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'Guia do estudante de medicina no ciclo clínico

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ciclo clínico
DE MEDICINA NO 
GUIA DO ESTUDANTE
Licensed to Gustavo turchato Ramirez - gustavo.tu.ra@hotmail.com - 029.546.982-09 - HP154316792353023
índice
Como estudar no ciclo clínico
O currículo no ciclo clínico
3
 
18
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Como estudar no
ciclo clínico
capítulo 1
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Como você vai estudar durante
o ciclo clínico
Considere que eu estou falando para você que está no
terceiro e quarto ano de medicina.
Vamos lá. 
Por que eu julgo como a parte mais
importante, o terço mais importante da
faculdade? 
São dois anos de conexão com ciclo básico e um ano que
você tem de conexão com internato, nesse contexto, o ciclo
clínico é extremamente importante, porque pega tudo que
pegou no ciclo básico, tudo que você estudou no ciclo
básico, e conecta como uma fase de transição, com o
objetivo de fazer uma transição com o internato, que é o
tempo preparatório para você virar médico de verdade. 
Na minha opinião, o ciclo clínico tem uma importância
extrema, e vou contar minha história pessoal para vocês, em
relação à minha atividade, o que aconteceu comigo durante
meu ciclo clínico.
4
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Eu não era um bom aluno durante a faculdade, eu tinha PBL,
não estudei no primeiro ano, não estudei no segundo ano,
quase repeti o primeiro ano, e quando eu entrei no terceiro
ano, eu percebi que eu não era bom mas era ano de atlética,
e comecei a tentar estudar um pouco mais, mas era muita
festa, muito trabalho pela atlética, aquelas coisas que você já
sabe, e a ficha só caiu de verdade quando eu estava no
quarto ano, e eu não tinha capacidade teórica, minha
bagagem teórica em comparação com os alunos da minha
turma, inclusive os caras da minha casa, da minha residência,
da minha república, era muito ruim.
Uma coisa que eu falei para mim mesmo, desenvolvi para
mim mesmo conversando com meus outros amigos, era que
a única forma de eu tentar de alguma forma conseguir
resgatar um pouco do tempo perdido seria através de uma
coisa de imersão, e foi exatamente isso que eu fiz, eu era
muito ruim na parte teórica, mas construí no fim do terceiro
ano e durante todo o quarto ano, construí minha vida
acadêmica através de um negócio de “imersão na medicina”,
eu era o cara que mais atendia, que mais fazia atividade
prática, que mais ia atrás de coisa extracurricular, que mais
ficava nos plantões ou nos ambulatórios. 
Nesse contexto, para a gente linkar aqui, eu acho que tem
que ter um foco total na medicina, se você está entrando no
terceiro ano ou no quarto ano, você tem que ter um foco
total na medicina, investir tudo que você puder agora,
porque essa é a fase preparatória para o jogo de verdade,
você tem que encarar o terceiro ou quarto ano como se
você estivesse num treino preparatório, uma concentração
de jogo de futebol para entrar em campo no internato.
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Imersão
O segundo ponto é você dedicar todo o tempo que você
tiver para fazer uma imersão, não importa em qual tipo de
imersão que você fizer, atividades curriculares,
extracurriculares, voluntárias, não-voluntárias, não importa,
o que importa é você ter acesso ao paciente, e atender o
máximo que você puder, isso é o que mais interessa, o que
mais importa no terceiro ou quarto ano. 
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Temos 10 tópicos, vou listar
para você, para saber o que
vamos abordar aqui
A primeira coisa é foco total na medicina, focar na imersão,
atendimento de todos os pacientes possíveis, e vamos falar
sobre isso, o foco nas matérias básicas que geram impacto
para você, o tripé do ciclo clínico, como que você estuda e
aplica o que você está estudando, exames importantes
complementares que você tem que saber, qual é o paciente
do ciclo clínico que você tem que saber atender, os estágios
práticos que você precisa fazer, e como é que você vai se
preparar para o internato. 
Então, esses são os tópicos que vamos abordar aqui, dois
deles já falamos, foco total na medicina e foco na imersão. 
O que eu quero, quando eu estou
dizendo imersão, o que eu estou
falando para você? 
Eu quero que você atenda pacientes, você tem que atender
paciente, você precisa atender paciente, chegou a hora de
você botar a mão na massa, de pôr a tua cara a tapa, você é
permitido errar, agora é a hora de errar, não precisa ter
vergonha de errar, de conversar, você é um estudante e
precisa fazer tudo que puder para atender o máximo de
gente possível. 
“Não importa o cenário, não importa a atividade”.
