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7A AULA - Prazo processual

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PRAZO 
PROCESSUAL
 O processo se desenvolve por meio de diversos atos
processuais, dispostos em uma sequência lógica, uns após
os outros.
 Prazo é a fração ou delimitação de tempo, dentro do qual
deve ser praticado o ato processual.
 São períodos de tempo fixados por lei, pelo juiz ou pela
convenção das partes em um litígio.
 Podemos dizer que todo ato processual tem um momento
oportuno e certo de existir no processo, fixando o interregno
entre os termos inicial e final para a sua realização eficaz.
➢ O prazo sempre será fixado entre dois termos: o inicial
(dies a quo) e o final (dies ad quem), ou seja, o momento
de início da contagem do prazo e o momento de
encerramento da oportunidade da prática do ato
processual.
➢ CLASSIFICAÇÃO DOS PRAZOS
• Considerando as características e os efeitos dos prazos
em relação ao processo e às partes, podemos mencionar
as seguintes classificações:
■ Quanto a origem do prazo:
Prazo legal
Determinado 
por lei
Ex: arts. 335; 
525; 1003, § 5º
Prazo judicial
Fixado pelo juiz 
através do 
critério da 
complexidade 
do ato
Ex: art. 218, §1º; 
Prazo 
Convencional
Ajustado de 
comum acordo 
entre as partes
Ex: art. 190
■ Quanto as consequências decorrentes do descumprimento
Próprio
São os que produzem
consequências processuais;
são entendidos como
aqueles que deviam ser
praticados pelas partes sob
pena de um prejuízo
processual, ou seja, a
preclusão.
Ex: Art. 344; 223
Impróprio
Podemos afirmar que são
impróprios os prazos
estabelecidos ao juiz, aos
serventuários da justiça, aos
membros do MP na atuação
como fiscal da lei, por
exemplo.
Ex: Arts. 226; 227; 228
■ Os atos das partes (incluindo do Ministério Público
quando atua nessa condição) e dos terceiros
intervenientes, em regra, são próprios, têm que ser
respeitados, sob pena de preclusão temporal, de perda
da faculdade processual de praticar aquele ato.
■ Art. 223 do CPC: “Decorrido o prazo, extingue-se o direito
de praticar ou de emendar o ato processual,
independentemente de declaração judicial, ficando
assegurado, porém, à parte provar que o não realizou por
justa causa”.
■ Os prazos do juiz, de seus auxiliares e do Ministério
Público, quando atua como fiscal da ordem jurídica, são
impróprios, não implicam a perda da faculdade, nem o
desaparecimento da obrigação de praticar o ato, mesmo
depois de superados.
■ Quanto a possibilidade de dilação ou redução
Prazo Dilatório
Embora fixados 
em lei, admite, 
ampliação por 
determinação 
judicial ou por 
acordo entre as 
partes. Pode ser 
prorrogado ou 
reduzido. 
Prazo Peremptório
São os prazos 
que não podem 
ser modificados 
pela vontade 
das partes ou 
por 
determinação 
judicial.
■ De acordo com Marcus Vinicius Rio Gonçalves, a distinção
entre prazo dilatório e peremptório, hoje, tem pouca
utilidade no sistema do CPC atual, diante do que dispõem
os arts. 190 e 191, que não fazem nenhuma distinção
entre prazos peremptórios ou dilatórios, permitindo que,
por convenção, nos processos que admitem
autocomposição, as partes capazes estipulem mudanças
no procedimento e convencionem sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, podendo as
partes, de comum acordo com o juiz, fixar um calendário
para a prática de atos processuais quando for o caso.
■ O CPC atual, ainda que continue atribuindo natureza
pública ao processo, não impede a convenção das partes
sobre o procedimento e a negociação processual, desde
que o processo admita autocomposição. Por isso, todos os
prazos no processo atual podem ser objeto de alteração
por convenção das partes, desde que haja controle
judicial.
■ Sem a convenção das partes, o juiz tem poderes apenas
para dilatar prazos processuais, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir maior
efetividade à tutela do direito (art. 139, VI). Afora essa
hipótese, em que a dilação decorre da necessidade do
processo, só é dado ao juiz aumentar o prazo, por até dois
meses, nas comarcas, seções ou subseções judiciárias,
onde for difícil o transporte (art. 222).
■ O juiz pode também, sem a anuência das partes, reduzir os
prazos meramente dilatórios. Os peremptórios, só se
houver concordância da parte (art. 222, § 1º), sendo essa
a única situação em que ainda permanece útil a distinção
entre esses dois tipos de prazo.
■ Contagem de prazo
■ A contagem de prazo pode ser feita por anos, meses, dias,
horas ou minutos, vejamos:
– o prazo da ação rescisória é de dois anos;
– as partes podem convencionar a suspensão do processo
por até seis meses;
– o de contestação é de quinze dias;
– para que a intimação das partes as obrigue ao
comparecimento, é preciso que seja feita com 48 horas
de antecedência;
– e o prazo para as partes manifestaram-se, nas alegações
finais apresentadas em audiência, é de vinte minutos.
