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A necessidade de uma teoria da argumentação jurídica se dá para dar conta de que uma proposição normativa particular seja acompanhada das melhores razões e, assim, melhor justificada racionalmente. O discurso jurídico racional entendido é um caso especial do discurso prático geral. O discurso jurídico deve obedecer ao discurso prático geral. Razões morais: fundamentação de normas estabelecidas para a realização do interesse de todos Razões éticas e políticas: autoentendimento coletivo das tradições e valores. Razões pragmáticas: ajuste e ponderação de interesses concorrentes e antagônicos em favor de negociações compromissárias. O discurso prático geral combina pontos de vista de necessidade ou utilidade, do valor ou dentidade e da moralidade ou justiça. Portanto, não é uma simples mistura ou combinação, mas uma conexão sistemática e necessária para a unidade substancial da razão prática. Esses três tipos de razões são essenciais no processo democrático. A argumentação jurídica pressupôe razões morais, éticas e pragmáticas. O que difere o discurso jurídico do discurso prático geral são razões institucionais, como as normas jurídicas e as deciões judiciais De acordo com Alexy, O discurso jurídico, assim como o discurso prático, trata de questões práticas e da racionalidade das proposições normativas. A racionalidade de uma proposição normativa particular depende de sua referência a algumas condições limitadoras, que são o sistema de normas jurídicas dadas autoritativamente, o uso dos precedentes da jurisprudência e as proposições da dogmática jurídica. A dogmática jurídica é um discurso sobre questões práticas, pois influencia diretamente na aplicação da norma e nas decisões judiciais. Tanto no discurso prático quanto no discurso jurídico há a pretensão de correção. O procedimento do discurso jurídico é definido pelas regras e formas do discurso prático geral e pelas regras e formas específicas do discurso jurídico. Tanto o discurso prático geral quanto o discurso jurídico tratam de questões práticas, ou seja, o que é obrigatório, o que é proibido ou o que é permitido. Porém, as proposições normativas produzidas pela argumentação prática não devem prestar contas às normas jurídicas dadas autorativamente pela positivação do Direito. A pretensão de correção colocada no discurso jurídico coincide parcialmente com a pretensão de correção colocada no discurso prático geral. Apontamentos de Habermas: 1 - O discurso jurídico deve se movimentar por argumentos pragmáticos, éticos e morais. 2 - A correção das decisões judiciais deve ser medida pela observância das condições comunicativas da argumentação.
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