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Câncer de Pele MT1 - P3

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Câncer de Pele
1. Entender os tipos mais prevalentes das
neoplasias de pele
Fisiopatologia da pele:
Células da Epiderme:
A maioria das células (90%) deste
estrato são queratinócitos que se
organizam em quatro camadas (basal,
espinhosa, granulosa e córnea) e durante
seu processo de diferenciação formam
células anucleadas e ricas em queratina
na superfície da pele.
- Em algumas áreas do corpo (região
palmoplantar) há uma camada adicional,
o estrato lúcido, que se localiza entre a
camada granulosa e a córnea.
- Estão intercaladas entre os queratinócitos
em diversos níveis, os melanócitos que
produzem melanina, as células de
Langerhans com função imunológica e as
células de Merkel integradas ao sistema
nervoso.
Melanócitos:
- Residem na camada basal ao longo da
junção dermoepidérmica
- Os melanócitos são responsáveis pela
síntese de melanina, o principal pigmento da
pele, cuja principal função é proteger a
pele contra efeitos deletérios dos raios
ultravioletas.
- seus prolongamentos dendríticos
transferem melanina para cerca de 36
queratinócitos, essa interação funcional
entre melanócitos e queratinócitos é
denominada de unidade epidermomelânica.
Há variação étnica da tonalidade da pele
que se deve a atividade do melanócito e
não ao aumento do número destas células.
Células da Derme:
Mesenquimais: são as únicas existentes ao
início da vida fetal, diferenciando-se em
outras células posteriormente. Em certas
condições patológicas, essas células, de
morfologia dendrítica, são ativadas, dando
origem às células das linhagens: histiocítica,
linfocítica e granulocítica.
Fibroblastos: células fusiformes e
estreladas, sendo os principais
responsáveis pela síntese e degradação
das proteínas do tecido conjuntivo e de
vários fatores solúveis que funcionam
como mensageiros para a epiderme, os
vasos e outras células.
Mastócitos: possuem grânulos secretórios e
lisossomais, os primeiros contêm heparina,
histamina, fator quimiotático para
neutrófilos e fator qumi iotático para
Câncer de Pele
eosinófilo, enquanto os demais contêm
hidrolases ácidas que digerem no meio
intracelular glicosaminoglicanos,
proteoglicanos
Hipoderme: É formada por tecido conjuntivo
frouxo, que une de maneira pouco firme a
derme aos órgãos subjacentes. É a camada
responsável pelo deslizamento da pele
sobre as estruturas nas quais se apoia.
- Dependendo da região e do grau de
nutrição do organismo, a hipoderme pode
ter uma camada variável de tecido adiposo,
que, quando desenvolvida, constitui o
panículo adiposo. Este modela o corpo, é
uma reserva de energia e proporciona
proteção contra o frio (a gordura é um bom
isolante térmico).
Neoplasias da epiderme: queratinócitos ou
melanócitos
- Distúrbios da pigmentação dos
Melanócitos:
> Sarda (Efélide):
Benignos: Neoplasias queratinocíticas
- Queratose/verruga seborreica
lesão de tamanho variável, circunscrita,
elevada, pardo-escura (por
hiperqueratose), com superfície rugosa,
coberta de escamas gordurosas e
pruriginosas, o diâmetro varia de mm a cm
> O exame com uma lupa geralmente revela
a presença de pequenos orifícios,
arredondados, em forma de poros e
ocupados por queratina, uma característica
que ajuda na diferenciação entre essas
lesões pigmentadas e os melanomas
> Ceratose seborreicas podem aparecer
subitamente em grande número, como
parte de uma síndrome paraneoplásicas
(sinal de Leser-Trélat), possivelmente
devido à estimulação dos queratinócitos
por fator transformante do
crescimento-α produzido pelas células
tumorais, mais comumente em carcinomas
do trato gastrointestinal.
> Obs. Esses queratinócitos se proliferam
devido à exposição solar, ou seja, a
radiação ultravioleta induz a proliferação
das células. Por isso a importância de
usar o filtro solar.