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Fisiologia
Bioquímica
Fisiopatologia
Se você tiver uma atividade bem estruturada com um
ambulatório legal de cardiologia, como se você tiver uma
UBS, um estágio de UBS organizado onde o professor é
legal, aproveite essas oportunidades para estudar o máximo
possível e atender o máximo possível, e quando eu digo
atender, é atender de verdade, você e o paciente, colocar o
paciente na maca, fazer um exame físico de forma adequada,
fazer o que precisa ser feito de verdade para colocar toda a
bagagem teórica que você aprende em sala de aula em cima
do paciente, é a única forma de construir alguma coisa sólida
e conseguir fazer alguma coisa de verdade, é a única forma,
atenda todos os pacientes possíveis.
Quais são as matérias do ciclo básico,
que vão gerar impacto para você no
ciclo clínico
Por exemplo, vale a pena estudar fisiologia no ciclo básico, e
aí você vê como é importante você construir um caderno,
um caderno de resumos onde seja fácil através de bullet
point, você fazer uma consulta rápida. Esse é o ponto, o que
interessa aqui? Você tem que saber quais são as matérias
do ciclo básico que geram impacto pra você no ciclo clínico. 
As principais são: 
8
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Essas três matérias que precisam fazer parte do seu ciclo
clínico de alguma forma, a gente vai falar mais um pouco
como você vai fazer para estudar os pacientes, mas fica com
isso na sua cabeça, por isso que no ciclo básico, você tem
que ter um bom caderno ou uma boa forma de construir
resumos, e de construir metodologias de revisão, porque
essas notas, elas precisam ser revisitadas o máximo que você
puder, então vá revisitando essas matérias, porque são
extremamente importantes, mas eu vou explicar com mais
detalhe como é que você vai fazer. 
O tripé do ciclo clínico
São 3, e isso é o que você vai ter que desenvolver e focar
durante esses 2 anos: 
raciocínio clínico, formulação de hipótese diagnóstica, e o
mínimo de proposição de conduta médica, o mínimo. 
Vamos desenvolver cada um desses 3 pontos.
Raciocínio clínico
É atividade pela qual você constrói um raciocínio que chega
num desfecho, então você elenca todas as informações,
recolhe todas as informações de exame físico, interação com
paciente e histórica clínica, associada com exames
laboratoriais de imagem e exames complementares, onde
você tem a capacidade de desenvolver um racional de
começo, meio e fim com ordem cronológica que chegue ou
ajude a chegar nas principais hipóteses diagnósticas.
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Para você desenvolver raciocínio clínico, não tem jeito. A
única forma de você desenvolver raciocínio clínico, é
entender o contexto da doença, e entender o que está
acontecendo com aquele paciente, e como que o processo
de saúde e doença está sendo desbalanceado. 
É basicamente isso que você precisa saber...
Contexto mais história clínica, e entendimento 
do processo de saúde e doença. 
Dentro dessaesfera, quando você tem os três itens
importantes, você consegue construir um caso clínico e
desenvolver uma metodologia onde você consegue
entender o que está acontecendo com esse cara, onde você
consegue dizer para ele com começo, meio e fim, o que está
acontecendo. Entenda que isso faz parte de uma construção
e não existe a possibilidade de você conseguir fazer isso sem
que você tenha repetição, raciocínio clínico é repetição, você
tem que entender contexto, você tem que entender o
processo de desbalanço de saúde e doença, e entre
parênteses, elevado à enésima potência, repetição.
Você só constrói isso, você só constrói essas possibilidades a
partir do momento que você consegue ter repetição. 
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Tem que ter bagagem, você tem que atender o máximo de
paciente possível, porque raciocínio clínico não se
desenvolve única e exclusivamente por livro, se desenvolve
através da prática, isso é a primeira coisa, sempre com
fisiopatologia no cerne, no eixo da construção do raciocínio
clínico, que é onde você tem o começo, meio e fim do que
está acontecendo com o paciente. Além disso, só através de
um bom raciocínio clínico que você consegue dizer com
maior probabilidade o que está acontecendo com esse
paciente, e com menor probabilidade o que está
acontecendo com esse paciente, nesse contexto você vai
conseguir formular as hipóteses diagnósticas.
Se você terminou o quarto ano, e não sabe formular
hipótese diagnóstica, pelo menos 5 por paciente que
você atende, você não fez um quarto ano bom, você
não fez um ciclo clínico bom. 
 
“Se a tua faculdade não te proporcionou isso, você
não fez uma boa faculdade, ou por tua culpa, ou por
culpa da faculdade”. 
 
Então, entenda que você tem que estar apto a desenvolver
um bom raciocínio clínico, mas o mais importante de tudo,
quando você termina de fazer a história clínica, quando você
termina de fazer um exame físico, quando você termina de
atender o paciente, durante essa conversa, você precisa
saber por ordem de frequência e possibilidade,
probabilidade, quais são as 5, as 3 principais hipóteses
diagnósticas que esse paciente pode ter, e o mais importante
de tudo, você tem que saber por que a primeira hipótese é a
primeira, por que a segunda é realmente a segunda, e a
terceira, realmente a terceira.
