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TECNOLOGIA ORGÂNICA 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Ana Carolina Tedeschi Gomes Abrantes 
 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
A leitura e a interpretação de desenhos e fluxogramas industriais é de 
extrema importância para quem atua na área industrial. Para isso, faz-se 
necessário aprender alguns conceitos de desenho técnico, além de aplicá-los à 
realidade industrial. Nesta etapa, vamos aprender como os equipamentos 
podem ser detalhados em suas vistas em corte e explodida, assim como o 
desenho isométrico pode ser útil na representação das tubulações. 
TEMA 1 – VISTAS EM CORTE 
Com o objetivo de detalhar e compreender os equipamentos 
internamente, o desenho técnico utiliza-se de um recurso chamado vista em 
corte, que é uma maneira de representar um objeto de três dimensões em um 
desenho capaz de mostrar características internas desse objeto. Com base em 
um corte imaginário, em planos virtuais, tem-se o detalhamento do que pode ser 
visto na superfície do plano exposto. A Figura 1 demonstra, de uma forma 
simples, como a peça é apresentada ao observador do desenho. 
Figura 1 – Representação da vista em corte visualizada pelo observador 
 
Crédito: Wasteresley Lima. 
De acordo com a norma NBR 10067/1995, que rege os princípios gerais 
de representação em desenho técnico: 
Quando a localização de um plano de corte for clara, não há 
necessidade de indicação da sua posição e identificação. [...] Quando 
a localização não for clara, ou quando for necessário distinguir entre 
vários planos de corte, a posição do plano de corte deve ser indicada 
 
 
3 
por meio de linha estreita-traço-ponto, larga nas extremidades e na 
mudança de direção. O plano de corte deve ser identificado por letra 
maiúscula e o sentido de observação por meio de setas (Figura 2). 
(ABNT, 1995a) 
Figura 2 – Vista em corte com identificação do plano de corte no eixo horizontal 
 
1.1 Hachuras 
Ao fazer o desenho de um equipamento em corte, a parte maciça que foi 
cortada pelo plano imaginário é representada com linhas conhecidas como 
hachuras. De acordo com a NBR 12298/1995, hachuras são “linhas ou figuras 
com o objetivo de representar tipos de materiais em áreas de corte em desenho 
 
 
4 
técnico” (ABNT, 1995b). Essas linhas são desenhadas a 45° das linhas principais 
de contorno ou dos eixos de simetria (Figura 3). 
Figura 3 – Exemplos de aplicação de hachuras a 45° 
 
Fonte: ABNT, 1995b. 
 
De acordo com a NBR 12298/1995, “As hachuras podem ser utilizadas, 
em alguns casos, para indicar o tipo de material” (ABNT, 1995b). A Figura 4 
apresenta algumas hachuras específicas: 
Figura 4 – Hachuras para diferentes tipos de materiais 
 
 
5 
 
Crédito: Jackeline Souza. 
1.2 Corte pleno (total) 
No corte pleno, também conhecido como total, o plano secante atravessa 
toda a extensão da peça ou equipamento. As vistas são escolhidas em função 
dos detalhes que se deseja destacar. Na Figura 5(a), podemos observar o plano 
imaginário cortando um adaptador/redutor de diâmetro na sua longitudinal. Na 
vista frontal, Figura 5(c), o plano está representado por uma linha vertical, 
identificado por letra maiúscula (A) e com setas no sentido de observação. Por 
fim, a vista em corte está retratada na Figura 5(b), com a parte maciça que foi 
cortada hachurada a 45° em relação as linhas horizontais de contorno 
horizontais. 
Figura 5 – Vista em corte pleno de um adaptador/redutor de diâmetro 
 
 
6 
 
Crédito: Wasteresley Lima. 
1.3 Meio-corte 
Quando se deseja representar o detalhamento de um equipamento 
simétrico, pode-se realizá-lo por meio de uma vista em meio-corte, em que 
metade do desenho aparece em corte e a outra metade na vista externa. Com 
esse tipo de representação, é possível apresentar, simultaneamente, as formas 
interna e externa do equipamento. A Figura 5 apresenta o mesmo adaptador da 
Figura 4, porém com vista em meio corte. Nesse caso, são passados dois planos 
imaginários (a), deixando à vista a parte interna da região selecionada (b). 
Figura 6 – Vista em meio-corte pelo de um adaptador/redutor de diâmetro 
 
