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An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII Resum� urgênci�: ● Trauma cranioencefálico: - Trauma no segmento cranioencefálico + acometimento neurológico (ex: convulsão, síncope…). - Objetivo: prevenir a lesão cerebral secundária. A lesão primária ocorreu no momento do trauma. - Devemos manter a oxigenação adequada e a PA alta. → Epidemiologia: - Corresponde a 90% das mortes pré hospitalares. - 75% com tce LEVE. - 15% MODERADO. - 10% GRAVE. → Anatomia: - Tentório do cerebelo: é uma parte da dura máter que divide o encéfalo em 2 regiões: - Supratentorial e infratentorial. - Essa divisão é importante pois o edema na supra empurra as áreas infra, levando o acometimento/ compressão de estruturas que pode causar: PCR (acometimento do bulbo) e midríase (compressão do oculomotor, dilata a pupila). - Hematoma extradural/epidural→ externo a dura-máter. O hematoma é biconvexo (atinge ARTÉRIA) - Hematoma subdural: entre a aracnóide e a dura máter, ATINGE VEIAS- assume o contorno do cérebro). - Hematoma subaractnóide. → Doutrina de Monro- Kellie: - PIC é 10-12 mmHg. - Edema cerebral→ compressão de estruturas (ventrículos cerebrais e seios venosos)→ expulsa o líquor de dentro do crânio e fecha seios venosos→ líquor desce para a medula → queda do FSC (a pressão arterial fica menor que a PIC). 1 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Volumes cerebrais: parênquima (83%); líquor (11%), sangue (6%). - Mecanismos do cérebro: - 1. Aumento do fluxo de líquor para o compartimento espinhal. - 2. Aumento do retorno venoso através da jugular interna. - 3. Compressão do tecido cerebral por hérnias. → Classificação: - TCE LEVE: 13-15. - MODERADO: 9-12. - GRAVE: 3-8. → Sinais e sintomas: - Equimose periorbitária (sinal do Guaxinim)- bilateral. - Equimose retroauricular (sinal de Battle). - Fístula liquórica: pelo nariz (rinoliquorréia) e/ou pelo ouvido (otoliquorréia). - Paralisia facial. - Surdez (mesmo lado que a paralisia facial). - Lesão difusa: - Concussão: perda momentânea de consciência. - Lesão hipóxico-isquêmica: falta de oxigenação. - Lesão axonal difusa: na imagem, vemos pontilhados na substância branca do cérebro. Faz RN. - Lesão focal: - Hematoma extradural. - Subdural. - Subaracnóide. - Intracerebral. → TCE leve: - 13-15. - Não necessita de avaliação com neurocirurgião. - Pedimos tomo quando: os sintomas neurológicos persistem; trauma de alta energia; > 2 episódios de vômitos (vômito em jato- não valorizamos a náusea); amnésia retrógrada por mais de 30 min; convulsão que dura mais de 5 min. → TCE moderado: - 9-12. - Todos devem ser avaliados por neurocirurgião. - Internamos. → TCE grave: - 3-8. - Via aérea definitiva + internação + neurocirurgião. 2 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Considerar TCE grave quando a vítima apresentar os seguintes sinais e sintomas, independente da escala de glasgow - assimetria das pupilas, assimetria motora, fratura de crânio com perda de líquor, sangue ou perda da massa encefálica, ou afundamento de crânio. → Tratamento: - Normocapania (pCO2 =35). - Manitol (1g/kg)→ é um diurético, logo, não usamos em pacientes hipotensos. - Solução salina-hipertônica→ usada em hipotensos, tem efeito osmótico, puxa água do interstício cerebral para os vasos. - Barbitúricos: pacientes estável, risco de hipotensão. - Anticonvulsivante: risco de hipotensão. - Indicação de TC: Glasgow < 15 após 2h do trauma, déficit neurológico, fratura exposta, sinal do Guaxinim, amnésia retrógrada e cefaléia intensa. ● Contra indicações GERAIS: - Sonda nasal é CI em TCE. - Crepitação de mandíbula CI intubação oro traqueal. - Guedel é CI em paciente consciente. - Criança menor de 10 anos, cricotireoidostomia é CI. - Não usar cânula em caso de suspeita de lesão da placa cribiforme. (lâmina cribriforme). (cânulanasofaíngea) ● Complicações da intubação orotraqueal: - Hipoxemia. - Intubação seletiva. - Traumatismo em VA. - Crepitação de mandíbula→ CONTRA INDICA. - Intubação esofágica. - Lesão dentária. - Avulsão de cordas vocais. - Vômito e aspiração. - Lesão cervical. 