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Parte Geral do Direito Civil - Slide 1 Profa. Ana Cláudia M. Leal Felgueiras Durante o semestre cada dia de aula corresponde a 3 ou 2 aulas dependendo da disciplina. Assim, o aluno só poderá ter 15 faltas durante todo o semestre, ou seja, cinco dias. É possível a justificativa de falta desde que o aluno apresente atestado ou declaração de apenas cinco aulas, que devem ser entregues logo após o retorno das aulas. Justificativa de até cinco faltas durante o semestre! Apresentação da documentação comprovatória até o mês seguinte! Faltas Ementa 7 1. Pessoa Natural 2. Capacidade: incapacidade absoluta e relativa; interdição; emancipação. 3. Direitos da Personalidade: conceito, fundamento, características, natureza jurídica e espécies; sua proteção. Nome: natureza jurídica; elementos integrantes; possibilidade de alteração; proteção do nome. 4. Morte da pessoa natural. 5. Ausência: curadoria dos bens do ausente; sucessão provisória e definitiva; 6. Pessoa Jurídica: conceito, natureza jurídica, classificação, capacidade, pessoas jurídicas de direito público; 7. Pessoas Jurídicas de Direito Privado: existência legal e constituição; registro; sociedades; associações e fundações; desconsiderações da personalidade jurídica; extinção da pessoa jurídica; 8. Domicílio: unidade; pluralidade; falta e mudança de domicílio; espécies de domicílio; 9. Classificação dos Bens: bens considerados em si mesmos, reciprocamente considerados e em relação às pessoas de seus titulares; Ementa 8 11.Elementos Essenciais do Negócio Jurídico: elementos subjetivos, objetivos e formais; a noção de causa do negócio jurídico. Interpretação do Negócio Jurídico: teorias clássicas da vontade e da declaração; a boa-fé objetiva e a teoria da confiança; negócio jurídico indireto; negócio fiduciário. 12.Forma e Prova do Negócio Jurídico: princípio do consensualismo; formas ad substantiam e ad probationem; provas admitidas e provas ilícitas. Representação: representação legal e representação voluntária; negócio consigo mesmo. 13. Elementos Acidentais do Negócio Jurídico: condição; termo; encargo. 14. Defeitos do Negócio Jurídico: erro; dolo; coação; estado de perigo; lesão; fraude contra credores; simulação. 15.Existência, Validade e Eficácia do Negócio Jurídico: teoria da existência; espécies de invalidade: nulidade e anulabilidade; ineficácia stricto sensu; princípio da Conservação Do Negócio Jurídico; Conversação, Ratificação E Redução. 16. Ato Ilícito. 17. Prescrição e Decadência. Técnica Aprender a Aprender Apresentação da disciplina Ementa 7 1. Pessoa Natural 2. Capacidade: incapacidade absoluta e relativa; interdição; emancipação. 3. Direitos da Personalidade: conceito, fundamento, características, natureza jurídica e espécies; sua proteção. Nome: natureza jurídica; elementos integrantes; possibilidade de alteração; proteção do nome. 4. Morte da pessoa natural. 5. Ausência: curadoria dos bens do ausente; sucessão provisória e definitiva; 6. Pessoa Jurídica: conceito, natureza jurídica, classificação, capacidade, pessoas jurídicas de direito público; 7. Pessoas Jurídicas de Direito Privado: existência legal e constituição; registro; sociedades; associações e fundações; desconsiderações da personalidade jurídica; extinção da pessoa jurídica; 8. Domicílio: unidade; pluralidade; falta e mudança de domicílio; espécies de domicílio; 9. Classificação dos Bens: bens considerados em si mesmos, reciprocamente considerados e em relação às pessoas de seus titulares; Ementa 8 11.Elementos Essenciais do Negócio Jurídico: elementos subjetivos, objetivos e formais; a noção de causa do negócio jurídico. Interpretação do Negócio Jurídico: teorias clássicas da vontade e da declaração; a boa-fé objetiva e a teoria da confiança; negócio jurídico indireto; negócio fiduciário. 12.Forma e Prova do Negócio Jurídico: princípio do consensualismo; formas ad substantiam e ad probationem; provas admitidas e provas ilícitas. Representação: representação legal e representação voluntária; negócio consigo mesmo. 13. Elementos Acidentais do Negócio Jurídico: condição; termo; encargo. 14. Defeitos do Negócio Jurídico: erro; dolo; coação; estado de perigo; lesão; fraude contra credores; simulação. 