 
7 
 
Crédito: Wasteresley Lima. 
Um corte também pode ser apresentado em um desenho 3D e em um 
equipamento real de demonstração. Veja como é possível identificar as peças 
da bomba centrífuga a seguir, como o eixo e os rotores. 
Figura 7 – Bomba centrífuga 
 
Crédito: ShutterStockStudio/Shutterstock. 
1.4 Corte em desvio 
Também conhecido como corte composto, o corte em desvio apresenta a 
imagem de várias superfícies obtidas por um plano secante que muda de 
 
 
8 
direção. Sua aplicação é o destaque de detalhes que estão desalinhados. Na 
Figura 8 é possível verificar o corte realizado pelo plano A. As hachuras 
representam as partes maciças da peça que foram cortadas pelo plano A. 
Figura 8 – Representação de corte em desvio 
 
Crédito: Wasteresley Lima. 
A próxima representação (Figura 9) segue o mesmo raciocínio, com o 
plano de corte sendo representado pelo plano AB. Como há simetria na peça, a 
representação em um sentido é válida também para o outro. 
 
 
 
9 
Figura 9 – Representação de corte em desvio em flange 
 
Crédito: Wasteresley Lima. 
1.5 Corte parcial 
Corte parcial, ou ruptura, evidencia as partes internas da peça de forma a 
mostrar os detalhes em uma parte específica. Assim, não é preciso realizar um 
corte completo e a linha de corte é irregular. Vejam que, na Figura 10, o detalhe 
de redução de diâmetro é destacado no desenho. 
Figura 10 – Representação de corte parcial 
 
Crédito: Wasteresley Lima. 
 
 
10 
TEMA 2 – VISTAS EXPLODIDAS 
Também conhecida como perspectiva explodida, é uma imagem, um 
desenho técnico, que mostra as peças de um determinado equipamento 
separadamente e na sequência de montagem. As peças que compõem o 
equipamento são apresentadas separadas, porém próximas aos seus lugares de 
origem, como se houvesse uma explosão. Com isso, é possível compreender 
como é realizada a montagem das peças e o funcionamento do equipamento. 
Um exemplo são o trocador de calor de placas e a bomba de engrenagens 
representados na Figura 11, onde conseguimos visualizar seus principais 
componentes. 
Figura 11 – Representação de vista explodida de um trocador de calor de placas 
 
Fonte: Como..., [S.d.]. 
 
 
 
 
 
 
11 
Figura 12 – Representação de vista explodida de uma bomba de engrenagens 
 
Crédito: Wasteresley Lima. 
TEMA 3 – DESENHO ISOMÉTRICO 
O desenho isométrico (ou perspectiva isométrica) é realizado 
considerando-se a largura, a profundidade e a altura dos objetos – ou seja, a 
visão tridimensional dos objetos. Nessa representação, o plano de projeção 
cruza os três eixos do espaço com ângulos iguais, mantendo as mesmas escalas 
entre eles. 
Considerando que uma circunferência tem 360° e que temos 3 eixos para 
a representação tridimensional (x, y, z), o distanciamento entre os eixos é de α 
= 120°. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
Figura 13 – Representação tridimensional 
 
Crédito: Flávio Oliveira. 
3.1 Malha isométrica 
Para a realização de um croqui a mão livre, costuma-se utilizar como base 
a malha isométrica (Figura 14), com base na qual é possível identificar os três 
eixos. Usualmente, utilizamos um papel isométrico que já apresenta os traços 
nos quais o desenho deve ser realizado. 
Figura 14 – Malha isométrica 
Crédito: Ana Carolina Tedeschi Gomes Abrantes. 
 
 
13 
Veja a seguir como um paralelepípedo é representado na malha 
isométrica, utilizando as três coordenadas cartesianas. 
Figura 15 – Representação de paralelepípedo em malha isométrica 
 
Exemplos de acessórios de tubulações estão representados a seguir. 
Figura 16 – Representação isométrica de acessórios de linha 
 
Crédito: Wasteresley Lima. 
 
