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Objetivos:
1- Compreender a morfofisiologia do sistema límbico e autónomo (parassimpático e simático)
Emoções: sentimentos, relacionadas com nossas percepções e experiências
Comportamento emocional: forma como lidamos com as emoções
Experiência emocional: percepção, consciência emocional, sentimento propriamente dito
Expressão emocional: comportamento emocional
Hipotálamo: grande responsável por tudo
Experiências moldam emoções
Circuito de papez
· Toda emoção surge a partir de um estímulo sensorial (auditivo, visual, gustativo e olfativo)
· Todas as informações sensitivas, com exceção do olfato, passam pelo tálamo (grande centro receptor de todas as informações)
· Do tálamo vai para o córtex sensorial, dependendo do estímulo, essa percepção vai para uma região ou outra.
· Do córtex ela vai para o giro do cíngulo e ele vai distribuir a informação sensitiva
· O giro do cíngulo distribui de duas formulas diferentes, tanto para a área de consciência (3 áreas), quanto para o hipocampo (área responsável pela memória emocional {criança tem uma informação positiva sobre um urso, por que ela o acha bonito, formando uma memória emocional positiva, até que ela cresce e vê num filme um urso devorando alguém, alterando sua percepção, sua memória emocional é modificada) e o tálamo anterior. 
· Do hipocampo e tálamo anterior essas informações sensitivas vão para o hipotálamo
· Hipotálamo: grande centro responsável por determinar todas as respostas relacionadas as emoções (a partir de experiências positivas e negativa)
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O sistema límbico surgiu como uma emergência dos mamíferos inferiores, sendo o grande responsável por determinar comportamentos necessários a sobrevivência.
Através do sistema límbico, pode-se distinguir o que lhe agrada ou o que lhe desagrada, o que nos permite o desenvolvimento de funções afetivas correlacionadas com nossas percepções.
Os estudos sobre o sistema límbico começaram a ser escritos por Paul Broca em 1878, onde o mesmo o definia anatomicamente como uma convolução arqueada grande formada pelo giro do cíngulo e pelo giro parahipocampal ao redor do tronco encefálico e das comissuras inter-hemisféricas.
Circuito de Papèz
Em 1937, Papèz sugeriu que estruturas límbicas formavam uma grande e complexa rede neuronal, envolvida tanto na sensação emocional quanto no comportamento emocional (expressão emocional). Acreditava que a experiência emocional era determinada pelo córtex cingulado e que a expressão da emoção (comportamento emocional) era governado pelo hipotálamo.
A partir desse primeiro momento então, após a descrição e esquematização do circuito responsável pela percepção, modulação e expressão das emoções, descrito por Papèz ainda em 1937, começaram a se definir melhor as estruturas relacionadas ao sistema límbico e as emoções, bem como descrever as principais estruturas anatômicas envolvidas nesse importante processo.
Mesmo nesse período, já eram foram descritas e reconhecidas algumas das importantes estruturas que compõem e sistema límbico, assim como suas respectivas funções, tais como:
· Tálamo
· Córtex sensitivo
· Giro do Cíngulo
· Tálamo anterior
· Hipocampo
· Hipotálamo
Tálamo
Na imagem abaixo percebemos a importância do tálamo tanto no circuito e Papèz quanto em todas as funções que requerem uma percepção ou sensação, tanto do ambiente interno quanto do externo, para a formação das memórias sensitivas e possibilitando a formação de memórias emocionais.
Como podemos verificar na imagem ilustrativa acima do tálamo e das suas conexões, podemos afirmar que o tálamo é o grande receptor, modulador e distribuição das informações sensitivas para as áreas corticais, sendo, desta forma, uma estrutura importante do sistema límbico, até porque, como ainda vamos estudar, nossas emoções, tanto sensações quanto expressões, são dependentes dos nossos sentidos e experiências sensitivas.