- Queratose Actínica:
> As QA têm sido historicamente
caracterizadas como lesões
“pré-cancerígenas” ou “prémalignas”, uma
vez que os queratinócitos atípicos nessas
lesões limitam-se à epiderme.
> Não há risco de metástases, até que
essas lesões evoluam para carcinoma
invasivo.
> Ceratoses ou queratoses actínicas são
neoplasias benignas da pele com potencial
de transformação para um tipo de câncer
de pele (carcinoma de células escamosas
ou carcinoma espinocelular).
> Desenvolvem-se nas áreas da pele
expostas ao Sol, pois são induzidas
Câncer de Pele
principalmente pela radiação ultravioleta
(UV) e constituem marcadores de
exposição solar crônica.
> Deste modo, acomete principalmente
indivíduos adultos e idosos de pele mais
clara, representando o quarto
diagnóstico dermatológico mais comum no
Brasil.
> Embora seja uma lesão pré-cancerígena,
apenas 10% das delas evoluem para o
carcinoma espinocelular.
> Senil ou solar, caracteriza-se por placas
cobertas de escamas secas, aderentes e
pardacentas, medindo até 1,0cm, que
surgem em pessoas idosas
> É senil não pela idade em si, mas por
sinal uma manifestação de irradiação
solar cumulativa, progressiva, persistente
e duradoura
> Geralmente menores que 1cm
> São tipicamente marrom-escuros,
vermelhos ou da cor da pele e têm uma
consistência semelhante a uma lixa
áspera.
> Indivíduos sob maior risco de
desenvolverem QAs incluem idosos,
aqueles com tipos de pele mais claras e
com histórico de exposição solar crônica.
- Os locais expostos ao sol (rosto, braços,
dorso das mãos) são frequentemente os
mais afetados.
• Os lábios também podem desenvolver
lesões semelhantes (chamadas queilites
actínicas).
Atipia citológica: observada nas camadas
mais inferiores da epiderme e pode estar
associada à hiperplasia das células basais
ou, alternativamente, à atrofia que
resulta em adelgaçamento da epiderme.
> As lesões podem regredir ou
permanecer estáveis durante um período
de vida normal, mas algumas malignizam, o
que garante a erradicação local.
> A lesão primária é uma pápula
eritematosa áspera, com escama branca
a amarelada.
> Placas vermelhas, escamosas, em áreas
expostas ao sol; associada a exposição
solar crônica, gênero masculino, idade
avançada e fenótipos de pele clara;UVB
responsável pelo desenvolvimento de QA
→ induz dí-meros de timidina (C → T ou CC
→ TT)
> Mutações no gene p53 em queratinócitos
→ apoptose deficiente
> Histologia: atipia da camada basal
(terço inferior da epiderme) com
projeções em brotamento/digitiforme
para a derme; “sinal de bandeira”:
paraqueratose sobrejacente (rosa)
alternando com a orto-hiperqueratose
(azul); atipia, e a pa-raqueratose
frequentemente poupa os folículos;
elastose solar na derme
• Tratamento: medidas destrutivas
(crioterapia, ED & C, ablação com CO2,
5-FU tópico, imiquimode, PDT, mebutato de
ingenol, diclofenaco tópico e esfoliação
com TCA)
Nevos Melanocíticos:
• Nevos são máculas, pápulas ou nódulos,
vermelho-marrom, compostos por ninhos
de células névicas ou melanócitos.
Câncer de Pele
• A maior importância deles (além de
estética) é sua semelhança com a
melanoma.
• São avaliadas nas lesões pigmentadas
preocupações características (aparência
nova ou modificada, bordas irregulares,
múltiplas cores dentro de uma lesão,
sangramento, ulceração ou prurido) que
podem sugerir nevo atípico ou melanoma.
• Quase todos os indivíduos têm alguns
nevos, que normalmente surgem na
infância ou adolescência.
• Há diferentes tipos de nevos.
• Durante a adolescência, surgem outros
nevos novos e os existentes aumentam de
tamanho ou escurecem.
