidos para analisar a dinâmica da paisagem geográfi ca (urbana e rural) de acordo com o nível de produção econômica e social nos diferentes países e conti nentes no mundo. OBJETOS DE CONHECIMENTO Modo de Produção Escravista e a Escravidão no Brasil colonial. MÓDULO 4 ESCRAVIDÃO NO BRASIL TEXTO I Escravidão no Brasil A parti r do século XVI o tráfi co de africanos para o Brasil tornou- se um negócio altamente lucrati vo para comerciantes dos dois lados do Atlânti co. Pri- meiramente, o tráfi co era realizado por comerciantes portugueses, que foram sendo substi tuídos por bra- sileiros até que, no século XVIII, estes passaram a ter o domínio sobre os negócios do tráfi co. O tráfi co transatlânti co de escravizados mobilizava um grande número de pessoas e de capital. Para se ter uma idéia aproximada, calcula-se que cerca de 11 milhões de africanos foram trazidos à força para as Américas na condição de escravizados entre os sé- culos XVI e XIX. Este número não inclui aqueles que morreram durante os violentos processos de apresa- mento e de embarque na África, nem aqueles que não sobreviveriam à travessia do Atlânti co. Destes, mais de um terço, ou cerca de 4 milhões foram trazidos para o Brasil. O que evidencia o alto grau de comprometi mento dos brasileiros com o tráfi co de escravizados. Como vimos no Módulo anterior, apesar da escravidão não ser desconhecida na África, o tráfi co de escravos ins- ti tuiu uma nova modalidade de escravidão. Quando o navio negreiro aportava, eram embar- cados no porão em grupos de 300 a 500 indivíduos, em uma viagem que poderia durar de 30 a 50 dias. Para que coubessem mais pessoas, os suprimentos eram diminuídos. Desembarcados no Brasil, nos por- tos de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Vicente, os africanos escravizados eram distribuídos para as diferentes localidades para realizar todo ti po de tra- balho. Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e, posteriormente, no trabalho nos en- genhos de cana-de-açúcar. Depois, foram levados para o interior do território e regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação de gado, no culti vo de cacau, nas charqueadas, na exploração das “drogas do sertão”. Trabalhavam também no serviço domésti co, nas construções pú- blicas de todos os ti pos e no comércio de gêneros alimen� cios. É fundamental sublinhar que os povos africanos ti veram um papel ati vo na colonização e povoamento do Brasil, que foram realizados por eles e seus des- cendentes, juntamente com a população indígena escravizada. Fonte: Disponível em: h� ps://ceao.u� a.br/sites/ceao. u� a.br/fi les/livro2_historiadonegro-simples04.08.10.pdf. Acesso em 29 mai. 2023. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Questão 01: A identi dade negra não surge da tomada de consci- ência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e (ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo pro- cesso histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do conti nente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercanti listas com a África, ao tráfi co negreiro, à escravidão e, enfi m, à colonização do conti nente africano e de seus povos. K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identi dade negra no Brasil. In: Diversidade na educação: refl exões e experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. Com relação ao assunto tratado no texto acima, é correto afi rmar que: a) a colonização da África pelos europeus foi simultâ- nea ao descobrimento desse conti nente. b) a existência de lucrati vo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse conti nente. c) o surgimento do tráfi co negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 228 d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna. e) a colonização da África antecedeu as relações co- merciais entre esse conti nente e a Europa. Questão 02: A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela po- deria desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade. NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado). No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto políti co sobre como deveria ocorrer o fi m da escravidão no Brasil, no qual: a) copiava o modelo haiti ano de emancipação negra. b) incenti vava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais. c) optava pela via legalista de libertação. d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores. e) antecipava a libertação paternalista dos cati vos. MOMENTO ENEM Ati vidades complementares com foco nesta avaliação de larga escala. Aqui, vamos inserir somente ati vida- des que já foram uti lizadas no Enem. 01. (ENEM-2021) Leia os textos a seguir. Texto I Fonte: EIGENHEER, E. M. Lixo: a limpeza urbana através dos tem- pos. Porto Alegre: Gráfi ca Palloti , 2009. Texto II A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente desti nada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois das dez horas, os escra- vos conhecidos popularmente como “ti gres” levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio. KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2000. A ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma práti ca do coti diano nas cidades no Brasil nos séculos XVIII e XIX caracterizada pela (A) valorização do trabalho braçal. (B) reiteração das hierarquias sociais.(C) sacralização das ati vidades laborais. (D) superação das exclusões econômicas. (E) ressignifi cação das heranças religiosas. 02. (ENEM- 2020) O fenômeno histórico conhecido como “tráfi co de co- olies” esteve associado diretamente ao período que vai do fi nal da década de 1840 até o ano de 1874, quando milhares de chineses foram encaminhados principalmente para Cuba e Peru e muitos abusos no recrutamento de mão de obra foram identi fi cados. O tráfi co de coolies ou, em outros termos, o transporte por meios coati vos de mão de obra de um lugar para outro, foi comparado ao tráfi co africano de escravos por muitos periodistas e analistas do século XIX. SANTOS, M. A. Migrações e trabalho sob contrato no século XIX. História. n. 12, 2017. A comparação mencionada no texto foi possível em razão da seguinte característi ca: (A) Oferta de contrato formal. (B) Origem étnica dos grupos de trabalhadores. (C) Conhecimento das tarefas desenvolvidas. (D) Controle opressivo das vidas dos indivíduos. (E) Investi mento requerido dos empregadores.