Córtex límbico
O córtex límbico é composto por 5 principais áreas corticais e é o grande responsável pelas memórias emocionais que serão moduladas por outras áreas do sistema límbico, como veremos a seguir. As áreas corticais límbicas então são:
· Córtex orbitofrontal
· Giro subcaloso
· Giro do cíngulo ou giro cingulado
· Giro para hipocampal
· Úncus
Hipotálamo
É o grande responsável pelo controle da maioria das funções neurovegetativas e endócrinas do corpo, assim como aspectos do comportamento ou expressão emocional.
O hipotálamo envia sinais eferentes em três diferentes direções:
· Para o tronco cerebral, principalmente para as áreas reticulares do mesencéfalo, ponte e bulbo, e, dessa áreas, para os nervos periféricos do sistema nervoso autônomo (SNA);
· Em direção às áreas superiores do diencéfalo e hemisférios cerebrais, especialmente o tálamo anterior e o córtex límbico;
· Para o infundíbulo hipotalâmico, para o controle das glândulas hipófise anterior e posterior, respectivamente adenohipófise e neurohipófise.
Dentre as funções neurovegetativas do hipotálamo, destacam-se:
· Regulação cardiovascular e da pressão arterial (PA);
· Regulação da temperatura corporal;
· Regulação da quantidade de água nos líquidos corporais e osmolalidade;
· Regulação da contratilidade uterina e ejeção de leite, além de regular o processo de lactação;
· Regulação gastrointestinal (TGI) e da alimentação.
Funções comportamentais do hipotálamo
· Controle do centro de recompensa;
· Controle do centro de punição;
· Raiva e associação ao centro de punição;
· Placidez, mansidão e associação com o centro de recompensa
Importância dos centros de recompensa e punição
Os centros de recompensa ou punição estão diretamente relacionados com a seleção de todas as informações sensitivas que recebemos e aprendemos. Pode-se dizer que, os estímulos de recompensa ou de punição, ao invés de causar indiferença, geram resposta reforçada, aumentando a memória positiva ou negativa relacionada a esse respectivo estímulo.
Um exemplo disso é quando damos uma bronca ou brigamos com uma criança que fala um palavrão e, muitas vezes, nem conhece seu real significado. Com essa atitude, mesmo sem querer, através da estimulação do centro de punição, estimulamos um reforço de memória emotiva relacionada a palavra mencionada, o que promove uma memória sobre a palavra dita.
Hipocampo
O hipocampo representa um canal adicional por onde os sinais sensoriais aferentes podem iniciar reações apropriadas de comportamento, com diferentes objetivos.
O hipocampo distribui os sinais eferentes para o tálamo anterior, o hipotálamo e outras áreas do sistema límbico, especialmente para o fórnix, importante via de comunicação entre as estruturas anatômicas que compõem o sistema límbico e estão relacionados tanto as sensações emocionais quanto as expressões emocionais.
Amígdala
Trata-se de um complexo de múltiplos núcleos pequenos, localizada imediatamente abaixo do córtex em seu polo temporal porção medial e anterior de cada um dos hemisférios.
A amígdala tem conexões bidirecionais com o hipotálamo bem como outras áreas do sistema límbico. Devido a sua quantidade de conexões no sistema límbico, a amígdala é descrita por alguns autores como “janela do sistema límbico”, pois é através dela que se vê o lugar da pessoa no mundo.
A amígdala transmite sinais para:
· Hipotálamo;
· Tálamo;
· Septo;
· Hipocampo;
· Áreas corticais
Função global da amígdala
Trata-se de uma área de percepção subconsciente que projeta para o sistema límbico nossa situação corrente, tanto em relação ao ambiente quanto aos nossos pensamentos, e, por isso, conhecida como janela do sistema límbico.
Com base nessas informações e funções gerais da amígdala, acredita-se que a mesma é responsável por auxiliar a padronização de respostas comportamentais da pessoa, de forma a ser apropriada para cada situação, de acordo com as vivências e experiências do indivíduo.