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E o mais importante de tudo, o que você vai fazer para
confirmar a primeira, para confirmar ou excluir a segunda, e
a terceira. Isso é como se fosse uma árvore de decisão, um
fluxograma de decisão.
“Se aqui der positivo, vou aqui, se der 
negativo ou positivo, vou aqui”.
Então você tem que ter uma árvore de decisão e isso você
tem que construir mentalmente, e a única forma de construir
isso é através de muita prática, não tem outro jeito, e
quando você terminar o ciclo clínico, você tem que saber as
bases gerais da proposição de uma conduta médica, mas
acho que não é o mais importante, o mais importante é
saber formular a hipótese diagnóstica, confirmar as
hipóteses diagnósticas, e justificar através de um raciocínio,
porque essas hipóteses estão sendo formuladas, é isso que
você precisa fazer, é isso que você precisa focar, isso é
extremamente importante e tem que fazer parte do ciclo
clínico, é muito importante. 
Como você vai estudar e aplicar isso?
Qual é a melhor forma de você estudar e aplicar isso? 
A melhor forma, a única forma de você conseguir fazer isso
é pegar o paciente, atender ele, estudar o paciente, revisar
as matérias básicas relacionadas àquela doença, fisiologia,
anatomia, farmacologia, bioquímica, fisiopatologia, e
patologia. Revisa os pontos mais importantes daquela
doença, constrói um caso clínico e depois você estuda as
hipóteses diagnósticas e diagnósticos diferenciais.
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No livro de patologia do Robbins, tem uma sessão para cada
doença, os diagnósticos diferenciais, e ele desenvolve de
maneira maestral, perfeita, o que está acontecendo com
cada um dos pacientes e por que você justifica a primeira,
segunda, terceira e quarta hipótese. 
É assim que você estuda, é assim que você aplica o seu
estudo do caso clínico em relação ao seu paciente. 
Se você estiver pegando um paciente cirúrgico, no
ambulatório Cirúrgico, pega o livro do Robbins, estuda
aquela doença e revisa as matérias básicas que você tiver a
oportunidade de estudar relacionado ao caso clínico,
construa raciocínio clínico, isso é o mais importante de
tudo.
Exames importantes e complementares
que você tem que saber
Você tem que saber quais são os exames complementares e
no ciclo clínico, você tem alguns exames complementares
que você tem que dominar. 
“Não dá para você terminar o quarto ano 
sem você dominar alguns exames”. 
Vou listar e falar para você quais são os exames que você
tem que saber.
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Raio X
Você tem que saber sobre raio X de abdômen, e raio X de
crânio. Esses 2 raios X você tem que saber na ponta da
língua.
“Mas eu não sei, minha faculdade não dá, 
eu não tenho radiologia na faculdade”.
Não importa, você tem que saber raio X, você tem que saber
ler raio X, e o mínimo, você tem que saber ver um raio X
normal, e quando você tem um raio X alterado, você tem
que bater o olho no raio X alterado, e você tem que saber
que aquilo, no mínimo, está alterado. 
Só isso já é bom o suficiente para você entrar no internato.
Os principais exames laboratoriais.
Vou falar dois que eu acho que são importantes, você tem
que saber ler um hemograma, e uma Urina 1.
Esses dois exames são extremamente importantes e acho
que vale a pena, muito, você saber isso. 
Tem um monte de vídeo, de coisa pra você estudar
hemograma, urina 1, aproveite, estude, analise, aprenda isso. 
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Ambulatório
UPA
UBS
PSF
Eletrocardiograma
Não dá para você terminar o quarto ano sem estudar
eletrocardiograma. 
É uma coisa extremamente importante, é muito difícil,
ninguém sabe ver direito, todo mundo pipoca na hora do
vamos ver, ninguém sabe ler, tem cardiologista que não sabe
ler direito, e é extremamente importante porque é um
exame fácil, rápido, barato, que tem disponível até dentro de
shopping center, e você tem por obrigação moral de saber
eletrocardiograma. 
Quem é o paciente do ciclo clínico?
É o cara do ambulatório, da UPA, da UBS, da PSF, em
algumas faculdades, é o cara das enfermarias, então quando
você tiver nesse cenário, tem que aproveitar o máximo que
você puder, especialmente se você tiver um professor gente
boa, se você for um cara que não sabe muito, você tem que
ir atrás, quando você tiver a oportunidade e estar num
ambiente do paciente do ciclo clínico, você não pode perder. 
Esses são os pacientes do ciclo clínico. 