3 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII ● Morte encefálica: - Quando suspeitamos? - Coma não reflexivo (Glasgow < 3). - Ausência de reflexo supra-espinhal . - Apnéia persistente. - Lesão cerebral conhecida e irreversível. - Ausência de fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico. - Observação hospitalar por pelo menos 6h (se encefalopatia hipóxico-isquêmico, no mínimo 24h). - Causas: - Trauma cranioencefálico. - Causas vasculares (AVC e AVCh). - Tumores intracranianos. - Encefalopatia anóxica. - Deve-se descartar os níveis de drogas no sangue, ou seja, devemos esperar 4 a 5 meias vidas para ter certeza que não são influência delas. - Cuidado com a hipotermia e com o com o barbitúrico, podem simular morte cerebral. - Poderão ser observados reflexos tendinosos profundos, movimentos de membros, atitude em opistótono (hiperflexão da coluna) ou flexão do tronco, adução/ elevação dos ombros, sudorese, rubor, taquicardia. → Exame neurológico: - Reflexo fotomotor: ausente. - Reflexo córneo-palpebral: ausente, (não pisca). 4 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Reflexo oculocefálico: ausente (olhos de boneca). - Reflexo vestíbulo-ocular: ausência de desvio ocular por 1 min após estímulo com 50-100 ml de AD gelada no conduto auditivo. Aguardar 3 min para fazer no lado oposto. - Reflexo da tosse: ausência de tosse ou bradicardia com estímulo de aspiração na taquicardia. - Os exames devem ser repetidos depois de 1h por outro médico. → Teste da apnéia: - Pode ser feito na 1h entre os exames neurológicos de reflexo ou após o 2 exame neurológico de reflexos. - Como é feito? - Ventilação com pO2 100% por no mínimo 10 min, para que assim a pO2 chegue a 100 e a pCO2 35-45→ colher gasometria→ desconectar ventilador→ ofertar oxigênio por cateter, túbulo T ou CPAP→ elevação de 3 mmHg de pCO2 sem o respirador→ observar se há movimento respiratório por 8-10 min. - Quando a prova é interrompida? - pCO2 > 55 sem movimento respiratório→ prova +. - Movimento respiratório mesmo que débil→ prova -. - Instabilidade hemodinâmica, arritmia e hipoxemia→ inconclusiva, repetir. → Exame complementar: - Ausência de perfusão sanguínea encefálica. - Angiografia + para ME. - Ausência de atividade metabólica encefálica. - Ausência de atividade elétrica encefálica. - Confirmamos a ME por pelo menos um exame complementar ( EEG, doppler, angiografia). 5 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII ● Trauma raquimedular: → Epidemiologia: - Adulto jovem, seco masculino. - Localização anatômica: - 55% cervical; 15% coluna torácica, 15% transição toracolombar, 15% coluna lombossacral. - Principais causas: acidentes automobilísticos, quedas (20%); arma de fogo (12%); acidentes esportivos (2%), outros (5%). - Pode-se descartar lesão em: doentes sem déficit neurológico, dor ou hipersensibilidade e sem evidência de intoxicação. - Realizar exame de imagem em pacientes comatosos, com redução do nível de consciência e alcoolizados. → Lesões cervicais: - Mais comum em C5. - Comprometem a respiração. - Acima de C3 é incompatível com a vida; compromete o frênico. - C3-C5 compromete o diafragma, dificuldade de respirar. - C6-C7 e nas primeiras torácicas compromete músculos, logo, o paciente pode hiperventilar. - Paciente com lesão cervical tem perda de movimentos e sensibilidade, espasmos musculares, incapacidade de controlar esfíncteres, disfunção sexual, altera PA e FC. → Lesões torácicas: - Nas primeiras vértebras: pode hiperventilar. - Medula termina em L1, logo, abaixo de L1 não é tão grave. - T4: linha intermamilar. - T6: processo xifóide. - T8: rebordo costal. - T10: linha umbilical. 6 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII → Exame neurológico: - Quando há lesão cervical. - Reflexo bulbocavernoso: contrair o anus. - Reflexo superficial anal. - Reflexo cremastérico: estímulo na face medial da coxa de baixo para cima→traciona o testículo. - Reflexo de Babinski: extensão de hálux→ lesão no neurônio motor superior. → Choque neurogênico: - Hipotensão + bradicardia. - Lesão das vias descendentes do sistema simpático da medula cervical ou torácica alta. - Perda do tônus vasomotor (hipotensão), perda da inervação simpática (corpo não consegue aumentar a FC e responde com bradicardia). - Paciente em choque mas NÃO terá extremidades frias, pois não está hipovolêmico e se apresenta com uma vasodilatação periférica. - NÃO HÁ HIPOVOLEMIA. - Não há hiperhidratação pois não tem hipovolemia. - Vasopressor + atropina. → Choque medular: - Perda do tônus muscular e dos reflexos abaixo do nível da lesão. - Pode ser transitório. - São classificadas de acordo com o nível, gravidade do déficit, tipo de Sd medular e morfologia. - Lesões entre C3-C5: lesão do diafragma. - Lesão acima de C3: n. frênico. - Lesão torácica: paraplegia. - Lesão cervical: quadriplegia. 