Efeitos da estimulação da amígdala
Uma vez estimulada, a amígdala pode mediar respostas de quatro maneiras diferentes, conformeveremos a seguir, bem como cada padrão de resposta associada.
Respostas mediadas pelo hipotálamo
· Variação de pressão arterial;
· Variação de frequência cardíaca;
· Variação de motilidade do tracto gastrointestinal (TGI);
· Defecção e micção;
· Dilatação das pupilas (midríase);
· Piloereção;
· Secreção de hormônios hipofisários, especialmente os gonadotrópicos (FSH e LH) e o adrenocorticotrópico (ADTH)
Respostas por estimulação direta da amígdala
Resposta mediada pelos núcleos amigdalóides
Respostas relacionadas a atividade sexual
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Diferente do que estudamos em sistema nervoso somático, que representa a porção do sistema nervoso responsável pelos movimentos voluntários, ou seja, que dependem de nossa vontade consciente, o sistema nervoso autônomo (SNA) é responsável pelo controle das funções internas do corpo, ditas funções viscerais.
Podemos dizer que, diferente do sistema nervoso somático, que possui uma relação direta com o córtex cerebral tanto para as vias somáticas piramidais quanto das vias somáticas extrapiramidais, o sistema nervoso autônomo (SNA) tem suas funções reguladas pelo hipotálamo e pelo tronco encefálico ou tronco cerebral (mesencéfalo, ponte e bulbo).
Principais diferenças entre o SN Autônomo e o SN Somático
Diferença funcional: Podemos dizer que funcionalmente, a principal diferença entre o SNA em relação ao SNS é o fato de o SNA ter autonomia para o funcionamento de forma independente da vontade consciente, ou seja, é considerado como a parte do sistema nervoso classificada como involuntária. Já o SNS é o grande responsável pela inervação da musculatura estriada esquelética e tem como característica funcional ser voluntário, ou seja, para que haja contração muscular esquelética é necessário que haja vontade consciente de desempenhar o mesmo, função essa executada pelo córtex cerebral. SNA inerva musculo liso + cardíaco + glândulas.
Diferença morfológica: Além das estruturas centrais de comando serem diferentes, as principais diferenças morfológicas aparecem quando comparamos o SNA ao SNS no sistema nervoso periférico. Enquanto o sistema nervoso somático periférico é formado por um único neurônio motor, denominado motoneurônio alfa, que possui seu corpo localizado no corno anterior da medula e projeta seu axônio até o órgão efetor (músculo esquelético por ele inervado), no sistema nervoso autônomo periférico nos possuímos dois neurônios, denominados neurônios pré-ganglionares e neurônios pós-ganglionares.
Os neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo periférico são colinérgicos, tanto no SNA simpático quanto no SNA parassimpático. Eles possuem seus corpos localizados no sistema nervoso central (SNC) no tronco encefálico ou na medula espinhal, e projetam seus axônios até os gânglios do SNA, onde fazem sinápse com os neurônios pós ganglionares, que saem dos gânglios e se direcionam até o órgão ou víscera por ele inervado.
Em relação aos neurônios pós-ganglionares, podemos dizer que os pertencentes ao SNA parassimpático são considerados colinérgicos (possuem como neurotransmissor liberado em suas terminações axonais a acetilcolina), enquanto no SNA parassimpático, salvo algumas excessões, seus neurônios pós-ganglionares são adrenérgicos (liberam como neurotransmissores em suas terminações sinápticas axonais a epinefrina ou a norepinefrina, hormônios adrenais).
