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CASO CONCRETO AULA 11

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EXECELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA… DO ESTADO
Processo n°…
ANTONIO AGUSTO, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado, regularmente inscrito na OAB sob o n°…, com endereço profissional na rua…, bairro…, cidade…, estado…, CEP: …, e-mail…, para os fins do artigo 77, V do CPC, inconformado com a r. sentença proferida às fls., nos autos da AÇÃO que move em face de MAX TV S/A e LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA, ambos também já qualificados nos autos, vem com fulcro no artigo 1009 do CPC, tempestivamente, após o devido preparo, interpor o presente:
RECURSO DE APELAÇÃO
Pugnando que o presente recurso seja encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça juntamente com as razões do recurso em anexo.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data,
Advogado OAB/UF.
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
APELANTE: ANTÔNIO AUGUSTO
APELADO: MAX TV S/A E LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA.
AÇÃO:
PROCESSO N°:
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Colenda Câmara.
Não merece prosperar a sentença proferida pelo Juízo a qual pelas razões a seguir expostas:
DA TEMPESTIVIDADE
A sentença recorrida foi publicada no Diário Oficial no dia…, sendo o presente recurso protocolado em …, dentro do prazo legal de 15 dias, sendo, portanto, tempestivo na forma do artigo 1003, §5° do CPC.
DO PREPARO
Segue anexa a guia de recolhimento das custas recursais, devidamente pagas comprovando-se assim o correto preparo do recurso.
DOS EFEITOS
Requer o recebimento do recurso no seu duplo efeito, suspensivo, se for o caso, e devolutivo, na forma dos arts. 1012 e 1013 do CPC.
DAS RAZÕES DE FATO E DE DIREITO
Trata-se de ação proposta pelo apelante em face dos apelados por conta de conflito insuscetível de resolução pelas vias extrajudiciais, consubstanciado no fato de que o apelante adquiriu em 20/10/2015 diversos eletrodomésticos, inclusive uma TV de última geração pelo preço de R$ 5.000,00 ( cinco mil reais).
Após funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados à TV, os quais também foram adquiridos na loja do segundo apelado.
Com efeito, o apelante apresentou reclamação perante os apelados em 25/11/2015 e aguardou uma solução amigável, fato que não ocorreu diante da inércia dos apelados. Assim, em 10/03/2016, o apelado ingressou com a presente demanda em face dos apelados.
Contudo, o excelentíssimo magistrado de piso acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguida em sede de contestação, pelo segundo apelado, loja que havia alienado a televisão ao apelante, excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do CDC. Além disso, reconheceu a decadência do direito do apelante, alegada em sede de contestação pela primeira apelada, a fabricante do produto, com fundamento no artigo 26, II do CDC, considerando que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e ajuizamento da ação.
Nobres julgadores, apesar do notório saber jurídico do magistrado de 1º grau, resta evidente que diante dos fatos narrados o magistrado andou mal em seu julgamento, senão vejamos.
Há solidariedade entre varejista e o fabricante (primeiro e segundo apelados), conforme a conveniência do autor da ação, devendo ambos apelados figurarem como litisconsortes passivos. A responsabilidade solidária entre os apelados encontra fundamentos nos artigos 7º, parágrafo único, artigo 25, §1º e artigo 18, todos do CDC.
E, ainda, não há que se falar em decadência, visto que ficou demonstrada a existência de reclamação oportuna do apelante, de modo a obstar a decadência, na forma do art. 26, §2º, inciso I, do CDC.
Ademais, trata-se de responsabilidade civil por fato do produto, não por vício, considerando os danos sofridos pelo apelante e a forma pela qual o produto veio a deteriorar-se, conforme arts. 12 e 27 do CDC. Assim, a pretensão não se submete à decadência, mas ao prazo prescricional de cinco anos.
Portanto, a sentença merece ser reformada, uma vez que proferida com erro no julgamento da preliminar de ilegitimidade passiva assim como em relação ao instituto da decadência.
DOS PEDIDOS RECURSAIS
Isso posto, requer a essa Colenda Câmara que se digne em reconhecer e prover o presente recurso a fim de que a sentença seja reformada por ocorrência de erro in judiciando praticado pelo Juízo a qual, na hipótese de a causa encontrar-se madura para o julgamento, segundo o art. 515, §3º, do CPC.
Requer, alternativamente, na hipótese de a causa não estar madura para julgamento, a reforma da sentença, mediante o reconhecimento da legitimidade passiva do comerciante, e o afastamento da decadência, determinando-se o retorno dos autos ao juízo de primeira instância, para prosseguimento do feito.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado OAB/UF.

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