15.Existência, Validade e Eficácia do Negócio Jurídico: teoria da existência; espécies de invalidade: nulidade e anulabilidade; ineficácia stricto sensu; princípio da Conservação Do Negócio Jurídico; Conversação, Ratificação E Redução. 16. Ato Ilícito. 17. Prescrição e Decadência. Senso Comum e Conhecimento Científico Senso Comum Conhecimento Científico Tem origem na experiência, no que vimos e ouvimos no dia a dia. É um conhecimento racional Baseia-se na observação de fatos. conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativas e erros; atividade reflexiva; procura compreender, explicar e alterar o cotidiano a partir de um estudo sistemático; É subjetivo, exprime sentimentos, opiniões individuais ou de grupos, variáveis de acordo com cultura local É objetivo, procura estruturas universais e necessárias de coisas investigadas Atitude dogmática Atitude crítica Não há preocupação pelo rigor linguístico Utiliza uma linguagem rigorosa com apenas uma interpretação Apresentaçãoda disciplina PessoaNatural Sujeitos de Direitos 2 Sujeitos de Direitos DAS PESSOAS COMO SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA • O atual Código Civil, no Livro I da Parte Geral, dispõe sobre as pessoas como sujeitos de direitos. • Sendo a sociedade composta por pessoas, nada mais óbvio do que a necessidade do Direito regrar aspectos da vida das pessoas, desde seu nascimento até a morte. Em nosso sistema jurídico apenas pessoas são sujeitos de direito, ou seja, titulares de direito. • Como o direito regula a vida em sociedade e esta é composta de pessoas, o estudo do direito deve começar por elas, que são os sujeitos das relações jurídicas. O direito subjetivo (facultas agendi) consiste numa relação jurídica que se estabelece entre um sujeito ativo, titular desse direito, e um sujeito passivo, gerando uma prerrogativa para o primeiro em face destes. 3 Conceito de Pessoa Natural • Assim, pessoa, por sua vez, é o ente físico ou moral apto para contrair direitos e deveres, há duas espécies de pessoas nas naturais (ou físicas) e as jurídicas que serão estudadas separadamente. • “O fato é que em nosso conhecimento vulgar designamos pessoa a todo ser humano. No sentido jurídico, pessoa é o ente suscetível de direitos e obrigações”. Silvio Venosa • É todo ser nascimento de mulher, não é exigida forma humana ou viabilidade da vida. • Pessoa é todo aquele (sendo pessoa jurídica é ente) capaz (do ato) de contrair obrigações na ordem civil e é sujeito de direito. • Pessoa é o sujeito de direito, é o destinatário da regra jurídica. É a essa pessoa que o direito se dirige. Para que o ser nascido de mulher seja considerado pessoa natural basta nascer com vida, cujo critério de constatação da vida a respiração 4 Critérios para o nascimento com vida • Respiração: Lei no. 6.015/13 Art. 53.§ 2º No caso de a criança morrer na ocasião do parto, tendo, entretanto, respirado, serão feitos os dois assentos, o de nascimento e o de óbito, com os elementos cabíveis e com remissões recíprocas. • Forma Humana: Não exigida, diferente de outros países, como: Código Civil espanhol • Viabilidade: noutras legislações se requer a viabilidade da vida, como Portugal e Espanha, porém o nosso não. 5 Docimasia hidrostática de Galeno Trata-se de medida pericial, de caráter médico-legal, aplicada com a finalidade de verificar se uma criança nasce viva ou morta e, portanto, se chega a respirar. Após a respiração o feto tem os pulmões cheios de ar e quando colocados numa vasilhame com água, flutuam; não acontecendo o mesmo com os pulmões que não respiram. Se afundarem, é porque não houve respiração; se não afundarem é porque houve respiração e, consequentemente, vid A medicina tem hoje recursos modernos e eficazes, inclusive pelo exame de outros órgãos do corpo, para apurar se houve ou não ar circulando no corpo do nascitura. 