Buscar

223061043-Direito-Administrativo-Tipos-de-Licitacoes

Prévia do material em texto

DIREITO ADMINISTRATIVO: Licitação parte 1 
POR EDNALDO TAVARES RUFINO FILHO 
 
Olá pessoal, hoje iniciarei o tema mais relevante de toda preparação da 
disciplina de Direito Administrativo. Devido sua importância irei dividir em 4 post 
os assuntos sobre licitação e contrato. 
Bom Estudo. 
 
Conceito: procedimento administrativo obrigatório de seleção da melhor 
proposta para Administração Pública. 
 
Características: seleção imparcial, competitividade, melhor proposta. 
 
Princípios específicos: isonomia, impessoalidade, moralidade, 
indisponibilidade do interesse público, julgamento objetivo, vinculação ao edital, 
inalterabilidade do edital, sigilo das propostas, formalismo, adjudicação 
compulsória. 
 
Competência para Legislar: Concorrente. 
 
Objeto da licitação: pode ser imediato ou mediato. 
Imediato: melhor proposta. 
Mediato: aquilo que a Administração busca contratar, podendo ser obras, 
serviços, compras, alienações, concessões, permissões, locações. 
 
Obrigatoriedade: todas as entidades e órgãos públicos devem realizar 
licitação. Exemplos: autarquias, tribunais de contas. Não estão obrigadas: 
empresas privadas, OAB, concessionárias. 
 
Tipos de licitação: menor preço, melhor técnica, técnica e preço, maior lance 
ou oferta. 
 
Modalidades: 
1 – Concorrência: qualquer interessado que possua os requisitos de 
qualificação. É obrigatório no caso de obras e serviços de engenharia que 
tenham o valor acima de R$ 1.500.000,00. Quanto às demais objetos a 
partir do valor de R$ 650.000,00. 
 
2 – Tomada de preços: os interessados têm que estar cadastrado ou 
demonstrar possuir os requisitos até 3 dias antes do recebimento das 
propostas. Utilizado no caso de obras e serviços de engenharia de até R$ 
1.500.000,00 e nos demais objetos até R$ 650.000,00. 
 
3 – Convite: são convidados no mínimo 3 do ramo referente ao objeto. É 
utilizado no caso de obras e serviços de engenharia de até R$ 150.000,00 e 
http://ensinejus.blogspot.com.br/2011/10/direito-administrativo-licitacao-parte.html
nos demais objetos de até R$ 80.000,00. Não há edital, é utilizada a carta-
convite. 
 
4 – Concurso: é utilizado para escolha de trabalho técnico, científico ou 
artístico. 
 
5 – Leilão: utilizado para a venda de bens móveis inservíveis ou de produtos 
legalmente apreendidos ou penhorados ou para alienação de bens imóveis 
decorrente de execução judicial ou dação em pagamento. 
 
6 – Consulta: apenas utilizado pela Anatel, possui procedimento próprio e não 
pode ser usada para contração de obras e serviços de engenharia. 
 
7 – Pregão: é utilizada para contratação de bens e serviços comuns. 
 
Licitação parte 2 
 
POR EDNALDO TAVARES RUFINO FILHO 
 
Olá pessoal, vamos continuar com o conteúdo de Direito Administrativo sobre o 
tema licitações. No post anterior estudamos os tipos e as modalidades de 
licitações, neste vamos verificar outros pontos específicos e principalmente as 
causas que não se devem licitar. 
Bons Estudos. 
 
REGISTRO DE PREÇOS: é um sistema de economia para Administração, pois 
deixa de realizar várias licitações para realizar uma concorrência que o 
vencedor fica registrado, assim, quando houver necessidade de compras, 
obras ou serviços rotineiros utiliza-se aquele vencedor da concorrência que 
está cadastrado. 
OBS: O vencedor tem preferência de contratação, mas não possui direito 
adquirido que a Administração irá contratar com ele. 
OBS: O registro de preço tem validade de no máximo 1 ano. 
 