7 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Lesões incompletas: perda de qualquer um dos seguintes determina uma paraplegia ou quadriplegia incompleta: - Reconhecimento de posição, movimentos voluntários, preservação sacral, contração esfincteriana voluntária e flexão do hálux. - Sd córtico-medular: lesão cervical incompleta, perda sensorial e na força dos MMSS > MMII. Lesão em C4-C7. Hiperextensão do canal medular. - Sd medular anterior: lesão incompleta, paraplegia com perda bilateral da sensação térmica e dolorosa. Pior prognóstico. - Sd de Brown Sèquard: hemissecção da medula, trauma penetrante. Paralisia espástica homolateral e perda da sensibilidade postural e profunda do mesmo lado. Perda contralateral da sensibilidade superficial, térmica e da dor. → Tipos de lesão: - Luxação atlanto-occipital: - C1. - Flexão de tração. - 20% lesão fatal. - Comprometimento respiratório + lesão neurológica. - Lesões do atlas: - C1. - Sobrecarga axial, alguma força sobre a cabeça do paciente. - 5% das fraturas cervicais, 40% se associam a fraturas de C2. - Fratura de Jefferson: dissociação da parte anterior e posterior de C1 com deslocamento lateral. - Para identificar lesões: fazer RX ou TC. - Fratura de axis: - C2. - 18% das fraturas cervicais. - 60% comprometem o processo odontóide, determinando o tipo de fratura (I, II, III). - RX ou TC. - Fratura do enforcado: espondilolistese traumática do áxis→ lesão na parte POST de C2, mecanismo (hiperextensão e distração, havendo deslizamento de C2 em C3). - Fratura e luxação de C3-C7: - 80% pode ter lesão neurológica. - Compromete a respiração. 8 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Em adultos, a subluxação da coluna cervical ocorre mais em C5-C6. - O nível mais comum de fratura cervical é C5. - Fratura de coluna torácica: - Fratura em cunha: explosão de corpo vertebral. - Fratura em chance: fratura horizontal. - Fratura da transição toracolombar: - Hiperflexão + rotação. - São muito instáveis. - Medula termina em L1. → Avaliação radiológica: - Dor local, sensibilidade à palpação, déficit neurológico, alteração do nível de consciência, suspeita de intoxicação, traumas significativos. Local: Lesão C2 Paralisia respiratória. C5 Paralisia das pernas e tronco + fraqueza no ombro e cotovelo. T1 Paralisia perna e tronco + paresia abaixo do mamilo (ombro e cotovelo normal). T3 Paralisia perna e tronco + paresia abaixo mamilo (ombro e cotovelo normal) T6 Paralisia perna e tronco + paresia abaixo da caixa torácica. ● Trauma abdominal e pélvico: - Contusos: - 80%. - 75% relacionado a trauma automobilístico. - Órgãos mais afetados: baço (4-55%); fígado (35-45%); hematoma retroperitoneal (15%), ID (5-10%); cólon (5%). - Penetrantes: - 20%. - Por arma branca temos tais órgãos mais afetados: fígado, ID, diafragma e cólon. - Projéteis: ID, cólon, fígado e lesões vasculares. 9 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII → Ausculta: - Diminuição dos ruídos hidroaéreos - hemoperitônio: a presença de líquido na cavidade leva a diminuição do peristaltismo→ diminuição dos ruídos hidroaéreos. → Percussão: - Sinal de hemoperitônio: piparote + e macicez móvel. → Palpação: - Sinal de defesa abdominal: contrai involuntariamente a parede abdominal. - Descompressão brusca. - Útero gravídico. - Avaliação da estabilidade pélvica (de fora para dentro). → Desconfiar de fratura pélvica nos casos de: - Hipotensão inexplicável. - Hematoma escrotal. - Uretrorragia. - Deformidades em MMII sem fraturas aparentes. - Lesão de uretra anterior: uretra bulbar, lesão em cavalheiro. - Lesão de uretra posterior: fratura pélvica. → Ruptura de diafragma: - Presença de nível hidroaéreo ou ausculta de murmúrio vesicular dentro do abdômen é um sinal de ruptura diafragmática. - Laparotomia imediata. - Causada principalmente por lesão penetrante. 