• Com o tempo, células névicas podem ser
substituídas por tecido adiposo ou
fibroso. Nevos tipicamente mudam sua
consistência, tornando-se mais macios,
nodosos, ou mais firmes, e menos
pigmentados ao longo de décadas.
• Embora um nevo solitário dificilmente se
torne maligno (o risco durante a vida é
cerca de 1 em 3.000 a 10.000); mas
pacientes com vários nevos malignos (>
cerca de 50) têm maior risco de
desenvolver melanoma.
• Nevos azuis são manchas benignas com
aparência de máculas cinza-azuladas ou
pápulas finas.
• A profundidade e densidade do
pigmento na pele são responsáveis pela
aparência azul.
• Quase todas as pessoas têm nevos, mas
aquelas com mais de 50 anos têm maior
riscode melanoma.
• Considerar biópsia se os nevos tiverem
características ABCDE:
o A - assimetria;
o B - bordas irregulares;
o C - cores de alto risco (variações
no interior do nevo ou entre os
nevos ou cores incomuns);
o D diâmetro > 6 mm;
o E evolução (novos nevos após os
30 anos de idade ou alterações nos
nevos existentes).
Neoplasias Malignas:
• O melanoma é um tumor maligno que
surge de melanócitos e é mais comumente
cutâneo na origem.
• Câncer de pele de menor frequência;
pior prognóstico (porém, o prognóstico
desse tipo de câncer pode ser
considerado bom se detectado em sua
fase inicial.
• Alto potencial metastático • Muito
invasivo e alta letalidade
• Também pode surgir nas superfícies das
mucosas (p. ex., oral, conjuntival, vaginal),
e no interior do trato uveal do olho, bem
como nas leptomeninges.
• Embora a maioria dos melanomas seja
de cor marrom-escura devido à deposição
de melanina, alguns variam entre a cor da
pele até o rosa-avermelhado, isto é,
amelanótico.
• Melanoma representa um tumor maligno
que surge de melanócitos e, devido ao seu
Câncer de Pele
potencial metastático, leva a > 75% das
mortes por câncer de pele
• Melanoma in situ e melanoma cutâneo
invasivo precoce podem ser sutis na
aparência, mas a dermatoscopia levou a
uma melhora na precisão do diagnóstico •
Em estágio inicial, melanomas são
frequentemente curáveis pela excisão
cirúrgica
• Mutação do gene CDKN2A (lócus 9p21) no
melanoma familiar
• Classificação histológica:
o Origem nos melanócitos da
camada basal da epiderme;
o Fase de crescimento vertical
apresenta alto potencial
metastático;
o Formam massas celulares de
aspecto frouxo que comprimem e
destroem os queratinócitos;
o Pode apresentar regiões
melanóticas e amelanóticas.
• Embora o diagnóstico de melanoma
normalmente traga medo e apreensão aos
pacientes, as chances de cura são de
mais de 90%, quando há detecção
precoce da doença.
• O melanoma, em geral, tem a aparência
de uma pinta ou de um sinal na pele, em
tons acastanhados ou enegrecidos.
• Porém, a “pinta” ou o “sinal”, em geral,
mudam de cor, de formato ou de tamanho,
e podem causar sangramento.
• Essas lesões podem surgir em áreas
difíceis de serem visualizadas pelo
paciente, embora sejam mais comuns nas
pernas, em mulheres; nos troncos, nos
homens; e pescoço e rosto em ambos os
sexos.
Quadro Clínico:
• Mudança de aspecto de lesão
pré-existente
• Aparecimento de lesão pigmentada
anormal
• Prurido, ardência ou dor na lesão
• Ulceração, idade e sexo
• Localização em mulheres brancas:
pernas e tronco
• Localização em homens brancos: tronco
• Localização em negros e asiáticos:
região palmar e plantar, subungueal e
mucosas
• Regra do ABCDE
Formas clínicas:
• Melanoma extensivo superficial (70%):
tronco (dorso) no sexo masculino e
membros inferiores no feminino (pernas).