 
 
 
 
14 
TEMA 4 – DIAGRAMAS DE PROCESSO E SIMBOLOGIA 
4.1 Diagramas de processo 
O diagrama de processo mais simples para a indústriaé o fluxograma de 
blocos (BFD – Block Flow Process). Nele, os processos são apresentados de 
forma padronizada em uma sequência lógica de ocorrência. Costuma-se utilizar 
um retângulo para representar cada etapa do processo. 
Se considerarmos a Figura 17, que apresenta as etapas da produção de 
açúcar, identificamos que primeiramente a cana é recepcionada e limpa, 
passando por preparo e moagem. Da moagem, o bagaço é utilizado para 
geração de vapor e o caldo é encaminhado para tratamento, aquecimento e 
decantação. O caldo clarificado é extraído da decantação, passando por 
evaporação, cozimento, cristalização, centrifugação e secagem, resultando no 
açúcar. Ainda na decantação, é gerado lodo, o qual é filtrado. A torta é destinada 
para tratamento de resíduos e o caldo retorna ao processo na etapa de 
tratamento do caldo. 
Figura 17 – Diagrama de blocos – Produção de açúcar 
 
 
Outro tipo de diagrama de processos muito utilizado na indústria química 
é o fluxograma de processos conhecido como PFD (Process Flow Diagram), o 
qual ilustra o vínculo entre os equipamentos e os acessórios. É utilizado para 
registrar o processo produtivo a fim de conhecer, melhorar e/ou modelar estas 
relações. Utilizam símbolos e notações para representar o processo industrial. 
Esses símbolos podem variar de acordo com o local, empresa ou simulador. 
 
 
15 
No fluxograma de processos, algumas informações são fornecidas, como 
a composição e o estado físico das correntes, além de todos os equipamentos 
que compõem o sistema. 
Figura 18 – Fluxograma de processos – Tratamento de gases 
 
Crédito: Wasteresley Lima. 
Figura 19 – Diagrama de processos e instrumentação 
 
 
 
16 
4.2 Simbologia 
Os diagramas de processos utilizam símbolos e notações para 
representar o processo industrial. Esses símbolos podem variar de acordo com 
o local, empresa ou simulador. Seguem exemplos utilizados em dois simuladores 
diferentes. O simulador COCO (Cape-Open to Cape-Open) utiliza-se da 
ferramenta COFE (Cape-Open Flowsheet Environment), apresentando 
simbologia conforme exemplos a seguir: 
Figura 20 – Simbologia do programa COCO 
 
Crédito: Jefferson Schnaider. 
No caso do programa DWSIM, programa compatível com o Cape-Open, 
os símbolos dos equipamentos aparentam ser mais simples (Figura 21). 
 
 
17 
Figura 21 – Simbologia do programa DWSIM 
 
 
Crédito: Elias Dahlke. 
Fonte: DWSIM – Version 6.6.3 
Em relação à instrumentação apresentada em alguns fluxogramas, os 
símbolos são padronizados, assim como a nomenclatura. 
Figura 22 – Equipamentos e funções dos instrumentos 
Nr. 
Display compartilhado, 
controle compartilhado (1) 
 
A B C D 
Escolha 
principal ou 
Sistema 
Básico de 
Controle de 
Processo 
 
 
Escolha 
Alternativa ou 
Sistema 
Instrumentado 
de Segurança 
Sistemas e 
Programas de 
Computador 
(4) 
Discreto (5) 
 
 
18 
1 
 
 
 
 ◼ Localizado no 
campo. 
◼ Não em painel, 
gabinete ou 
console. 
◼ Visível no local 
do campo. 
◼ Normalmente 
acessível ao 
operador 
2 
 
 
 
 ◼ Localizado na 
frente do painel 
central ou 
principal ou 
console 
◼ Visível na 
frente do painel 
ou vídeo 
◼ Normalmente 
acessível ao 
operador na 
frente do painel 
ou console 
3 
 
 
 
 ◼ Localizado 
atrás do painel 
central ou 
principal 
◼ Localizado em 
gabinete atrás 
do painel 
◼ Não visível na 
frente do painel 
ou vídeo 
◼ Normalmente 
não acessível 
ao operador no 
painel ou 
console 
4 
 
 
 
 ◼ Localizado na 
frente ou 
interior de 
painel 
secundário ou 
local ou 
console 
◼ Visível na 
frente de painel 
ou vídeo 
◼ Normalmente 
acessível ao 
operador no 
painel frontal ou 
console 
5 
 
 
 
 ◼ Localizado 
atrás de painel 
secundário ou 
painel local 
◼ Localizado em 
gabinete de 
campo 
◼ Não visível na 
frente de painel 
ou vídeo 
 