10 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII → Pneumoperitônio: - Indica ruptura de víscera oca. - Indicação de laparotomia. → Exames especiais no trauma fechado: - FAST: - Identificar líquido na cavidade peritoneal. - Não tem uma boa sensibilidade para identificar lesões retroperitoneais e pélvicas. - Faz-se uma avaliação na janela pericárdica, espaço hepatorrenal, espaço esplenorrenal e pelve. - É indicado quando o paciente está instável hemodinamicamente e tem trauma fechado. - TC: - Avalia a presença e extensão de lesões intraperitoneais, retroperitoneais e pélvicas. - Indicado em trauma fechado estável. - Radiografia: - Indicada em trauma fechado com suspeita de lesão multissistêmica. → Indicação para laparotomia: - Trauma fechado com hipotensão e FAST + ou evidência de hemorragia intraperitoneal. - Trauma penetrante ou contuso com Lavado peritoneal +, só se o paciente estiver instável. - Hipotensão + trauma penetrante. - Ferimento com arma de fogo que atravessa a cavidade peritoneal ou retroperitônio. - Sinais de penetração da fáscia. - Evisceração. - Hemorragia gástrica, retal ou genitourinária associada a ferimento por arma de fogo. - Peritonite. - Pneumoperitônio, pneumo retroperitônio ou ruptura diafragmática. - TC com contraste evidenciando lesão em víscera oca. - LPD/FAST + com hipotensão. → Lesão de vísceras ocas: - Geralmente na desaceleração brusca. - Suspeitar em caso de hematoma ou equimose linear ou transverso (sinal do cinto de segurança) ou uma fratura lombar com desvio detectada na radiografia (fratura de Chance). 11 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII ● Fraturas pélvicas: - Compressão lateral: fratura do anel isquiopúbico→ trat concervador. - Compressão antero-posterior: ”livro aberto"; sínfise púbica se abre, articulação sacroilíaca também. - Cisalhamento vertical: grave. Disjunção completa da articulação sacroilíaca. → Tratamento: - Controle da hemorragia + reposição volêmica. - Estabilização da pelve: tração no MMII, aplicação de cinta pélvica. ● Trauma músculo esquelético: - Fratura fechada: osso fraturado mas a pele continua íntegra. - Fratura aberta: extremidade cortante de um osso penetra a pele de dentro para fora. Há grandes chances de osteomielite (infecção óssea). - Luxação: separação de 2 ossos na articulação, resultando em alterações dos ligamentos. Deformidade grosseira. 12 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Entorses: ligamento é distendido ou rompido. ● Trauma torácico: - Hipóxia + acidose + hipercapnia. - Lesão traqueobrônica: hemoptise, enfisema subcutâneo, pneumotórax hipertensivo e cianose. Lesão com risco de morte: Tratamento: - Pneumotórax hipertensivo Punção no 2 ou 5 espaço ou transformar em pneumotórax aberto. - Pneumotórax aberto Curativo 3 pontas. - Lesão na árvore traqueobrônquica Suporte ventilatório/ drenagem/ broncoscopia/ cirurgia. - Hemotórax maciço Drenagem pleural e avaliação cirúrgica. - Tamponamento cardíaco Pericardiocentese e avaliação cirúrgica. - Pneumotórax hipertensivo: - Pneumotórax hipertensivo é o acúmulo de ar no espaço pleural sob pressão, comprimindo os pulmões e diminuindo o retorno venoso parao coração. - O ar começa a se acumular no pulmão empurrando o mediastino para o lado contralateral. Com toda essa compressão, o paciente sofre uma redução do retorno venoso e, consequentemente, do DC, levando a um quadro de choque obstrutivo. - Para identificar, fazemos o FAST. - Punção descompressiva no 5 espaço entre a linha axilar média anterior. - Crianças a descompressão é no 2 espaço. - Desvia o mediastino para o lado sadio. - Retorno venoso prejudicado→ não enche AD→ choque obstrutivo + estase jugular + desvio da traquéia para o lado contralateral. - Hipertimpanismo na percussão - Frêmito ausente ou diminuído na área da lesão. - Ausculta diminuída ou abolida. - Murmúrio vesicular ausente. (taquipnéia). - Depois da punção→ toracostomia com drenagem em selo d'água (500ml). - Não faz radiografia. - Distensão das veias jugulares. - Esforço respiratório. - Queda da saturação. - Instabilidade hemodinâmica. - Rebaixamento do nível de consciência. 13 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Cianose. - Dor pleurítica unilateral. - Pneumotórax aberto: - Curativo 3 pontas (material é sugado na inspiração e oclui sua entrada; na expiração o ar empurra o material para fora e consegue sair pelo lado não fixado do curativo). - (Quando colocamos um saco na boca e inspiramos, ele colaba na boca e não enche de ar). - Lesão na parede torácica (> ou igual a ⅔ do diâmetro da traquéia). - Sintomas: dor torácica, taquipnéia, dispnéia, MV abolido. - Após o curativo fazemos uma drenagem, toracotomia com drenagem em selo d'água. - Lesão da árvore brônquica: - Trauma contuso. - Vaza ar após a drenagem. - Lesão menor que ⅓ do diâmetro da traqueia a abordagem é conservadora. - Hemotórax maciço: - Drenagem de mais de 1,5L de sangue. - DG CLÍNICO. - Macicez à percussão. - Traqueia colapsada, jugular colapsada. - Tórax móvel. - Reposição volêmica, descompressão com drenagem pleural (não punção). - Indicação de toracotomia: drenagem imediata maior que 1,5L ou maior que 200 ml/h nas primeiras 24h após a drenagem. - Indivíduo fica hipotenso e há macicez. 