LKMH_Estudo de Caso

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Lean, Kanban, XP e Modelos 
Híbridos
Estudo de 
Caso
Professor: Me. Jackson Luis Schirigatti
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estudo de 
caso
Criação de uma plataforma Ágil de desenvolvimento de sistemas de TI: Um Estudo 
de Caso.
A crise econômica advinda de uma forte recessão mundial nos últimos tempos fez com 
que o setor tecnológico buscasse novas formas de desenvolver Software. Neste momento, 
estamos passando por uma fase em que a busca por agilidade, qualidade e economia estão 
em alta; cada vez mais os prazos e orçamentos estão sendo enxugados. O conhecimento do 
que e quanto precisa ser produzido aumenta indiscutivelmente o sucesso do desenvolvi-
mento de projetos, assim como a finalização com êxito dos produtos que serão entregues. 
Dessa forma, este estudo tem por objetivo definir um novo conceito de desenvolvimento de 
software e sua aplicabilidade. O presente estudo de caso apresenta a criação de uma nova 
plataforma de desenvolvimento ágil de sistemas que esteja aderente às principais técnicas 
existentes no mercado. 
Em meados de setembro de 2005, a empresa Soluções Ltda. venceu uma licitação no 
Banco Central de um país, denominado aqui de “Estrangeiro”, para desenvolver um sistema 
que controlasse as seguradoras de todo o país. Esse sistema tinha como escopo a criação 
da padronização do plano de conta que as seguradoras passaram a utilizar; ao todo, trinta e 
seis seguradoras foram integradas ao sistema. As seguradoras transmitem mensalmente via 
arquivo todo o balanço mensal de todo o movimento operacional. Com isso, o Banco Central 
Estrangeiro tinha em mãos todos os movimentos de seguro realizados no país. O projeto 
foi desenvolvido totalmente baseado em uma nova plataforma de desenvolvimento ágil. A 
proposta era de automatizar cinco departamentos do Banco Central e criar indicadores que 
mostrariam, no final do processo, o nível de cada seguradora no país, indicadores esses que 
eram divulgados para o consumidor.
O desenvolvimento de um sistema desse porte num processo convencional demo-
raria um ano e meio; porém, com a nova plataforma, seis meses foram suficientes para a 
implantação do primeiro piloto. Essa plataforma foi criada com o objetivo de disponibilizar 
ferramentas para obter mais agilidade no processo de desenvolvimento de sistemas em TI, 
demonstrando assim aderência às metodologias de desenvolvimento ágil que se destacam 
hoje no mercado; como por exemplo as metodologias XP (Extreme Programming), UML, 
RUP, SCRUM, entre outras. 
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O objetivo foi desenvolver um software aberto, ou seja, que permite aos colaboradores 
compartilharem conhecimentos, e no futuro, alcançarem uma escala comercial. Sendo uma 
ferramenta de apoio ao desenvolvimento, planejamento e gerenciamento de sistemas, essa 
plataforma visa o aumento da qualidade do produto final; além de apresentar maior facili-
dade de uso e disseminação de conhecimento, melhorando o processo de levantamento 
do escopo e estimativas de custo. 
O conceito utilizado para a criação e desenvolvimento dessa plataforma está funda-
mentado em dois pilares que definem a sua concepção, que é a dualidade das coisas que 
ocorrem no mundo real. Tudo, no mundo, precisa de duas partes para conceber uma ter-
ceira ou mudar o estado de uma ou ambas. Na orientação, a objeto segundo Sally Shlaer e 
Stephen J. Mellor.
O mundo está cheio de coisas. Nós abstraímos coisas semelhantes e chamamos estas abstra-
ções de objeto. Então um objeto é uma abstração de um conjunto de coisas do mundo real de 
forma que todas as coisas do mundo real do conjunto (instâncias) tenham as mesmas caracterís-
ticas, e todas as instâncias esteja sujeitas a, e em conformidade com as mesmas normas (Shlaer 
e Mellor, 1990, p.16).
