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Existem dois tipos principais de produção de amônia, que se diferem quanto à forma de obtenção de hidrogênio, que reagirá posteriormente com o nitrogênio para formar amônia: ➛ Reforma a vapor de gás natural (GN) ou outros hidrocarbonetos leves (GLP, nafta): ➛ Oxidação parcial de carvão, óleos pesados e resíduos asfálticos: Está processos está representada no diagrama de blocos abaixo: A reação global do processo pode ser representada por: Etapas do processo: Nesta etapa ocorre a purificação do gás natural. A remoção dos compostos e enxofre é essencial pois eles causam o envenenamento do catalizador de reforma e da síntese de amônia. Para enxofre como H2S basta uma adsorção em leito de ZnO, enquanto para o COS e tiofenos deve-se fazer uma hidrodessufurização (HDS). Formação de hidrogênio. Reforma: Designação das reações em que há produção de hidrogênio, com consequente modificação estrutural das moléculas da matéria-prima (geralmente hidrocarbonetos). Reforma a vapor: reação com vapor d’água para geração de H2. Utilizando o gás natural: Catalisador: Ni/Al2O3, com elementos promotores (K, Mg, Ca), para a diminuição da formação de coque na superfície. Cerca de 40% do CH4 alimentados ao reformador primário são convertidos somente no reformador secundário. Numa segunda etapa de reforma, tem como objetivo converter o restante do CH4 da reforma primaria e introduzir nitrogênio suficiente para a síntese de amônia. Também usa catalizadores a base de Ni/Al2O3. É realizada uma oxidação parcial. É nesta etapa em que há entrada de ar e, portanto, de N2 no processo. O ar é alimentado de modo que todo o oxigênio seja consumido e, assim, o nitrogênio da síntese seguirá a estequiometria correspondente. Assim, esta etapa de reforma tem duas funções: ▸ Purificação do nitrogênio ▸ Geração de H2 (gás de síntese) Converte o CO do gás que saí do reformador secundário. Oxidação do CO com vapor d’agua. Portanto, a reação de shift é indispensável após a reforma, para: ▸Oxidar CO a CO2 ▸ Aumento da produção de H2 A conversão é realizada em duas etapas: HTS – High Temperature Shift e LTS – Low Temperatura Shift O CO e CO2 efluente do reator shift precisa ser removidos, para evitar a formação de carbonato de amônio. Pode ser removido por solventes físicos ou químicos. A metanação é uma espécie de “polimento”, para garantir que não há CO residual e evitar a formação de carbonato. Catalisador: Ni/Al2O3 (mesmo dos reformadores) O vapor d’água remanescente na corrente de gás é quase todo praticamente condensado na compressão Catalizador: Fe(K2O) /Al2O3 Reação de formação da amônia é uma reação exotérmica e ocorre com decréscimo do volume molar: Alta pressão favorece a conversão e a velocidade da reação além de permitir que a amônia seja recuperada por condensação reduzindo os custos com refrigeração. Além disto, diminui o volume do reator. Os gases vão se esgotando no decorrer nas reações logo, na medida que se consome o nitrogênio e hidrogênio, é necessário que parte do gás seja recirculado para manter a pressão. São feitas purgas para retirar os inertes (CH4, Argônio) que diminuem a conversão de equilíbrio. Mas em quantidades exatas reduzem o superaquecimento do catalizador. Óleos pesados são hidrocarbonetos pesador residuais do processo de destilação do petróleo. Possuem altos teores de enxofre e cinzas, exigindo processos de dessulfurizarão e separação do produto a ser utilizado. Devido a impurezas e viscosidades esses óleos não podem ser processados em reformadores, devido ao envenenamento dos catalizadores. O diagrama de blocos está exposto abaixo. O gás da síntese é gerado na etapa de gaseificação, e em seguida purificado em uma série de etapas (remoção de fuligem, enxofre, reação de shift, remoção de CO2 e lavagem com nitrogênio líquido) até chegar na etapa final de síntese de amônia. No processo de síntese com óleos pesados, não é possível gerar H2 em reformadores catalíticos. Mas deve-se realizar oxidação parcial não catalítica com oxigênio puro ao invés de ar. Oxidação parcial não catalítica a altas pressão e temperatura. O óleo pesado sofre uma combustão incompleta, em que primeiramente é craqueado, formando carbono, metano e outros hidrocarbonetos gasosos, que são então oxidados a CO, CO2 e H2O, sendo que esse vapor d’agua é usado na formação de CO e H2. Reação global: Etapas: 1º: Craqueamento térmico a C(s), CH4, C2-3, etc.; 2º: Oxidação a CO, CO2 e H2O; 3º Reforma a vapor com H2O para formação de CO e H2 As partituras de carbono e cinzas são removidas do gás por lavagem com água. O gás da síntese saí da lavagem livre de carbono e adequada para ser enviado à etapa de dessulfurizarão. Idealmente, o processo deve ser integrado a um processo Claus, para recuperação de enxofre. Com a retirada de H2S, o gás é submetido a conversão de deslocamento (shift).
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