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Estágios práticos
Se você tiver uma oportunidade de entrar em estágios
práticos voluntários, em fim de semana, época de férias,
noturno, quando você voltar para a casa dos seus pais,
aproveite o máximo que você puder, estágios práticos são
extremamente importantes e precisam fazer parte da sua
vida acadêmica, especialmente no ciclo clínico, essa é a
hora, de verdade, de você fazer estágios práticos. Faça o
máximo que você puder. 
Além disso, você precisa saber alguma coisa de técnica
cirúrgica, você precisa aprender, vá aprender a fazer sutura,
vá aprender a lavar a mão, aprender a se portar dentro do
centro cirúrgico, isso é extremamente importante para você
que está no ciclo clínico. 
Como é que você vai se preparar para o
internato
E para terminar, eu faria uma coisa focada no internato,
pegaria os últimos 12, 8, 10, 6 meses,essa reta final do
quarto ano para me preparar de verdade para o internato. 
O que eu faria? 
O seguinte, eu tentaria um estágio no pronto-socorro,
atividades práticas que fizessem inserção com o internato,
principalmente atividades de pronto atendimento, pronto-
socorro, emergência, coisas que são latentes para você que
está no internato, e também colocaria algo relacionado para
você que está na parte de evolução de paciente, então iria
acompanhar grupos de internatos...
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em momentos oportunos, visita em reuniões clínicas e tudo
mais. 
---
Acho que isso é o que mais vale a pena no planejamento que
você está fazendo.
17
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o Currículo no
ciclo clínico
capítulo 2
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Agora, vamos abordar sobre o
currículo no ciclo clínico,
terceiro e quarto ano.
Por que isso é importante? 
Porque o currículo do ciclo clínico basicamente se deve a
duas coisas bastante importantes.
 Primeiro você tem que encarar o ciclo clínico como se
fosse uma ponte entre o ciclo básico e o internato, ele é uma
ponte. 
 A segunda coisa que você precisa entender é que você
tem que começar a largar as coisas que não prestam mais,
que não gerem impacto na tua vida e carreira acadêmica e
médica. 
Vamos abordar bastante sobre isso, e é isso que quero falar,
quero falar sobre as coisas que não interessam no ciclo
clínico, que você acaba perdendo tempo, e as que
interessam para você, e é isso que vamos focar agora.
Para você construir um currículo que é importante, nota 10,
ele precisa fazer parte, ter começo no primeiro e no segundo
ano, tem que ser construído a partir do primeiro e segundo
ano. Se você não identifica isso desde o primeiro e segundo
ano, você vai perder tempo, porque o terceiro e quarto ano,
especialmente o fim do terceiro eo quarto inteiro são as
séries que mais vão demandar tempo de estudo, de
aprendizado e atividades práticas suas durante a faculdade
antes do internato, então se você não fizer tudo...
19
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que precisa ser feito e as coisas fáceis que precisam ser
feitas durante os 3 primeiros anos de faculdade, dificilmente
você vai conseguir retomar o tempo perdido. 
Eu recebo pelo menos 3 mensagens por dia, todo dia, de
cara que “dormiu no ponto”, não foi atrás de um currículo
bom, e o cara fala, 
“Eu não tenho mais monitória, eu não fiz publicação
científica, estou entrando no internato, chegando no
quarto ano”.
 
Não vai dar mais, e a responsabilidade disso é sua, porque a
tua faculdade não vai te explicar o que você precisa fazer
durante a faculdade, porque é um tema extracurricular, a
faculdade tem a obrigação de te dar aula, te dar a matéria,
colocar o professor na tua cara. Tudo que é extra é por tua
conta, se você não tiver essa mentalidade, essa maturidade
desenvolvida dentro de você, dificilmente você vai conseguir
construir um negócio sólido nos 3 primeiros anos de
faculdade. 
---
Por que estou fazendo tudo isso? 
Porque isso é o que a faculdade não conta, esses ebooks são
ouro de verdade, porque isso baliza tudo que você vai
construir ao longo do ano de 2020 e no futuro. Isso é muito
básico, e você vai perguntar para mim: 
“Como que você sabe de tudo isso?”.
20
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Não sei, eu construí isso, eu falei para vocês que eu nunca
fui um aluno 100% na parte teórica, mas eu era um cara
muito bom na parte de trabalho extracurricular, alguma coisa
dentro da minha cabeça me dizia que eu deveria fazer várias
coisas extracurriculares, para ter o máximo de experiência
possível, e foi o que eu fiz, eu participei praticamente de
tudo, meu currículo foi nota 10 em todas as residências que
prestei, prestei 12 residências no meu sétimo ano, passei nas
12 residências, sendo que dessas 12, 5 foram em primeiro
lugar, todas com currículo nota 10. 
Esse é o ponto, quem está falando para você não é um
teórico, um cara que não é médico, que não estudou
medicina. Quem está falando a real aqui para você é um cara
que vivenciou o negócio, que sabe o que dá certo e está
olhando o futuro de uma ótica retrospectiva, então se estou
colocando para você isso, significa que eu sei o que estou
falando e vale à pena que você preste atenção nisso. 