COMISSÇÕES DE LICITAÇÃO: possuem três membros, dois deles devem ser 
do quadro permanente do órgão licitante. 
OBS: responsabilidade solidária entre os membros. Caso algum discorde da 
posição da comissão deve registrar em ata para afastar sua responsabilidade. 
 
PROCEDIMENTO GERAL DE LICITAÇÃO: neste tópico irei apresentar as 
linhas gerais de como é feita uma licitação. Fique atento que de acordo com a 
modalidade haverá alguma alteração no procedimento ora apresentado. 
Fase interna:1.Projeto básico; 2. Orçamento detalhado; 3. Previsão de recursos 
no orçamento e compatibilidade com PPA; 4. Processo administrativo para 
averiguar a necessidade de contratação e a formação da comissão. 5. 
Elaboração do edital. 
http://ensinejus.blogspot.com.br/2011/10/direito-administrativo-licitacao-parte_25.html
Fase externa:1.Publicação do edital; 2.Habilitação; 3.Classificação; 
4.Homologação; 5. Adjudicação. 
 
ANÁLISE DA FASE EXTERNA: 
1.Instrumento convocatório: o edital é a lei da licitação, possui natureza 
vinculante. Sua publicação deve ser na imprensa oficial ou em jornal de 
grande porte. Via de regra, o edital não pode ser alterado, no entanto, havendo 
alguma alteração que possa modificar a proposta o prazo de envio deve ser 
reaberto. 
 
2. Habilitação: é o momento do recebimento dos documentos necessários para 
participar da licitação. São necessários: a um, habilitação jurídica; a 
dois, regularidade fiscal; a três, qualificação técnica; a 
quatro; qualificaçãoeconômico-financeiro. 
 
3. Classificação: é o momento de abertura dos envelopes pela comissão, é 
feita a análise de compatibilidade das propostas com o edital. As propostas são 
colocadas em ordem classificatória. 
OBS: três tipos de propostas devem ser desclassificadas: a um, inexeqüível; a 
dois, contrária a cláusula do edital; a três, condicionada. 
 
4. Homologação: é a análise pela autoridade superior de todo o 
procedimento. É a verificação se existe alguma irregularidade no certame. 
 
5. Adjudicação: é o momento de atribuição do objeto licitado ao vencedor. 
OBS: possui dois efeitos, a saber: a um, libera os demais licitantes; a dois, 
o vencedor não poderá mais ser preterido para realização do contrato. 
OBS: após a adjudicação existe a expectativa de direito de realizar o contrato 
com a Administração, não é direito adquirido. Pois, a Administração pode optar 
em não celebrar o contrato. 
 
CONTRATAÇÃO DIRETA: em casos excepcionais a lei de licitação prevê 
modalidades de contratação sem licitação. Vamos ao estudo desses casos. 
 
1.Dispensa de licitação: a licitação é viável, mas inoportuna. A decisão de sua 
realização é discricionária. Prevista no artigo 24 da lei 8.666/93. Ex: casos de 
guerra, casos de emergência, para obras e serviços de engenharia de até 15 
mil reais, para serviços e compras de até 8 mil reais. 
 
2. Inexigibilidade: a licitação não pode ser realizada por inviabilidade. Rol 
exemplificativo no artigo 25 da lei 8.666/93. Ex: contratação de profissional de 
qualquer setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou 
pela opinião pública. 
 
3. Licitação vedada: hipóteses que a licitação viola o interesse público, não 
estão previstas em lei, mas verificada pela doutrina. Alexandre Mazza 
exemplifica com a compra de vacinas durante epidemia. 
 
4. Licitação dispensada: prevista no artigo 17 da lei 8.666/93. São hipóteses 
vinculadas, pois a licitação está dispensada nesses casos. Exemplo: alienação 
de bem imóvel proveniente de doação ou dação em pagamento.

Continue navegando

Outros materiais