6 CódigoCivil P A RT E G E R A L LIVRO I DAS PESSOAS TÍTULO I DAS PESSOAS NATURAIS CAPÍTULO I Da Personalidade e da Capacidade Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Nascituro 8 Conceito: • é o ser que se encontra no ventre materno, em processo gestacional; o vocábulo nascituro possui origem no latim nascituru, quer dizer: "aquele que há de nascer". Atualmente, nascituro é o nome que se dá ao ser humano já concebido e que se encontra, ainda, no ventre materno. Natureza Jurídica: O nascituro não é ainda uma pessoa, não é um ser dotado de personalidade jurídica. Os direitos que se lhe reconhecem permanecem em estado potencial. Proteção Legal ao Nascituro Área Cível: a curatela do nascituro (art. 1.779 e art. 1.780 do Código Civil); a admissibilidade de ser constituído herdeiro ou legatário o concebido (art. 1.799 do Código Civil), de receber doação (art. 542 do Código Civil) etc. Área Penal: Aborto Provocado pela Gestante ou com Seu Consentimento Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. Aborto Provocado por Terceiro Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos. Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Parágrafo único - Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência. Forma Qualificada Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto Necessário I.- se não há outro meio de salvar a vida da gestante; II.- se a gravidez resulta de estupro e o Aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 9 Situação Jurídica do Nascituro Três teorias procuram explicar: • “A natalista afirma que a personalidade civil somente se inicia com o nascimento com vida; • a da personalidade condicional sustenta que o nascituro é pessoa condicional, pois a aquisição da personalidade acha-se sob a dependência de condição suspensiva, • o nascimento com vida, não se tratando propriamente de uma terceira teoria, mas de um desdobramento da teoria natalista, visto que também parte da premissa de que a personalidade tem início com o nascimento com vida; • e a concepcionista admite que se adquire a personalidade antes do nascimento, ou seja, desde a concepção, ressalvados apenas os direitos patrimoniais, decorrentes de herança, legado e doação, que ficam condicionados ao nascimento com vida”. Carlos Roberto Gonçalves 10 Observação: • “(...)não cabe indagar de que maneira se processa a concepção: se por via de relações sexuais normais, se devido a inseminação artificial, ou se mediante processos técnicos de concepção extrauterina (fertilização in vitró). Ademais, deve-se distinguir os embriões excedentários da figura do nascituro, sendo certo que um e outro não se confundem. O nascituro é o embrião que, implantado no útero, é apto a desenvolver-se ou maturar-se até o nascimento, diferentemente do embrião excedentário, que não tem essa capacidade por si só.” Caio Mario da Silva Pereira 11 Começo da personalidade natural • o art. 2o do Código Civil: • “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. • É a personalidade jurídica que garante as pessoas o gozo dos seus direitos na vida de relação, em sociedade, sendo que esta condição individual é inerente a toda e qualquer pessoa viva. Conceito de personalidade Jurídica • Pode ser definida como aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil. É pressuposto para a inserção e atuação da pessoa na ordem jurídica. • Tem acepções diferenciadas da personalidade. Os conceitos são similares, mas diferentes. • Juridicamente. nada mais é do que a capacidade abstrata para possuir direitos e contrair obrigações na ordem civil, sendo indissociável da pessoa humana. • Na Roma Antiga,o escravo não era pessoa, por isso tinha um tratamento diferenciado da personalidade. Idem o estrangeiro que era tratado de forma diferente em território brasileiro. 13 Capacidade Jurídica • Pode-se falar que a capacidade é a medida da personalidade, pois para uns ela é plena e, para outros, limitada. • A que todos têm, e adquirem ao nascer com vida, é a capacidade de direito ou de gozo, também denominada capacidade de aquisição de direitos. Essa espécie de capacidade é reconhecida a todo ser humano, sem qualquer distinção. • “Personalidade e capacidade completam-se: de nada valeria a personalidade sem a capacidade jurídica, que se ajusta assim ao conteúdo da personalidade” (...) Carlos Roberto Gonçalves 14 Plena Capacidade Quem possui as duas espécies de capacidade ( de fato ou exercício) tem capacidade plena. • Espécies: a)de direito ou de gozo, que é a aptidão que todos possuem (CC, art. 1º); b)de fato ou de exercício, que é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Maioridade Civil: Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 3 Incapacidades • O ordenamento jurídico tem como regra a capacidade (art. 1. CC/02) nem