Então, vamos para o que não interessa quando você estiver
no ciclo clínico…
21
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O que não interessa quando
você estiver no ciclo clínico
O que não interessa? 
Ligas que não geram resultado
Se você tiver dentro de uma liga que não te coloca numa
atividade prática de imersão e que não dá a possibilidade de
produção científica, essa liga não presta. Se você tiver
durante o terceiro ano, entrando no quarto ano, e ainda
estiver participando de liga, você está perdendo tempo. 
Liga é atividade de até terceiro ano. Eu acho que liga você
poderia sair de todas as ligas da sua faculdade até o fim do
segundo ano, porque liga não conta tanto pro currículo, é
sempre mais do mesmo, e dificilmente você vai ter um
negócio extremamente excepcional, 100%, dentro de liga. 
Eu acho que ligas no terceiro ano só vale a pena fazer dois
anos de liga, se no terceiro ano você tiver um cargo de
diretoria, porque diretoria dá currículo também. 
Se a liga, no terceiro ano, você perceber que não
gera resultado, não te dá imersão, não dá
possibilidade de atividade prática, não dá
possibilidade de iniciação científica, é melhor você
sair fora, isso não interessa. 
22
Licensed to Gustavo turchato Ramirez - gustavo.tu.ra@hotmail.com - 029.546.982-09 - HP154316792353023
Outra coisa que não interessa…
Evento ruim
Você vai começar a filtrar os eventos que você participa, já
está na hora de você começar a identificar o que você quer,
o que não quer da tua vida, e é importante começar a
prestar atenção e começar a largar os eventos que não
geram impacto na sua vida, na sua carreira. 
É lógico que se o evento for na sua casa, se o evento for na
faculdade, se você estiver lá de boa, vale a pena ir, vale a
pena participar, agora se for um negócio que você precisa se
deslocar, que precisa de investimento, se não gera impacto,
se não for um evento de projeção nacional, regional, ou
estadual, provavelmente não vale à pena participar. 
Evento ruim, talvez seja melhor não participar, porque você
tem que começar a dedicar o tempo extra que você tem
para estudar coisas que geram impacto na sua vida. 
A segunda coisa é…
Você participar de evento repetido
A galera fica muito doida em querer ficar organizando
evento, semana acadêmica. Faz isso uma vez no segundo
ano e depois nunca mais faz isso, porque isso dá um
trabalho, isso é uma encheção de saco e você não tem que
ficar correndo atrás disso, deixa isso para os calouros, ficar
organizando churrasco, ficar organizando festa, isso é coisa
de cara que está no segundo, terceiro ano no máximo, você
está no quarto ano, ano que vem você está dentro...
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do hospital, você é interno, não tem que ficar pirando nessas
coisas, indo atrás de evento grande, indo atrás de balada,
fechando coisa com banda, arrumando bebida, isso é coisa
de calouro, não é coisa para você. 
Então, pare de ficar investindo tempo em algo que não gera
impacto, porque vai custar caro no longo prazo para você,
especialmente se você não tiver um bom currículo. 
Ligas boas, você só vai ficar nela até o fim do terceiro ano,
mesmo que for imprescindível, e eu diria para você que se
você for ficar segundo e terceiro ano, só vale a pena ficar o
terceiro ano na liga, se você tiver umcargo de diretoria, do
contrário, talvez não valha à pena. 
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O que você tem que aproveitar em
dois anos de terceiro e quarto ano para
ir atrás, e que se você não conseguiu
no ciclo básico, você tem que fazer o
máximo que você puder para ir atrás?
São basicamente 5 coisas, a primeira coisa é que você tem
que ter publicação científica, porque se você não conseguir
fazer publicação científica durante o terceiro e quarto ano,
você não vai conseguir fazer no internato, isso é fato, então,
publicação científica.
Quais são as publicações que você vai
ter que ter? 
Uma publicação numa revista, um artigo publicado numa
revista, de preferência internacional, em inglês, um relato de
caso publicado numa revista em inglês, numa revista
internacional. Um poster, talvez 2, 3, 4, até 4 pôsteres em
congresso grande, se possível de abrangência regional,
apresentação oral em congresso grande de projeção regional
ou estadual, pelo menos duas apresentações, isso é o que
você precisa ter de produção científica dentro dos próximos
dois anos, terceiro e quarto ano. Isso dá muito trabalho, é
muito difícil de arranjar, então isso você tem que ir atrás. Se
você não conseguir fazer isso, seu currículo cai lá embaixo,
porque isso gera muito impacto no currículo, isso dá 2, 3, às
vezes 5 pontos dentro do teu currículo. 
