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imunologia clínica


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Disciplina: Imunologia Clínica
Docente responsável: Ana Paula Vieira (Ph.D)
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Agradecemos por toda a construção feita a muitas mãos, como uma equipe!
UNIDADE 3 – Doenças infectocontagiosas e autoimunes
UNIDADE 2 – Aplicação da imunologia no diagnóstico e prognóstico do pré-natal
TÓPICO 1
Sífilis
Tópico 1
Sífilis
1546: Girolamo Fracastolo – seminaria contagionum
Mal de Nápoles, Mal francês, Mal italiano, Mal alemão
Doença sistêmica
Agente etiológico: Treponema pallidum (bactéria)
Ana Paula Vieira (APV) - espiral fina com espiras regulares e pontas afiladas. Possui cerca de 10 a 15 espiras e tem cerca de 8 micrômetros de comprimento, podendo apresentar variações no 
comprimento e no número de espiras. 
O pouco conhecimento sobre a biologia do T. pallidumse deve à impossibilidade do seu cultivo em meios artificiais. O treponema tem baixa resistência ao meio ambiente, ressecando-se rapidamente. É também muito sensível à ação do sabão e de outros desinfetantes, podendo sobreviver por até 10 horas em objetos úmidos.
Tópico 1
Transmissão
Sífilis Congênita: Transplacentária
 Canal do parto
Tópico 1
Manifestações
Sífilis Primária
Sífilis Secundária
Sífilis Terciária
Fase de latência
Recente
Tardia
Ana Paula Vieira (APV) - Ele estimula o corpo lúteo a continuar secretar a progesterona até a sua produção ser assumida pela placenta. Sem esse estímulo, o corpo lúteo duraria apenas 14 dias.
Tópico 1
Sífilis Primária
Lesão característica: cancro duro
Local de entrada da bactéria
Manifestação: 3 semanas após infecção
 
Regride espontaneamente – 4 a 5 semanas
Tópico 1
Sífilis Secundária
Lesão característica: candiloma lato
Manifestação: 2 a 6 semanas após cancro duro
Erupção cutânea acinzentado
Sintomas sistêmicos: febre, mal-estar, anorexia, inflamações, linfoadenopatia
Forma mais contagiosa
Tópico 1
Fase de latência
Recente: menos de um ano de infecção
Tardia: mais de um ano de infecção
Fase assintomática de duração variável.
30% dos casos: cura espontânea
30% dos casos: permanece latente
40% dos casos: sífilis terciária
Tópico 1
Sífilis Terciária
Pode ocorrer de 2 a 40 anos.
Manifestações:
cutânea: lesões gomosas
Cardiovascular
Nervosa: meningite, paralisia
Óssea: artrites, sinovites
Tópico 1
Invasão 
Disseminação – Vasos linfáticos e vasos sanguíneos 
Disseminação para os tecidos
Aproximadamente 3 semanas após a infecção se inicia a produção de anticorpos anti-treponema
Resposta inflamatória progressiva
Patogenia
Tópico 1
Imunodiagnóstico – Testes sorológicos
Testes Treponêmicos
Detectam anticorpos contra os antígenos do T. pallidum – IgM e IgG.
Qualitativos.
Imunofluorescência indireta
FTA-abs
Imunoenzimático
Testes rápidos
Imunocromatografia
ELISA
Diagnóstico
Tópico 1
FTA-abs (Fluorescent treponemal antibody absorption)
Lavagem
Lavagem
Primeiro teste a se tornar positivo – Sífilis Primária
Diagnóstico confirmatório
Tópico 1
Imunodiagnóstico – Testes sorológicos
Testes Não Treponêmicos
Detectam anticorpos que não são específicos para T. pallidum
Qualitativos – Testes de triagem
Quantitativos – Títulos de anticorpos presentes na amostra
Metodologia: aglutinação - floculação
Detectam anticorpo contra a cardiolipina
Cardiolipina: lipídeo presente na membrana externa das mitocôndrias
Tópico 1
VDRL (Veneral Disease Research Laboratory)
Suspensão antigênica
- Suspensão antigênica: Cardiolipina, lecitina, colesterol
Soro/plasma
Flocos
Tópico 1
Qualitativo: é realizado com as amostras de soro puro (1/1) e diluído a 1/8. 