14 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Tamponamento cardíaco: - Vai haver um acúmulo de fluido dentro do saco pericárdico e isso vai comprimir o coração, comprometendo o enchimento e por tabela o DC (choque restritivo). - Trauma penetrante. - VD é o mais afetado pq é anteriorizado. - Pulso paradoxal, PA diminui na inspiração. - Tríade de Beck: hipotensão + abaulamento das bulhas + estase jugular. - Sinal de Kussmaul: aumento da P venosa na inspiração- ritmo AESP. - Pericardiocentese. - Via subxifóide com retirada de 15-20 ml. - MV bilateralmente. - Toracotomia → Lesões diagnosticadas no exame secundário: - Pneumotórax simples: - Drenagem 5 espaço. - O que não fazer antes de drenar? anestesia geral, ventilação com P+ e transporte aéreo. - Hemotórax: - 500-1500ml (médio) e 300-500 (pequeno). - Laceração pulmonar que leva a sangramento. - Fratura/luxação de coluna torácica. - Drenagem. - Percussão maciça, ausculta com MV abolido e sinal de trauma penetrante. - Contusão pulmonar: - É como se fosse um hematoma no pulmão. - Normalmente depois de trauma contuso. - Leva a IR. - Fazemos restrição hídrica para não aumentar o edema. - Ventilador. - Tórax instável com contusão pulmonar: - Ameaçador a vida. 15 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Fratura de 2 ou + costelas em, pelo menos, 2 pontos de cada costela, levando a respiração paradoxal. - Inspiração: tórax afunda e expiração ele expande. - Apoio ventilatório + restrição hídrica. - Analgesia + intubação + oxigenação. - Respiração paradoxal, dispnéia, dor ventilatório-dependente, hipoxemia. - Oxigenoterapia, analgesia e reposição volêmica. - Contusão cardíaca: - Ruptura de câmara→ tamponamento. - Fratura de esterno→ lesão valvar. - Arritmia. - Principais repercussões: contusão do músculo cardíaco, ruptura cardíaca, dissecção de artéria coronária, lesão valvar. - Paciente com hipotensão e desconforto torácico. - DG: ECG com disritmia e ECG alterado. - Ruptura de aorta: - No RX o mediastino fica alargado, desvio de traquéia, desvio de esôfago, hemotórax à esquerda, fratura da escápula. - Fraturas de 1-2 arcos costais. - Apagamento do cajado aórtico. - Desvio da traqueia para D. - TC ou arteriografia. - Ruptura traumática do diafragma: - Elevação da cúpula diafragmática na TC. ● Trombograma: - Vemos as fases da coagulação. - 1 momento: linha reta com enzimas. - 2 momento: fase fibrinogênio (fibrina + fator de coagulação). - 3 momento: coagulação (agregação plaquetária). - 4 momento: fibrinólise (destrói fibrina e plaquetas- D dímero). - Ácido tranexâmico fazemos em até 3h; o trombo fica estável, ele é antifibrinolítico. O ácido deve ser usado em pacientes traumatizados com evidência de sangramento. - No hemolítico, ele tem pouco fator de coagulação, logo a fase 1 é mais longa. - Dengue: plaqueta baixa, diminui a amplitude- taça de champanhe. - Hipercoagulação: todas as fases ficam exacerbadas. - Warfarina deixa a curva reta. 16 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII ● Grávidaz e trauma: - 2 TRIMESTRE: riscos gestacionais como: descolamento de placenta, embolia de líquido amniótico e isoimunização. - Com 12 semanas o bebê deixa a pelve; com 20 ele atinge a cicatriz umbilical e com 34-36 - 3 TRIMESTRE: seu Ht está reduzido pois tem uma anemia fisiológica; DC e FC aumentados; PA baixa, hipercapnia é comum e FSR e TFG estão altas. ● Choques: - O choque é a hipoperfusão tecidual. - Saturação venosa revela de forma indireta o consumo de O2 pelos tecidos periféricos, ou seja, a taxa de extração de O2. - Gap CO2 é a diferença entre a PV de CO2 e a PA de CO2; marcando a deficiência de retirada do CO2 do sangue; sendo uma alteração precoce da hipoxemia e marcador de diminuição do DC. - 4 tipos: cardiogênico, hipovolêmico, distributivo e obstrutivo. Choqu� distributiv�: ● Introdução: - Vasodilatação severa que pode ter várias causas. - A pressão venosa pode diminuir ou não, assim como o DC; no entanto, sempre há queda da resistência vascular sistêmica. - Choque séptico (causa mais comum). - Sd da resposta inflamatória sistêmica (SIRS)- pode ser infecciosa ou não (pancreatite, queimadura, trauma). - Choque neurogênico: interrupção das vias autônomas. - Perda de equilíbrio do SN simpático e parassimpático, com predomínio do parassimpático (leva a vasodilatação sistêmica)→ perda da resistência periférica e dilatação da rede vascular. - Choque anafilático: reação alérgica (mediada por IgE). - Choque endócrino: falência da adrenal. 