A lesão evolui lentamente de forma radial
e frequentemente associa-se a lesões
prévias (nevos atípicos). Clinicamente é
assimétrica, de bordas ligeiramente
elevadas, arciformes, com margens
denteadas e irregulares. Sua superfície é
discretamente elevada e tem coloração
variável, que vai do marrom ao preto,
podendo ser mesclado de rosa, cinza e
branco. Tem diâmetro maior do que 6 mm.
• Melanoma nodular (15%): mais comum
em indivíduos de pele clara. Acomete
tronco, cabeça e pescoço. Qualquer faixa
etária, evolução rápida e crescimento
vertical. Nódulo de 1 a 2 cm elevado, cor
escura ou acinzentada.
• Melanoma lentiginoso acral: menos
frequente em indivíduo de pele clara (2 a
8%) e mais comum nos de pele escura
(negros, hispânicos e asiáticos). Incidente
dos 55 aos 65 anos. Acomete as regiões
palmoplantares e as falanges distais,
podendo ser periungueais e subungueais.
Evolui lentamente, tendo inicialmente
Câncer de Pele
crescimento horizontal. Apresenta-se
como lesão macular de 2 a 3 cm
enegrecida (preta, marromescura ou
cinza), com bordas irregulares podendo
evoluir para pápulas ou nódulos.
• Lentigo maligno melanoma: incidente em
5% dos indivíduos de pele clara. Evolução
lenta (3 a 15 anos). Localiza-se na face e
no pescoço (mais frequente malar e
nasal). Tem a tendência ao aparecimento
tardio (70 anos de idade). Passa por fase
precursora (lentigo maligno) antes de se
tornar invasivo. É de lesão maculosa de
coloração variável (marrom, preta,
acinzentada), com bordas irregulares de
3 a 6 cm. Pode tornar-se papuloso ou
nodular.
Não Melanomas
Carcinoma basocelular:
• Câncer de pele com maior incidência
• Crescimento lento
• Malignidade local
• Baixo potencial metastático
• Acomete áreas expostas ao sol
• Relacionada à exposição solar
intermitente
• Produção de metaloproteinases e
colagenases
• O CBC surge nas células basais, que se
encontram na camada mais profunda da
epiderme (a camada superior da pele).
• Tem baixa letalidade e pode ser curado
em caso de detecção precoce.
• Os CBCs surgem mais frequentemente
em regiões expostas ao sol, como face,
orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros
e costas. Podem se desenvolver também
nas áreas não expostas, ainda que mais
raramente.
• Em alguns casos, além da exposição ao
sol, há outros fatores que desencadeiam
seu surgimento.
• Certas manifestações do CBC podem se
assemelhar a lesões não cancerígenas,
como eczema ou psoríase.
• O tipo mais encontrado é o CBC
nódulo-ulcerativo, que se traduz como
uma pápula vermelha, brilhosa, com uma
crosta central, que pode sangrar com
facilidade.
• Começo geralmente na sexta a sétima
década de vida, mas pode ocorrer mais
precocemente; crescimento local lento/
indolente; localmente destrutivo
(principalmente subtipos morfeaforme,
infiltrativo e micronodular)
• Devido à exposição UV (intermitente e
intenso > crônico e cumulativo)
• Mutações no gene PTCH (cromossomo
9q) (mais comuns) > mutações pontuais no
gene p53 (segundo mais comum)
• Pele exposta ao sol, raro nas palmas das
mãos, sola dos pés e membranas mucosas
• Inúmeras variantes clinicopatológicas;
• Aspectos histológicos gerais: ninhos de
células basaloides, uniformes, com alta
proporção de N:C, disposição periférica
em paliçada, conexão epidérmica (pelo
menos focalmente), estroma mixoide,
retração estromal-epitelial e atividade
mitótica/apoptótica
• Essencialmente sem potencial
metastático (dependente do estroma para
o crescimento)
• Subtipo basoescamoso pode
comportar-se mais como CEC ↑ potencial
metastático
• Formas clínicas:
o Nodular
Câncer de Pele
o Micronodular
o Pigmentado
o Superficial
o Esclerodemiforme
o Fibroepitelioma de Pinkus
Carcinoma Espinocelular ou epidermóide:
• Neoplasia invasiva;
• Segundo tipo mais comum;
• Relacionado à exposição crônica ou
ocupacional ao sol.