Quando o soro puro não apresentar reatividade, mas houver reatividade na amostra diluída a 1/8
Fenômeno de Prozona
Quantitativo: realizada diluição seriada – Resultado: título
Tópico 1
TÓPICO 2
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA ou AIDS)
Tópico 2
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS
1981: elevado número de indivíduos com pneumonia, sarcoma de Kaposi
Doença infecciosa e transmissível - DSTs
Agente etiológico
HIV-1 e HIV-2
Genoma: RNA viral
Tropismo: linfócitos T CD4
Tópico 2
Transmissão
Tópico 2
Infecta Ly TCD4/Macrógafos
Morte de Ly infectados
Hiperativação do SI
Inflamação
Patogenia
Tópico 2
Infecção aguda
Fase de latência
Fase sintomática
AIDS
4ª semana
Soroconversão
Febre, cefaleia, faringite, náuseas, linfoadenopatia, diarreia
Alta viremia
Linfoadenopatia
Menor multiplicação viral
TCD4: > 350 céls/mm3 
Febre, sudorese, fadiga, diarreia crônica, infecções bacterianas, lesões orais (candidíase, Herpes)
TCD4: 200 a 300 céls/mm3 
Tópico 2
Tópico 2
Testes realizados:
Detecção de anticorpos;
Detecção de antígenos;
Cultura viral;
Amplificação do genoma do vírus.
Diagnóstico
Tópico 2
3ª geração
4ª geração
ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay)
Tópico 2
Tópico 2
Fluxogramas de Testagem para HIV
Fluxograma 1
Dois testes rápidos (TR-ST) realizados em sequência com amostras de sangue.
Fluxograma 2
Um teste rápido utilizando fluido oral (TR-FO) seguido por um teste rápido utilizando sangue (TR-ST).
Fluxograma 3
Triagem com ELISA 4ª Geração e Teste Molecular
Fluxograma 4
Triagem com imunoensaio de 3ª Geração e Teste Molecular.
TÓPICO 3 
Hepatites virais
Tópico 3
Vírus hepatotrópicos: HAV, HBV, HCV, HDV, HEV
Vírus Hepatite A
Vírus Hepatite B
Vírus Hepatite C
Vírus Hepatite D
Vírus Hepatite E
As infecções variam de forma aguda à infecção crônica.
Hepatites virais
Tópico 3
Transmissão
Divisão de acordo com a forma de transmissão:
Enteral
Transmissão fecal-oral
Formas agudas
Hepatite A e hepatite E 
Parenteral
Transmissão não se dá pela via digestiva
Formas agudas e crônicas
Hepatite B, C, D
Alimentos, água, não higienização das mãos.
Sexo, transfusão, materiais não esterilizados.
Tópico 3
Tópico 3
Tópico 3
Hepatite B
Antígeno C - Core
Antígeno E – proteína secretada
Antígeno S – Superfície
Resistente por longos períodos no ambiente
Tópico 3
Hepatite B
Febre
Mal-estar
Dor abdominal
Dor nas articulações
Cefaléia
Média de incubação: de 60 a 90 dias
Período de transmissão: 2 a 3 semanas antes do início dos sintomas
Icterícia
hepatomegalia
Convalescença
Crônica
Tópico 3
Tópico 3
Tópico 3
Tópico 3
Tópico 3
Diagnóstico
Teste Rápido - Imunocromatografia
Tópico 3
Diagnóstico
ELISA 
Detecção do antígeno 
Detecção do Anticorpo
Tópico 3
Tópico 3
TÓPICO 4
COVID-19
Tópico 4
31 de dezembro de 2019: OMS foi alertada sobre muitos casos de pneumonia na cidade de Wuhan, China.
Nova cepa de coronavírus
COVID-19
7 de janeiro de 2020: a OMS anunciou a descoberta de um novo coronavírus, conhecido como 2019-nCoV, responsável pelos casos de pneumonia até então de etiologia desconhecida.
Em 11 de janeiro, já havia teste diagnóstico do 2019-nCoV -PCR-RT.
Qual a origem do vírus?
Pangolim
Morcego
Tópico 4
Fevereiro/2020: primeiro caso de COVID-19 detectado no Brasil.
