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AA2 - Seminário Temático I

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Disciplina: Seminário Temático I
Nome da atividade: Atividade Avaliativa II
Nome: 
Polo: Paracambi
Matrícula: 
A) RESUMA, com base no artigo 8 (Oliveira, Pereira & Oliveira, 2010), as três
condições de efetividade dos conselhos gestores em uma Democracia deliberativa. 
Conforme Oliveira, Pereira e Oliveira (2010), o artigo “Os conselhos gestores
municipais como instrumentos da democracia deliberativa no Brasil” propõe uma discussão
acerca da importância da gestão colegiada de políticas públicas para fomentar uma relação
democrática e dialógica entre sociedade e Estado, evidenciando as estruturas institucionais
capazes de sustentá-la e o fortalecimento de espaços públicos não estatais. No âmbito
municipal, os conselhos gestores são considerados agentes-chave para a efetividade desses
processos, desde que sejam alicerces da democracia deliberativa. Esses conselhos são órgãos
que desempenham um papel fundamental na promoção da democracia participativa e na
construção de políticas públicas mais inclusivas e responsáveis. 
Para os autores, esse conceito de democracia pode ser compreendido como um método
para a formação de decisões coletivas por meio do diálogo entre indivíduos politicamente
iguais. Por isso, o objetivo do texto é apresentar determinadas premissas para que os
conselhos gestores sejam, de fato, alicerces da democracia deliberativa, contribuindo para a
construção de uma relação mais democrática e dialógica entre sociedade e Estado.
Nesse sentido, existem três condições de efetividade para os conselhos gestores em
uma democracia deliberativa: A primeira categoria refere-se aos elementos associados à
organização formal dos conselhos. A segunda categoria se concentra nos aspectos referentes
ao processo deliberativo dos conselhos. Já a terceira categoria aborda os pontos vinculados à
conexão dos conselhos com segmentos sociais e poderes instituídos.
A primeira categoria inclui elementos relacionados à organização formal dos
conselhos, como a definição clara de seus objetivos e atribuições, a composição democrática e
representativa dos membros do conselho, a transparência e publicidade de suas atividades e
decisões, além da capacidade técnica e política dos conselheiros. Esses elementos são
fundamentais para que os conselhos possam funcionar adequadamente como instâncias
deliberativas e representativas dos interesses da sociedade.
A segunda categoria está relacionada ao processo deliberativo dos conselhos. Nesse
sentido, é importante que haja um ambiente propício para o diálogo e a participação dos
conselheiros e da sociedade em geral, com a possibilidade de apresentação de propostas,
críticas e sugestões. Além disso, é fundamental que haja uma dinâmica de deliberação que
permita a construção coletiva de decisões, levando em consideração os diferentes interesses e
perspectivas dos envolvidos. A qualidade do processo deliberativo dos conselhos é essencial
para garantir a legitimidade e a efetividade de suas decisões. Vale mencionar a respeito sobre
o processo deliberativo dos conselhos, a existência de, pelo menos, três grupos de motivos
que impactam em seu estado de instrumento da democracia deliberativa local. Sendo possível
citar: a garantia de procedimentos democráticos de argumentação e deliberação; a promoção
da cidadania deliberativa; e a compreensão das nuanças da participação e o estímulo à sua
forma política. 
1
Por último, a terceira categoria se refere à conexão dos conselhos com segmentos
sociais e poderes instituídos. É importante que os conselhos estejam conectados com as
demandas e interesses da sociedade, de forma a representá-los e atendê-los adequadamente.
Para tanto, é necessário que haja canais de comunicação e participação efetiva de diferentes
grupos sociais no conselho. Além disso, é fundamental que os conselhos estejam conectados
com os poderes instituídos, como os governos municipais, estaduais e federais, para que
possam articular suas ações e garantir a implementação das políticas públicas definidas
coletivamente.