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Os caras que têm publicação são os caras que vão passar. Se
você não tem publicação científica, você dificilmente vai
conseguir tirar uma nota 10 no currículo, e dificilmente você
vai conseguir uma boa colocação final, especialmente se a
residência que você estiver prestando for concorrida, é
extremamente importante, foque toda a tua faculdade,
determine toda tua faculdade, estruture toda sua faculdade
para ir atrás de publicação científica. 
Além disso... 
Monitorias
As monitorias são extremamente importantes. Tem
faculdade que deixa prestar a partir do segundo ano,
terceiro ano, não importa, monitoria tem que fazer parte do
seu rol de atividades extracurriculares, você tem que ser
monitor do laboratório de patologia, de fisiologia, monitor de
alguma coisa, mas não adianta você ser monitor e ficar igual
um bocó lá no laboratório, com o livro aberto estudando
para prova porque não tem sentido algum, você tem que
fazer aquilo de um modo que você aproveite o tempo que
está perdendo lá, e que gere alguma coisa para seu currículo.
Então que você forme grupo de estudos, que você convide
seus amigos para dar mini aulas, minicursos, onde você
estude de forma mais aprofundada a matéria que está tendo
na faculdade para você colocar em alguns eventos que você
mesmo organiza dentro da monitoria, discuta artigos,
tragam, façam grupos de estudos dentro da monitoria, sejam
espertos, então você está tendo cardiologia e é monitor da
anatomia, vá lá e discute anatomia com o cardiologista, para
o pessoal de segundo, terceiro, primeiro ano...
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faça eventos, convide os caras pela internet, faça grupo de
discussão no WhatsApp, aproveite o tempo onde você
consegue, primeiro, desenvolver com a profundidade
adequada um assunto que você está estudando, seja ele o
laboratório de anatomia, seja ele o laboratório até de
informática. 
Na minha faculdade tinha monitoria de laboratório de
informática, imagine, 2003, ninguém tinha computador na
minha época. Laboratório de histologia, laboratório
morfofuncional, laboratório de habilidades práticas, aqueles
bonecos, dependendo da grandiosidade, da complexidade da
faculdade, você pode fazer muita coisa, só que você tem que
ser proativo, tem que ser esperto, e o mais legal, se o
professor orientador da monitoria, geralmente eles dão
oportunidades para esses professores que são estudiosos,
que têm a carreira acadêmica, se você tem a oportunidade
de ter acesso a um professor desse, é meio caminho andado
para você engatar com ele uma publicação científica, então
seja esperto nesse ponto. 
Outra coisa bastante importante…
Iniciação científica
Iniciação científica é o ouro do currículo. Se você conseguir
iniciação científica com bolsa de um órgão acreditado, você
estará no melhor dos mundos. 
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Eu tive bolsa de iniciação científica por dois anos, na
FAPESP, no laboratório de biologia molecular no laboratório
de medicina da FAMEMA, estudando sobre Helicobacter
Pylori, que é a bactéria da gastrite, eu sei muito de biologia
molecular, mas quando entrei na residência, foi a única
residência que eu sabia mais, a única coisa que eu sabia mais
do que meus colegas da residência, era biologia molecular,
então isso gera muito impacto, é muito importante você ter
iniciação científica, porque iniciação científica te dá
oportunidade de fazer networking, de ter raciocínio
científico, porque te obriga a fazer trabalho cientifico, te
obriga a entrar em contato com a comunidade acadêmica. 
“Mas eu não gosto, não tenho interesse, não quero”.
 
Isso deve ter um peso 3 no teu currículo, não é questão de
gostar, é questão de precisar, se você estiver prestando
cirurgia e clínica, se você não tiver isso, você não passa. Se a
universidade for séria, se o programa de residente for sério,
você não passa. Você não passa na USP, você não passa
numa Paulista, é muito difícil você conseguir passar, então,
iniciação científica é uma coisa que tem que ser prioridade
zero para você que está dentro de uma faculdade grande, de
uma faculdade boa, e se está no começo do terceiro ano, é
extremamente importante. E você tem que ser esperto, você
fez iniciação científica, essa iniciação científica tem que
gerar uma publicação, tem que gerar um artigo, tem que
gerar um relato de caso, ela tem que gerar poster, ela tem
que gerar apresentação oral. 
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Por exemplo, quando eu estava fazendo uma iniciação
científica, fiquei dois anos fazendo iniciação científica,
trabalhei em bancada, fui em evento, o que eu consegui
fazer na minha iniciação científica? Eu publiquei 3 artigos, fiz
5 pôsteres, desses 5, 3 ganharam prêmios, sendo que dois
eram em congresso nacional, um em congresso
internacional, e fiz três apresentações orais, tudo isso no
decorrer de três anos, isso eu comecei no meio do segundo
ano e fui até o meio do quarto ano, isso gerou, com uma
atividade, matei praticamente tudo que eu precisava no meu
currículo, então é extremamente importante. 