• Pode gerar metástases;
• Pode acometer mucosas (pior
prognóstico);
• Etiologia: UVA e UVB; Imunossupressão;
Fumo; HPV; Radiação ionizante; Úlceras
crônicas e cicatrizes; Exposição ao
arsênico; Lesões precursoras
• Manifesta-se nas células escamosas,
que constituem a maior parte das
camadas superiores da pele.
• Pode se desenvolver em todas as partes
do corpo, embora seja mais comum nas
áreas expostas ao sol, como orelhas,
rosto, couro cabeludo, pescoço etc.
• A pele nessas regiões, normalmente,
apresenta sinais de dano solar, como
enrugamento, mudanças na pigmentação e
perda de elasticidade.
• O CEC é duas vezes mais frequente em
homens do que em mulheres.
• Assim como outros tipos de câncer da
pele, a exposição excessiva ao sol é a
principal causa do CEC, mas não a única.
• Alguns casos da doença estão
associados a feridas crônicas e cicatrizes
na pele, uso de drogas anti rejeição de
órgãos transplantados e exposição a
certos agentes químicos ou à radiação.
Normalmente, os CECs têm coloração
avermelhada e se apresentam na forma
de machucados ou feridas espessos e
descamativos, que não cicatrizam e
sangram ocasionalmente.
• Eles podem ter aparência similar à das
verrugas.
• Papulonódulo/placa eritematosa
escamosa; mais comumente em
cabeça/pescoço e extremidades dorsais
• Fatores de risco: exposição solar
crônica, gênero masculino, idade
avançada, fenótipos de pele clara,
síndromes genéticas,imunossupressão,
HPV, radiação, ferida crônica não
cicatrizante (úlcera de Marjolin), LE/LP
hipertrófico, exposição ao arsênico e
LS&A crônica (genital)
• Histologia: atipia queratinocítica de
espessura total com invasão dérmica;
tumor frequentemente “diferenciado
paradoxalmente” (células tumorais são
MAIS eosinofílicas/queratinizantes do que
os queratinócitos adjacentes)
Síndromes genéticas associadas ao CEC:
○Albinismo oculocutâneo
○ Xeroderma pigmentoso
○ Epidermólise bolhosa distrófica
○ Epidermodisplasia verruciforme
○ Disqueratose congênita
○ Poroqueratose, tipo linear
○ Síndrome da queratite, ictiose e surdez
(KID)
○ Síndrome de Rothmund-Thompson
○ Síndrome de Werner
○ Candidíase mucocutânea crônica
• Quadro Clínico
o Aparência endurecida
o Crostas recobrem áreas erosivas
ou ulceradas
o Ferida que não cicatriza
o Mais frequente após 6a década
de vida o Localiza-se
principalmente na cabeça e
pescoço, mas pode surgir nos lábios
e membranas mucosas e genitais.
Câncer de Pele
CARACTERÍSTICAS BENIGNAS E
CARACTERÍSTICAS MALIGNAS DAS LESÕES
DE PELE;
NEOPLASIAS BENIGNAS
Aspectos gerais de uma neoplasia benigna:
• Clinicamente: bem delimitada, coloração
uniforme, inalterada por anos e ausência de
sintomas relacionados (hemorragia,
ulceração e dor)
• Histologicamente: bem circunscrita,
citologia branda; ausência de todos os
seguintes aspectos: distúrbio na
arquitetura, necrose, atipia citológica e
figuras mitóticas atípicas
NEOPLASIAS MALIGNAS
Aspectos gerais de uma neoplasia maligna:
• Clinicamente: crescimento rápido ou
surgimento de novas lesões com aspectos
relacionados, tais como pigmentação
diversificada, ulceração, dor e sangramento
• Histologicamente: proliferação mal
circunscrita de células com citologia atípica
(pleomorfismo nuclear, células
hipercromáticas, ↑ da proporção N:C,
nucléolos evidentes e núcleos com formas
anormais); distúrbio na arquitetura
(infiltrativa, destrói as estruturas vizinhas e
invasão peri-neural/intravascular); sinais de
estado hiperproliferativo (↑ de figuras
mitóticas para um determinado tipo tecidual
e necrose tumoral), mitoses atípicas (não
lembram qual-quer fase normal da divisão
celular)
Classificação de Breslow e Clark
• Índice de Breslow e Nível de Clark são
detalhes importantes para o prognóstico
do melanoma.
