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Introdução ao Decreto-Lei 4.657/42

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Aula1 - Luciano Masson - Decreto-Lei 4657/42
1. INTRODUÇÃO
Nesta aula, será dado início a abordagem da Parte Geral do Código Civil, bem como do Decreto-Lei 4.657/42 (Leis de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB).
2.  BIBLIOGRAFIA
É necessário que o candidato escolha obras direcionadas para concursos públicos. Há boas obras de Direito Civil, que contém de cinco a sete volumes de Direito Civil, porém não são recomendadas para o estudo para concursos.
Duas obras consideradas ótimas para concursos públicos são:
Código Civil para concursos: doutrina, jurisprudência e questões de concursos. Cristiano Chaves de Farias e outros. Editora Juspodivm. 7ª Edição, 2018. Capa branca.
Essa obra é recomendada porque se trata de um Código Civil, em que, primeiro, são apresentados os artigos e, em seguida, são apresentados comentários breves, com questões de concursos públicos e jurisprudência sobre o tema.
Trata-se de uma obra mais objetiva, não fazendo uma abordagem mais profunda sobre os temas, o que faz o candidato efetuar um estudo mais direto e mais rápido.
Manual de Direito Civil (Volume Único). Flávio Tartuce. Editora Método. 8ª Edição, 2018.
Trata-se de obra mais densa, com análise doutrinária mais profunda. A obra dispõe de muita jurisprudência, contando com decisões do STJ recentes. Além disso, é volume único, o que ajuda na consulta. A obra não dispõe de questões de concurso, porém dialoga bastante com o direito constitucional.
3.  DECRETO-LEI 4.657/42
Nesse tópico, serão estudados os temas: vacatio legis, vigência da norma, princípios da obrigatoriedade e continuidade da lei, revogação e repristinação da norma, vedação ao non liquet.
O Decreto-Lei 4.657/42 é a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, tratando-se de uma norma que versa sobre normas, como vigência, aplicação, aspecto temporal das normas, extraterritorialidade em matéria de direito internacional privado, entre outros temas.
De modo geral, o conteúdo de suas normas abrange todo o ordenamento jurídico e não somente em relação ao Direito Civil. São normas que geram efeitos sobre a forma de aplicação das leis e sobre todo o ordenamento jurídico.
Para Maria Helena Diniz, o Decreto-Lei 4.657/42 trata-se de introdução às leis, pois contém princípios gerais sobre todas as normas (não somente direito civil). Por assim dizer, traz conteúdo sobre vigência e da obrigatoriedade da lei, aplicação, casos de extraterritorialidade e casos de conflitos entre leis.
3.1. VACATIO LEGIS
Art. 1 Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Vacatio Legis é o espaço de tempo entre a publicação da lei e a sua vigência. Nos termos do artigo 1º, no silêncio da lei e dentro do território nacional, o tempo da vacatio legis é de 45 dias. Fora do território nacional e quando admitida a aplicação da lei brasileira, o tempo de vacatio legis é de 3 meses, contado em meses.
A razão da vacatio legis é pressuposta pelo legislador como o tempo necessário para que a sociedade se adapte e aplique a nova lei. O norte para esse período de 45 dias é conferir tempo suficiente para se dar a repercussão da norma.
Há normas, por exemplo, que possuem tempo de vacatio legis de 01 ano, como o novo Código de Processo Civil de 2015, tamanha as alterações trazidas pela nova lei. Assim, a repercussão da norma é a finalidade perseguida pelo tempo da vacatio.
De outro modo, para que não haja período de vacância, a norma deve constar expressamente que não possui vacatio legis.
Segundo a Lei Complementar 95/98, que trata de regulamentar o artigo 59, parágrafo único, da Constituição Federal, bem como dispõe sobre elaboração, redação, alteração e consolidação das leis, traz, em seu artigo 8º, tema relacionado à vacatio legis.
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão.
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial
Conforme a redação do artigo, a vigência da lei deverá contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento. Ademais, entrarão em vigor na data da publicação apenas as leis que gerem pequena repercussão.