 Portanto, as condições de efetividade dos conselhos gestores para a democracia
deliberativa exigem a definição clara de seus objetivos e atribuições, uma composição
democrática e representativa dos membros do conselho, um processo deliberativo
participativo e construtivo, além de conexões efetivas com a sociedade e os poderes
instituídos. A garantia dessas condições é fundamental para que os conselhos possam atuar
como alicerces da democracia deliberativa e contribuir para a construção de uma relação mais
democrática e dialógica entre sociedade e Estado.
B) DETALHE os argumentos de Teixeira, Araújo & Pimentel (2010) – artigo 9 – com
vistas a uma gestão pública que tenha em conta práticas de gestão social
O texto de Teixeira, Araújo e Pimentel (2010) aborda uma ampla discussão entre os
conceitos de gestão social e gestão pública, relacionando-os aos de cidadania deliberativa e da
esfera pública, discutidos na literatura. Embora alguns teóricos argumentem que existem
diferenças entre os modelos de gestão, Tenório (2008) defende que a gestão social pode ser
realizada em qualquer sistema social, contanto que determinadas hipóteses sejam praticadas.
Nesse sentido, Teixeira, Araújo e Pimentel (2010) propõem uma aproximação entre a gestão
pública e a gestão social, de forma a tornar a gestão pública "adjetivada como social", visando
uma gestão direcionada para os interesses da sociedade e a efetivação da cidadania
deliberativa. A adoção de uma gestão pública adjetivada como social traria benefícios
significativos para a sociedade, tornando a gestão pública mais eficiente e democrática. No
entanto, os autores reconhecem que a implementação prática dessa proposta enfrenta diversos
desafios, como: a resistência de burocratas e políticos, a falta de capacidade técnica e
financeira e a cultura política brasileira. 
Importante mencionar que o início do debate sobre a função do Estado em relação a
gerência das questões sociais é relativamente recente, pois isso ocorre a partir de 1980,
possibilitando novas perspectivas de fortalecimento da cidadania e de democracia, sobretudo
favorecendo maior abertura do espaço público para participação dos membros da sociedade
civil. Dessa forma, os autores argumentam que a gestão social detém a função de promover o
envolvimento da sociedade no processo da tomada de decisões e na implementação de
políticas públicas, buscando meios de executar alternativas abrangentes de políticas públicas
relacionadas às questões sociais. Por outro lado, o modelo de gestão pública tradicional é
caracterizado de forma mais centralizada, hierárquica e burocrática, com baixa participação
popular. Segundo os autores, esses modelos propostos não são necessariamente contrários,
mas sim complementares.
Para elucidar o entendimento, o artigo menciona o conceito de gestão pública na
concepção de outros autores, como o de França Filho (2008), que a descreve: “diz respeito
àquele modo de gestão praticado no seio das instituições públicas de Estado nas suas mais
variadas instâncias”. 
2
Nesse contexto, de acordo com França Filho (2008), os fundamentos do Estado de
bem-estar social são provenientes de ações realizadas pela sociedade civil, ou seja, a gestão
social teria o papel de preencher lacunas deixadas em determinados segmentos sociais, sendo
promovido não somente pelo Estado, mas por uma organização civil. Assim, esse
gerenciamento poderia ser visto como uma alternativa de administração, diferenciando-a da
gestão privada, voltada para questões financeiras, já que quanto à natureza dos objetivos
perseguidos, aproxima-se dele em relação ao modo de operacionalizar a gestão, que se assenta
numa lógica de poder segundo os parâmetros de uma racionalidade instrumentale técnica.
Assim, é possível compreender a gestão social como uma abordagem que visa à
construção de uma gestão pública mais democrática, transparente e eficiente, em que a
participação da sociedade civil é valorizada como meio para a construção de políticas públicas
mais adequadas às necessidades da população. Para França Filho (2008), no contexto da
gestão social, existem dois cenários possíveis: a banalização desse conceito e a ascensão do
debate sobre as formas de atuação da sociedade civil na busca de objetivos públicos. Dessa
maneira haveria um tipo de gestão orientada ao social. Afinal, essa forma de gestão preconiza
a seguinte reflexão: “qual gestão não é social?”, uma vez que para realizá-la há necessidade
da participação e relação entre as pessoas.