• Ambos são utilizados pelo médico
patologista para estabelecer a
profundidade do tumor.
• O índice de BRESLOW mede a espessura
da lesão em milímetros, desde a epiderme
até as células tumorais mais profundas na
pele.
o Quanto mais superficial a lesão na
remoção, melhor o prognóstico.
• Já o Nível de CLARK é um sistema
baseado na anatomia cutânea.
o Ou seja: conforme o Melanoma se
aprofunda nas camadas da pele
(epiderme, derme papilar, derme
reticular, tecido subcutâneo), os
níveis de Clark aumentam, em uma
escala de I a V (um a cinco).
Câncer de Pele
• No entanto, atualmente, o Índice de
Breslow vem sendo mais utilizado que o
Nível de Clark no estabelecimento de
condutas.
Classificação ou Níveis de Clark:
• É um sistema baseado na anatomia da
pele, ou seja, conforme o Melanoma se
aprofunda nas camadas da pele (epiderme,
derme papilar, derme reticular, tecido
subcutâneo), os níveis de Clark aumentam e
ele vai de I a V (um a cinco).
• Nível I: Melanoma confinado a epiderme.
• Nível II: Melanoma invade a derme
papilar.
• Nível III: Melanoma preenche a derma
papilar mas não invade a derme reticular.
• Nível IV: Melanoma invade a derma
reticular.
• Nível V: Melanoma invade o tecido
subcutâneo.
Classificação ou Níveis de Breslow:
• O índice de Breslow é um dos detalhes
mais importantes, pois é uma medida do
melanoma desde o seu topo (na camada
granulosa da epiderme) até a porção mais
profunda.
• Esta medição é feita através do
microscópio e é dada em milímetros (mm).
Quanto mais “alto e profundo” for o
melanoma, maior será o seu índice de
Breslow.
• Quando o melanoma for ulcerado, o topo é
a base da úlcera.
• Esse dado é importante porque
representa um dos principais fatores
prognósticos para melanoma. Através de
estudos estatísticos, ele é capaz de
predizer a sobrevida, recidiva local e
acometimento de linfonodos.
• Além disso, esse índice nos guia ao tomar
decisões do melhor tratamento cirúrgico,
exames complementares, etc.
o Nível I: Melanoma < 0,75 mm.
o Nível II: Melanoma de 0,76 a 1,5 mm.
o Nível III: Melanoma de 1,51 a 4,0 mm.
o Nível IV: Melanoma > 4,1 mm invade a
derma reticular
2. Conhecer o diagnóstico do câncer de
pele
NÃO MELANOMA
De acordo com o INCA
• O diagnóstico do câncer de pele não
melanoma, há poucos anos, era realizado
somente através do exame clínico e da
histopatologia.
• Atualmente, a dermatoscopia vem se
mostrando uma poderosa ferramenta no
diagnóstico desse tumor. No entanto,
precisa ser complementada com o exame
Câncer de Pele
histopatológico, que além de confirmar o
diagnóstico apontará a indicação precisa
do tratamento.
• Uma grande virtude da dermatoscopia é
poupar alguns pacientes de um exame
invasivo (biópsia), que poderia deixar uma
cicatriz cirúrgica inestética.
MELANOMA
• Biópsia excisional com 1 a 2 mm de
margem e estendendo-se até o tecido
subcutâneo. Biópsia com punch somente
quando compromete áreas extensas. •
Pesquisa do linfonodo sentinela deve ser
considerada nos casos de tumores de
espessura intermediária (1 a 4 mm),
ulcerados, Clark IV e > 1 mitose/campo.
• Sistema de estadiamento aceito e
adaptado pela American Joint Committee on
Cancer (AJCC) seguida da classificação
TNM.