“Mas dá muito trabalho”.
Dá muito trabalho mesmo, eu trabalhava de sábado, de
domingo, quando todo mundo estava viajando, nas férias.
Dá trabalho, mas eu tirei 10 no currículo, então você tem
que saber o que você quer para tua vida, entendeu? Isso é
muito importante. Além disso, ligas boas, só até o fim do
terceiro ano, e é hora de você começar a ir em congresso
grande, congresso forte, tenta ir num congresso nacional,
em São Paulo internacional, em congresso de clínica médica,
de cirurgia, vá em coisas grandes para vivenciar isso e
porque também faz parte. 
Veja que eu dividi o que interessa do que não interessa,
porque está na hora de você começar a jogar fora as coisas
que não geram impacto na tua vida profissional, certo? Além
disso, comece a zerar pendências, antes de você chegar no
quarto ano, começa a se livrar das coisas que não importam
mais, então, liga, cai fora, não presta mais. Atlética, diretório,
cai fora, não presta mais, para de ir em coisa de atlética, em
reunião de atlética, isso é coisa de calouro. 
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“Ah, mas você não ia na atlética?”
Eu fui em 14 intermeds, eu fui em tudo, no meu sexto ano, a
intermed era 10 dias, fiquei 15 diaslá junto com a atlética,
pirei muito em intermed, a questão é que eu não trabalhei,
eu não perdi tempo no trabalho. A atlética é um ano,
geralmente segundo ou terceiro ano, se você fizer dois, é
segundo e terceiro, não mais que isso. Maravilha. 
O que mais?
Estágios
Agora, entramos na parte de estágios. 
Geralmente, você tem direito a ir, quando está no fim do
segundo ano, começo do terceiro, entre terceiro e quarto,
você tem uma época dedicada para estágios eletivos, nesses
três anos, você tem por volta de 12 a 18 semanas dedicadas
a estágios oficiais, não é mais aquele estágio voluntário que
eu falava, estou falando de estágios oficiais, que são os
formais que você entra pela porta da frente com a liberação,
onde você passa por um processo seletivo, onde você presta
contas para tua faculdade, onde você apresenta um relatório
para a faculdade, e esse estágio gera um certificado. 
Em relação a esse estágio, quero falar três coisas, a primeira
coisa, se você tiver a oportunidade financeira,
disponibilidade, vontade, interesse, vale muito a pena você
fazer estágios fora do Brasil. 
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A melhor oportunidade que você tem para fazer estágios
fora do Brasil é através da IFMSA, que é um órgão super
sério, extremamente legal, extremamente combativo,
importante, que ajuda os alunos, e é a melhor oportunidade
para você fazer um estágio fora a um preço extremamente
camarada. 
Só para você saber, deve ter mudado, na minha época eu
paguei 200 euros, depois paguei a viagem, e com o dinheiro
que eu fui, eu fiquei em Verona durante 8 semanas,
trabalhando e estudando num hospital oncológico,
participando ativamente de um round de visita da oncologia
clínica, com tudo pago pela IF. Fiquei num hotel e tinha 4
refeições por dia, vivi na Itália, uma cidade espetacular, acho
que não gastei nem 10 mil reais na época, muito menos que
isso. Se você tiver essa disponibilidade, vale muito a pena. Se
na tua faculdade não tem IF, tenho outra oportunidade para
você de um projeto que chama AMOpportunities, que
inclusive o Medclass é parceiro e dá 500 dólares de
desconto para você, é uma empresa especializada em
receber alunos, para fazer estágios em instituições
americanas. Dá para você escolher qualquer tipo de
instituição americana, de qualquer especialidade, em
qualquer estado e cidade americana que você quiser, para
qualquer tipo de atividade. Se você quiser atividade clínica,
atividade de pesquisa, o que você quiser dá para fazer.
Então, é extremamente interessante isso, e vale muito a
pena. 
Lá dentro do painel de oportunidades do Medclass, a gente
tem a AMOpportunities, onde você tem um link, esse link é
o link do Medclass e ele vai dar a oportunidade de te dar
acesso, e se alguém tiver interesse e não for aluno do
Medclass, é só me avisar que eu mando o link para você no
inbox (instagram). 
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Se você tem a oportunidade de fazer um estágio curricular
eletivo fora do País, eu acho que você deveria investir tudo
que você tem para fazer isso. 