todas as pessoas serão dotadas da capacidade de direito, uma vez que esta pode sofrer limitações, dependendo de alguns fatores, como: a idade, habilidade mental, capacidade de discernimento, limitações físicas e ainda psicológicas. • Em nome da segurança jurídica que garante aos indivíduos confiança no Direito e na Justiça, indispensáveis ao desenvolvimento econômico social de um Estado, o exercício de alguns direitos que são restringidos, retirando de algumas pessoas a capacidade para o exercício de seus direitos. Incapacidades: • Conceito: Incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, uma exceção a regra geral da capacidade, pois o legislador não reconhece nas pessoas naturais elencadas nos artigos 3º. e 4º. do Código Civil de 2002. 5 Código Civil 2002 6 Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. I - (Revogado); II - (Revogado); III - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) (Vigência) (Vigência) Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) I. - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II. - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III. - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; II. - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) III. - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) IV.- os pródigos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. de 2015) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art123 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art123 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art123 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114 Incapacidade Absoluta: • A incapacidade absoluta acarreta a proibição total do exercício, por si só, do direito.Nestes casos, os absolutamente incapazes possuem personalidade jurídica, bem como capacidade de direito, para que não fiquem afastados da vida civil e desprotegidos deve-se designa uma pessoa plenamente capaz que em lugar deles, pratique esses atos segundo regras jurídicas, que os represente legalmente. • A Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015, denominada “Estatuto da Pessoa com Deficiência”, o art. 3º, que trata dos absolutamente incapazes, teve todos os seus incisos revogados, apontando no caput, como únicas pessoas com essa classificação, “os menores de 16 (dezesseis) anos”. 8 Antes da Lei n. 13.146 Depois da Lei n. 13.146 “Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I.— os menores de dezesseis anos; II.— os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III.— os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.” “Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.” Alterações promovidas pela Lei no. 13.146/15 9 “ (...) Lei n. 13.146/2015, como proclama o art. 1º, “a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. A consequência direta e imediata dessa alteração legislativa é que: o deficiente é agora considerado pessoa plenamente capaz. O art. 6º da referida lei declara que “A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa”. o art. 84, caput, estatui, categoricamente, que “A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas”. Quando necessário, aduz o § 1º, “a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a lei”. Carlos Roberto Gonçalves 10 Críticas à Lei no. 13.146/15 Todavia, têm elas sido objeto de pesadas críticas formuladas pela doutrina, pelo fato, principalmente, de desproteger aqueles que merecem a proteção legal. Incapacidade Relativa • O agente necessita agora de um assistente para a prática dos atos da vida civil, pois o legislador reconhece relativa maturidade ou condições fáticas para a pratica supervisionada dos atos da vida civil. Em um contrato de compra e venda, por exemplo, tanto o agente, quanto o assistente devem assinar. A constituição considera como relativamente capazes: artigo 4º., CC/02 Os atos realizados pelos relativamente incapazes são anuláveis. 11 Os índios O diploma legal que atualmente regula a situação jurídica dos índios no País é a Lei n. 6.001, de 19 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o Estatuto do Índio, proclamando que ficarão sujeitos à tutela da União até se adaptarem à civilização. 