■ Os prazos são fixados por lei, esta sendo omissa, será fixado
pelo juiz. Se não houver nem lei nem determinação judicial, o
prazo será de cinco dias (CPC, art. 218, § 3º).
▪ Os prazos processuais são contados da seguinte forma
(art. 224):
▪ Exclui-se o dia de início e inclui-se o dia final ou de
vencimento.
▪ O início da contagem do prazo e o vencimento, será
sempre em dias úteis.
▪ Considera-se como data de publicação o primeiro dia
útil seguinte ao da disponibilização da informação no
Diário da Justiça eletrônico.
▪O que é um prazo “processual”? O art. 219 do novo CPC
estabelece que “na contagem de prazo em dias,
estabelecidos em lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os
dias úteis”. O parágrafo único prevê ainda que tal forma de
contagem “aplica-se somente aos prazos processuais”.
▪ Os demais prazos, especialmente aqueles de natureza
material (por exemplo, o prazo para reclamação de vícios
redibitórios), permanecem computados de forma contínua,
mesmo nos fins de semana e feriados.
▪ Exemplos de prazos processuais: prazos para contestar,
para recorrer, para se manifestar sobre os documentos,
provas e demais elementos trazidos aos autos, para
designação de audiência e citação do réu com antecedência
mínima (art. 334) e para a prática de atos pelo juiz ou pelos
serventuários (arts. 226 e 228) são tipicamente de direito
processual
•ATENÇÃO!!!
•A norma do art. 219 deve ser interpretada
restritivamente, somente quando a
legislação fizer menção a “dias”.
•Muitas vezes o CPC faz menção a prazo
em anos (art. 921, §1º), ou meses (art.313,
§4º).
•Então cuidado!
•Aqui, não se aplica a regra dos dias úteis,
mas a regra do prazo contínuo.
• Vamos imaginar, por exemplo, que um juiz resolva – valendo-
se da possibilidade de dilação de prazos processuais prevista
no art. 139, VI – ampliar o período temporal para que as
partes se manifestem sobre um complexo laudo pericial.
• Se o juiz fixar o prazo em 60 (sessenta) dias, ele deverá ser
computado apenas nos dias úteis, pois o art. 219 se aplica
aos prazos determinados pelo magistrado.
• Entretanto, se esse mesmo juiz fixa o prazo em dois meses,
surpresa: a existência de fins de semana ou feriados neste
período de tempo é irrelevante, pois o dispositivo em análise
somente se aplica, repita-se, aos prazos contados em dias.
■ O termo inicial da contagem dos prazos é estabelecido no
art. 231 do CPC.
■ Se a intimação for feita pelo Diário Oficial, o prazo
começará a correr no primeiro dia útil seguinte à
publicação.
■ Se for eletrônico, a publicação considera-se feita no
primeiro dia útil subsequente à disponibilização da
informação (art. 4º, § 3º, da Lei n. 11.419/2006).
■ ATENÇÃO: MUDANÇA NO CPC PELA LEI Nº 14.195/2021:
– O inciso IX foi acrescentado ao art. 231 pela Lei n.
14.195/2021. É preciso não confundir as hipóteses do inciso V
com a do inciso IX.
– passaram a existir duas formas de citação eletrônica em nosso
ordenamento jurídico, ambas preferenciais sobre as demais
espécies de citação: aquela feita por meio do portal eletrônico,
tratada pela Lei n. 11.419/2006, e aquela feita por envio de e-
mail ao citando, cadastradoem banco de dados do Poder
Judiciário, tratada pela Lei n. 14.195/2021.
– A primeira será a forma de citação eletrônica das pessoas
jurídicas de direito público e de direito privado, incluindo as
microempresas e empresas de pequeno porte, sem endereço
cadastrado no Redesim; a segunda, a forma de citação
eletrônica das pessoas naturais e das microempresas e
empresas de pequena forma inscritas no Redesim.
– O portal eletrônico, a que alude a Lei n. 11.419/2006, já foi
regulamentado pelo CNJ, por meio da Resolução n. 234/2016
(em São Paulo é utilizado o portal pelo sistema SAJ); já o banco
de dados a que alude a Lei n. 14.195/2021 ainda depende de
regulamentação do CNJ.
■ O inciso V do art. 231 : de acordo com o art. 5º, § 3º, da Lei n.
11.419/2006, a consulta ao portal deverá ser feita em até 10 dias
corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de
considerar-se a intimação automaticamente realizada na data do término
desse prazo. O prazo fluirá a partir do momento em que ele consultar a
citação ou intimação em portal próprio. Se, no entanto, não houver
consulta do citando, findo o prazo de 10 dias corridos, reputa-se
realizada a citação ou intimação, e, no dia útil seguinte ao final do
término do prazo de consulta, o prazo para a prática do ato processual
terá início.
■ Inciso IX do art. 231: refere-se à citação ou intimação por e-
mail, que é enviada ao endereço eletrônico do citando, na
forma do art. 246, caput, do CPC.