17 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII Choqu� hipovolêmic�: ● Introdução: - Causado por: hemorragia, perda do volume plasmático (diarréia, vômito), queimadura. - Ocasionado por uma redução do volume intravascular que reduz o DC. - Pode ter causas hemorrágicas e não hemorrágicas (diarréia, vômito, queimadura, Sd de Stevens Johnson, perdas renais, uso de diuréticos). - Diminui a PVC, DC e aumenta a RVS. - Hemodinâmica: FC alto para compensar PA baixa, todas as pressões baixas, DC baixo, resistência vascular periférica aumentada (vasoconstrição). - Causa: aumento da atividade simpática, hiperventilação, liberação de hormônios do estresse, redução do débito urinário, colapso de vasos. - Sinais e sintomas: ansiedade, agitação, náuseas, sede fraqueza, tontura, frio, hipotensão, respiração profunda, pulso rápido, pele fria e úmida, palidez ou cianose de extremidades, pupilas dilatadas, regressão do nível de consciência. - Complicação: hipotermia, coagulopatia precoce e acidose. - Obs: diurese é o principal marcador de necessidade de reposição volêmica. - Ideal: > 0,5ml/kg/hora (adulto). → Hipovolemia leve: - Menor que 20%. - Extremidades frias, aumento do tempo de enchimento capilar, sudorese, veias colapsadas, ansiedade. → Hipovolemia moderada: - 20-40%. - Sintomas da leve + taquicardia, taquipneia, oligúria e alterações posturais. → Hipovolemiagrave: - Mais de 40% do volume sanguíneo. - Sintomas anteriores + instabilidade hemodinâmica, taquicardia acentuada, hipotensão, deterioração do estado mental. OBS: HEMOCONCENTRAÇÃO E HIPERNATREMIA (aumento de Na)→ SINAL DE HIPOVOLEMIA. OBS: no choque cardiogênico, ele se parece com o hipovolêmico pois tem taquicardia e redução de DC, mas ele possui turgência de jugular, estertores e galope de B3. ● Tratamento: - Puncionar AV de grande calibre. - Reposição volêmica. - Reposição de soro fisiológico isotônico ou balanceado com ringer lactato. - Se Hb declina para 10g/dl ou menos→ transfusão sanguínea. 18 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Suspender transfusões após controle da hemorragia e estabilização do paciente, à exceção do paciente com hemoglobina menor que 7g/dl. - Após reposição volêmica, em situações de hipovolemia grave ou prolongada, pode-se necessitar de norepinefrina, dopamina ou vasopressina. - Suporte ventilatório com O2 suplementar ou intubação endotraqueal se necessário. - Classe 1: menos de 15%→ cristalóide. - Classe 2: 15-30%→ cristalóide. - Classe 3: 30-40%→ transfusão sg. - Classe 4: maior que 40%→ transfusão sg. - Ringer lactato: 10-20 ml/kg em adulto e 5-10 ml/kg em criança. → ORDER: 1. oxigenar. 2. restaurar o volume circulatório. 3. drogas. 4. estimativa da resposta à terapia. 5. remediar a causa subjacente. Choqu� cardiogênic�: ● Perfusão dos tecidos baixa devido a uma incapacidade do músculo cardíaco em fornecer o DC adequado. - Dc = volume sistólico x fc. - Principal etiologia: IAM. 19 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - No choque cardiogênico, ele se parece com o hipovolêmico pois tem taquicardia e redução de DC, mas ele possui turgência de jugular, estertores e galope de B3. - PVC aumenta; DC diminui e resistência vascular aumenta. ● Diagnóstico: - Hipotensão arterial, hipoperfusão tecidual, oligúria, extremidades frias, cianose, alteração no nível de consciência. - Baixo DC com edema pulmonar (pode levar a hipoxemia, pouco O2 no sangue, e a retenção de CO2→ piora na oxigenação cerebral e miocárdica→ arritmias e confusão mental). - Miocárdio está consumindo mais O2. - Aumento da pressão capilar pulmonar. ● Tratamento: - Morfina, administração de O2, fármacos vasodilatadores, diuréticos, AAS, medicamentos trombolíticos. Choqu� o�trutiv�: ● Choque obstrutivo: - Causas extracardíacas que levam à falência da bomba e é muito associada a um DC