Aprendemos que um objeto pode mudar de estado ou não, ou seja, temos objetos estáti-
cos e objetos que mudam de estado, e isso fundamenta todos os processos da plataforma 
de desenvolvimento ágil. A plataforma foi criada com a concepção de dualidade, e para isso 
foi desenvolvido um modelo de dados simplificado que pode armazenar qualquer tipo de 
informação independente de suas características. Não importa o tipo de objeto ou o pro-
blema que está sendo proposto, a plataforma irá suportar. A ideia é abstrair 100% a base de 
dados e com isso ganhar produtividade de desenvolvimento. Padronizamos as informações 
e os processos, unificamos os objetos e deixamos íntegros os dados. Diminuímos o desen-
volvimento de novos modelos reduzindo o tempo de análise e criação de base de dados. As 
regras de negócio são suportadas por um editor de regras que facilita a sua escrita e deter-
mina o fluxo operacional de cada processo. Para que isso fosse possível, foi disponibilizada 
uma ferramenta que facilita o trabalho de edição dessas regras, em que qualquer pessoa 
que tenha o conhecimento sobre lógica e sobre o negócio poderá criar as regras e o fluxo 
dos processos do sistema. 
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A plataforma foi concebida com vários módulos que juntos se completam, conforme a seguir:
• Metodologia de desenvolvimento para a plataforma ágil;
• Navegação em árvore: determina uma melhor visualização de todo o conteúdo de 
negócio de um sistema. A arquitetura em árvore define as regras de navegação, que 
devem ser respeitadas de acordo com o nível hierárquico;
• Manutenção inteligente – entidades, atributos e propriedades: após ter a definição 
das entidades que devem ser construídas, essas entidades devem ser cadastradas 
na plataforma em telas específicas, que geram os parâmetros para criação dos 
processos e fluxo operacional;
• Gerações de tela dinâmica: dinamicamente, este módulo gera uma tela de acordo 
com o cadastramento das propriedades de tela e de seus componentes como tipo, 
tamanho, formato etc.;
• Disponibilização de APIs: as classes criadas são reutilizadas tanto na plataforma como 
nos projetos que serão suportados;
• Segurança na navegação: na arquitetura da árvore, as regras das navegações devem 
ser respeitadas de acordo com o nível hierárquico. Apontar para a ramificação em 
que a entidade se encontra dentro da hierarquia, pois essa poderá ver e atualizar 
somente as coisas que dizem respeito à sua estrutura;
• Editor de regras: as regras devem ser criadas por agrupamento. Esse conjunto de 
regras deve ser classificado em várias camadas e deve ter uma ordem de execução 
que encadeia todo o processo; para isso, deve-se utilizar a estrutura de árvore 
existente. A tomada de decisão é realizada pela teoria de árvore de decisão, em que 
cada nó determina o seguinte passo: ao criar uma tela, essa deve chamar o conjunto 
de regras para validação lógica e física dos dados que compõe essa tela, ou seja, ela 
faz todas as consistências. 
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Em qualquer tipo de tomada de decisão dentro de um processo, esse deve acionar o 
avaliador pelas regras. 
• Modelo da plataforma entidade: é possível realizar o modelo de dados (entidade 
relacionamento) através de um recurso visual.
• Gestão – Cockpit e relatórios gerenciais: é uma ferramenta que oferece aos 
executivos uma tomada de decisão rápida; através de projeções, os indicadores 
podem auxiliar nas estratégias e planejamentos das organizações.
A nova plataforma de desenvolvimento ágil tem como objetivo facilitar o processo de análise 
e simplificar a forma com que é feito o levantamento dos requisitos e dos processos; para 
isso, leva em consideração o princípio da metodologia ágil existente no mercado. O concei-
to é de particionar o projeto (Sprint) ou a fase, ou seja, fatiar o sistema por funcionalidades 
priorizando essas funcionalidades, dando início então ao desenvolvimento da funcionalida-
de com maior prioridade. Após a conclusão, inicia-se a próxima atividade e assim por diante. 
Com isso, o produto começa a tomar forma e a ter resultados. Segue o ciclo de desenvolvi-
mento que apoia a plataforma de desenvolvimento ágil.Esse ciclo se repete a cada Sprint 
ou fase, como observado na figura 1 a seguir:
 Figura 1 – Ciclo de Desenvolvimento Ágil.
Levantamento e Análise
Construção
Testes Iniciais
Testes Finais
Implantação
Fonte: Autor.