12 Senilidade • A senilidade, por si só, não é motivo de incapacidade, a menos que venha acompanhada de estado mental patológico. No exame do caso concreto, deve ser avaliado se o agente, independentemente de sua idade, tinha capacidade de entender o ato ou negócio jurídico. 13 Emancipação: • Conceito: A emancipação é uma forma de cessação da capacidade civil, o menor passa a ter capacidade civil plena, podendo exercer pessoalmente os atos da vida civil. É o instituto jurídico que proporciona ou dá capacidade de fato ou exercício para o menor de idade e consequência das restrições legais só possui capacidade de direito. Assim, a emancipação é a antecipação dos efeitos da maioridade do ponto de vista jurídico, proporcionando ao relativamente incapaz, menor de 18 anos a capacidade civil plena. A emancipação é uma forma extraordinária de aquisição da capacidade civil plena. 14 Emancipação: Espécies: O artigo 5º, parágrafo único, CC/02 nos dá as hipóteses de emancipação. a)Emancipação voluntária: concedida pelos pais, se o menor tiver 16 anos completos, através de instrumento público, ao filho com pelo menos 16 anos. b)Emancipação judicial: declarado pelo juiz, por sentença, ouvido o tutor em favor do tutelado que já completou 16 anos. Pode ocorre no caso um dos pais discordar ou se se tratar de menor sob tutela também com pelo menos 16 anos, ou ainda quando o menor quiser ser emancipado e os pais não; c)Emancipação legal: É a que decorre de determinados fatos previstos na lei. art. 5º, parágrafo único, incisos II, III, IV e V do CC/02. 15 Código Civil de 2002 16 Art. 5º Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I.- pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II.- pelo casamento; III.- pelo exercício de emprego público efetivo; IV.- pela colação de grau em curso de ensino superior; V.- pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Direitos da Personalidade • Os direitos da personalidade jurídica são necessários, essenciais ao resguardo do princípio da dignidade humana, por essa razão são universais, absolutos, imprescritíveis, intransmissíveis, impenhoráveis e vitalícios. • São a materialização dos valores fundamentais da pessoa. Embora na antiguidade já houvesse preocupação com os Direitos Humanos, incrementada com o advendo do cristianismo, o seu reconhecimento como categoria de direito subjetivo surgiu como reflexo da Declaração dos Direitos do Homem ( 1789) • No Brasil o grande passo foi a CF/88 Art 5º,X, posteriromente o CC que dedicou um capítulo à esses direitos (art 11 a21) 15 Características Caráter absoluto São sujeitos passivos todos aqueles que ameacem ou empeçam o livre exercício dos direitos da personalidade. Generalidade Todas as pessoas, naturais ou jurídicas são titulares dos direitos da personalidade, basta que tenham personalidade jurídica. Extrapatrimonialidade São direitos sem conteúdo econômico. Indisponibilidade/ intransmissibilidade e irrenunciabilidade Intransmissibilidade é a não modificação subjetiva.” Não se pode separar a honra, a intimidade de seu titular.” A irrenunciabilidade é a impossibilidade do titular do direitoda personalidade renunciar desse seu direito Imprescritibilidade O direito da personalidade não prescreve, não se perde com o tempo. Impenhorabilidade “ Não posso dar minha vida em penhora.” Vitaliciedade Os direitos da personalidade são para toda a vida e depois da morte. Dignidade da Pessoa Humana. • É imperioso que se faça hoje, uma análise da personalidade jurídica ao derredor de uma idéia central que é o principio da Digninadade da pessoa humana, constitucionalmete garantido pela CF de 1988 que o colocou como objetivo fundamental da República . • A dignidade da pessoa humana alcança e ao mesmo tempo converge todos os demais direitos para sua rbita, fazendo com que gravitem ao seu redor, ou seja sofram analise reflexiva conforme seus postulados, uma releitura necessária das garantias fundamentais. • Código Civil Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas na lei. Código Civil • CAPÍTULO II • Dos Direitos da Personalidade Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. 18 Código Civil Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. Código Civil Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Código Civil Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. Código Civil
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