Seguindo a perspectiva dos autores, uma das principais finalidades da gestão social
tem caráter não econômico, tornando-se um instrumento de realização de ações sociais, como:
políticos, culturais, ecológicos. Assim, a gestão social seria uma alternativa para a
democratização da gestão pública, além de contribuir na formação de uma sociedade mais
participativa e justa. 
Um dos pontos centrais defendidos pelos autores é a importância da participação da
sociedade civil na gestão pública, que permite uma maior aproximação entre o Estado e a
população, tornando as políticas públicas mais adequadas às necessidades da sociedade. Vale
lembrar que, na visão de França Filho (2008), a gestão pública será modificada de acordo com
a orientação do poder político governamental do momento, adotando práticas de caráter
democráticos, tecnoburocráticos ou clientelistas, ou seja, ela estará fundamentada pela cultura
política predominante. Motta (2007) destaca que a gestão pública detém o papel de atuar na
preservação da igualdade formal, aquela perante a lei, bem como assegurar oportunidades
semelhantes, exceto em situações em que as chances não sejam nitidamente iguais. 
Conforme Teixeira, Araújo e Pimentel (2010), a gestão social valoriza o diálogo e a
colaboração na elaboração e implementação de políticas públicas, buscando construir uma
administração pública mais democrática e eficiente. 
Outra questão relevante destacada pelos autores é a possibilidade de a gestão social
auxiliar na luta contra o combate à pobreza e às questões ambientais, e na promoção da
transparência na gestão pública. A participação da sociedade civil na gestão pública pode
ajudar a identificar irregularidades e a monitorar a atuação dos governantes, contribuindo para
a construção de uma gestão pública mais ética e responsável. 
Dessa forma, os autores pontuam que a perspectiva de gestão pública poderia ser
considerada uma gestão social, evidentemente existe um longo caminho para o seu
desenvolvimento a fim de permitir uma efetiva “adjetivação de social” à gestão pública,
sobretudo, na esfera de ação comunicativa e dialógica, além da promoção de uma discussão
crítica e intersubjetiva. Afinal, percebe-se uma gama de espectros individuais, mas que não
envolvem necessariamente aspectos coletivos na gestão pública, o que seria fundamental para
a uma adequada gestão social. 
3
Portanto, os autores destacam a necessidade de construção de novos modelos de
gestão, que valorizem a participação da sociedade civil e a integração de diferentes saberes e
perspectivas. A gestão social exige a construção de uma nova cultura organizacional, que
valorize a participação, a colaboração e a construção coletiva do conhecimento. Assim,
percebe-se que existem espaços para avançar no exercício de uma cidadania deliberativa,
assegurando uma gestão pública focada no processo dialógico para tomada de decisões. Por
isso, o artigo fez um importante destaque para reflexão sobre essa temática com relação aos
ideais que envolvam a gestão pública e social.
Referências bibliográficas
FRANÇA FILHO, G. Definindo gestão social. In: Silva J. et al. (Orgs.). Gestão social:
práticas em debate, teorias em construção. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2008.
MOTTA, P.R. A modernização da administração pública brasileira nos últimos 40 anos.
Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, ed. especial comemorativa 87-96, 1967-
2007.
OLIVEIRA, Virgílio Cézar da Silva e; PEREIRA, José Roberto; OLIVEIRA, Vânia A. R. de.
"Os conselhos gestores municipais como instrumentos da democracia deliberativa no Brasil".
In: Cadernos Ebape.BR, v. 8, no 3, artigo 3, Rio de Janeiro, Set. 2010;
TEIXEIRA, Juliana Cristina; ARAÚJO, Priscila Gomes de; PIMENTEL, Mariana Pereira
Chaves. Reflexões sobre uma gestão pública adjetivada como social. In: Anais, VII SEGeT –
Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – 2010.
TENÓRIO, F. G. (Re)Visitando o conceito de gestão social. In: Silva J. et al. (Orgs.). Gestão
social: práticas em debate, teorias em construção. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2008.
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