 
19 
◼ Normalmente 
não acessível 
ao operador em 
painel ou 
console 
 
Fonte: AISI/ISA, 2009. 
Figura 23 – Letras de identificação 
Nota: Números em parêntesis se rederem às notas explanatórias em 4.2 
 Primeiras letras (1) Letras sucessivas (15) 
 
Coluna 1 
Variável Medida 
Inicializada 
Coluna 2 
Modificador 
variável (10) 
Coluna 3 
Função 
leitura-
passiva 
Coluna 4 
Função 
saída-ativa 
Coluna 5 
Modificador 
função 
A Análise (2)(3)(4) Alarme 
B Queimador, 
combustão (2) 
 Escolha do 
usuário (5) 
Escolha do 
usuário (5) 
Escolha do 
usuário (5) 
C Escolha do 
usuário (3a)(5) 
 Controle 
(23a)(23e) 
Fechado (27b) 
D Escolha do 
usuário (3a)(5) 
Diferença, 
diferencial, 
(11a)(12a) 
 Desvio (28) 
E Tensão elétrica 
(2) 
 Sensor, 
elemento 
primário 
 
F Vazão (2) Relação, 
fração (12b) 
 
G Escolha do 
usuário 
 Visor, gauge, 
dispositivo 
visão (16) 
 
H Manual (2) Alto 
(27a)(28ª)(29) 
I Corrente (2) Indicar (17) 
J Potência (2)r Varredura (18) 
K Tempo, 
Schedule (2) 
Taxa de 
variação 
(12c)(13) 
 Estação de 
controle (24) 
 
L Nível (2) Lâmpada (19) Baixo 
(27b)(28)(29) 
M Escolha do 
usuário (3a)(5) 
 Médio, 
intermediário 
 
 
20 
(27b)(28)(29) 
N Escolha do 
usuário (5) 
 Escolha do 
usuário (5) 
Escolha do 
usuário (5) 
Escolha do 
usuário (5) 
O Escolha do 
usuário (5) 
 Orifício, 
restrição 
 Aberto (27a) 
P Pressão (2) Ponto 
(conexão de 
teste) 
 
Q Quantidade (2) Integrar, 
totalizar (11b) 
Integrar, 
totalizar 
 
R Radiação (2) Registrar (20) Rodar 
S Velocidade, 
frequência (2) 
Segurança (14) Chave (23b) Parar 
T Temperatura (2) Transmitir 
U Multivariável 
(2)(6) 
 Multifunção 
(21) 
Multifunção 
(21) 
 
V Vibração, 
análise 
mecânica 
(2)(4)(7) 
 Válvula, 
basculante 
(23c)(23e) 
 
W Peso, força (2) Poço, Probe 
X Não-classificado 
(8) 
Eixo X (11c) Equipamentos 
Acessórios 
(22), não-
classificado (8) 
Não-
classificado 
(8) 
Não-
classificado (8) 
Y Evento, Estado, 
Presença (2)(9) 
Eixo Y (11c) Equipamentos 
auxiliares 
(23d)(25)(26) 
 
Z Posição, 
Dimensão (2) 
Eixo Z (11c), 
Sistema 
Instrumentado 
Segurança (30) 
 Driver, 
atuador, 
elemento final 
controle não-
classificado 
Não-
classificado 
 
Fonte: AISI/ISA, 2009. 
TEMA 5 – EXEMPLOS DE DIAGRAMAS DE PROCESSOS 
Vamos começar nossos exemplos com uma representação simples de 
processo, um diagrama de blocos, o qual tem a intenção de fornecer uma visão 
 