Sistema nervoso autônomo simpático (SNA Simpático)
O sistema nervoso autônomo simpático (SNA Simpático) tem relação direta com os segmentos medulares torácicos e os dois primeiros segmentos lombares (T1 à L2). Essa relação se dá pois os neurônios pré-ganglionares do SNA simpático possuem seus corpos localizados nesses segmentos lombares, em cada um dos níveis medulares, mais específicamente na substância cinzenta ântero lateral (proeminência ântero lateral) e saem junto com os nervos somáticos que compõem a raiz nervosa ventral para a formação dos nervos espinhais.
Porém, diferente dos neurônios do SN somático, os neurônios simpáticos se projetam para pequenas dilatações bulbosas laterais denominadas gânglios simpáticos, onde estão localizados os corpos dos neurônios pós-ganglionares simpáticos.
Neurônios pré-ganglionares
As fibras simpáticas deixam a medula pelas raízes ventrais e passam inicialmente por um pequeno nervo de coloração esbranquiçada, denominado ramo branco, junto com os neurônios do sistema nervoso somático. Quando atingem a cadeia simpática (gânglio simpático), fazem sinapse com o neurônio pós-ganglionar formam o que chamamos de ramo cinzento. A partir daí então, as fibras trafegam pelos nervos espinhais para atingir os órgãos e tecidos por ele inervados.
OBS: Algumas fibras passam direto para os nervos simpáticos viscerais, se projetando então para os órgãos internos do corpo a que vão inervar.
Gânglios simpáticos
Existe um gânglio simpático para cada nível medular correspondente aos segmentos de T1 à L2, ou seja, para todos os níveis medulares torácicos além dos dois primeiros níveis medulares lombares. porém, ainda existem dois ou três gânglios cervicais e de dois a três gânglios sacrais.
A inervação simpática que vai para a cabeça (gânglios cervicais) sai dos níveis medulares torácicos altos e ascendem, a partir da cadeia torácica superior, para formar o plexo simpático cervical, que se distribui ao longo das artérias cervicais e cefálicas.
Do mesmo modo, a inervação simpática do abdome inferior (ex: Bexiga urinária e assoalho pélvico) descende da cadeia simpática torácica baixa e lombar para formar o plexo simpático hipogástrico.
As fibras torácicas médias formam o que chamamos de plexo celíaco, se direcionando para um grande gânglio abdominal denominado gânglio celíaco, de onde partem as fibras ou axônios que se dirigem para os órgãos internos abdominais, como estômago, intestino, ríns, dentre outros.
Fibras sensorias simpáticas
Os neurônios simpáticos também possuem fibras sensitivas com origem nos órgãos internos e que passam junto com as fibras aferentes somestésicas pelos nervos espinhais até atingir o ramo branco. De lá se projetam para as raízes posteriores da substância cinzenta onde podem causar reflexos medulares simpáticos ou retransmitir essas informações para o encéfalo.
Essas sensações que chegam ao encéfalo são denominada sensações viscerais, enquanto as outras aferências são chamadas de somestésicas.
Sistema nervoso autônomo parassimpático (SNA Parassimpático)
Diferente do SNA simpático que possui relação direta com os níveis medulares torácicos e lombares superiores, o sistema nervoso autônomo parassimpático (SNA Parassimpático) possui relação com o tronco encefálico, principalmente com os núcleos do III, VII, IX e X pares de nervos cranianos, respectivamente, oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago.
· III par craniano – Nervo oculomotor (núcleo no mesencéfalo)
· VII par craniano – Nervo facial (núcleo na ponte)
· IX par craniano – Nervo glossofaríngeo (núcleo no bulbo)
· X par craniano – Nervo vago (núcleo no bulbo)
O sistema nervoso autônomo parassimpático ainda possui relação com segmentos sacrais, principalmente de S2 à S4, de onde parte a inervação parassimpática para as vísceras abdominais baixas como a bexiga urinária e músculos do assoalho pélvico, como os esfíncteres, por exemplo.