– Nessa hipótese, a citação só se aperfeiçoa se o citando
confirma o recebimento no prazo de três dias úteis,
contados do recebimento da citação eletrônica. Não
havendo essa confirmação, a citação reputar-se-á não
realizada, e terá de ser feita pelos meios convencionais,
previstos nos incisos do art. 246, § 1º-A, do CPC.
– Caso haja a confirmação no prazo de três dias, a citação
por e-mail reputar-se-á realizada, e o prazo para a prática
do ato processual começará a contar depois de cinco
dias úteis da confirmação. Assim, feita a confirmação, é
necessário aguardar o transcurso de cinco dias úteis. No
dia útil subsequente ao término desse prazo, terá início o
prazo para a prática do ato processual.
• Outras Considerações:
• A parte somente poderá renunciar ao prazo estabelecido
exclusivamente a seu favor se o fizer de maneira expressa.
• Litisconsorte com procuradores distintos = quando houver
litisconsortes que tenham diferentes procuradores, todos os prazos
legais ser-lhe-ão contados em dobro para contestar, recorrer,
contrarrazoar e falar nos autos em geral. Essa regra não se aplica
aos processos em autos eletrônicos.
• Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo
inicial do prazo.
• Ministério Público, Fazenda Pública e Defensoria Pública: O
Ministério Público (art. 180, caput), a Fazenda Pública (art. 183) e
a Defensoria Pública (art. 186) gozarão de prazo em dobro para
manifestar-se nos autos.
Suspensão e Interrupção do Prazo
• Distingue-se a suspensão da interrupção de prazo porque, na
primeira, ele fica paralisado, mas volta a correr do ponto em que
parou, quando incidiu a causa suspensiva. Já a interrupção provoca o
retorno do prazo à estaca zero, como se nada tivesse corrido até
então.
•Depois de iniciada a contagem do prazo, este não será suspenso,
salvo exista algumas das hipóteses do art. 213, do CPC.
•As causas de interrupção são mais difícieis ocorrer, normalmente
ocorre quando o réu requer o desmembramento do processo, em
virtude de litisconsórcio multitudinário e quando as partes opõem
embargos de declaração. De qualquer sorte, quando for causa de
interrupção a lei sempre deixará expresso.
Interrupção
•Volta o prazo inteiro
Suspensão
•O prazo continua de onde parou
Preclusão
• A preclusão deve ser compreendida como
instituto que envolve a impossibilidade, por regra,
a partir de determinado momento, serem
suscitadas matérias no processo, tanto pelas
partes como pelo juiz, visando à aceleração, a
simplificação do procedimento.
• As partes têm o ônus de realizar as atividades
processuais nos prazos, sob pena de não
poderem mais fazê-lo posteriormente. Também
não podem praticar atos que sejam incompatíveis
com outros realizados anteriormente.
•A preclusão pode classificar-se em temporal, lógica ou
consumativa. Vejamos:
– Preclusão temporal – é a perda da faculdade processual que
não foi exercida no prazo estabelecido em lei. É um dos efeitos
da inércia da parte, acarretando a perda da faculdade de
praticar o ato processual.
– Preclusão lógica – é a que decorre da incompatibilidade
entre um ato processual e outro que tenha sido praticado
anteriormente. Ex: quem aceitou um sentença, expressa ou
tacitamente, não mais poderá interpor recurso contra ela.
– Preclusão consumativa – resulta de a parte já ter praticado o
ato, que, realizado, não poderá ser renovado.
- Preclusão pro judicato - conquanto os prazos judiciais
sejam impróprios, para que o processo possa alcançar o
seu final, é preciso que também os atos do juiz fiquem
sujeitos à preclusão . Não se trata de preclusão temporal,
mas da impossibilidade de decidir novamente aquilo que
já foi examinado. Não há a perda de uma faculdade
processual, mas vedação de reexame daquilo que já foi
decidido anteriormente, ou de proferir decisões
incompatíveis com as anteriores.
- Mas atenção!!! Nem todas estarão sujeitas à preclusão
pro judicato.
• o juiz poderá modificar a decisão anterior, se sobrevierem
fatos novos, que justifiquem a alteração; se a decisão foi
objeto de agravo de instrumento, poderá exercer o juízo de
retratação, enquanto ele não for julgado.
■ Há outras decisões que, mesmo sem recurso e sem fato
novo, podem ser alteradas pelo juiz.
– aquelas que examinam matéria de ordem pública,
como falta de condições da ação e pressupostos
processuais, requisitos de admissibilidade dos
recursos;
– aquelas em que há indeferimento de provas,
porque, por força do art. 370 do CPC, o juiz pode, a
qualquer tempo, de ofício, determinar as provas
necessárias ao seu convencimento.
■ Referência:
■ Gonçalves, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil –
Coleção Esquematizado - coord. Pedro Lenza. – 13. ed. - São
Paulo : SaraivaJur, 2022.

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