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Para serem utilizadas na plataforma ágil, o “Levantamento” e a “análise” devem ser definidos 
inicialmente e devem definir com clareza as funcionalidades (escopo) do projeto. Eles devem 
também conter uma pequena documentação com as regras do negócio, um desenho do 
fluxo do processo e seus componentes. Nessa fase, devem ser realizadas reuniões periódi-
cas e curtas a cada 2 dias ou até 5 dias; um conceito advindo do Scrum que utiliza reuniões 
rápidas a cada 24 horas de um sprint de 30 dias. Dentro desse processo, serão priorizadas as 
funcionalidades e disponibilizados formulários específicos e simplificados, que facilitarão a 
documentação, a saber:
• Desenho dos objetos e suas características;
• Regras do negócio;
• Fluxo dos objetos que mudam de estado.
A construção propriamente dita da plataforma foi feita em C#, baseada em Sqlserver e foi 
transformada em um produto. Utilizando a plataforma, a construção de sistemas é feita na fer-
ramenta da plataforma e utiliza a linguagem de programação C# para realizar as adequações 
necessárias das rotinas especificas. Toda a construção será feita conforme o levantamento e 
a análise progridem. Nessa fase, serão construídos todos os componentes e as característi-
cas para formar um produto.
A fase de teste inicial é evolutiva: conforme a análise avança, os testes também devem 
acompanhar. A integração deve ser feita de forma incremental, ou seja, as unidades devem 
ser integradas em pequenos segmentos. Esse teste é executado por um testador de inte-
gração (geralmente um programador). Já a fase de teste final de sistema deve ser realizada 
juntamente com todos os processos que compõem o sistema, conforme as regras definidas 
pelo solicitante. Na fase de teste de sistema o objetivo é executar o sistema sobe o ponto 
de vista do seu usuário final, varrendo as funcionalidades em busca de falhas. Os testes são 
executados em condições similares - de ambiente, interfaces sistêmicas e massas de dados 
- àquelas que um usuário utilizará no seu dia-a-dia de manipulação do sistema. De acordo 
com a política de uma organização, podem ser utilizadas as condições reais do ambiente, 
interfaces sistemáticas e massas de dados. Por fim, a fase de Implantação é a disponibiliza-
ção do produto ao usuário final. 
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Na aplicação da plataforma ágil de desenvolvimento no estudo de caso, observaram-
-se os seguintes pontos: 
• escala no desenvolvimento; 
• simplificação de documentações;
• simplificação de construção;
• abstração de modelagem de dados; 
• ganho de tempo;
• padronização de dados;
• unificação de entidades que facilitam a manipulação dos dados;
• facilidade de obtenção de resultados;
• O desenvolvedor terá de reunir somente as informações de negócio e desenhar o 
fluxo operacional do processo.
O Estudo de caso teve como objetivo principal demonstrar uma nova maneira de de-
senvolvimento de software, sua metodologia e suas ferramentas. Durante o processo de 
desenvolvimento, observou-se que a plataforma apresentava bons resultados de desempe-
nho, tanto em relação à criação das telas quanto a facilidade que ela proporcionava. Porém, 
a plataforma só demonstrou realmente o seu potencial quando a utilizamos na criação do 
sistema de maior porte: o sistema de controle de seguradoras para o Banco Central. Além 
da criação dessa nova plataforma de desenvolvimento, a criação do projeto proporcionou 
também um estudo sobre algumas das metodologias ágeis mais utilizadas atualmente no 
mercado, que nos permitiu colocá-las em prática. 
Portanto, o objetivo do estudo de caso foi apresentar uma nova maneira de desenvolver 
sistemas em TI e entender como as metodologias ágeis podem ser combinadas em plata-
formas de desenvolvimento e gerenciamento de software, utilizando-se de métodos ágeis, 
ferramentas que facilitam a documentação e visualização do fluxo das tarefas (sprints).
Fonte do estudo de caso: baseados em fatos reais, os nomes são fictícios para preservar a 
imagem.
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REFERÊNCIAS
SHLAER, S. MELLOR, J. Análise de Sistemas Orientada para Objeto. Editora McGraw-Hill Ltda. 
1990.