Neurônios Pré e Pós-ganglionares no SNA Parassimpático
Diferente do sistema nervoso autônomo simpático (SNA Simpático), que possui um neurônio pré ganglionar pequeno até o gânglio e um pó-ganglionar grande indo até a víscera inervada, no parassimpático o neurônio pré ganglionar tem suas fibras saindo do tronco encefálico (núcleo dos nervos cranianos supracitados) ou da medula espinhal sacral e se projetando até a víscera por ela inervada.
O neurônio pós-ganglionar do SNA parassimpático fica localizado na própria parede da víscera (tecido), nas fibras musculares lisas ou glândulas inervadas.
A excessão desse trajeto dos neurônios pré e pós do SNA parassimpático ocorre nos neurônios pré-ganglionares que se projetam do III, VII e IX pares cranianos,respectivamente, nervos oculomotor, facial e glossofaríngeo. Os neurônios pré-ganglionares desses núcleos se projetam para os gânglios ciliar, esfenopalatino, ótico e submandibular, conforme demonstrado na imagem acima do fluxograma das vias parassimpáticas.
· Gânglio ciliar – Projetam os neurônios pós-ganglionares para as estruturas oculares;
· Gânglio esfenopalatino – Projetam os neurônios pós-ganglionares para as glândulas lacrimais e nasais;
· Gânglio ótico – Projetam os neurônios pós-ganglionares para as glândulas parótidas;
· Gânglio submandibular – Projetam os neurônios pós-ganglionares para as glândulas sublinguais e submandibulares.
Tônus Simpático X Parassimpático
Assim como acontece também no sistema nervoso somático com os músculos estriados esqueléticos, onde o tônus muscular nada mais é do que um estado de pré contração, ou seja, uma pré condição muscular que acaba por deixar o músculo apto a qualquer momento responder a estímulos excitatórios (contração) ou inibitórios (relaxamento), o tônus autônomo também é um estado de pré condição, porém referente aos músculos lisos, como os músculos que compõem as paredes das artérias, por exemplo.
Desta forma, podemos afirmar que as artérias possuem um tônus, regulado pelo sistema nervoso autônomo, e que dependendo do estímulo, se excitatório ou inibitório, elas podem reagir contraindo (vasoconstrição) ou relaxando (vasodilatação). Porém, se não receberem nem um estímulo, elas mantém o tônus derivado de um equilíbrio entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático.
O mesmo acontece com vários outros tecidos que possuem regulação ou controle autonômicos (pelo SNA), e que podem ser observados na tabela abaixo, onde aparecem as funções do SNA correlacionada com cada estrutura por ele inervada, tanto pela sua porção simpática quanto pela parassimpática.
Função Simpática X Parassimpática
2- Compreender quais são os 12 pares de nervos cranianos e suas funções.
Classificação dos pares cranianos
Os pares cranianos, como falamos anteriormente, podem ser classificados de acordo com a sua função. Vamos, agora, detalhar essa classificação.
Em geral, classificamos em sensitivos (aferentes) e motores (eferentes).
Pares cranianos sensitivos
Os nervos aferentes/sensitivos, podem ser classificações ainda em somáticos ou viscerais, e em gerais ou especiais.
· Somáticos gerais são aqueles que conduzem impulsos de dor, pressão, temperatura e propriocepção;
· Somáticos especiais são aqueles relacionados a órgãos do sentido, como visão e audição;
· Viscerais gerais são aqueles que conduzem impulsos de dor visceral;
· Viscerais especiais são aqueles responsáveis por órgãos do sentido, responsáveis por gustação e olfação.
Nervos cranianos motores
Os nervos eferentes, com função motora, também são classificados em somáticos ou viscerais, e em especiais ou gerais.
Os somáticos são aqueles responsáveis pela inervação motora dos músculos estriados esqueléticos miotômicos (a maioria dos músculos estriados esqueléticos).
Já os viscerais, por sua vez, possuem subclassificações em gerais ou especiais.