Essa não é a realidade de todo mundo, e aqui eu vou colocar
para vocês duas situações, isso aqui é extremamente
importante, a primeira situação é na eventualidade de você
saber o que você quer para a vida, eu sei que eu quero
cirurgia, eu sei que eu quero endocrinologia, eu sei que
quero ortopedia, psiquiatria. Nesse contexto, vale à pena
você pegar um estágio nessa especialidade, porque você vai
ter acesso à especialidade, a oportunidade de ter acesso a
vivenciar a especialidade, porque você vai começar a
construir dentro da sua cabeça um planejamento de longo
prazo onde você consegue saber o que você pode esperar
daquela especialidade, e o mais importante de tudo,
identificar se aquela especialidade realmente é aquilo para
você, se é aquilo que ela pode te oferecer, então nesse
contexto, eu acho que se você souber o que você quer da
vida, talvez vale à pena você fazer estágios focados nisso,
na especialidade que você já sabe, então isso é
extremamente importante, e é a melhor coisa que você pode
fazer. Se durante o segundo, terceiro e quarto ano você sabe
o que você quer da tua vida, geralmente, os alunos que
querem cirurgia, eles sabem que querem cirurgia e você tem
vários artigos. O cara que quer cirurgia já tem a cabeça feita,
ele sabe o que quer, ele é prático, o cara que é clínico ainda
fica em dúvida, não sabe o que quer. 
Se você sabe o que você quer, vale à pena ir atrás dos
melhores lugares relacionados a especialidade que você tem
interesse. 
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A segunda coisa, se você não sabe o que você quer, eu estou
no segundo, terceiro, quarto ano, tenho estágio para puxar
de 6, 8 semanas, e não sei o que eu quero da minha vida. 
O que eu faria? 
“Eu faria um estágio extremamente prático”.
O que é um estágio extremamente prático?
Eu iria atrás do estágio, independente da onde for, pode ser
na minha faculdade, fora, pode ser fora do Brasil, mas eu iria
atrás de um estágio que me desse oportunidade de ter
vivência médica, e que me desse a oportunidade de pôr a
mão, isso que eu ia atrás. Ia colher informação com os caras
mais velhos, com os que fizeram estágio em lugares legais, e
pedir informação para eles para ver os lugares que mais
valem a pena. Isso que você tem que fazer. 
Por que estágios práticos? 
Porque os estágios práticos vão te dar a oportunidade de ter
vivência médica, vivência de imersão, de ficar dentro de um
pronto-socorro, de fazer uma sutura, de você poder ter
oportunidade de ir atrás de uma ambulância, ir num SAMU,
de atender um paciente baleado, de você participar de uma
cirurgia, de você atender um paciente psiquiátrico, de você
pegar um trauma, isso é extremamente importante, e isso é
o que tem que fazer parte do teu currículo. 
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Além disso, para terminar, o décimo ponto, você precisa
começar a se preparar para o internato, então o que eu faria
no fim do quarto ano, sexto, sexto mês ali, faltando 6, 4
meses para terminar o quarto ano, o que eu faria? 
Eu faria o seguinte, eu faria uma aclimatação em relação à
internato, uma coisa que é bem legal, por exemplo, na minha
faculdade, a gente tinha um período de tempo que o quinto
ano virava sexto, e o sexto tinha se formado, e ficava um ou
dois meses sem ter quinto ano dentro do hospital, e o
hospital abria vagas para quem era quarto ano e estava
migrando para o quinto ano, então você estava no quarto,
ainda não era quinto, então você tinha a oportunidade de
fazer um estágio dentro do pronto-socorro para suprir a
demanda dessa falta de alunos que tinha nesse gap de
tempos que era geralmente de fim de outubro até começo
de fevereiro, era isso que a gente fazia, todo mundo de
férias, começava em novembro, e eu não entrei de férias, fiz
o estágio, mas olha o que aconteceu comigo, peguei
conjuntivite, e a minha professora não deixou eu participar
do estágio, fiz um plantão apenas, então acabei perdendo o
estágio por causa de conjuntivite. Mas é uma coisa que é
extremamente legal, e em faculdades estruturadas, tem isso.
A minha tinha, a USP tem, a Paulista tem, a Botucatu tem,
então aproveite para ter uma imersão nessa época. 
Além disso, esteja preparado para o internato, você tem que
começar a resolver suas pendências durante os próximos
dois anos para ter a mente aberta e caminho aberto para ter
um internato 100% focado, tanto na parte de estudo e para
virar médico, quanto de prestar a prova. 
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---
É basicamente isso, acho que se você pegar essas dicas e
raciocinar isso daqui, dá para construir um currículo legal,
um negócio muito legal nesses próximos 2 anos, e tenho
certezaque é isso que você vai fazer.
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Dr. George Lopes
Médico - Famema 2008
Patologista - FMUSP 2013
Intern/Observer - Havard 2014
Professor - PUCPR 2015
MBA - FGV 2016
Chefe de departamento - HCL 2017
Empresário - DAP 2018
Professor - São Lucas 2018
Sobre o autor
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	f8457d6c0f85f48635030568f76720c052ec6df23eaeb1be33dbdbfe708d554c.pdf
	Guia do estudante de medicina no internato

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