 
21 
geral de um processo. Na Figura 24, temos a exposição de um processo para 
produção de blocos de concreto. A matéria-prima é recebida e inspecionada, 
sendo estocada em seguida. Para a produção do concreto, faz-se a separação 
das quantidades necessárias dos produtos que continuem esta matéria-prima. O 
concreto é então encaminhado para os moldes, curado e estocado. A expedição 
é realizada após a estocagem. 
Figura 24 – Diagrama de blocos – produção de blocos de concreto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma representação que apresenta um maior número de detalhes, como 
equipamentos envolvidos na produção e principais acessórios, é o fluxograma 
de processos. Como exemplo, temos o processo pré-tratamento de nafta, 
derivado do petróleo. 
A finalidade da seção de pré-tratamento é a de proteger o catalisador 
da seção de reforma de impurezas presentes na carga da unidade tais 
como enxofre, nitrogênio, oxigênio, metais e olefinas. 
Estas impurezas contaminam o catalisador de reforma, reduzindo sua 
atividade e, em consequência, diminuindo o rendimento do reformado 
final. (Petrobras, 2002) 
O pré-tratamento ocorre da seguinte forma: 
A carga selecionada, ao entrar na unidade, recebe um reciclo de gás 
rico em hidrogênio, é aquecida em trocadores de calor e em uma 
fornalha e, então, introduzida no reator de pré-tratamento, numa faixa 
de temperatura de 260 a 340°C e pressão de 300 a 500 psi. [...] O 
efluente do reator de pré-tratamento pré-aquece a carga e o reciclo de 
gás rico em H2. Posteriormente,é introduzido num tambor separador, 
onde se obtém, na fase gasosa, um gás combustível bastante rico em 
H2. [...] A fase líquida proveniente do tambor separador segue para um 
stripper, que consiste em uma torre de remoção do H2S, NH3, H2O e 
das impurezas voláteis, juntamente com alguns hidrocarbonetos leves 
e o hidrogênio restante. (Petrobras, 2002) 
Inspeção e 
recebimento da 
matéria-prima 
Estocagem da 
matéria-prima 
Produção do 
concreto 
Moldagem dos 
blocos 
Proporcionamento 
dos materiais 
Cura dos 
blocos 
Estocagem Expedição 
 
 
22 
Figura 25 – Fluxograma de processos – Seção de pré-tratamento de nafta 
 
Crédito: Jackeline Souza. 
Um diagrama mais complexo é o fluxograma de processo e 
instrumentação. No exemplo a seguir (Figura 26), de um sistema de controle de 
temperatura de um trocador de calor, identificamos: 
• 1 válvula de controle de temperatura (TCV); 
• 1 controlador e indicador de temperatura (TIC); 
• 1 transmissor de temperatura (TT); 
• 1 elemento primário (TE), normalmente um termopar. 
Todos os instrumentos estão localizados no campo. O elemento primário 
“lê” a temperatura no fluido aquecido (T2), o transmissor repassa esta 
informação para o controlador e indicador, que informa à válvula o quanto ela 
deve estar aberta para manter a temperatura T2 dentro do esperado. 
 
 
 
23 
Figura 26 – Sistema de controle da temperatura de um trocador de calor 
 
FINALIZANDO 
Nesta etapa aprendemos alguns tipos de representação de equipamentos 
e processos muito utilizados na área industrial. É mais fácil entender como os 
equipamentos estão projetados e seus componentes quando utilizamos os 
desenhos em corte e as vistas explodidas. Com base em um desenho isométrico, 
entendemos onde os equipamentos estão instalados com proporção dimensional 
e os fluxogramas que apresentam o sequenciamento com as principais 
informações para o entendimento da operação em si. 
 
 
 
 
24 
REFERÊNCIAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10067: Princípios 
gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995a. 
_____. NBR 12298: Representação de área de corte por meio de hachuras em 
desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995b. 
ANDRADE, J. J. de O.; DIEHL, C. Avaliação do processo de fabricação de blocos 
de concreto através do emprego do controle estatístico de processo. In: XXXI 
ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Anais..., Belo 
Horizonte, 2011. 
ANSI/ISA-5.1. Símbolos e Identificação de Instrumentação. Tradução livre de 
Marco Antonio Ribeiro, 2009. 
CATAPAN, M. F. Apostila de desenho técnico. UFPR, 2016. Disponível em: 
<http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_marcio/wp-
content/uploads/sites/13/2014/09/Ap ostila-Desenho-T%C3%A9cnico-II-Parte-
Eng-Eletrica.pdf>. Acesso em: 9 jun. 2022. 
CHAVES, C. R. Curso de Formação de Operadores de Refinaria: 
instrumentação básica. Petrobrás: UnicenP, 2002. 
COMO é feito um trocador de calor? VaporTec, S.d. Disponível em: 
<https://www.vaportec.com.br/ind/2020/07/15/como-e-feito-um-trocador-de-
calor/>. Acesso em: 9 jun. 2022. 
DWSIM. Disponível em: <https://dwsim.org/>. Acesso em: 9 jun. 2022. 
PETROBRAS. Curso de formação de operadores de refinaria – Processos de 
refino. Curitiba: Petrobras, 2002. 
STAFF, M. F. Desenho técnico – Aula 4. Uninter, S.d. 
VILSEKE, A. J. et al. Desenho técnico mecânico. Porto Alegre: Sagah, 2018.

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