• O exame anatomopatológico pode indicar
fatores que auxiliam no prognóstico e na
conduta como: a espessura do tumor (índice
de Breslow), profundidade do tumor (nível
de Clark), índice mitótico, crescimento
radial ou vertical, infiltrado inflamatório,
regressão histológica, ulceração e invasão
angiolinfática ou neural.
• Seis sinais de melanoma cutâneo (regra do
ABCDE):
o Assimetria na forma (metade
diferente da outra).
o Borda irregular (extremidades
irregulares, recortadas,
entrecortadas).
o Cor (não uniforme).
o Diâmetro (> 6 mm).
o Elevação (presente e irregular).
3. Explicar o �o do câncer de pele
DE ACORDO COM A SBD NÃO MELANOMA
• Todos os casos de câncer da pele devem
ser diagnosticados e tratados
precocemente, inclusive os de baixa
letalidade, que podem provocar lesões
mutilantes ou desfigurantes em áreas
expostas do corpo, causando sofrimento
aos pacientes.
• Felizmente, há diversas opções
terapêuticas para o tratamento do
câncer da pele não melanoma.
• A modalidade escolhida varia conforme
o tipo e a extensão da doença, mas,
normalmente, a maior parte dos
carcinomas basocelulares ou
espinocelulares pode ser tratada com
procedimentos simples.
• Conheça os mais comuns:
– Cirurgia excisional: remoção do tumor
com um bisturi, e também de uma borda
adicional de pele sadia, como margem de
Câncer de Pele
segurança. Os tecidos removidos são
examinados ao microscópio, para aferir
se foram extraídas todas as células
cancerosas. A técnica possui altos índices
de cura, e pode ser empregada no caso
de tumores recorrentes.
– Curetagem e eletrodissecção: usadas
em tumores menores, promovem a
raspagem da lesão com cureta, enquanto
um bisturi elétrico destrói as células
cancerígenas. Para não deixar vestígios
de células tumorais, repete-se o
procedimento algumas vezes. Não
recomendáveis para tumores mais
invasivos.
– Criocirurgia: promove a destruição do
tumor por meio do congelamento com
nitrogênio líquido. A técnica tem taxa de
cura menor do que a cirurgia excisional,
mas pode ser uma boa opção em casos de
tumores pequenos ou recorrentes. Não há
cortes ou sangramentos. Também não é
recomendável para tumores mais
invasivos.
– Cirurgia a laser: remove as células
tumorais usando o laser de dióxido de
carbono ou erbium YAG laser. Por não
causar sangramentos, é uma opção
eficiente para aqueles que têm desordens
sanguíneas.
– Cirurgia Micrográfica de Mohs: o
cirurgião retira o tumor e um fragmento
de pele ao redor com uma cureta. Em
seguida, esse material é analisado ao
microscópio. Tal procedimentoé repetido
sucessivamente, até não restarem
vestígios de células tumorais. A técnica
preserva boa parte dos tecidos sadios, e
é indicada para casos de tumores
mal-delimitados ou em áreas críticas
principalmente do rosto, onde cirurgias
amplas levam a cicatrizes extensas e
desfiguração.
– Terapia Fotodinâmica (PDT): o médico
aplica um agente fotossensibilizante,
como o ácido 5-aminolevulínico (5-ALA) na
pele lesada. Após algumas horas, as áreas
são expostas a uma luz intensa que ativa o
5-ALA e destrói as células tumorais, com
mínimos danos aos tecidos sadios.
Além das modalidades cirúrgicas, a
radioterapia, a quimioterapia, a
imunoterapia e as medicações orais e
tópicas são outras opções de tratamentos
para os carcinomas.
MELANOMA
• O tratamento varia conforme a
extensão, agressividade e localização do
tumor, bem como a idade e o estado geral
de saúde do paciente.
• As modalidades mais utilizadas são a
cirurgia excisional e a Cirurgia
Micrográfica de Mohs (citadas acima).
• Na maioria dos casos, o melanoma
metastático não tem cura, por isso é
importante detectar e tratar a doença o
quanto antes.