§ 1 Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
De acordo com o §1º do artigo 1º da LINDB, o prazo de vacatio legis, nos Estados estrangeiros, é de 3 meses após oficialmente publicada, quando admitida. Importante ressaltar que 3 meses não significa 90 dias.
Caso, no prazo da vacatio legis, haja a publicação de nova norma, com vistas a corrigir eventual erro, sendo este o caso das chamadas normas corretivas, o prazo da contagem se reinicia.
§ 3  Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4o  As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
É o caso, por exemplo, de uma lei com vacatio de 45 dias, porém, no 10º dia, publica-se uma correção com vistas a corrigir erro material da norma. Após a segunda publicação, reinicia-se o prazo de 45 dias novamente. Porém, caso a lei já esteja em vigor, essa lei que visa a correção, tratar-se-á de lei nova, cujo prazo de vacatio será igualmente de 45 dias.
Lei B não tem condão de revogar lei a não são incompatíveis entre si 
Ab-rogação revogação total da norma , falamos na caducidade de efeitos lei de plano econômico 
3.1.1. PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE SIMULTÂNEA, SINCRÔNICA OU CRITÉRIO PRAZO ÚNICO OU ISÓCRONO.
Antigamente, as leis entravam em vigor em território nacional em prazos diferentes para cada região do Brasil. Quando o centro de poder era o Rio de Janeiro, o período de vacatio legis era maior, a fim de a informação chegar até todas as localidades do país.
Atualmente, não há mais diferença entre os prazos de vacatio legis e, nisso, reside o princípio da obrigatoriedade simultânea, sincrônica ou critério prazo único ou isócrono, onde a lei passará a ter vigência em um só momento em todo o território nacional.
OBSERVAÇÃO: VIGÊNCIA E VIGOR. O conceito de vigência não se confunde com o conceito de vigor. Chama-se de vigência o período que dura uma lei. Trata-se do aspecto temporal de uma lei no qual ela permanece produzindo efeitos até que outra a altere ou revogue. Por outro lado, vigor é a força vinculante da norma.
De acordo com essa diferenciação, é possível entender que uma norma pode não estar mais em vigência, porém continue produzindo efeitos, como é o caso do artigo 2.035 do Código Civil, que faz remissão a situações do Código Civil anterior.
Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
Nesse exemplo, vê-se que o Código Civil de 1916 não vige em território nacional, tendo sido revogado, todavia, algumas situações consolidadas à luz daquele código continuam produzindo efeitos, ou seja, continuam em vigor.
3.1.2.  CONTAGEM DOS PRAZOS
A contagem do prazo de vacatio faz inclusão da data da publicação e inclui o último dia também, fazendo com que a norma entre emvigor no dia subsequente, isto é, do dia imediatamente posterior ao término do prazo.
4.  PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA LEI
Art. 2  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue
No aspecto temporal, a lei gera efeitos de forma infinita, a não ser que outra lei a modifique ou a revogue. O desuso não gera a revogação da lei, haja vista a norma em vigor possuir eficácia contínua.
Art. 2º § 1  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior
A lei posterior revoga a anterior quando (1) expressamente o declare, (2) quando seja com ela incompatível ou (3) quando regule inteiramente a matéria tratada na lei anterior. Caso a lei nova trouxer disposições gerais ou especiais, a par das já existentes, não haverá revogação nem alteração, salvo na hipótese de ocorrer incompatibilidade entre elas.
Imagine-se uma Lei A que verse sobre aspectos gerais de um assunto e, posteriormente, surja uma Lei B que verse sobre aspectos específicos desse mesmo assunto. Lei A e Lei B não serão, a princípio, incompatíveis entre si.
Apesar de tratarem do mesmo assunto, ambas as leis regulam aspectos distintos da mesma matéria. Por isso, a Lei B não tem o condão de revogar a Lei A, por não serem incompatíveis entre si dentro de seus conteúdos.
