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Todos os direitos reservados ao Master Juris. www.masterjuris.com.br P ág in a1 Curso/Disciplina: Direito Civil - Parte Geral Aula: Vigência e Revogação. Professor (a): Rafael da Mota Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 02 LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 2. Vigência É possível que norma tenha vigência sem ter vigor. Isso ocorre quando há período de vacatio legis. Vigor e vigência também podem coincidir, o que ocorre quando a norma publicada não tem período de vacatio legis. É possível que norma tenha vigor sem ter vigência, ou seja, que continue produzindo efeitos mesmo após ter sido revogada. CC, art. 2035 - A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução. Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos. O art. diz que regula o plano da validade dos negócios jurídicos a norma em vigor na data da celebração. Ex: celebra-se negócio jurídico durante o vigor da Lei X. Mais à frente, quando se quer discutir algo do plano da validade dele, a Lei X já foi revogada e está em vigor a Lei Y. Aplica-se a Lei X. Para o plano da validade dos atos jurídicos em sentido lato, usa-se sempre a norma que estava em vigor à época da celebração. Ex: celebrou-se negócio jurídico em 2001, quando estava em vigor o CC/16. O CC/02 entrou em vigor em 11.01.2003. Em 2004 quis-se discutir algo no plano da validade do negócio jurídico. A norma a ser aplicada é do CC/16, por mais que ele já tenha sido revogado pelo CC/02. O CC/16 não tem vigência, pois foi revogado em 11.01.2003. Porém, ainda está em vigor para regular o plano da validade dos negócios celebrados à época de sua vigência. Essa é a ultra-atividade da norma. A norma tem vigor sem ter vigência. Ela continua produzindo efeitos mesmo após ter sido revogada. LINDB, art. 1º - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm#art2045 Todos os direitos reservados ao Master Juris. www.masterjuris.com.br P ág in a2 §1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. §2º (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). §3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. §4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Se, após a publicação da lei, ocorreu correção do seu texto no período de vacatio legis, há nova contagem desse período. Não há lei nova. A nova contagem é só para o dispositivo que foi modificado, salvo disposição em contrário na lei alteradora. Nesse caso, continua a contagem normalmente. Quando o CPC/15 estava no período de vacatio legis, ocorreu uma modificação no sistema de admissibilidade recursal dos Tribunais Superiores. Haveria nova contagem só para o dispositivo que foi alterado, mas houve disposição em contrário, continuando a contagem normalmente. A lei fez a modificação e a ressalva de que não haveria contagem de novo período de vacatio para o dispositivo, continuando-se normalmente a contagem. Obs: correção a texto de lei já em vigor é por lei nova. A lei nova, após o vigor, é para qualquer finalidade. 3. Revogação LINDB, art. 2º - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. - Princípio da continuidade dos efeitos da norma. §1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. §2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. §3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Revogação parcial de norma por outra, modificação: derrogação. Revogação integral de norma por outra: ab-rogação. Lei sobre a Copa do Mundo de 2014 no Brasil: a vigência era temporária. A revogação de uma norma tem sempre de ser expressa ou pode haver a tácita? A expressa é admitida. O Direito brasileiro admite a revogação tácita da norma? LINDB, art. 2º, §1º. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art4
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