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Fichamento III - Desafios do psicodiagnóstico infantil

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
Aluno: Isabella Nazaré Silva
R.A.: N586923
Semestre: 7º Semestre
Professor: Patrícia Shalana
Texto:
ANCONA-LOPEZ, S., TCHIRICHIAN, R. F. M. Desafios no Psicodiagnóstico Infantil. In:
ANCONA-LOPEZ, S. (Org.) Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de Uma Prática. São Paulo:
Cortez Ed., p. 226- 239. 2013
Síntese:
Neste capítulo a autora introduz as dificuldades na realização do diagnóstico infantil e diversos
contextos que fazem parte dessa prática do psicólogo. Discutindo desde as principais demandas que
aparecem na clínica nessa faixa etária, Ancona reflete na importância do papel social do psicólogo e
do entendimento das dinâmicas das vivências de crianças desde o fracasso escolar até a violência,
especialmente naquelas que se encontram em situações de vulnerabilidade e acessam o atendimento
pelas Clínicas-Escolas gratuitas presentes nas universidades brasileiras.
Principais ideias:
Primordialmente, Ancona propõe uma reflexão prática do psicodiagnóstico ao voltar o olhar
desses desafios aos novos contextos da vida moderna. Fazendo um recorte das clínicas-escolas e sua
prática voltada principalmente para o psicodiagnóstico, a autora ressalta a necessidade de um olhar
biopsicossocial e atualizado ao sujeito que está sendo atendido, levando em consideração as novas
formas de comunicação e diversos elementos que compõem o contexto do psicodiagnóstico e da vida
do paciente.
Ancona trás diversos casos que ilustram tipos de situações bastante comuns dentro da clínica
escola como a violência, o acesso às redes, as novas configurações de famílias etc. Pontuando que
historicamente a maioria das queixas relacionadas a criança tange o campo do aprendizado e o
fracasso escolar. A escola encaminha alunos e pais com a tentativa de entender o porquê de não existir
uma progressão da aprendizagem do aluno, o colocando como principal culpado dentro dessa
problemática. E é nesse ponto que Lopez apresenta a dicotomia do indivíduo e o contexto, sobre o
quanto é priorizado aspectos intersubjetivos e relacionais, e acaba-se esquecendo do contexto social,
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político e cultural na qual aquela criança está inserida.
Em virtude disso, é indispensável refletir sobre as limitações do fazer clínico dentro da prática
do psicodiagnóstico, integrando de forma intersetorial diversos agentes e políticas públicas que
direcionam um olhar a várias esferas da vida daquela criança e de seus familiares, ir além da
compreensão de sua queixa, mas também auxiliá-la em seu desenvolvimento pessoal.
Entre as diversas dificuldades e potencialidades que o psicólogo enfrenta dentro do
psicodiagnóstico infantil é o desamparo de não saber intervir quando se depara com situações inéditas
dentro dessa sociedade líquida. Ancona trás a importância de se despir de suas crenças e amarras
teóricas em prol do acolhimento. Pois nem sempre a psicologia nos trará todas as respostas que
procuramos, mas na contemporaneidade é necessário uma reflexão conjunta e uma compreensão
construída conjuntamente com o cliente sobre o seu mundo interno incluindo suas questões políticas,
sociais e econômicas, a terapia em grupo é uma boa alternativa para o enriquecimento dessas relações
no território e na rede de apoio e identificação dessas famílias.
A função social do psicólogo também se encontra presente para manter o psicodiagnóstico
interventivo como um procedimento útil para a compreensão do sujeito. É dever do psicólogo auxiliar
no empoderamento do sujeito como um agente de direito dentro de sua própria vivência e identidade,
fortalecendo assim na transformação do seu meio social e sua inserção nesse meio.

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