Dessarte, caso a Lei B disponha também de aspectos gerais, haverá inequivocamente a revogação da Lei A.
5. ESPÉCIES DE REVOGAÇÃO
a) Ab-rogação: é a revogação integral da norma, como foi o caso do Código Civil de 2002 que revogou integralmente o Código Civil de 1916.
b) Derrogação: é a revogação parcial da norma, como ocorreu com o artigo 2.045 do Código Civil de 2002 que revogou parcialmente o Código Comercial de 1850.
Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1º de janeiro de 1916 - Código Civil e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de 1850.
c) Expressa: Quando a lei posterior declara expressamente a revogação.
d) Tácita: Quando a lei posterior é incompatível ou regula inteiramente a matéria.
6.   LEIS TEMPORÁRIAS
Trata-se de lei elaborada para gerar efeitos apenas em determinado espaço de tempo ou enquanto perdurar determinada situação. É a lei que se antevê o final de sua vigência.
A lei temporária tem sua vigência cessada por causas inerentes a sua edição, isto é, possui duração predeterminada. Por essa razão, a sua extinção não é hipótese de revogação, mas da caducidade de efeitos.
Tem-se como exemplos de leis temporárias: determinadas leis que sirvam a períodos de guerras ou leis que estabeleçam planos econômicos.
Cessado o período de tempo previsto pela lei temporária, haverá a caducidade de efeitos da lei, porém as situações sob as quais foram concebidas as leis continuarão gerando efeitos, ou seja, haverá uma ultratividade dos efeitos da lei temporária.
Mesmo após finda a situação de guerra, por exemplo, os efeitos da lei temporária permanecerão produzindo efeitos, sob pena de esvaziamento da norma.
7.  REPRISTINAÇÃO E EFEITO REPRISTINATÓRIO
Repristinação é o fenômeno de ressuscitar a norma.
Dá-se a repristinação no seguinte exemplo: uma Lei A é revogada pela Lei B e, depois, essa Lei B vem a ser revogada por uma terceira lei, a Lei C. Na ocasião em que a Lei revogadora B for revogada pela Lei C, a Lei A não voltará a ressurgir, salvo ocorra a hipótese de a Lei C fazer menção expressa em sentido contrário. De modo geral, isto significa dizer que não existe a repristinação tácita de leis.
A revogação da norma revogadora não faz ressurgir a norma originalmente revogada, salvo menção expressa em que fique claro a ressurreição da norma originalmente revogada. Portanto, pode-se dizer que não se admite, via de regra, a repristinação no ordenamento jurídico pátrio, exceto por menção expressa.
Art. 2º § 3  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência
A repristinação é diferente do efeito repristinatório. No efeito repristinatório, há a declaração de inconstitucionalidade da norma. Caso uma norma seja declarada inconstitucional, é porque ela ofende o ordenamento jurídico, sendo uma norma nula e, na qualidade de nula, não gera efeitos.
Nesse eito, já decidiu o STJ e o STF que a declaração de inconstitucionalidade da norma gera efeitos repristinatório. Neste ponto, a norma revogada pela lei que fora declarada inconstitucional volta a gerar efeitos automaticamente.
A diferença entre ambos os institutos é que a consequência da declaração da inconstitucionalidade da norma revogadora é atestar a sua nulidade e na qualidade de norma nula, não há a geração de nenhum efeito.
A lei declarada inconstitucional é nula e desprovida de eficácia jurídica. Nesse sentido, o Resp. 517.789/AL, julgado pelo STJ, que fala sobre o efeito revocatório, e a ADI 2.215/PE, julgado pelo STF.
Todos devem aplicar a norma duas exceções 
8.  PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA NORMA OU DA INESCUSABILIDADE DA LEI
Art. 3 Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
A norma é aplicável a todos, descabendo a ninguém se escusar da aplicação da lei. Segundo a professa Maria Helena Diniz, trata-se da teoria da necessidade social, onde todos devem aplicar a norma para tornar possível o convívio pacífico na sociedade.