· Viscerais gerais são aqueles que inervam músculo liso, o músculo cardíaco e as glândulas;
· Viscerais especiais são aqueles responsáveis pela inervação dos músculos estriados bronquioméricos.
Quais são os pares cranianos
I – Nervo olfatório
O primeiro par craniano possui uma função essencial, que é a olfação, sendo assim classificado como nervo aferente somático especial.
Ele é um dos que não se originam no tronco encefálico, pois sua origem se dá na região olfatória das fossas nasais.
II – Nervo óptico
O segundo par craniano é o nervo óptico, um nervo aferente somático especial, responsável pelo sentido da visão. Assim como o anterior, não se origina no tronco encefálico.
Sua origem se dá na retina, nos fotorreceptores, e as fibras formadas seguem em direção ao disco óptico.
III – Nervo oculomotor
O terceiro par craniano é classificado como nervo eferente motor devido à sua principal função, que é a movimentação do bulbo do olho (clique aqui se quiser saber mais sobre a anatomia do olho) e classificado também como eferente visceral geral, por inervar o esfíncter da pupila e o músculo ciliar.
Sua função é desempenhada juntamente a dois outros nervos, os IV e VI pares.
IV – Nervo troclear
O quarto par craniano, o nervo troclear, participa também da movimentação do bulbo do olho, atuando sobre o músculo oblíquo superior.
V – Nervo trigêmeo
O quinto par craniano, o nervo trigêmeo, é um nervo misto, ou seja, possui tanto função sensitiva quanto motora.
Possui importantes funções, como a sensibilidade geral da face, de parte da língua e até mesmo da meninge dura-mater e, além disso, possui sua função motora, sendo importantíssimo para a inervação de músculos responsáveis pela mastigação.
O trigêmeo possui algumas divisões: em nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular.
VI – Nervo abducente
O sexto par craniano, o nervo abducente, também participa da movimentação do bulbo do olho, juntamente ao III e IV pares, inervando o músculo reto lateral.
VII – Nervo facial
O sétimo par craniano, o nervo facial, é um nervo misto, que possui funções sensitivas, sensoriais e motoras. Além do nervo facial propriamente dito, que é o responsável pelas funções motoras, há também o nervo intermédio, que realiza as funções sensoriais.
A sua função sensitiva se dá pela inervação das glândulas salivares. Já a sua função sensorial corresponde a inervação dos 2/3 anteriores da língua, conferindo a gustação. E, por fim, a função motora, realizada pela inervação dos músculos da mímica facial.
VIII – Nervo vestibulococlear
O oitavo par craniano, o nervo vestibulococlear, é um nervo sensitivo, em que a porção vestibular é a responsável pelo equilíbrio, enquanto a porção coclear está relacionada à audição.
IX – Nervo glossofaríngeo
O nono par craniano, o nervo glossofaríngeo, é um nervo misto, pois promove a inervação sensitiva especial e geral do 1/3 posterior da língua. Também inerva a faringe e suas estruturas.
X – Nervo vago
O décimo par craniano, o conhecido nervo vago, é um nervo misto importantíssimo. Realiza a inervação das vísceras, garante a inervação parassimpática aos órgãos, além de inervar partes da laringe e da faringe.
XI – Nervo acessório
O décimo primeiro par craniano, o nervo acessório, também é um nervo misto. Sua principal função é motora, sendo responsável pela inervação de alguns músculos próximos ao ombro, por exemplo.
Mas, além dessa função motora, possui ação sensitiva especial por auxiliar o nervo vago na inervação de algumas vísceras.
XII – Nervo hipoglosso
O décimo segundo e último par craniano, o nervo hipoglosso, é um nervo motor, cuja função se relaciona principalmente à movimentação da língua.
KANDEL, Eric R; Fundamentos da neurociência e do comportamento. Editora Guanabara.
MACHADO, Ângelo - Neuroanatomia Funcional. Editora Atheneu Capítulo 30 .