• Embora não tenha cura, o tratamento do
melanoma avançado evoluiu muito nas
últimas décadas; hoje já é possível viver
Câncer de Pele
por mais tempo e com mais qualidade,
controlando a doença em longo prazo.
• Para isso, é importante que os
pacientes passem por testes genéticos
capazes de determinar quais mutações
apresentam (como BRAF, cKIT, NRAS,
CDKN2A, CDK4), possibilitando, assim, a
escolha dos tratamentos que podem
trazer melhores resultados em cada caso.
• Mais de 90% dos pacientes com a
alteração genética BRAF, por exemplo,
podem se beneficiar do tratamento com
terapia-alvo oral, capaz de retardar a
progressão do melanoma e melhorar a
qualidade de vida.
• Outros tratamentos podem ser
recomendados, isoladamente ou em
combinação, para o tratamento dos
melanomas avançados, incluindo
quimioterapia, radioterapia e
imunoterapia.
PREVENTIVAS
• Evitar exposição prolongada ao sol
entre 10h e 16h.
• Procurar lugares com sombra. • Usar
proteção adequada, como roupas, bonés
ou chapéus de abas largas, óculos escuros
com proteção UV, sombrinhas e barracas.
• Aplicar na pele, antes de se expor ao
sol, filtro (protetor) solar com fator de
proteção 30, no mínimo. o É necessário
reaplicar o filtro solar a cada duas horas,
durante a exposição ao sol, bem como
após mergulho ou grande transpiração.
• Mesmo filtros solares “à prova d’água”
devem ser reaplicados.
• Usar filtro solar próprio para os lábios.
• Em dias nublados, também é importante
o uso de proteção.
• As tatuagens podem esconder lesões,
portanto, merecem atenção.
• Nas atividades ocupacionais, pode ser
necessário reformular as jornadas de
trabalho ou a organização das tarefas
desenvolvidas ao longo do dia.
DE ACORDO COM A SBD
• Evitar a exposição excessiva ao sol e
proteger a pele dos efeitos da radiação
UV são as melhores estratégias para
prevenir o melanoma e outros tipos de
tumores cutâneos.
• Como a incidência dos raios
ultravioletas está cada vez mais agressiva
em todo o planeta, as pessoas de todos os
fototipos devem estar atentas e se
protegerem quando expostas ao sol.
• Os grupos de maior risco são os do
fototipo I e II, ou seja: pessoas de pele
clara, com sardas, cabelos claros ou
ruivos e olhos claros.
• Além destes, os que possuem
antecedentes familiares com histórico de
câncer de pele, queimaduras solares,
incapacidade para se bronzear e muitas
pintas também devem ter atenção e
cuidados redobrados.
Câncer de Pele
Medidas de proteção:
• Usar chapéus, camisetas, óculos escuros
e protetores solares.
• Cubra as áreas expostas com roupas
apropriadas, como uma camisa de manga
comprida, calças e um chapéu de abas
largas.
• Evitar a exposição solar e permanecer
na sombra entre 10 e 16 horas (horário de
verão).
• Na praia ou na piscina, usar barracas
feitas de algodão ou lona, que absorvem
50% da radiação ultravioleta. As
barracas de nylon formam uma barreira
pouco confiável: 95% dos raios UV
ultrapassam o material.
• Usar filtros solares diariamente, e não
somente em horários de lazer ou de
diversão. Utilizar um produto que proteja
contra radiação UVA e UVB e tenha um
fator de proteção solar (FPS) 30, no
mínimo.
• Reaplicar o produto a cada duas horas
ou menos, nas atividades de lazer ao ar
livre.
• Ao utilizar o produto no dia a dia,
aplicar uma boa quantidade pela manhã e
reaplicar antes de sair para o almoço.
• Observar regularmente a própria pele,
à procura de pintas ou manchas suspeitas.
• Manter bebês e crianças protegidos do
sol. Filtros solares podem ser usados a
partir dos seis meses.
• Consultar um dermatologista uma vez ao
ano, no mínimo, para um exame completo.

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