direito baixo. - Embolia pulmonar ou H pulmonar→ aumenta pressão pulmonar→ sístole do VD precisa fazer muita força→ falência cardíaca. - Pode ter causa mecânica: pré carga está baixa→ retorno venoso prejudicado→ coração não tem substrato para bombear. - Aumenta PVC, diminui DC e aumento da RVS. - Obs: Pré carga: é a pressão diastólica final quando o ventrículo está cheio, é a tensão do músculo ventricular quando o músculo começa a se contrair. - Dificuldade em manter o débito cardíaco em nível adequado, com dificuldade de esvaziamento das câmaras cardíacas, ocorrendo obstrução das artérias. Acontece em casos de tamponamento cardíaco e embolia gordurosa. Queimad�: - Todas as idades: - Crianças: escaldadura. - Adolescentes: líquidos combustíveis. - Adultos: trabalho. 20 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII ● Classificação: - Primeiro grau – eritema. - Segundo grau – bolhas, flictenas. - Terceiro grau – necrose. —> Primeiro grau: - Atinge apenas a epiderme. - Produz hiperemia e são dolorosas. - Cicatrização – 3 a 6 dias (manutenção de todos os anexos epidérmicos). - Ausência de seqüelas. - Sem alterações hemodinâmicas ou clínicas. - NÃO ENTRAM NO CÁLCULO DA REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA. —> Segundo grau: - Epiderme + derme. - Não compromete folículos pilosos e glândulas sebáceas. - PRESENÇA DE FLICTENAS. - Superficiais e profundas. - Sensibilidade à exposição. - Cicatrização: 10 a 20 dias. —> Segundo grau superficial: - Aspecto rosado. - Preserva anexos cutâneos. 21 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Muito dolorosa. - Repitelização entre 10 a 14 dias. —> Segundo grau profundo: - Aspecto esbranquiçado. - Lesa mais anexos cutâneos. - Menos dolorosa que as superficiais. - Reepitelização entre 25 a 35 dias. - Cicatrizes inestéticas / queloidianas. —> Terceiro grau: - Atravessam toda extensão da pele. - Acometem tecidos profundos (SC, músculos, ossos). - Não são dolorosas. - Não reepitelizam. - Aspecto marmóreo, endurecido, vasos trombosados no fundo. - Grandes seqüelas. ● Extensão da área queimada: - Tabela de Lund e Browder. - Regra dos nove (Wallace). - Palma da mão. 22 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII ● Extensão da gravidade: —> Leve: - Não levam a repercussão hemodinâmica. - Tratamento ambulatorial. - 1o Grau: qualquer extensão. - 2o Grau: < 10% SCQ. - 3o Grau: < 2% SCQ. —> Moderadas: - Acompanhamento diário. - 2 Grau: 10 – 20% SCQ. - 3o Grau: 3 – 5% SCQ. —> Graves: - Internação em centro especializado. - Repercussão hemodinâmica - 2o Grau: >20% SCQ. - 3o Grau: >5% SCQ. ● Tratamento: - Atendimento inicial - ATLS (Advanced Trauma Life Suport) – ABLS (Burn) 23 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Redução da morbi-mortalidade associada à evolução da queimadura. —> Atendimento inicial: - A- Vias aéreas com proteção da coluna cervical. - B- Respiração e ventilação. - C- Circulação com controle da hemorragia. - D- Incapacidade, estado neurológico. - E- Exposição, controle do ambiente: despir completamente o doente, mas prevenindo a hipotermia. - F- Reposição de Fluido. —> A: - A - lesões por inalação,trauma ou obstrução. - Atenção para queimados em ambiente fechados!!! - Exame físico: queimadura de vibrissas nasais,tosse com escarro carbonáceo e broncoespasmo. - Suspeita de intoxicação por CO: oxigênio a 100%. —> B: - B – frequência e profundidade da respiração. - Auscultar tórax. - Oxigênio 100% se mais de 20% scq. - Queimaduras de 3o grau em tórax. —> C, D e E: - C -2000ml em adultos e 20ml\Kg crianças. - D - escala de Glasgow Presença de TCE e hipóxia. - E- remover roupas. - Lençol embebido em água. - Cabeceira elevada. ● Acesso venoso: - Veia periférica – MMSS, longe das queimaduras. - Acesso central: - 1. grandes queimados com áreas de punção atingidas pela queimadura. - 2. dificuldade de acesso periférico. - 3. necessidade de maior tempo de terapia endovenosa. - Coletar exames laboratoriais. 