Não se trata de um princípio absoluto, contendo duas exceções. A primeira exceção é o artigo 139, III, do Código Civil, que trata da anulabilidade do negócio por erro do direito e a segunda exceção é o erro de proibição no Direito Penal.
· Coexistência social e segurança jurídica ;
Código Civil
Art. 139. O erro é substancial quando:
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
Código Penal
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
9.  VEDAÇÃO AO NON LIQUET
Art. 4  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Tratam-se das hipóteses em que há omissão legislativa, não podendo o juiz deixar de apreciar o caso. À vista disso, a lei fornece três critérios para não deixar de apreciar o caso, que são a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito.
De acordo com a redação do artigo, a equidade e o senso de justiça não são critérios para complementação em caso de ausência de normas.
9.1.  ANALOGIA
Aplicação de uma norma próxima para aplicar a um determinado caso. Foi o caso da ADPF 132, julgada pelo STF, em que o órgão determinou a aplicação das regras de união estável para união homoafetiva.
9.2.   COSTUMES
São as práticas reiteradas de determinada conduta em determinado contexto social que reputam como obrigatórias a repetição dessas práticas. Todavia, cabe ressalvar que o costume nunca pode ser contra legem, pois o costume contrário à lei não revoga a lei.
Assim, tratam-se de práticas de conteúdo reiterado, uniforme, público e geral baseada na percepção (falsa) de sua obrigatoriedade. É direito não escrito.
Os costumes podem ser secundum legem, mencionado em dispositivos legais (artigo 596 do CC), os costumes praeter legem, destinados a suprir lacunas, como é o caso do cheque pré-datado, que é um título de crédito e ordem de pagamento à vista, porém que o costume permite constituir data de pagamento futuro e, por fim, os costumes contra legem, que se opõem a lei.
Art. 596. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua qualidade.
9.3.  PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
Tratam-se de enunciações genéricas que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico. Tem-se como exemplo: função social do contrato, princípios da eticidade esocialidade, fins sociais e exigências do bem comum (artigo 5º, LINDB).
Art. 5  Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Em caso de o magistrado se ver diante de uma situação de omissão legislativa, o STJ entendeu que o juiz deverá seguir a ordem do artigo 4º da LINDB. Em primeiro lugar, aplica-se a analogia, passando para a aplicação do costume e, por fim, os princípios gerais de direito. Nesse sentido foi o julgamento do Resp 656.952/DF, Re. Min. Antonio Carlos Ferreira.
OBSERVAÇÃO: O que seria a equidade? É o ideal de justiça, mas não é critério para supressão de lacuna legislativa.
QUESTÃO
2017 – IBADE - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a afirmativa correta.
a) A revogação de lei anterior por lei posterior só ocorre nos casos em que expressamente declarada.
b) A lei revogada é automaticamente restaurada se a lei revogadora tiver perdido a vigência.
c) O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de apenas um dos nubentes.
d) Salvo disposição em contrário, uma lei começa a vigorar no Brasil sessenta dias depois de oficialmente publicada.
e) As regras sobre os direitos de família são determinadas pela lei do país em que a pessoa for domiciliada.
COMENTÁRIOS DA QUESTÃO
A letra A está incorreta porque há também os casos de revogação tácita.
A letra B está incorreta porque, em regra, não se admite a repristinação, conforme artigo 2º, §3º, da LINDB.
A letra C está errada devido a um problema da redação, pois o artigo 7º, §2º, da LINDB diz que o casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes, não apenas de um deles.
A letra D está incorreta porque o tempo correto é de 45 dias depois de oficialmente publicado.
Gabarito letra E, única correta conforme artigo 7º, §1º, da LINDB.1.
Material Complementar
Documento
Direito Civil.pdf
40018_AULA1_D.CIVIL_DECRETO-LEI Lei 4657 42.pdf
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Aula2 - Luciano Masson - Aplicação da Lei no Tempo e no Espaço, Regras de Direito Internacional Privado
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