Agente etiológico: SARS-CoV-2
Material genético: ssRNA
Estrutura: vírus envelopado
Receptor na célula hospedeira: ACE2 (enzima conversora de angiotensina 2) 
Tópico 4
Transmissão
A doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio de pequenas gotículas do nariz ou da boca que se espalham quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. 
As gotículas podem pousar em objetos e superfícies ao redor da pessoa – como mesas ou celulares. As pessoas pegam COVID-19 quando tocam nesses objetos ou superfícies com as mãos ou outra parte do corpo e, em seguida, tocam os olhos, nariz ou boca. 
Tópico 4
O espectro clínico da infecção por coronavírus é muito amplo, podendo variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa.
Febre (83%)
Tosse (82%)
Falta de ar (32%)
Dor muscular (11%)
Dor de cabeça (8%)
Dor de garganta (5%)
Dor no peito (2%)
Diarréia (2%)
Náusea a vômito (1%)
Manifestações Clínicas
Tópico 4
Tópico 1
A desinfecção da superfície com hipoclorito de sódio a 0,1% ou álcoola 70% reduz significativamente a infectividade do coronavírus em superfícies em 1 min de tempo de exposição. Espera-se um efeito semelhante contra o 2019-nCoV.
Tópico 4
Diagnóstico
Biologia molecular: permite identificar a presença do material genético (RNA) do material genético (RNA) do vírus SARS-CoV-2 em amostras de secreção respiratória, por meio das metodologias de RT-PCR em tempo real.
Sorologia: detecta anticorpos IgM, IgA e/ou IgG produzidos pela resposta imunológica do indivíduo em relação ao vírus SARS-CoV-2, podendo diagnosticar doença ativa ou pregressa. As principais metodologias são: Ensaio Imunoenzimático (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay – Elisa), Imunoensaio por Quimioluminescência (Clia) e Imunoensaio por Eletroquimioluminescência (Eclia).
Testes rápidos: Estão disponíveis dois tipos de testes rápidos, de antígeno e de anticorpo, por meio da metodologia de imunocromatografia. O teste rápido de antígeno detecta proteína do vírus em amostras coletadas de naso/orofaringe, devendo ser realizado na infecção ativa (fase aguda) e o teste rápido de anticorpos detecta IgM e IgG (fase convalescente), em amostras de sangue total, soro ou plasma.
Testes imunológicos
Tópico 4
Tópico 4
Tópico 4
TÓPICO 5
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Tópico 5
Lúpus Eritematoso Sistêmico - LES
O Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune inflamatória de característica crônica. Sua etiologia desconhecida sugere uma origem multifatorial
Fatores genéticos
Fatores ambientais
Fatores hormonais
Tópico 5
Patogenia
Autoanticorpos produzidos por linfócitos B se ligam a autoantígenos
Formação de imunocoplexos
Depositam em diferentes tecidos no organismo
Inflamação multissistêmica
Tópico 5
Tópico 5
Os exames laboratoriais devem ser realizados para detectar a presença dos autoanticorpos, que são os principais marcadores da doença. 
Anticorpos antinucleares (que atuam contra núcleo de células) são encontrados em mais de 90% dos pacientes de LES, embora a sua presença não seja específica para esta doença.
Diagnóstico
Tópico 5
Imunofluorescência indireta (IFI)
A imunofluorescência indireta baseia-se no princípio de uma dupla camada, é utilizada na detecção de anticorpos por antígenos impregnados em uma lâmina, onde se aplica primeiramente um anticorpo específico não fluorescente. Por fim, coloca-se um anticorpo fluorescente com especificidade marcada contra determinados antígenos do primeiro anticorpo usado para reagir com o antígeno.
Anticorpos antinucleares – FAN
É utilizado células epiteliais humanas (HEp-2) como substrato. As células HEp-2, por sua vez, expressam a maioria dos antígenos de importância clínica, por isso é mais comumente utilizadas.
Essa técnica baseia-se na ligação dos anticorpos antinucleares presentes no soro ao substrato antigênico, os quais são revelados por uma antigamaglobulina específica marcada com isotiocianato de fluoresceína.
Tópico 5
Obrigado!
“

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