24 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII ● Analgesia: - Analgésicos de ação central. - Opióides: morfina,tramadol,fentanil... - Componente emocional da dor e na analgesia. - EC: sedação, depressão respiratória e miocárdica, bradicardia, retenção urinária, dependência química… - Adulto: - Dipirona 500mg-1g EV - Morfina 1ml (10mg) diluído em 9 ml de SF 0,9%, considerando que cada 1ml= 1mg, adm 0.5 a 1ml para cada 10kg de peso. - Criança: - Dipirona 15 a 25 mg por kg EV. - Morfina 10mg diluído em 9ml de SF0,9%, adm 0,5 a 1mg para cada kg de peso. ● Resfriamento da lesão: - Lavar a região queimada com água corrente 20-30 min. - Usar compressas de água fria. - Efeito analgésico e interrupção na progressão das lesões. - Atenção para hipotermia. ● Cateter vesical: - > 20 % SCQ. - Queimadura em períneo. - Transporte - Avaliação da reposição volêmica. - 30-50 ml ou 0,5 a 1ml/kg/h–adultos. - 1ml/kg/h crianças - Q. Elétricas – 1 a 1,5 ml/kg/h. ● Imunização antitetânica: - Comprovadamente imunizado - não há necessidade da dose de reforço. 25 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Dúvida sobre a imunização prévia (inexistente, incompleta ou última dose há mais de 5 anos) – 250 UI IM de gamaglobulina hiperimune. ● Antibioticoterapia sistêmica: - Não está indicado na fase inicial. - Atenção: - Sinais clínicos. - Manifestações locais da ferida. ● Outras medidas: - Tubo nasogástrico. - Broncoscopia. - Profilaxia da úlcera de Curling: - Ranitidina. - Omeprazol. ● Internar: - Grandes queimados. - Médios queimados de baixa condiçãosocioeconômica. - Idosos ou crianças < 2 anos. - Queimaduras de face e pescoço. - Queimaduras incapacitantes. - Queimaduras graves do períneo. - Lesões por inalação. - Queimadura elétrica. ● Não internar: - Médios queimados com condições de seguir tratamento ambulatorial. - Pequenos queimados. ● Importante: - Dor – inversamente proporcional à profundidade da queimadura. - Medicações – EV ( exceto toxóide tetânico): - Grande queimado: - >25% SCQ – adulto. - >15% SCQ – crianças. - Face e pescoço – sempre graves. ● Limpeza de área queimada: - Água e sabão. - Clorexidine. - Desbridamento. - Tricotomia. 26 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII ● Antibioticoterapia tópica: - Sulfadiazina de Prata 1% + Nitrato de Cério 0,4% (1 escolha ). - Imunomodulador ( LPC ). - gram + e gram – - Ação regenerativa - (LPC – polímero lipídico-protéico – altamente imunossupressor). - Placas de prata nanocristalina. - Maior oferta de prata. - Diminui trocas de curativos: - Gastos. - Paciente. ● Escarotomia: - Queimaduras circulares. - Tórax: dispnéia, restrição da expansão. - Membros: pulso periférico, cianose, tempo de enchimento capilar. ● Tratamento: - Gravidade e prognóstico dependem de: - Extensão - Profundidade. - Localização. - Agente causal. - Idade do paciente. - Comorbidades. ● Anotações pontuais: - Sinais de obstrução das VA: - Agitação: indica hipóxia. - Torpor: indica hipercapnia. - Cianose: hipoxemia por oxigenação inadequada, porém é um sinal mais tardio. - Respiração ruidosa: indica obstrução. - Roncos, gorgolejos e estertores: sinal de obstrução parcial da faringe/laringe. - Rouquidão: indica obstrução funcional da laringe. 27 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Paciente com indicação de IO usamos LEMON para avaliar a dificuldade da manobra: - L (look externally): avaliar as dificuldades visíveis. - E (evaluate): regra 3-3-2 com os dedos do paciente. Abertura bucal 3 dedos, distância mento hióide 3 dedos e mento-tireóide 2 dedos. - M (mallampati): considera abertura oral, tamanho da língua e da orofaringe. - O (obstruction): voz abafada, estritor, dispneia e salivação excessiva. - N (neck mobility): mobilização cervical. - Técnica de manutenção da VA: - Chin Lift: eleva a mandíbula. - Jaw-trust: desloca a mandíbula para cima. ● Intubação assistida: - Tem passos. - Preparação: materiais a serem usados. - Pré oxigenação: fornecer O2 com maior concentração por no mínimo 3 min. Fazemos isso pela bolsa válvula máscara ligada a um fluxômetro a 15L . - Otimização pré intubação: devemos identificar problemas pré intubação como pneumotórax. 28 An� Luís� Peri� Tamburu� (enjoad�)- LII - Indução da hipnose e paralisia: infusão + bloqueador neuromuscular. Primeiro o hipnótico (ex: etomidato a 0,3 mg/kg) e depois succinilcolina 1 a 3 mg/kg. - Posicionamento adequado do paciente. - Posicionamento do tubo: conferimos com a capnografia. - Pós intubação: fixamos o tubo e confirmamos com radiografia. - Obs: não usar midazolam nem propofol em paciente com hipotensão. ● Via aérea cirúrgica: - VA obstruída ou quando o tubo não pode ser posicionado. - Cricotireoidostomia é preferível à traqueostomia (é mais fácil e rápida, além de menos chances de hemorragia). - Cricotireoidostomia por punção: 29